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Justiça Restaurativa

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25/11/2020 Ead.br
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PSICOLOGIA JURÍDICAPSICOLOGIA JURÍDICA
Esp. Valesca Luzia de Oliveira Passafaro
I N I C I A R
25/11/2020 Ead.br
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introduçãoIntrodução
Caros alunos, como vão? Aos que chegaram até aqui, meus parabéns., O estudo é árduo, quem estuda sabe,
porém é prazeroso quando evidenciamos nosso crescimento cultural e crítico. Portanto, vamos ao que
interessa. Nesta unidade trabalharemos um tema que vem sendo alvo de inúmeras críticas, sejam elas
positivas ou negativas.  Percebe-se portanto que existe uma nova forma de lidar com as problemáticas
sociais, e também com as questões de desvios de condutas.
Seguindo este viés, evidencia-se que as atuais formas de soluções de litígios  não vêm sendo favoráveis,
necessitamos de investimentos em novas maneiras de lidar com os problemas, pois, sancionar por sancionar,
não vem surtindo efeitos positivos a sociedade. Em contrapartida, infelizmente vemos que as novas políticas
vêm com um viés de insistir nos atuais meios de punição, porém a academia deve se posicionar como
questionadora,  para que desta forma se desenvolvam raciocínios diferenciados e  que impulsionem os
detentores do poder a tomarem posições frente a temas complexos.  Vislumbramos que nem sempre os
mesmos possuem conhecimento técnico su�ciente para tanto, e assim muitas vezes não se desenvolvem
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políticas adequadas. No mais usaremos uma cartilha do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para que
possamos introduzir as temáticas e iniciar os debates acerca do tema. Mãos à obra!
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Conforme analisado na cartilha do CNJ (2016) que trata do tema, evidenciamos que a Justiça Restaurativa
tem como paradigma uma mudança na forma de convívio das pessoas. Desta forma, se faz importante para
que cada qual se sinta responsável por atos que promova a mudanças e busque a paz mundial. Ou seja,
introduzindo em tais cidadãos a ideia de corresponsabilidade de poder, que um exerce sobre o outro, e
seguindo esse viés, pode buscar que as pessoas  deixem esse mencionado poder que existe de uma pessoa
 sobre outra, no qual desperta sentimentos de angústias e pode acabar gerando uma violência social.
Justiça Restaurativa naJustiça Restaurativa na
SociedadeSociedade
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Como forma de sintetizar os pensamentos e assim chegar a uma conceituação para o tema, pode-se dizer que
a temática trata de resgatar nas relações a justiça, assim como a ética. Desta forma, como meio de remediar e
intermédias os atos de transgressões já existentes, existe também um viés preventivo onde se busca prevenir
nascer da violência, e tal busca se faz ideal para as vivências em sociedade. Observa-se que não trabalhamos
fortemente neste viés, insiste-se muito em uma política de coação e desta forma evidencia-se que muitas
vezes esses meios de punição não trazem aspectos positivos para a sociedade. (CNJ, 2016).
Portanto, indo na contramão do que muitos acreditam, os procedimentos não buscam apenas resolver os
litígios instaurados. Esse é um viés da temática, mas existem inúmeros outros objetivos que buscam a
prevenção e também a não reincidência , ou seja, busca-se também que autor de determinado delito não
volte a cometê-lo. Essa que é uma  grave questão que precisa ser remediada em nossa sociedade.
Seguindo este viés, observa-se que um dos principais pontos da Justiça Restaurativa está em compreender
que todos nós vivemos em sociedade. Desta forma, estamos ligados uns aos outros e de certa maneira, como
forma de entender a questão. Observamos que os presidiários quando estão em cárcere estão expostos a
diversas arbitrariedades, o senso comum normalmente vem a questionar, ora, delinquir, e estão pagando, o
que temos com isso? Porém, evidenciamos um número enorme de reincidência, ou seja, indivíduos que
voltaram a delinquir após passar pelo sistema carcerário, e tais delitos vêm a culminar em uma desordem
social na qual estamos todos envolvidos. Portanto, evidencia-se que não é natural e nem vantajoso que
simplesmente exclua determinados indivíduos do convívio social. Em contrapartida acredita-se que faz
necessário encontrar maneiras de responsabilizá-los, porém criando uma responsabilidade coletiva e até
mesmo individual nestes indivíduos.  (CNJ, 2016).
