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Tutoria 1 - Caindo na Real

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Tutoria 1
Objetivos:
Definir Epidemiologia e suas
origens;
Caracterizar e relacionar as
transições demográfica,
epidemiológica e nutricional.
Compreender os determinantes
sociais de saúde.
Discutir as estratégias de
promoção de saúde e de
prevenção de doenças.
Relacionar os conceitos
anteriores com a mudança do
processo de saúde-doença da
população.
Epidemiologia
Histórico:
Papel de John Snow (LONDRES) na
formação da Epidemiologia enquanto
ciência, ao evidenciar a HIPÓTESE
CAUSAL entre doença e o consumo
de água contaminada, o que fez cair a
“fama” do modelo causal da teoria dos
miasmas (Rouquayrol, 8ª ed).
Snow foi pioneiro no ramo da
cartografia médica, pois, ainda que
sem recursos tecnológicos suficientes,
desenvolveu observações
sistemáticas, dando “vida” ao primeiro
estudo ecológico. Tais ações
contribuíram para a modulação da
ciência em questão de modo a tornar
formas de transmissão e combate às
enfermidades o foco da Epidemiologia.
Com o passar dos anos, a expectativa
de vida nos países desenvolvidos,
principalmente, subiu em virtude do
declínio da incidência de doenças
infectocontagiosas, entretanto,
doenças de aspectos não
transmissíveis entraram em “voga” no
ramo epidemiológico.
“Agora muito mais abrangente, a
epidemiologia se preocupa com a
agudização das doenças
infecciosas, a qualidade dos
cuidados de saúde, os problemas
de saúde mental, as doenças do
trabalho, os impactos ambientais e
o bioterrorismo.” (Rouquayrol)
Conceito:
Estuda o processo saúde-doença em
coletividades humanas, analisando a
distribuição e os fatores determinantes
do risco de doenças, agravos e
eventos associados à saúde,
propondo medidas específicas de
prevenção, controle ou erradicação de
doenças, danos ou problemas de
saúde e de proteção, promoção ou
recuperação da saúde individual e
coletiva, produzindo informação e
conhecimento para apoiar a tomada
de decisão no planejamento,
administração e avaliação de
sistemas, programas, serviços e ações
de saúde. (Rouquayrol, 8ª ed)
Ficou difícil? Entenda:
1. A atenção epidemiológica
envolve não somente uma
escala massiva de doenças,
mas também engloba os não
doentes sob um olhar coletivo.
2. Ausência de saúde: é
estudado sob a forma de
doenças infecciosas, não
infecciosas e de agravos à
integridade.
3. Processo saúde-doença:
ajuda a definir a dinâmica dos
agregados sociais. Em
essência, ele indica o modo
específico pelo qual ocorre o
processo biológico de desgaste
e reprodução, destacando a
presença de um funcionamento
biológico diferente, com
consequências para o
desenvolvimento regular das
atividades cotidianas, isto é, o
surgimento de doenças.
(Rouquayrol)
4. Aplica-se um método
epidemiológico ao estudo de
possíveis associações entre
fatores determinantes
suspeitos e a ausência de
saúde (DOENÇA).
5. Prevenção: busca impedir que
uma doença possa afligir a
qualidade de vida de indivíduos
sadios.
5.1 Controle: visa diminuir o
número de casos novos
(incidência) a níveis mínimos.
5.2 Erradicação: surge após as
medidas de PREVENÇÃO, pois
indica a não ocorrência de doença
independente da existência de
CONTROLE. Ex: Varíola
erradicada em 1977.
5.3 Promoção: quer reduzir as
diferenças no quesito saúde e
garantir recursos igualitários às
pessoas para que o potencial de
saúde seja atingido. Para isso,
busca-se solidificar a base do
que configura qualidade de vida:
ambientes favoráveis, acesso à
informação, experiências e
habilidades na vida, etc. Ou seja,
está intimamente relacionada aos
fatores determinantes de saúde.
Objetivo global da epidemiologia:
Estuda “a ocorrência e distribuição
de eventos relacionados com a
saúde das populações, além do
estudo dos fatores determinantes
e a aplicação desse conhecimento
para controlar problemas de
saúde” (PORTA, 2008).
Determinantes Sociais de Saúde
Conceito:
Os DSS foram definidos pela
comissão referenciada como os
fatores sociais, econômicos,
culturais, étnicos/raciais,
psicológicos e comportamentais
que influenciam a ocorrência de
problemas de saúde e seus fatores
de risco na população. Essa
definição contempla as dimensões
de vida dos sujeitos e tem forte
relação com o modelo de DSS
proposto por Dahlgren &
Whitehead (1991) e adotado pela
OMS.
Relaciona saúde e condições sociais.
Percurso conceitual como base para
compreensão do processo
saúde-doença:
1. Eixo paradigmático: onde
situa-se a legislação lógica do
conhecimento de uma época
determinada e os saberes
organizados. Ex: pensamentos,
valores e ideias de uma época.
2. Eixo discursivo: onde há
legitimação institucional dos
conceitos de saúde/doença. Ex:
Declaração de Alma-Ata, OMS,
8ª Conferência Nacional de
Saúde.
3. Eixo político: onde atua o
campo normativo, jurídico e
institucional no interior do
Estado (políticas públicas). Ex:
artigo 196 da CF.
