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ENTEROBACTERIA E Escherichia coli COLIBACILOSES

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ENTEROBACTERIA 
Grupo de bactérias contendo mais de 40 gêneros nesta família, morfologicamente indistinguíveis, sendo diferenciados por propriedade bioquímicas e sequenciamento genético. Causando diversas patologias. Possuem diversos fatores de agressão, com grande variedade genética e capacidade de adquirir plasmídeos. Acomete tanto humanos como animais.
- Grupo de bactérias contendo mais de 40 gêneros que são morfologicamente indistinguíveis, são diferenciadas por propriedade bioquímicas e sequenciamento genético. Causa diversas patologias, possuem fatores de agressão, grande variedade genética, acomete tanto humanos como animais.
TIPOS DE PATOGÉNOS
 Do grupo das bactérias gram negativo, as enterobacterias estão no bacilos gram negativos 
Dividida em 2 grupos:
 Patógenos primários: formados por bactérias que tem capacidade de causar doença independente da situação do hospedeiro, tem força suficiente de causar infecção a qualquer um. São elas: Schigella, Salmonela, Yersinia, Klebsiella pneumoniae e Escherihia coli
 Patógenos oportunistas: bactérias que geralmente só conseguem causar infecção quando o hospedeiro está em desiquilíbrio. São elas: Klebsiella pneumoniae, Escherihia coli, Proteus, Serratia, Margonella, Enterobact, Providencia
FAMÍLIA ENTEROBACTERIACEAE - PRINCIPAIS NA MED VET
As principais bactérias na med vet:
 Escherichia: gastroenterite, pode causar infecção no trato urinário e reprodutor
 Salmonella: gastroenterite e em alguns animais infecção sistemica
 Yersinia: peste negra
 Proteus: oportunista
 Pseudomonas: oportunista
 Kebsiella: oportunista
 Serratia: oportunista
CARACTERISTICAS GERAIS
 Bastonetes, Gram-negativos não formadores de esporos 
 Difícil distinguir os gêneros pela microscopia 
 Fermentação açúcares identificação
 Diversos fatores de agressão:
 FLagelos peritríquios (exceto Klebsiella, Yersinia e algumas Salmonella ) 
 Destruídas - luz solar, dessecação, pasteurização e desinfetantes comuns
- Bastonetes gram negativos não formadores de esporos (não esporula), morfologicamente igual mas por dentro é diferente. Usa-se a fermentação de açucares para diferenciar uma da outra. Possui diversos fatores de agressão (capsula, diversas toxinas, antígeno O, fímbrias, plasmídeos, proteína anti fagocitária, endotoxina, plasmídeo, sideróforos e flagelos)
No ambiente é destruída pelo contato com o sol, dessecação, pasteurizaçõ e desinfetantes comuns
FATORES DE VIRULENCIA 
- As bactérias dessa família são muito patogênicas e possuem diversos fatores de agressão que promovem capacidade de resistir ao sistema imune e provocar danos nos tecidos do hospedeiro. Os principais fatores de agressão são:
Fímbrias: essencial para colonização pois essas bactérias conseguem aderir em praticamente qualquer tecido, mesmo aqueles que possuem movimentação de fluxo de substancias (como é o caso do intestino e do trato urinário)
Flagelos: proporcionam motilidade nos tecidos e também auxilia as fímbrias nas adesões
Sideróforo: responsável pela aquisição do elemento ferro, que é fundamental no metabolismo da bactéria pois ele estimula a divisão bacteriana e com isso sua população cresce de forma mais rápida
Endotoxina: como toda bactéria gram negativa, essa substancia promove febre e edema nos tecidos atingidos.
Plasmídemos: são fundamentais para essas bactérias pois promove o ganho de resistência a drogas e além disso pode ser passado para outras bactérias.
Cápsula: Dificulta a fagocitose e, também, inibe a ligação das proteínas do sistema complemento
Exotoxinas: depende de cada gênero bacteriano, algumas promovem necrose, outras interferem nas células intestinais provocando diarreia e até mesmo inibindo a multiplicação celular. 