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Compreendendo o exposto acima, acredita-se que a justiça restaurativa traz uma enorme mudança nos
costumes atuais, afasta o olhar arcaico punitivo dos agentes estatais e promove assim um meio de
desenvolvimento social acerca do que observamos, portanto se colocasse em pauta,o sofrimento da vítima
 frente dos ideias do agressor, poderia por acabar criando no mesmo uma responsabilidade que atualmente
não vemos, e desta forma fazê-los compreender a gravidade dos atos por eles praticados, e os meios que tal
agente teria para  que se reparasse   tais danos. (CNJ, 2016).
Como forma de conhecer e entender os projetos implantados em nosso país acerca do tema pode-se
resgatar um pensamento que foi implantado em 1970. A Justiça restaurativa neste período desenvolveu uma
série de técnicas para que se chegasse à solução de vários con�itos, uma delas foram a VOP (processo
vítima‑ofensor, na sigla em inglês), assim como também foram implantados a conferência familiar, os
chamados círculos restaurativos como também o processo singular dentre vários outros que não são nosso
enfoque de estudo.  (CNJ,2016).
Como evidenciado acima, o chamado relatório do Grupo de Trabalho procurou não estabelecer uma maneira
ou um único procedimento a ser adotado, deixando uma liberdade para que se trabalhe, ponto este
importante da justiça restaurativa.Como forma também de contemplar a subjetividade humana, bem como
 os usos e costumes de cada localidade onde estavam ocorrendo determinadas lides.
Porém observa-se que o processo singular é o que vem sendo mais utilizado em nosso país, justamente por
atender toda a singularidade assim como a desigualdade social que toca a sociedade como um todo.   Em
consequência a tais observâncias ela se apresenta e�ciente, justamente por envolver as partes que estão em
con�itos, assim como sua família, portanto observa-se que a gênese do problema vai além da individualidade
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dos que estão con�itando. E assim tal procedimento ainda busca envolver a comunidade e a rede de
garantias e direitos, todos esses agentes reunidos para que possam suprir as responsabilidades sobre como
reparar os malefícios causados e assim desarmar o que se chama de “molas propulsoras” que existem em
nossa sociedade, que podem ser responsáveis por empurrar  as pessoas para a violência e a transgressão.
(CNJ, 2016).
Como consequência ao exposto acima, seja qual for o procedimento adotado deve-se observar que necessita
que envolva o ofensor juntamente com a vítima, assim como seus familiares ou pessoas que são referentes a
ambas as partes. O enfoque, como já mencionado, é que se envolva também a comunidade que foi direta ou
indiretamente atingida, de modo a con�rmar as a�rmações que foram feitas durante as unidades de que a
ciência trabalha em prol do desenvolvimento social. (JUSTIÇA, 2016).
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atividadeAtividade
Conforme o estudado, evidencia-se queos meios de punição atuais, não são e�cientes no que diz respeito ao que
chamamos de reinserção social, e muito menos a resolução das questões referentes à delinquência. Desta forma,
observa-se na cartilha do CNJ (2016) que a Justiça Restaurativa busca retomar os valores, justiça e ética, em todas as
dimensões da convivência. Conforme o exposto, assinale a alternativa correta acerca do conceito de Justiça
Restaurativa assim como seus objetivos.
JUSTIÇA, Conselho Nacional. Justiça restaurativa Horizontes a partir da resolução CNJ 225. Brasília: Conselho
Nacional de Justiça, 2016. Cartilha. E-book.
a) Os objetivos é sancionar as pessoas envolvidas como formas de excluí-los do convívio social e assim
evidenciar as problemáticas acerca do tema.
b) Os objetivos é fugir dos meios atuais praticados, construindo mais prisões e assim organizando melhor o
sistema.
c) Os objetivos são solucionar determinadas lides, por meios diferenciados dos atuais, resgatando a ética e a
justiça e contemplando a participação das vítimas e da sociedade.
d) Os objetivos são solucionar as lides, contemplando a punição como meio de responsabilização e assim
fazer com que os mesmos retornem à sociedade.
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e) Os objetivos são solucionar as lides, por meio de estabelecer uma conexão das vítimas com os juízes e o
mesmo elaborar palestras para os detentos.
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Secco e Lima (2018) informam dados do Sistema de Informação Penitenciária – INFOPEN, segundo o qual a
população carcerária do Brasil, em 2016, correspondia a um total de 726.712 privados de liberdade. Em
contrapartida, temos que o número de vagas oferecidas nos presídios corresponde a 350.000. Portanto, o
número de vagas disponíveis não é su�ciente nem para 50% do número de pessoas presas, de modo que tal
dado sustenta a realidade de superlotação e precariedade dos presídios brasileiros. Além do mais, o
Possibilidades dePossibilidades de
Aplicabilidade da JustiçaAplicabilidade da Justiça
RestaurativaRestaurativa
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encarceramento em massa não se fez efetivo na realidade brasileira, tendo em vista que não houve melhoras
na segurança pública do país, e há muitos relatos de reincidências de crimes após o cumprimento da medida
penal (SECCO & LIMA, 2018).
