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É realizado com o objetivo de facilitar a remoção e controle do biofilme, contribuindo para preservação da saúde do periodonto; OBJETIVOS ESPECÍFICOS Criar aceso para a raspagem e alisamento radicular; Estabelecer morfologia gengival que facilite o controle de biofilme pelo paciente; Promover a reinserção periodontal perdida na doença periodontal; Também tem papel na preparação pré- protética, incluindo a colocação de implantes. Acesso para a raspagem e alisamento radicular; Estabelecimento de estética pela redução de tecido moles em sítios com excesso gengival; Restabelecimento do espaço biológico para execução de procedimentos restauradores; Exploração para determinação de prognóstico; Biópsias para diagnóstico de lesões em gengiva; Procedimentos regenerativos. CONTRA-INDICAÇÕES: Pacientes que apresentam alto índice de biofilme; Pacientes tabagistas; Presença de bolsas rasas (profundidade de sondagem inferior a 4,2 mm resulta em perda de inserção clínica; Consequências estéticas; Grau de envolvimento conjuntivo e ósseo alveolar do dente. Pacientes com condições sistêmicas. Realizar uma anamnese detalhada, estando ciente das condições e histórico médico do paciente; Além disso é importante avaliar as condições de higiene oral do paciente; Medicamentos em uso: é necessário de atentar os remédios que o paciente está fazendo uso, buscando saber sua influência durante a cirurgia; CONDUTAS A SEREM ABORDADAS: Aferir a pressão arterial do paciente, principalmente antes do procedimento; Solicitar exames complementares dias antes do procedimento: └ Hemograma; └ Glicemia; └ TP, TTP, INR; └ Radiografias. Realizar profilaxia antibiótica, quando o paciente apresenta riscos sistêmicos, como risco de endocardite bacteriana – administrar 2g de amoxicilina ou 600mg de clindamicina 1 horas antes do procedimento; Gengivectomia e Gengivoplastia Antes de realizar a cirurgia periodontal, é necessário avaliar: └ Condições de higiene oral do paciente: uma gengiva com acúmulo de biofilme e doença periodontal pode gerar um processo inflamatório após a cirurgia, tornando a gengiva mais sangrante e dificultando a cicatrização do tecido; └ Presença de patologias periodontais: a adequação bucal sempre deve vir antes da intervenção cirúrgica periodontal; └ Qualidade e quantidade de tecidos remanescentes: tanto o tecido gengival quanto tecido ósseo devem ser avaliados para planejamento da cirurgia; Controle de biofilme e de infecção: └ Deve-se avaliar a posição da margem gengival, verificando os riscos de infecção local por acúmulo de biofilme; └ Verificar as condições de higiene oral e se o paciente mantem essas condições em dia. Selecionar a técnica mais adequada para o caso; Avaliar o prognóstico da cicatrização da ferida cirúrgica; O caso e a técnica cirúrgica deve ser selecionada juntamente com o paciente, avaliando as individualidades e limitações do paciente. CONHECIMENTO ANATÔMICO DA ÁREA OPERADA Para realizar a cirurgia periodontal, é necessário se atentar aos reparos anatômicos; Maxila: └ Linha do sorriso e simetria; └ Presença do forame incisivo e forame do vaso nervoso palatino; └ Altura dos zênites gengivais; Mandíbula: └ Inserções musculares e presença de glândulas salivares; └ Presença da artéria facial e lingual e nervo mentoniano e lingual; 1. Antissepsia das mãos e uso de EPIs └ Paramentação com gorro, máscara e face shield; └ Lavagem das mãos com água e sabão; └ Colocação do capote cirúrgico e luvas cirúrgicas. 