Antígeno O: esta substancia inibe a fusão do fagossomo com o lisossomo, caso a bactéria for fagocitada e com isso ela sobrevive no citoplasma da célula fagocitica 
Proteína anti-fagocitácia: são proteínas secretadas que irão inibir as células fagocíticas diminuindo a sua capacidade de fagocitose
DIAGNOSTICO LABORATORIAL 
Se utiliza o meio de cultura, geralmente o agar emb que é dividido em lactose + e lactose – como visto no slide acima (Eschirichia fica verde)
Escherichia coli - COLIBACILOSES
Gastroenterite e infecções oportunistas
 Características Gerais 
-Família bacteriana 
-Fatores de Agressão:
Sorotipagem:
· Cápsula (Ag K) ~ 85 distintos 
· LPS (Ag O) ~170 grupos O sorologicamente distintos Sorotipagem 
· Flagelos (Ag H) ~100 distintos 
Diversas exotoxinas: 
· Enterotoxinas – LT e ST 
· Toxina Shiga-símile 
· Fator citotóxico necrosante e Hemolisina
- Possui muitas variantes genéticas (sorotipos) que estão associados a sua virulência, tipo de hospedeiro, tipo de infecção e gravidade
- provoca inicialmente gastroenterite e infecções oportunistas como no trato urinário, reprodutor e sistêmico
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
- Esta bactéria possui diversos sorotipos (variantes genéticas) que influenciam a sua virulência, hospedeiros suscetíveis, tipos de tecidos infectados, gravidade nos sinais clínicos e até mesmo distribuição geográfica. Os sorotipos da E. coli são formados por 3 fatores de agressão (antígeno K da cásula, antígeno O da endotoxina (LPS) e antígeno H dos flagelos) a combinação desses 3 formam um sorotipo. Até o momento já foram reconhecidos mais de 200 diferentes no mundo e algum desses são extremamente patogênicos. Mesmo aqueles de menor virulência são capazes de causar doença. Principalmente quando infectam um hospedeiro diferente pois alguns sorotipos compõe a microbiota intestinal de diversos hospedeiros.
- Foi descrita até o momento mais de 85 do Ag K, mais de 170 grupos do Ag O e mais de 100 diferentes do Ag H.
Exotoxinas: essa bactéria possui diversas exotoxinas e a quantidade depende de cada sorotipo, ou seja, algumas secretam mais do que outras. As principais são:
Enterotoxinas: provocam diarreia e contrações intestinais, sendo de 2 tipos LT (termolábio) que são destruídas pelo calor, e ST (termoestável) resiste a ação do calor.
Toxina Schiga-símile: tem a ação semelhante a aquela produzida pela Shigella que são citotóxicas, além disso, elas bloqueiam a multiplicação celular. Promove perda de líquido das células atingidas 
Fator citotóxico necrosante e hemolisina: promove necrose tecidual e destruição de hemácias. 
FONTES DE INFECÇÃO E TRANSMISSÃO 
 Microbiota intestino e ambiente (fezes) 
 Permanece em ambientes sujos (2meses e até 5 meses em água) 
 Via de transmissão fecal-oral -> gastrenterite 
 Via ascendente uretra - trato urinário 
 Via vaginal – útero 
 Via canal do teto - mastite 
 80-90% infecções urinárias – Humanos
- Faz parte da microbiota do intestino de varias animais, ou seja, o ambiente sujo com fezes é um ambiente propicio para haver surto. O animal pode pegar em contato com as fezes de outros animais ou alimentos contaminados ou da sua própria microbiota que migra para outros tecidos, geralmente os que estão próximos ao ânus. 
- Microbiota intestino e ambiente (fezes) 
- Essa bactéria permanece em ambientes sujos por até 2meses e até 5 meses em água suja. 