A partir desta perspectiva, observa-se a necessidade de meios alternativos de justiça. Neste âmbito, surge,
no decorrer da década de 1970, em países como Estados Unidos e Canadá o desenvolvimento de métodos
diferenciados para lidar com o crime, e tais práticas se denominam Justiça Restaurativa. No Brasil, compete
ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a padronização das práticas restaurativas no âmbito da justiça
(SECCO & LIMA, 2018).
A este respeito, Souza e Zuge (2011) explicitam que o modelo restaurativo de se fazer justiça foi por muito
tempo empregado em tradições de povos antigos. De acordo com os autores, o modo de fazer justiça
fundamentado na prática da punição, que caracteriza a justiça retributiva, foi empregado a partir dos séculos
XI e XII, fundamentado pelos preceitos ideológicos da Igreja Católica, e foi, desde então, �rmemente
consolidado no imaginário social. Entretanto, em meados do �nal do século XIX, o modelo de justiça que foca
na restauração de danos passa a ser alvo de estudiosos e pesquisadores, de modo que, ao �nal do século XX,
as práticas de mediação entre vítima e agressor passam a ser empregadas como forma de resolução de
con�itos. Os autores ainda explicam que a intenção primária era a reeducação de jovens que cometiam atos
infratores, mas, a posteriori, a lógica restaurativa foi sendo também empregada em casos de infrações
cometidas por adultos.
Tal como a�rmam Sousa e Zuge (2011), a Justiça Restaurativa se traduz em um processo que visa dar voz aos
sujeitos envolvidos e, assim, possibilitar tanto por parte da vítima como do infrator a simbolização das ações
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que causaram danos à pessoa prejudicada. Nesta via, os autores explicam que as práticas restaurativas
consistem na promoção de diálogos mediados entre vítima e agressor, com vistas a ressaltar as necessidades
de cada um. Além disso, participam também do processo pessoas da comunidade que foram direta ou
indiretamente afetadas pelo ato cometido. Cada participante, portanto, é incentivado a falar sobre seus
sentimentos relacionados à situação ocorrida e o mediador deve ressaltar a obrigatoriedade e necessidade
do sigilo, ou seja, que as verbalizações ali proferidas devem ser respeitadas e resguardadas. Assim, busca-se
criar um ambiente favorável e que promova a sensação de segurança para que cada pessoa envolvida na ação
danosa tenha seus sentimentos e necessidades ouvidos, e espera-se que o grupo chegue a um consenso a
respeito da melhor maneira de reparar os danos causados pelas ações da pessoa infratora (SOUSA & ZUGE,
2011).
Nesta via, o Conselho Nacional de Justiça realizou um levantamento em 2016 onde se identi�cou a prática
de Justiça restaurativa em 17 estados. A respeito das possibilidades de aplicação das práticas restaurativas,
destacam-se os con�itos nas áreas de “justiça juvenil, juizado especial criminal, família e violência doméstica
contra a mulher” (SECCO & LIMA, 2018, p. 446).
Sousa e Zuge (2011) apontam que as práticas restaurativas, isto é, a busca de solucionar con�itos por meio
do diálogo mediado por uma pessoa que não esteve inserida na situação con�itiva, pode ser empregada em
diversos contextos, sejam estes a escola, o trabalho, a vizinhança e até mesmo questões familiares. Porém, no
que compete ao âmbito da Justiça, os autores a�rmam que tais práticas restaurativas têm aplicabilidade em
questões referente à Justiça criminal, sobretudo em situações que envolvem infratores adultos.
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Entretanto, Ferrão, Santos e Dias (2016) abordam o tema da criminalidade infanto-juvenil e alertam que
embora a mídia divulgue a ideia de que os adolescentes são os vilões da segurança urbana e responsáveis
pelo aumento da violência, os dados estatísticos apontam que, na verdade, crianças e adolescentes são mais
frequentemente vítimas da violência urbana. Neste sentido, os autores explanam a conquista de direitos por
parte de crianças e adolescentes, que têm sua representação jurídica na elaboração do Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA). Este documento estabelece leis que visam garantir a saúde e segurança das crianças e
adolescentes brasileiros, tendo em vista que este público se encontra em situação de maior vulnerabilidade
social e psíquica em decorrência do processo de desenvolvimento. Nesta via, o (ECA, 1990) estabelece que
jovens que cometem atos infracionais não serão punidos por via do cárcere, mas devem ser
responsabilizados por suas ações, por meio de medidas socioeducativas que visam desenvolver nos
adolescentes a consciência sobre seus atos, e subsidiá-los para estabelecer um convívio mais harmônico em
sociedade. Para tanto, foi criado o Sistema Nacional Socioeducativo (SINASE) responsável por promover
ações de socioeducação de jovens em con�ito com a lei.