2. Antissepsia intra e extraoral └ Bochecho com clorexidina a 0,12%; └ Passar na face do paciente com gaze estéril a solução de clorexidina a 2% (sempre da porção média da face para a porção lateral); 3. Instrumental adequado └ O planejamento prévio é essencial, principalmente em relação a seleção e organização dos instrumentais; └ Verificar as condições e afiação dos instrumentais antes do início da cirurgia; └ Um instrumento afiado garantirá menos desconforto ao paciente, menor tempo operatório e menor desgaste do operador; 4. Visibilidade de campo e iluminação 5. Minimizar a tensão e a ansiedade do paciente └ Operar de forma suave e cuidadosa, evitando movimentos bruscos e intempestivos; └ Observar o paciente em todos os momentos, verificar o silêncio operatório – anestesia troncular ou infiltrativa mais complementares (papilar) Conceito antigo: └ Procedimento para remoção de bolsas periodontais, realizado no tratamento cirúrgico de periodontites; Conceito atual: └ Procedimento para remoção de falsas bolsas, removendo o tecido gengival hiperplásico para estabelecimento do contorno gengival anatômico e funcional; └ Propicia um contorno gengival fisiológico que favoreça um efetivo controle de biofilme pelo paciente; Antes de realizar a Gengivectomia, o paciente deve passar por um efetivo controle de biofilme supra e subgengival e remoção de fatores retentivos de placa. Requisitos clínicos: gengiva fibrosa, presença de boa faixa de gengiva inserida e bolsa rasas supracrestais. GENGIVECTOMIA X GENGIVOPLASTIA Gengivectomia: remoção excisional dos tecidos gengivais para eliminação do excesso gengival; Gengivoplastia: recontorno da gengiva para criar contornos fisiológicos; Portanto a gengivectomia consiste na remoção de tecidos moles sem expor a crista óssea, eliminação completa de tecido em excesso, promovendo a profundidade de sondagem ideal; A gengivoplastia é realizada também após a gengivectomia, para retomar os recontornos gengivais; INDICAÇÕES TERAPEÚTICAS A gengivectomia é indicada para os casos de hiperplasia gengival, com falsas bolsas periodontais, como nos casos de: └ Hiperplasias gengivais inflamatórias; └ Hiperplasia gengival medicamentosa; └ Fibromatose gengival hereditária; └ Necessidade de exposição da coroa/correção de defeitos estéticos; Também pode ser indicada em casos de estética do sorriso, como no ajuste do comprimento dos dentes; Em casos de erupção passiva alterada por anomalia de desenvolvimento; Revestimento de partes das coroas anatômicas pela gengiva; Em casos de dentes com formatos quadrados e gengiva espessa. A gengivectomia também é indicada em casos de procedimentos restauradores, em casos de correção de defeitos gengivais, como: └ Sequelas de gengivite ulcerativa necrosante; └ Invaginações teciduais após movimentação ortodôntica; CONTRA-INDICAÇÕES Debilidades sistêmicas não compensadas que inviabilizariam qualquer cirurgia; Quando há necessidade de manipulação e exame de superfície óssea remanescente; Tecidos edemaciados e com flacidez; Falta de controle de biofilme. TÉCNICA CIRÚRGICA 1. Anestesia: └ A técnica anestésica vai depender do campo a ser operado; └ Pode optar pela anestesia terminal infiltrativa ou troncular, sendo complementada pela anestesia interpapilar. └ Preferir mepivacaína (1 tubete e meio) 2. Marcações dos pontos sangrantes: └ Servirá de referência durante a incisão; └ Será medida a profundidade das bolsas com o auxílio de uma sonda periodontal milimetrada; └ A sonda será inserida paralelamente ao longo eixo do dente, no sulco gengival clínico; └ Essas medidas são transpassadas para a face vestibular e palatina ou lingual e, logo após, a gengiva é perfurada com a sonda periodontal, até que sua ponta encontre uma superfície firme, produzindo um ponto sangrante externa; └ As marcações devem ser feitas em três pontos: duas nas porções proximais do dente e uma na porção mediana, de acordo com a medição da profundidade de sondagem; └ Outro instrumental que pode serlançado mão é a Sonda Crane Kaplan, que é semelhante a uma sonda, no qual uma ponta da sonda é inserida na bolsa periodontal e a outra ponta fica na porção externa, sendo responsável pela perfuração do ponto sangrante. 