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Patologias obstétricas Toxoplasmose, rubéola, HIV, sífilis, hepatites virais, citomegalovírus TOXOPLASMOSE Prevalência 54-75 % população brasileira Incidência na gestação: 0,2 –1 % Agente Toxoplasma gondii Ciclo infeccioso: Se acomete início da gestação tem maior risco de acometimento fetal Pacientes se contaminam principalmente pela alimentação, água, frutas e verduras contaminados. Agravos anatômicos e funcionais Restrição de crescimento intrauterino, morte fetal e prematuridade e/ou manifestações clínicas e sequelas como microftalmia, lesões oculares, microcefalia, hidrocefalia Maioria dos casos ASSINTOMÁTICOS Objetivo da sorologia no pré-natal: identificar as gestantes susceptível – prevenção primária EXAMES IgM e IgG para toxoplasmose Otimizar os cuidados para prevenir infecção aguda e detectar precocemente, visando prevenir a transmissão fetal. Rastreamento pré-natal: TRIMESTRAL EM PACIENTES SUSCEPTÍVEIS. FORMAS DE PREVENÇÃO: Lavar as mãos ao manipular alimentos; Lavar bem frutas, legumes e verduras antes de se alimentar; Evitar contato com fezes de gato no lixo ou solo; Alimentar os gatos com carne cozida ou ração, não deixando que estes ingiram caça Não ingerir carnes cruas, mal-cozidas ou mal-passadas, incluindo embutidos (salame, copa etc.); Evitar contato com o solo e terra de jardim; se indispensável, usar luvas e lavar bem as mãos após; Após manusear carne crua, lavar bem as mãos, assim como também toda a superfície e todos os utensílios utilizados; Não consumir leite e seus derivados crus, não pasteurizados, seja leite de vaca ou de cabra. Propor que outra pessoa limpe a caixa de areia dos gatos e, caso não seja possível, limpá-la e trocá-la diariamente utilizando luvas e pazinhas. Lavar bem as mãos após contato com os animais. DIAGNÓSTICO: Triagem por meio da detecção de anticorpos da classe IgG e IgM na primeira consulta de pré-natal IgM (marcador da fase aguda) : duas semanas após infecção e podem persistir por anos IgG: pico de seis a oito semanas INTERPRETAÇÃO DOS EXAMES E CONDUTA Na presença de anticorpos IgG positivos e IgM negativos, considera-se a gestante imune. Gestante susceptível: orientar sobre as medidas para evitar a contaminação. Infecção aguda: (se falso negativo, com a repetição do exame o IgG continua negativo) começa o tratamento. - IgM positivo e IgG não reagente: iniciar espiramicina 3g/dia e repetir sorologias em 2 a 3 semanas ESPIRAMICINA 500 mg (1.500.00 UI) 2 comp. Dois positivos: TESTE DE AVIDEZ POR IgG (determinar se é infecção recente ou tardia, visto que alta avidez indica que os anticorpos foram produzidos há mais de 12 – 16 semanas) Quanto mais IgG – mais alta a avidez. TESTE ALTO: infecção crônica, há mais de 4 meses – não tratar, nem fazer testes adicionais BAIXA AVIDEZ: infecção recente – iniciar tratamento com espiramicina (para não passar para o feto) Se no primeiro exame solicitado, detecta-se IgM, caso a gestação tenha menos de 16 semanas, deve ser feito IMEDIATAMENTE o teste de avidez de IgG. (Nos exames realizados após 16 semanas, não há necessidade de solicitar o teste de avidez de IgG.) TRATAMENTO Se a infecção se der após a 30ª semana, RECOMENDA-SE instituir o tratamento TRÍPLICE MATERNO (trata também o feto): PIRIMETAMINA (50 mg/dia), 25 mg de 12/12 horas, por via oral; SULFADIAZINA (3g/dia), 1.500 mg de 12/12 horas por via oral; e ÁCIDO FÓLICO, 15 mg/dia, este imprescindível para prevenção de aplasia medular causada pela pirimetamina. DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO FETAL Pode ser feito por meio de PCR do líquido amniótico, a partir da 18a semana. Se confirmada a infecção fetal, instituir o tratamento tríplice até o parto. Hemograma semanal quando esquema tríplice. ULTRASSONOGRAFIA Diagnostica as complicações da toxoplasmose fetal: hidrocefalia, calcificações cerebrais, ascite fetal e alterações da ecotextura hepática e esplênica. TRANSMISSÃO VERTICAL: Infecção materna aguda Sintomas gripais Febre Aumento de linfonodos
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