Entretanto, os relatos de experiência a respeito do SINASE, em sua maioria, demonstram a ine�ciência do
sistema e, atrelado a isto, dados apontam que 43% dos jovens que estão cumprindo medida socioeducativa
são reincidentes (FERRÃO, SANTOS & DIAS, 2016).
Diante desta constatação, Ferrão, Santos e Dias (2016) salientam que o uso de práticas restaurativas no
sistema socioeducativo pode trazer benefícios ao mesmo.Segundo os autores supracitados, os preceitos da
Justiça restaurativa, sendo estes “responsabilidade, autonomia, interconexão, respeito e participação”
(Ferrão, et al 2016, p. 355), se associados às medidas socioeducativas, podem otimizar as intervenções deste
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sistema, além de possibilitar a ressigni�cação da medida por parte do adolescente, de sua família,
comunidade, e da própria rede socioeducativa.
Por �m, observa-se que em âmbito nacional as práticas de justiça restaurativa são usadas na maioria nos
casos de con�itos considerados de natureza leve. Todavia, autores salientam que a utilização destas práticas
na resolução de con�itos mais graves devem ser reconhecida, desde que se considerem suas implicações
(SECCO & LIMA, 2018).
Efeitos Sociais do uso da Justiça Restaurativa
Referente às implicações sociais do uso da Justiça Restaurativa, Secco e Lima (2018) re�etem que a
aplicação tradicional do Direito Penal se reduz unicamente à punição do crime e, desta forma, desconsidera a
natureza con�itiva dos atos ilegais, e tampouco leva em conta os direitos e as necessidades da vítima.
Segundo estes autores, a justiça tradicional consiste em uma briga entre o agressor e o Estado e, assim, não
envolve a vítima no processo e não busca restaurar os danos causados na mesma. Além disso, após o
cumprimento da pena, o agressor pode sentir que “pagou sua dívida” com o Estado, contudo, ele não se atém
com o crime cometido e nem com as consequências do mesmo, ou seja, o agressor não é incentivado a re�etir
sobre suas ações. Em contrapartida, tendo em vista as condições precárias do cárcere, é comum que o
prisioneiro se veja como oprimido pela violência do Estado que, após determinar sua pena, parece não
considerar mais sua existência e não se responsabilizar pela sua reinserção na sociedade, sem falar das
condições precárias e desumanas que se encontram as cadeias. Desta forma, além de não se implicar com as
consequências causadas por suas ações, na justiça tradicional, é possível que o agressor também alimente
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um sentimento de ódio gerado pelo descaso do Estado e continue a cometer atos criminosos. (SECCO &
LIMA, 2018).
Na contramão desta visão reducionista de crime, o paradigma da Justiça Restaurativa considera o ato
criminal, a priori, como um ‘dano ou violação a pessoas e relacionamentos’. Desta forma, implicando em um
processo de humanização da vítima e do agressor, e considerando a história de vida dos envolvidos, bem
como as consequências e implicações psicológicas do ato cometido (SECCO & LIMA, 2018).
Para além destas re�exões, no entendimento de Zerh (2008 apud Sousa e Zuge, 2011), o modelo retributivo
de Justiça, pautado na punição, falha ao restringir o crime a um ato isolado de um contexto social e histórico
e, assim, desconsidera as necessidades do agressor, da vítima e da sociedade como um todo.
Em oposição a este modelo tradicional, a Justiça restaurativa propõe uma concepção mais ampla e
abrangente do ato criminal, sustentada na compreensão de que o crime não afeta somente a vítima, mas traz
consequência também para o autor e para a sociedade. Nesta via de pensamento, portanto, o foco não está
apenas no passado e na vingança que deve ser instaurada ao agente do crime, mas sim busca atender às
necessidades de todos os envolvidos (vítima, agressor e comunidade), visando encontrar soluções que
promovam a restauração do dano. Assim, a lógica restaurativa se respalda na responsabilização do infrator
por seus atos e tem sua atenção voltada para o futuro (SOUSA & ZUGE, 2011).