- Principal via de transmissão fecal-oral causa gastrenterite (essa bactéria causa infecção onde ela entra)
- Via ascendente uretra - infecção no trato urinário 
- Via vaginal – causa infecção no útero 
- Via canal do teto - causa mastite 
- Os locais que essa bactéria tem mais tendência a contaminar é a boca (pela ingestão), a uretra, a vagina e a glândula mamaria (pelo canal do teto)
- É responsável 80-90% infecções urinárias em Humanos 
- Em fêmeas a infecção urinária não é comum acontecer só em caso de quando o animal que é mantido preso e as fêmeas sentam sobre as suas próprias fezes, ou quando durante o ato sexual o macho esta com o prepúcio sujo. 
EPIDEMIOLOGIA
· Diversos animais e humano 
· Colibacilose – animais jovens (até 4 meses de idade) 
· Bezerros, potros, leitões, cordeiros 
· Imunidade colostral reduzida 
· Falta de higiene
· Superlotação e manejo 
· Má drenagem do curral
· Cria de novilhas – 4X mais chances
- Acometediversos animais e humanos - Colibacilose (termo usado para designar infecção causada por E.coli) – nos animais são mais graves em animais jovens (ate 4 meses de idade) o animal adulto geralmente é assintomático. 
- Embora todos os animais possam pegar é mais comum em animais de fazenda -Bezerros, potros, leitões, cordeiros. Porque são criados ao ar livre, em contato com fezes. 
- Imunidade colostral reduzida - outro motivo que torna animais jovens mais vulneráveis é quando a mãe não tem anticorpo contra E. coli ou quando ela não dá a quantidade necessária o animal tem a imunidade reduzida (muitas fêmeas não deixam os filhote mamarem, principalmente novilhas).
- Falta de higiene - fator preponderante principalmente a fezes. 
- Superlotação e manejo - ambiente com mais animais que o ambiente suporta ocorre falta de higiene e fezes no local. 
- Má drenagem do curral - um curral com pisos que acumulam fezes a tendência de ter colibaciloses é maior, o local precisa ter drenagem adequada. - Cria de novilhas – 4X mais chances - novilhas tem dificuldade de amamentar. 
PATOGENIA 
Septicemias 
 Infecções urinárias, piometra, mastite
 Gastrointestinal:
EIEC – enteroinvasiva - diarréia, febre, calafrios e dores abdominais 
EHEC – enterohemorrágica - diarréia sanguinolenta (O157:H7) e rins 
EPEC – enteropatogênica – destrói microvilosidades intestinais 
ETEC – enterotoxigênica – “Diarréia dos viajantes”, filhotes até 1 semana
- Como visto anteriormente, a E. coli pode provocar uma serie de infecções graves (sendo bastante dependente do sorotipo responsável). De modo geral, as formas mais comuns são: infecções urinarias, uterinas, mastite ambiental, septicemias e sobretudo infecções intestinais. Sendo assim, a diarreia provocada por toxinas dessa bactéria são bastante prevalentes embora o sorotipo envolvido influencia a gravidade da doença, sendo assim, são conhecidas 4 variantes mais prevalentes provocando um quadro gastrointestinal:
EIEC (enteroinvasiva): denominada E. coli enteroinvasiva, são variantes que provoca diarreia grave, febre alta, calafrios, cólicas e em animais jovens, pode acabar invadindo o epitélio intestinal e caindo na corrente sanguínea se tornando invasiva, podendo inclusive, causar a morte pois suas toxinas espalham pelo corpo.
EHEC (enterohemorrágica): essa é considerada aquela mais patogênica de todas pois provocam diarreia com presença de sangue e além disso, tem tropismo também, em colonizar os rins causando pielonefrite (rins acometidos por um patógeno). São aquelas causadas pelo sorotipo O157-H7 e inclusive, se não for feito o tratamento pode até levar a morte.
EPEC (enteropatogenica): é aquela mais encontrada em bezerros e leitões, são variantes que irão colonizar os enterócitos liberando toxinas potentes causando um desarranjo no citoesqueleto que vai prejudicar as micro vilosidades intestinais além de promover a diarreia intensa debilitando esses animais, tendo necessidade de realizar tratamento de reposição hidroeletrolítica e antibióticos. Geralmente essa infecção decorre do contato com fezes dos adultos que possuem sorotipos mais agressivos. 
