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CINOMOSE Sinonimia: distemper Doença infecciosa altamente contagiosa, descrita pela primeira vez na América do Sul (Peru) em 1746 e Europa em 1760. Em 1763 houve um grande surto na Espanha. Somente em 1905 foi identificado como etiologia viral. Apresenta febre bifásica e diversas formas clínicas. Distribuição cosmopolita, ocorrendo em maior intensidade em climas frios, acometendo canídeos, focas e mustelídeos (furões, gambás e texugos). Animais sobreviventes podem ficar com sequelas neurológicas. CINOMOSE - CINO - CÃO - MOSE DOENÇA Os casos de cinomose tendem a crescerem no inverno, já que a temperatura é proveitosa a ela. ETIOLOGIA - Variantes genéticas – proteína H altamente variável - IMPORTANTE Resistência: -75°C por 7 anos; 0 a 4°C por semanas, 25°C por 48h, 5°C em tecidos por 14 dias - Persiste em ambientes escuros e gelados por meses - Destruído por solventes lipídicos, hipoclorito de sódio - Destruído por raios ultravioletas e 50-60°C por 30minutos O vírus da cinomose tem o genoma o tem RNA. Suscetível a mutações. Possuindo muitas sepas/variantes. ESTRUTURA DO VIRUS CINOMOSE- - Vírus pleomorfico. Possui envelope. - Gene N: codifica o capsídeo helicoidal e o genoma RNA - Gene P: codifica uma enzima viral chamada polimerase P (ajuda o vírus na replicação) - Gene M: codifica a proteína da matriz (proteína que conecta o envelope ao capsídeo) -Gene F: codifica a proteína de fusão (ajuda o vírus no momento que ele entra na célula espicula acessória do vírus) - Gene H: codifica a espícula (HEMAGLUTINA; faz conexão com a célula do hospedeiro) - Gene L: codifica uma enzima chamada de polimerase large (ajuda a replicação) 6 genes - produz 6 RNA mensageiros Possui duas espiculas F e H, mas o de maior ação é a F. FONTES E VIAS DE TRANSMISSÃO - Infectados eliminam longos tempos meses - Animais silvestres (dentre aos animais domésticos, apenas o cão se infecta) - Saliva, urina (6-22 dias PI - pós infecção) e secreções. E o animal segue infectando após a recuperação, mesmo não tendo a doença. - Aerossóis trato respiratório e digestivo - ar O VIRUS DA CINOMOSE INFACTA APENAS CARNIVOROS EPIDEMIOLOGIA - Animais domésticos: cães - Animais silvestres - 3 a 6 meses - queda imunidade materna - Mundo todo - Mudanças bruscas de temperatura - frio - Morbidade de 50% - Período de incubação: 3 - 18 dias VIRUS SPILLOVER - começa a “transbordar” para novas espécies. PATOGENIA - Penetração - Linfonodos macrófagos - Viremia 1- epitélio respiratório 2- epitélio GI e Urinário 3- Epitélio abdome e coxim 4 - sistema nervoso (9d após) A porta de entrada mais comum é pela inalação ou ingestão do vírus, e o primeiro local que ele vai infectar é a mucosa respiratória já começando a se replicar. A medida que a carga viral aumenta os macrófagos serão ativados fagocitando boa parte dos vírus e transportando-os aos linfonodos regionais. Porém alguns conseguem se replicar no linfonodo e outros serão destruídos (esta situação varia muito pois depende da variante genética do vírus e da capacidade imune do animal). Continuando, esta replicação nos linfonodos é muito importante para o restante da patogenia porque a partir de agora a carga viral aumenta e estes vírus caem na corrente sanguínea, fazendo viremia (quando o vírus está na corrente sanguínea) e agora esse vírus vai seguir infectando diversos tecidos, começando pelo epitélio reparatório por aonde ira replicar destruindo várias células (podendo levar a sintomas clínicos nas vias aéreas). De um a dois dias depois o vírus retorna ao sangue e agora se dirige mucosa intestinal e o trato urinário aonde também irá replicar e causar sintomas. Novamente ele retorna a corrente sanguínea e agora se dirige as células epitelias cutâneas, sobretudo na região abdominal e dos coxins, por onde provoca feridas. O vírus retorna no sangue e agora ele entra na última etapa, que é o sistema nervoso (em média nove dias depois de entrar no animal). A partir de agora o vírus então começa a