Conforme salientam Sousa e Zuge (2011), a proposta atual do modelo de justiça restaurativa se pauta em
complementar o modelo retributivo. Isso signi�ca que não se exclui a necessidade de responsabilização do
autor pelo seu crime, mas deve-se lembrar que para que essa responsabilização ocorra, também é necessário
se atentar às demandas da pessoa ofendida e, assim, propor a reparação dos danos causados.
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Braithwaite (2003, apud Secco e Lima, 2018), enaltece o valor da Justiça Restaurativa associando-o,
sobretudo, à autonomia dos envolvidos, de maneira que eles encontram por si mesmos as soluções para os
con�itos e, desta forma, não �cam meramente submetidos às decisões do Estado. Na lógica da Justiça
Restaurativa, busca-se atender às necessidades da vítima e do agressor, e o foco destas práticas está em
modi�car o comportamento do agressor, não apenas puni-lo e, neste sentido, compreende-se que o
autêntico reconhecimento dos danos causados à vítima é de suma importância (SECCO & LIMA, 2018). 
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atividadeAtividade
Nesta unidade conhecemos um pouco sobre a lógica de Justiça Restaurativa, e vimos como foi a evolução deste
conceito. A este respeito, Sousa e Zuge (2011) dissertam sobre a concepção histórica acerca dos modos de fazer
justiça utilizados nas diversas comunidades. Com base no enunciado assinale a  alternativa que corresponde aos
períodos de aplicação da Justiça Restaurativa.
SOUSA, Edson Luiz André de; ZUGE, Márcia Barcellos Alves. Direito à palavra: interrogações acerca da proposta
da justiça restaurativa. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 31, n. 4, p. 826-839, 2011.
a) Começou-se a pensar em justiça restaurativa em meados do século XIX.
b) O paradigma restaurativo foi por muito tempo aplicado em sociedades antigas, e foi no século XI e XII que
este modelo foi substituído pelos meios de justiça punitiva.
c) A justiça restaurativa é um conceito absolutamente novo na sociedade, e pouco estudado.
d) As re�exões acerca de modos alternativos de se fazer justiça se deu por meio críticas feitas pela Igreja
Católica a respeito a superlotação e condições precárias do cárcere.
e) A justiça restaurativa sempre foi empregada em todas as organizações sociais.
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O aumento da violência familiar e seus con�itos ganham cada vez mais frequência em nossa sociedade, desta
forma ao analisarmos as escritas de Pinheiro (2016) podemos entender que o psicólogo se faz relevante na
medida em que compreender a personalidade de tais agente é imensamente importante para as medidas a
serem tomadas. Desta forma, compreendendo tais fatores, pode-se trabalhar para que os sujeitos
mantenham seu comportamento social (PINHEIRO, 2015).
Violência FamiliarViolência Familiar
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Desta forma com o intuito de contextualizar tal violência, recorremos aos escritos de Sera�m (2014) que
aponta que 63% das vítimas da chamada violência doméstica são mulheres, dentre elas 43,6% têm idade
entre 18 e 29 anos. Acredita-se então que aspectos biopsicossociais têm enorme in�uência para que esse
número se mantenha alto (SERAFIM, 2014).
Tal violência se perpetua por anos e ainda não foi encontrada soluções para tal problemática, e a mesma está
presente em diversos países mundo afora, sejam eles países pobres ou países ricos, na maioria dos casos é
resultado da cultura, onde homens acreditam que têm poder sobre as mulheres.
Tal cultura se faz responsável por diversas violências, sejam elas físicas, psicológicas e econômicas, umas das
grandes questões que atrapalham o desenvolvimento de tais políticas  é que a grande maioria dos casos de
violência que não têm um cunho de acontecimentotão grave, não chegam às autoridades.
Sendo assim,, o que se tem é um número que seria emblematicamente maior, caso essas questões que não
são consideradas graves chegassem ao poder judiciário, portanto o psicólogo tem uma intervenção de
extrema importância diante da temática, o autor supracitado aponta que diante do  tema programas de
intervenção e educação são de extrema importância, ao ponto de que tais pro�ssionais são responsáveis por.
muitas vezes por debaterem os temas até mesmo em escolas. (SERAFIM, 2014).
Tais debates são extremamente relevantes, seja na orientação a ser tomada na conduta, seja no preparo
emocional para que os pro�ssionais e os envolvidos atuem nos casos, sempre buscando capacitá-los de uma
forma ética e técnica, para que não extrapolam suas competências e assim chegando a uma discussão
adequada para acolher as vítimas de determinados casos. Desta forma, a assistência à saúde de pessoas que
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sofrem com essa temática, deve ser completa, levando em consideração aspectos físicos e psicológicos
(SERAFIM, 2014).