ETEC (enterotoxigenica): é a mais encontrada em animais de fazenda com menos de 1 semana de vida que muitas vezes nem possuem microbiota residente se tornando um local bastante vulnerável. São diversas toxinas secretadas tais como, a LT e ST que irão causar um desequilíbrio nos enterócitos que acabam expulsando liquido para luz intestinal, levando a diarreia e perda de eletrólitos. Geralmente ocorre por descuido durante o manejo desses animais na primeira semana de vida. Em humanos causa uma doença denominada “diarreia dos viajantes” pois está associada a ingestão de agua e alimento contaminados quando um viajante para na estrada para se alimentar na estrada.
 Infecção urinária: As fêmeas são mais suscetíveis às infecções urinárias pelo fato do orifício urinário estar próximo da mucosa anal, quando comparado com os machos. Principalmente quando a fêmea tem o hábito de sentar sobre as fezes, dessa maneira, a bactéria coloniza a uretra e sobe até chegar a bexiga, causando cistite (infecção da bexiga).
- PI: 3 a 7 dias
PATOGENIA - Gastroenterite (ETEC)
	
PATOGENIA - Gastroenterite (EPEC)
PATOGENIA - Septicemia (EIEC)
PATOGENIA - infecção urinária
 
DIAGNOSTICO
 Diagnóstico Laboratorial
 -Amostras clínicas depende da doença 
-Meios seletivos 
-Anti-soros específicos 
- As amostras clinicas vai depender dos sintomas, diarreia coleta as vezes, mastite coleta o leite...
- Usa o meios seletivos, usa o EMB que formam colônias verdes brilhantes e também, o agar rugai, que irão indicar a E. coli 
- para saber o sorotipo usa o anti-soro específico. Produz em laboratório anticorpo e mistura com cada sorotipo (O ou H ou K), espera uns minutos e naquela que formar coágulos/reagir é pq houve o anticorpo.
 Tratamento 
-Evolução clínica rápida 
-Reposição hidro-eletrolítica 
-Ideal antibiograma 
-Trimetoprim-sulfa, Sulfas, Neomicina
 -Amoxicilina-clavulanato (genito-urinário)
- Como evolui de uma forma muito rápida, repõe os eletrólitos do corpo, rehidrata
- O ideal é fazer um antibiograma para usar o antibiótico, os que geralmente dão certo Trimetoprim-sulfa, sulfas e neomicina
- Em piometra ou cistite os que costumam dá certo são amoxicilina-clavulanato (genito-urinário)
 
SINAIS CLINICO 
Como a forma clínica mais comum é a diarreia os sintomas são aqueles clássicos como vomito, fezes liquidas, febre, calafrios e dores abdominais. Os animais costumam perder peso e o tratamento é fundamental para a sua própria recuperação. O período de diarreia pode ser de 2 a 5 dias mas dependendo do sorotipo e da idade do animal, pode acabar vir a óbito.
MEDIDAS PROFILÁTICAS
 Melhorar o manejo 
 Filhotes separados de adultos 
 Higiene das instalações 
 VACINAÇÃO – POLIVALENTE 
-> Diversos agentes de diarréia 
-> Apenas matrizes – imunidade passiva para filhotes 
-> Duas doses em toda gestação 
-> A segunda dose sempre 3 a 6 semanas antes parto
- melhorar o manejo (como separar o filhote da mãe para evitar estresse, não ter contato com as fezes dos adultos), separar os filhotes e adultos, higiene das instalações 
- Vacina recomendada para animais de produção principalmente bovinos, suínos, caprinos... vacina polivalente contra os principais agentes de diarreia, não vacina os filhotes, apenas as mães para elas criarem imunidade e passarem para o filhote durante a gestação e pelo colostro, essa imunidade vai durar até 40 dias nos filhotes que é o período de risco para essa doença.
- a segunda dose 3 a 6 semanas antes do parto e a primeira é 1 mês antes da segunda.

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