infectar diversos neurônios e astrócitos causando a necrose de diversas áreas neurológicas. Além disso além desse processo ele causa desmielinizarão (destruição da barrinha de melina. O animal começa a cair, perder os reflexos, os impulsos). OBS: dependendo da variantes genética do vírus, existem casos em que após a penetração pela inalação, o vírus consegue penetrar pelo nervo olfatório e se dirigir rapidamente para o cérebro, replicando o tecido nervoso sem precisar atingir outros tecidos. Desta maneira o período de encubação será muito curto pelos sintomas clínicos neurológicos surgem em poucos dias, e devido a rapidez geralmente o animal morre em poucas horas. SINAIS CLINICOS - Como o vírus da cinomose tem uma patogenia complexa, ele pode apresentar vários sintomas, didaticamente podemos dividi-las em 4 formas clinicas que geralmente ocorre de forma sequencial. - Tende a seguir a ordem de se iniciar em uma respiratória, ou forma gastrointestinal, depois em uma forma cutânea e após uma neurológica. - Inicialmente o animal apresenta um quadro inespecífico de febre falta de apetite e apatia. Algumas horas depois iniciam os sintomas respiratórios que incluem secreção nasal acompanhada no canto dos olhos (remela), poderá também ser acompanhada de tosse. Este perído dura em media de 1 a 2 dias e depois entra na segunda fase, denominada gastrointestinal ou instintiva que se caracteriza por diarreia e vomito que dura também de uma dois dias. A terceira fase denomina cutânea é aquela que o animal apresenta o focinho ressecado bem como os coxins também ressecados podendo inclusive aparecer algumas feridas. Além disso o abdomen apresenta um quadro de piodermite (feridas com ou se pus). (FASE CUTANEA) Aí geralmente no próximo dia, apresenta os sintomas neurológicos, denominado fase nervosa ou neurológica. Que o animal pode ter diversos sintomas tais como gemidos, perdas de equilíbrio, ataques epiléticos, movimentos involuntários, perda da mobilidade, incapacidade de controlar os esfíncter urinário e anal. Alguns não conseguem mais mastigar, podendo morrer subitamente e outros permanecerem com esse quadro durante dias (depende da variante do vírus e do hospedeiro). Fatores indicadores da doença Histórico de ausência de vacinação Secreção ocular Distúrbios respiratórios Distúrbios do TGI Hiperqueratose nos coxins Febre Linfopenia Distúrbios neurológicos FATORES DE INFLUÊNCIA NOS SINTOMAS CLINICOS - Vacinação - Cepa viral - Idade - Infecções oportunistas - Demora para iniciar o tratamento PROGNOSTICO Doença pode durar dias a semanas Animal sobrevivente pode ficar com sequelas neurológicas Sobreviventes criam imunidade duradoura Diagnostico Diagnostico Clinico - anamnese e histórico Corpúsculos de inclusão (Simigalia Lentz) - Detecta proteínas virais no citoplasma dos animais suspeito. IF, Necropsia Elisa ELISA ANTICORPO - indireto Ele vai detectar o anticorpo, então se o animal dar positivo pode ser por uma imunização ativa artificial ELISA ANTIGENO - direto Detecção direta do vírus pela proteína viral do vírus. TRATAMENTO SOROS MAIS UTLIZADOS - imunização passiva artificial RIBAVIRINA - ANTIVIRAL MEDIDAS PROFILATICAS Higiene do ambiente, ventilação. Raios solares aos quais com a temperatura, destrói o vírus. Separar animais suspeitos durante e depois. Apenas depois com a conclusão do protocolo Cuidado com animais jovens Maior cuidado em determinados locais e épocas do ano Vacinação - vacina tradicional e puppy - vírus atenuado VACINAS O anticorpo materno do cão dura em média de 30 a 40 dias, logo após ele decai. Por isso que a vacina não pode ser dada anteriormente porque o anticorpo neutraliza o antígeno da vacina VACINA PUPPY - vacina criada apenas para cinomose e parvocanina (apenas uma dose) uma antecipação da primeira dose. Isso acontece em casos aonde não se sabe da procedência daquele filhote (quando filhotes aos quais não sabe se a mão não foi vacinada ou não adquiriuimunidade materna)
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