Como forma de se aprofundar mais no caso fez uma entrevista com algumas pessoas para que elas os
respondessem acerca do conceito de violência, assim como seus desdobramentos, e para a maioria dos
sujeitos entrevistados a violência tem uma ligação direta com agressões físicas e verbais, corroborando
então com os dados levantados pela literatura em tela, embora questões de violência também pelo âmbito
moral tenham sido questionadas por algumas pessoas que foram entrevistadas. Em linhas gerais, para os
sujeitos, a violência tem um aspecto inerente que é a falta de respeito entre os companheiros e em alguns
casos a violência envolve desrespeito consigo mesmo, ou seja, com as próprias pessoas que estão envolvidas
na violência (SERAFIM, 2014).
Agora quando os sujeitos foram questionados a cerca de violência no âmbito doméstico e familiar, as
respostas foram de certo modo vagas, muitos não tinham uma ideia precisa do que seria tal violência. Para
alguns, a percepção de violência doméstica está intimamente conectada com a violência física, ou seja,
praticadas por pessoas que convivem dentro do mesmo lar. Desta forma poucas pessoas evidenciaram os
demais tipos de violência e algumas pessoas, por exemplo, acreditam ser natural a mulher praticar o ato
sexual com o marido sem sentir vontade, como se da relação viesse à obrigação de tais práticas sexuais ,
mesmo sem o consentimento de algum dos pares (SERAFIM, 2014).
Dentro da questão violência familiar ainda existe a questão da violência contra a criança e o adolescente,
conforme estimativa levantada pelo comitê de direitos humanos da presidência da república na época, a cada
8 minutos uma criança sofria por violência sexual. 
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atividadeAtividade
Como visto na unidade, a grande problemática da violência doméstica pode causar inúmeros problemas psíquicos
futuros para a família como um todo. Desta forma, Sera�m (2014 p. 182) pontua que o fato de a mulher muitas vezes
não condizer com a relação sexual é uma forma de violência contra ela cometida. Com base no exposto, assinale a
alternativa correta a respeito do tema.
SERAFIM, Antonio de Pádua. Psicologia e prática forense. 2. São Paulo Manole 2014.
a) As violências existem de ambos os sexos e em números é praticamente igual o número de mulheres que
praticam violência contra os homens.
b) Apesar de violências existirem de ambos os lados, evidencia-se que a mulher sofre unicamente por
violência física.
c) Apesar da questão de violência ser uma problemática presente nos dias atuais, ela nem sempre existiu, é
algo associado à sociedade moderna e aos tempos atuais.
d) A violência contra a mulher se restringe apenas a violência física e econômica.
e) Existem várias modalidades de violência seja ela, física, verbal, psicológica e econômica, um problema que
se prolonga ao longo de nossa sociedade.
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Analisando a história como um todo, Sera�m (2014) observa que o interesse dos estudiosos em psicologia
pelo tema desperta interesses de longa data. Tais experiências começaram em Nova York em meados de
1874, com o caso de Mary Ellen Wilson, que foi fortemente espancada pelos seus responsáveis, uma criança
de apenas 8 anos de idade. Tal caso foi responsável pela criação de um núcleo que veio a ser chamado de
Sociedade de prevenção à Crueldade contra as crianças. A criação de núcleo inspirou pro�ssionais de todo o
Violência Familiar:Violência Familiar:
Possibilidades dePossibilidades de
IntervençãoIntervenção
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mundo no qual criaram associações parecidas. No Brasil podemos pontuar como importante a criação do
ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, que veio a coibir e direcionar os direitos e deveres de uma
criança, Desta forma o estatuto que tem uma aplicabilidade questionada, mas uma relevância impar , no qual,
estabelece diversas sanções aos responsáveis, bem como delimita direitos a serem resguardados.
Dentre tais violências, ressalta-se a sexual que tem um forte impacto sobre a psique da criança, portanto
representa uma séria questão de saúde pública, por tais impactos causados à criança. Desta forma os meios
de violência podem ser físicos como também emocionais, sendo assim estudos demonstram que crianças e
adolescentes que passam por tais problemas tendem a desenvolver transtornos, como por exemplo,
transtorno de ansiedade, sintomas como depressão e também comportamentos agressivos, o estudo ainda
aponta que tal vítima, pode desenvolver problemas na questão de desenvolvimento sexual, assim como
grandes propensões a ter di�culdades com relações interpessoais (SERAFIM, 2014).
Em um estudo desenvolvido na Inglaterra foram evidenciados resultados que comprovam tais estatísticas.
Fram avaliados os casos de 100 mulheres, nas quais apresentavam questões relacionadas à bipolaridade.