3. Incisão primária: └ Pode ser feita com bisturi de Kirkland ou com o bisturi Bard Parker + Lâmina 15C; └ Na incisão primária deve-se delimitar um bisel externo de 45º; └ Inicia-se a incisão apicalmente aos pontos sangrantes com a posição da lâmina angulada no sentido da base da bolsa, de forma que forme um bisel de 45º em relação ao dente; └ Esta incisão deve ficar o mais próximo possível do osso sem expô-lo; 4. Incisão secundária: └ Pode ser feita com o bisturi de Orban nº 1 ou 2; └ A incisão é feita através da área interdental, complementando a incisão inicial nas porções mais profundas da papila; └ Separa o tecido mole interproximal do periodonto remanescente; └ A posição da lâmina também deve ser angulada, biselada, permitindo assim que suas duas vertentes, mesial e distal, sejam incisadas, de forma a conferir que a papila termine a zero grau em relação às superfícies dentárias. 5. Remoção de tecido gengival: └ Os tecidos incisados devem ser então removidos cuidadosamente; └ Realizada com as curetas periodontais com devida afiação; 6. Raspagem: └ Deve ser removido o tecido de granulação, biofilme e cálculo, além dos fatores retentivos de biofilme; └ Porções de tecido gengival remanescente parcialmente presos ao periodonto também são removidos; └ Removido com o auxílio de cureta. 7. Limpeza do campo operatório: └ Deve ser realizada com soro fisiológico e gaze, servindo para remoção de granulação tecidual; 8. Modelagem (Gengivoplastia): └ Tem a função de devolver ao tecido gengival a manutenção do ângulo de 0º com a superfície dentária; └ O contorno gengival deve acompanhar o colo dos dentes; └ Deve-se utilizar o gengivótomo de Kirkland, brocas diamantadas de granulação fina com refrigeração, alicate periodontal ou de cutícula ou tesouras delicadas (Golgman-Fox ou de Castroviejo); 9. Toalete: └ Utilizar gaze úmida com soro fisiológico e fazer hemostasia com gaze; 10. Colocação de cimento cirúrgico: └ Deve ser feita com a inserção do cimento em regiões interdentais; └ É opcional, servindo para a proteção da ferida; └ É recomendável principalmente nos primeiros 3 dias; CIMENTOS CIRÚRGICOS O principal cimento cirúrgico é o cimento de óxido de zinco sem eugenol: é formado por uma pasta base e uma pasta catalisadora; O cimento cirúrgico não causa irritação nem reações alérgicas; Não tem a função de cicatrização, podendo até atrapalhar a cicatrização e dificulta a higiene oral; Funções: hemostasia, proteção da ferida cirúrgica e conforto ao paciente. A manipulação deve ser feita pela mistura da paste base e da pasta catalisadora; quando a pasta começar a endurecer e perder sua característica pegajosa e mole, umedecer as mãos e fazer um bolinha e posicionar na ferida cirúrgica. PÓS-OPERATÓRIO Ao final da cirurgia, deve ser prescrito analgésicos e bochechos de clorexidina a 0,12%; Recomendações: └ Alimentação fria e pastosa por 24h; └ Evitar mastigar e escovar o dente do lado operado; └ Evitar alimentos duros; └ Evitar esforços físicos por 72h; └ A remoção do cimento deve ser em, no máximo, 7 dias. O pós-operatório é com pouco ou nenhuma sintomatologia, com pouco sangramento e sem edema; O reparo ocorre por segunda intenção. É uma reconformação da gengiva para criar contornos estéticos, com o único propósito de recontornar a gengiva na ausência de doença periodontal; Indica-se a gengivoplastia quando se necessita remover tecidos muito mais em espessura do que propriamente em altura; INDICAÇÕES Adelgaçamento gengival nos casos de espessamento gengival decorrente de adaptação de coroas ou de bandas ortodônticas; Hiperplasias gengivais; Correção da posição anormalmente coronária da gengiva; Recontorno gengival estético. TÉCNICA CIRÚRGICA Pode ser feita com gengivótomos, bisturis ou brocas rotatórias diamantadas de granulação fina; Consiste em procedimentos que se diminuem a margem gengival, criando um contorno marginal escalonado, afinando a gengiva inserida, proporcionando sulcos interdentais verticais e remodelando a papila interdentária para criar passagem para os alimentos; A técnica da gengivoplastia é idêntica à da gengivectomia, inclusive no uso do cimento cirúrgico e cuidados pós-cirúrgicos a serem tomados.
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