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EXECUÇÃO GERAL PARTE 4 Ana Bonfim- Processo Civil 1 Execução geral parte 4 EXECUÇÃO PARTE GERAL 4 13- CREDOR COM DIREITO DE RETENÇÃO Regras e princípio que servem para título judicial e extrajudicial. Art. 793. O exequente que estiver, por direito de retenção, na posse de coisa pertencente ao devedor não poderá promover a execução sobre outros bens senão depois de excutida a coisa que se achar em seu poder. Credor com direito de retenção, penhora é um ato processual, penhor é ato de direito material Pegar um empréstimo e empenhou as joias, é uma garantia de coisa móvel. Hipoteca é garantia de coisa imóvel, direito real de garantia Penhor é direito real de garantia de coisa móvel 793 é o exemplo claro do penhor, enquanto eu estou com a coisa pertence ao devedor. Se eu estou em posse dessa garantia, eu não posso executar nenhuma outra coisa enquanto não executar essa. Excussão é a execução da coisa dada em garantia, tenho que primeiro exaurir a garantia 14- BENEFÍCIO DE ORDEM E SUBROGAÇÃO DO FIADOR E DO SÓCIO Art. 794. O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeiro sejam executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e desembargados, indicando-os pormenorizadamente à penhora. § 1º Os bens do fiador ficarão sujeitos à execução se os do devedor, situados na mesma comarca que os seus, forem insuficientes à satisfação do direito do credor. § 2º O fiador que pagar a dívida poderá executar o afiançado nos autos do mesmo processo. § 3º O disposto no caput não se aplica se o fiador houver renunciado ao benefício de ordem. Art. 827 CC. O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam primeiro executados os bens do devedor. Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de ordem, a que se refere este artigo, deve nomear bens do devedor, sitos no mesmo município, livres e desembargados, quantos bastem para solver o débito. Art. 828 CC. Não aproveita este benefício ao fiador: I - se ele o renunciou expressamente; II - se se obrigou como principal pagador, ou devedor solidário; III - se o devedor for insolvente, ou falido. EXECUÇÃO GERAL PARTE 4 Ana Bonfim- Processo Civil 2 Execução geral parte 4 Figura do fiador, em se tratando de cumprimento eu não posso incluir o fiador se ele não participou da fase de conhecimento, se ele foi incluído na fase cognitiva ok, se não não posso inclui-lo Beneficio de ordem, primeiro o devedor principal, é aquele benefício entregue ao fiador. A fiador de B, executo A, ele pode indicar primeiro os bens do B, chamar B ao processo, pois é benefício de ordem, tem que avançar primeiro nos bens de B, não do fiador. Devedor principal e devedor secundário- traz outra possibilidade do 828- esse benefício de ordem cai por terra se o fiador renunciar, ou o que é muito comum em que eu assumo no contrato que eu sou o devedor principal e devedor solidário, deixando o status de devedor secundário. Devedor só pode chamar o fiador se ele tiver negado a posição de devedor secundário, senão não pode. Existe uma questão debatida, é uma questão que envolve a localização dos bens, mesma comarca, fiador é devedor secundário, tem bens nessa comarca, e o devedor tem bens em Botucatu, uma interpretação literal do texto de lei diz que se o devedor principal não tem bens na comarca da dívida dá-se a entender que os do fiador se executam em primeiro, mesmo ele sendo secundário. Jurisprudência questiona esse SE, e a maioria entende que a localização dos bens é de só menos importância que o que deve se privilegiar é o beneficio de ordem. Essa literalidade tem dado margem sobre qual calor jurídico dar maior status e tem prevalecido a ideia de que se deve privilegiar o beneficio de ordem em vez da localização dos bens. Fiador de sub-roga ao direito do credor quando paga a dívida do devedor, e vira o credor no mesmo processo. Art. 795. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, senão nos casos previstos em lei. § 1º O sócio réu, quando responsável pelo pagamento da dívida da sociedade, tem o direito de exigir que primeiro sejam excutidos os bens da sociedade. § 2º Incumbe ao sócio que alegar o benefício do § 1º nomear quantos bens da sociedade situados na mesma comarca, livres e desembargados, bastem para pagar o débito. § 3º O sócio que pagar a dívida poderá executar a sociedade nos autos do mesmo processo. § 4º Para a desconsideração da personalidade jurídica é obrigatória a observância do incidente previsto neste Código. Caput é a regra, formato da sociedade que permite a inclusão, a responsabilidade ilimitada e o IDPJ. O §2º novamente mostra sobre os bens da mesma comarca se o benefício de ordem caísse por terra §3º se um sócio paga a dívida sozinho pode cobrar depois dos outros sócios. §4º a desconsideração se dá através do incidente previsto 133 a 137 CPC EXECUÇÃO GERAL PARTE 4 Ana Bonfim- Processo Civil 3 Execução geral parte 4 15- DÍVIDAS DO ESPÓLIO E PARTILHA Art. 796. O espólio responde pelas dívidas do falecido, mas, feita a partilha, cada herdeiro responde por elas dentro das forças da herança e na proporção da parte que lhe coube. Herdeiros A B e C, cada herdeiro herdou 100 mil reais, se o pai tinha um dívida de 500 mil, ele só respondem pelos 100 que cada um ganhou, ou seja, não levam nada pra casa. 16- EXECUTADO QUE É DONO DE TERRENO SUBMETIDO AO REGIME DO DIREITO DE SUPERFICE Art. 791. Se a execução tiver por objeto obrigação de que seja sujeito passivo o proprietário de terreno submetido ao regime do direito de superfície, ou o superficiário, responderá pela dívida, exclusivamente, o direito real do qual é titular o executado, recaindo a penhora ou outros atos de constrição exclusivamente sobre o terreno, no primeiro caso, ou sobre a construção ou a plantação, no segundo caso. § 1º Os atos de constrição a que se refere o caput serão averbados separadamente na matrícula do imóvel, com a identificação do executado, do valor do crédito e do objeto sobre o qual recai o gravame, devendo o oficial destacar o bem que responde pela dívida, se o terreno, a construção ou a plantação, de modo a assegurar a publicidade da responsabilidade patrimonial de cada um deles pelas dívidas e pelas obrigações que a eles estão vinculadas. § 2º Aplica-se, no que couber, o disposto neste artigo à enfiteuse, à concessão de uso especial para fins de moradia e à concessão de direito real de uso. Eu posso ser proprietário de um terreno em Boraceia e eu faço um contrato para que B use direito de superfície, para que se construa benfeitorias, se um dia eu vender tenho que indenizar as benfeitorias de B. Se empresta terreno para que se efetue benfeitorias, dá muito problema no direito de família sobre isso, fala que emprestou o terreno, mas a outra parte disse que cedeu direito de superfície. Enfiteuse foi extinta pelo Art. 2038 CC Em suma podemos entender que o legislador quer segregar o dono do terreno e o direito de superfície, se a execução for contra o devedor e ele tiver direito de superfície posso penhorar esse direito, mas não a propriedade do dono do terreno, ou somente penhorar a propriedade, mas não o direito de superfície. Isso torna muito difícil quando se acha um bem nesse estado com o devedor como tendo direito de superfície.
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