Dessas 100 mulheres, 45% delas apresentaram histórico de abuso sexual durante sua vida. Em outro
levantamento, foram apontados que cerca de 33% de meninas que sofreram abuso apresentaram casos de
sofrimento mental antes mesmo dos 8 anos de idade. Vale ressaltar que cada pessoa age de uma forma,
levando em consideração também o tipo de abuso sofrido, assim como a capacidade de reação frente ao
abuso., Desta forma cada pessoa age de uma maneira e a relação interpessoal vai ser atingida de formas
diferentes (SERAFIM, 2014).
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A criança vítima de abuso sexual normalmente apresentam sintomas nos quais envolvem uma baixa
autoestima, têm uma percepção negativa a seu respeito, age como se a mesma não tivesse qualquer tipo de
valor para a sociedade e apontam um desequilíbrio em questões sexuais. Além do mais apresentam perda do
interesse por coisas rotineiras da vida, como por exemplo, desinteresse na escola, nos estudos, assim como
em brincadeiras típicas de sua idade. Percebe-se que pode ocorrer um isolamento por parte da criança,
isolamento social, dé�cit de linguagem e aprendizagem. Tal pesquisa também demonstrou que futuramente
existe uma propensão a apresentarem problemas relacionados com drogas, assim como ideias suicidas e
homicidas (SERAFIM, 2014).
A questão apresenta uma importância ímpar acerca do que algunsestudos apontam que, possivelmente,
7,4% das meninas assim como 3,3% dos meninos, já sofreram algum tipo de violência sexual. (SERAFIM,
2014). Na esfera penal, o Sera�m (2014), observa que existe uma frequência grande de jovens que vieram a
delinquir e estão mantidos em instituições penais, que sofreram abuso sexual, ou de certa forma, sofreram
negligência, ou experiência traumatizante, no contexto familiar., Acredita-se que o tratamento recebido por
estes jovens não sejam os adequados, não trazendo a real problemática para as discussões e desta forma,
punindo por punir, sendo certo que tais jovens voltarão a delinquir após passar por tais sanções, o abuso
sexual é um fato de enorme risco, para comportamentos delinquentes, na qual merecem as atenções
cabíveis, porém a problemática maior, é que a uma enorme prevalência daqueles que foram abusados, virem
a se tornarem abusadores quando adultos, ressalta-se então a importância da interdisciplinaridade entre
direito e psicologia, para evitar que tais casos aconteçam (SERAFIM, 2014).
Continuando a evidenciar tal temática voltada a nossa realidade, existe em nosso país o Nufor, Programa de
psiquiatria forense e Psicologia jurídica do instituto de psiquiatria jurídica do hospital das clínicas, desta
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forma entre os anos de 2005 a 2009 foram investigados alguns dados epidemiológicos de crianças e
adolescentes, nos quais foram analisados cerca de 130 meninas e 75 meninos que foram vítimas de abuso
sexual, assim como analisado o per�l do agressor além das repercussões causadas no âmbito
comportamental e psicológico. Foram observados então que 63,4% das vítimas eram do sexo feminino, e
36,6% eram do sexo masculino. Em relação a idade, entre os meninos ocorrem com  maior prevalência entre
os 3 aos 6 anos, 54,6% apresentaram a faixa etária que se encaixava como maior risco, entre as meninas a
faixa etária corresponde entre os 7 e os 10 anos (48,5%). E um dado relevante para o autor, e que foram
demonstrados na pesquisa é que os abusadores em sua maioria são pessoas próximas, como padrastos, tios
ou colegas da família que costumam frequentar a casa do abusado (SERAFIM, 2014).
Desta forma, evidenciamos que a participação dos psicólogos ajuda a evitar que tais estatísticas cresçam, e
trabalham com ênfase  acerca dos traumas, em como conter os danos causados no futuro. A participação do
direito penal, é para que se encontrem soluções adequadas, afastando esse caráter apenas de punição, visto
que muitos dos jovens retidos pelo aparelhamento penal apresentam histórico de traumas e abusos, e um
tratamento adequado acerca de tal fato, minimizam os índices de reinserção (SERAFIM, 2014).
Desta forma, cabe salientar que não existe um per�l traçado e delimitado de sintomas restritos a tal vivência.
Em uma determinada vítima pode ocorrer diversas situações como sintomas, além do mais, ressalta-se a
relevância de uma perícia psicológica adequada em tais casos, como forma de evidenciar as a�rmações
anteriormente feitas. Desta forma, é relevante selecionar pro�ssionais altamente capacitados para
exercerem tal atribuição para que se possam compreender todos os fenômenos ali envolvidos.