Medicina social
- Virchow como pioneiro, por ter
declarado que as causas das
enfermidades estão atreladas
às condições de vida da
população pobre.
- Contexto: mudança dos meios
de produção - Revolução
Industrial, condições insalubres
de vida, pobreza em demasia.
- Tais perspectivas corroboraram
para “estourar” a bolha da
concepção biologicista e
instigar a ampliação do que
afeta a saúde de um indivíduo
enquanto parte da sociedade.
Obs: citar a título de curiosidade
Política do Bem Estar Social. Citar
também a frase de Platão (O
importante não é viver, mas sim viver
bem).
Modelo adotado pela OMS:
1. Dahlgren & Whitehead (1991):
Propicia a identificação de
pontos que servem para
orientar a implementação e
implantação de políticas
públicas direcionadas para a
redução de desigualdades
oriundas das condições sociais
de um indivíduo. Como torná-lo
útil? Deve-se fundamentá-lo em
intersetorialidade, participação
social e evidências científicas
(CNDSS 2008).
Apresenta quatro níveis de
intervenção política:
Nível 1 - Introdução de mudanças
estruturais a longo prazo (Requer
ações nacionais e internacionais).
Nível 2 - Intervenções para promover
melhorias nas condições materiais e
sociais em que as pessoas vivem
(Emprego, alimentação, segurança).
Nível 3 - Intervenções voltadas para o
incentivo do apoio social entre as
pessoas (família, amigos,
associações, etc).
Nível 4 - Intervenções com intuito de
melhorar o estilo de vida e as atitudes
individuais de cada pessoa (educação
em saúde).
Transições
1. Demográfica:
Possui quatro estágios -
equilíbrio populacional (alta
taxa de mortalidade e
natalidade), explosão
demográfica (baixa taxa de
mortalidade e alta taxa de
fecundidade), envelhecimento
da população (redução das
taxas de fecundidade e baixa
taxa de mortalidade) e fase
moderna de transição
(equilíbrio entre baixa taxa de
fecundidade e mortalidade).
2. Epidemiológica: evidencia
mudanças nos padrões de
morbimortalidade. Omran
propõe quatro estágios
característicos e um em
potencial:
• Período das pragas e da fome;
• Período do desaparecimento das
pandemias;
• Período das doenças
degenerativas e provocadas pelo
homem;
• Período do declínio da
mortalidade por doenças
cardiovasculares, modificações no
estilo de vida, doenças
emergentes e ressurgimento de
doenças;
• Período de longevidade
paradoxal, emergência de doenças
enigmáticas e capacitação
tecnológica para a sobrevivência
do inapto.
Caso do Brasil: há uma superposição das
doenças ditas do atraso sobre as doenças
da modernidade. Por quê? Apesar de
haver diminuído o número de mortalidade
causada por doenças infecto-contagiosas,
estas ainda não foram erradicadas, de
fato (citar exemplo da volta do Sarampo -
procurar).
3. Nutricional:
Refere-se a mudanças nos
padrões de nutrição.
O quadro nutricional esteve
marcado por surtos epidêmicos
de fome, que estavam
geográfica e socialmente
localizados, com altos índices
de prevalência das formas
graves e severas de
desnutrição energética protéica
(DEP). Diferente da década de
1970, em 1980 asituação
nutricional passou por uma
deficiência global de nutrientes,
distribuindo-se por todo o país.
Na década de 1990, além da
manutenção do grave problema
da DEP, observou-se o
acréscimo da obesidade,
diabetes e dislipidemias
(SAWAYA, 1997; ESCODA,
2002).
Estratégias de promoção de saúde e
de prevenção de doenças
1. Prevenção: é definido como
“ação antecipada, baseada no
conhecimento da história
natural a fim de tornar
improvável o progresso
posterior da doença”.
2. A prevenção apresenta-se em
três fases.
a. Prevenção primária: é a
realizada no período de
pré-patogênese.
O conceito de promoção
da saúde aparece como
um dos níveis da
prevenção primária,
definido como “medidas
destinadas a
desenvolver uma saúde
ótima”.
Um segundo nível da
prevenção primária seria
a proteção específica
“contra agentes
patológicos ou pelo
estabelecimento de
barreiras contra os
agentes do meio
ambiente”.
b. Prevenção secundária:
também se apresenta
em dois níveis: o
primeiro, diagnóstico e
tratamento precoce e o
segundo, limitação da
invalidez.
c. Prevenção terciária: diz
respeito a ações de
reabilitação.
Referências
● Unidade_6.pdf
(https://www.unasus.unifesp.br/bibl
ioteca_virtual/esf/1/modulo_politico
_gestor/Unidade_6.pdfunifesp.br)
● ROUQUAYROL, M.Z; GURGEL,
M.. Epidemiologia & Saúde. 8ª
edição. Editora científica. 2018.
● OLIVEIRA, Ronaldo Coimbra. A
transição nutricional no contexto
da transição demográfica e
epidemiológica. Disponível em
<revista caderno05 p.
16-23(bhttps://docs.bvsalud.org/bi
blioref/coleciona-sus/2004/28163
/28163-380.pdfvsalud.org)>.
Acesso em: 06 de março de 2022.
https://docs.bvsalud.org/biblioref/coleciona-sus/2004/28163/28163-380.pdf

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