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É evidente que ações preventivas multidisciplinares e que tentem evidenciar os sintomas, observar as
crianças e que se envolvem pro�ssionais que consigam dirimir tais situações junto à família e a vítima, é uma
forma de evitarmos problemas tanto para a pessoa , quanto também para a sociedade (SERAFIM, 2014).
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saiba maisSaiba mais
Caros alunos, pode-se evidenciar que os modelos de punição
atualmente exercidos, que visam apenas o punir, tem uma crítica
a respeito de sua e�cácia assim como seu modo de execução.
Desta forma, segue um documentário que evidencia tal crítica.
Para mim é de extrema felicidade e importância indicá-lo, pois o
mesmo exerce uma grande relevância acerca da temática.
Portanto para se aprofundarem nos conhecimentos acesse.
ASS IST IR
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atividadeAtividade
Conforme observado na unidade acima, podemos evidenciar que em síntese, uma unidade completou a outra, desta
forma trabalhamos em conjunto os mais variados tipos de violência. Sera�m (2014 p. 182), contempla que a
incidência de violência contra crianças e adolescentes se apresenta elevada, mesmo com ações governamentais. Com
base no exposto, assinale a alternativa correta a respeito da violência mais recorrente apontada pelo autor.
SERAFIM, Antonio de Pádua. Psicologia e prática forense. 2. São Paulo Manole 2014.
a) Observa-se que a violência de maior incidência é a moral.
b) Observa-se que a violência de maior incidência é a moral e física.
c) Observa-se que a cada 8 minutos, um menor de idade é vítima de abuso sexual no Brasil.
d) Observa-se que a cada 5 minutos um menor é vítima de abuso sexual no mundo.
e) Observa-se que a cada 30 minutos um menor é vítima de violência física no mundo.
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indicações
Material
Complementar
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L I V R O
Dos Delitos e Das Penas
Beccaria,Cesare
Editora: Martin Claret
ISBN: 9788544001394
Comentário: Caros, trata-se de uma das mais clássicas obras do direito, leitura
obrigatória não só para quem estuda as ciências jurídicas, mas para todos os
operadores das ciências sociais, o livro que foi inscrito em 1764, já trazia uma
re�exão acerca do cárcere, e que se faz totalmente atual.
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F I L M E
Salve Geral
Ano: 2009
 Comentário: Filme relevante para a temática abordada, pois relata a história
de um garoto que delinque e acaba sendo preso, em consequência ele adentra
a uma das maiores organizações criminosa do país e também do mundo, o
primeiro comando da capital. O �lme demonstra a crise que o sistema vive,
consequentemente a crescente dos grupos criminosos dentro do cárcere, vale
a pena assistirem caros, aproveitem!
Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer disponível em:
T R A I L E R
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conclusão
Conclusão
Meus caros, nesta unidade, pontuamos que é um dos estudos mais relevantes no cenário atual de nossa
sociedade, podemos evidenciar que a violência está presente de uma maneira muito signi�cativa nos dias
atuais, e pesquisar novos meios de sanção diferente dos convencionais aponta para um futuro esperançoso.
Nesta unidade evidenciamos que os meios de punição não surtem um efeito positivo para a sociedade, e
seguindo esta linha de raciocínio evidenciamos que os efeitos têm um re�exo diante toda a sociedade.
Portanto buscar novas linhas de pensar o cárcere é uma maneira de dirimir esses efeitos. Demonstramos
também o grave problema acerca da violência familiar e seus desdobramentos, assim como os danos
causados no futuro. Como nas outras unidades, pontuamos a importância de um estudo interdisciplinar para
o desenvolvimento social, e que tais estudos, devem ser impulsionados pelas políticas públicas.
No mais, é de uma alegria extrema tê-los até aqui, percorremos um caminho árduo, porém grati�cante e
muito importante para a criação de uma ciência crítica e um pensamento voltado ao humanismo e o social. As
sociedades carecem e temos que tratar a academia como uma trincheiraonde as ideias são debatidas, novos
ideais são propostos e que possamos levar tais conhecimentos para fora dos muros da universidade. O
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acesso a informação de qualidade se vê cada vez mais escasso e, desta forma, é de extrema relevância que
possamos ter um bom conteúdo. Estaremos sempre a disposição, procurem informação, forte abraço!
referências
Referências
Bibliográ�cas
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– Brasília-DF: CONANDA, 2006.
SOUSA, Edson Luiz André de; ZUGE, Márcia Barcellos Alves. Direito à palavra: interrogações acerca da
proposta da justiça restaurativa. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 31, n. 4, p. 826-839, 2011.
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