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Metabolismo e nutrição CHO

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Metabolismo e nutrição CHO
Deficiências na Glicólise:
Hexoquinase: transforma a glicose em glicose 6p
Glicerol quinase: Enzima que catalisa a formação de glicerol 3-fosfato a partir de ATP e glicerol. Di-hidroxiacetona e L-gliceraldeído também podem agir como aceptores. UTP e, no caso da enzima de levedura, ITP e GTP podem agir como doadores. Fornece um caminho para o glicerol derivado das gorduras ou glicerídeos entrar na via glicolítica. EC 2.7.1.30
Glicerol 3p desidrogenase: é uma enzima que catalisa a oxidação de glicerol-3-fosfato em 1,3-bifosfofoglicerato, liberando um NADH
Pep carboxilase: A PEP carboxilase liga uma nova molécula de dióxido de carbono à molécula de três carbonos de PEP, produzindo oxaloacetato (uma molécula de quatro carbonos). O oxaloacetato é convertido em malato
Frutose 1,6 Bifosfatase: Essa deficiência compromete a neoglicogênese e leva à hipoglicemia em jejum, cetose e acidose metabólica. Pode ser fatal nos neonatos. A herança é autossômica recessiva e a incidência é desconhecida. Doenças febris podem desencadear o processo.
Tratamento agudo da deficiência de frutose-1,6-bifosfatase é glicose oral ou IV. A tolerância ao jejum geralmente melhora com a idade.
Deficiência na Frutose:
Frutoquinase: Futosuria essencial é resultado da deficiência da enzima frutoquinase, acarretando uma supressão do metabolismo da frutose através da via frutose-1-fosfato, que é a via preferencial. Conseqüentemente, a frutose é parcialmente metabolizada através da conversão em frutose-6-fosfato e parcialmente excretada pela urina32. Os níveis elevados de frutose não acarretam conseqüências metabólicas e os pacientes são assintomáticos.
Deficiência na Galactose: 
Galactoquinase:
Não fosforila galactose que vai pro sangue = Galactosemia. Como é um aldeído quando aumenta no sangue vai pra via dos poliois -> galactitol(álcool)-> acumula álcool nas células.
Causa: retardo mental (álcool no cérebro) catarata (álcool nas células nervosas) dificuldade de alimentação, má evolução estaturo-ponderal, letargia e ictéricia.
Dieta: o aparecimento de catarata pode ser evitável se descoberto precocemente com uma dieta com restrição de galactose e lactose 
GALT: Galactosemia clássica
Não ocorre a transformação de UDP Gli em UDP Gal. Acumula galactose 1p no fígado e inibe a galactoquinase 
Causa: acumulo de galactose 1P é toxica para o fígado, lesão hepática, vômitos e convulsões
Problemas renais, hepáticos, catarata, problemas neurológicos e insuficiência ovariana precoce.
Dieta: o aparecimento de catarata pode ser evitável se descoberto precocemente com uma dieta com restrição de galactose e lactose 
Deficiência na Glicogênese:
Fosfoglicomutase: não transforma glicose 1p em UDP glicose 
Glicogenina(PTN): formação do Primer
Glicogênio sintase: ela estende as ligações a1,4 do primer. Diminui reservas de glicogenio
Hipoglicemia e fadiga durante jejum associada a hipercetonemia mas sem hiperalaninemia ou hiperlactacidemia. Após as refeições, é observada hiperglicemia major associada a aumento de lactato, alanina e hiperlipidemia. Não tem hipoglicemia grave pq a pessoa faz gliconeogênese.Mas se depender só da gliconeogênese ele vai usar muito do estoque de aa do tecido muscular e vai ficar desnutrido proteicamente. Dieta: dieta fracionada e alto consumo de proteína durante o dia e adição de amido crus
Enzima ramificadora: Tem reserva de glicogênio mas depende da gliconeogênese. Hipoglicemia leve, acumulo de glicogênio hepático porque tem estimulo de produção, hepatomegalia, hipotonia e atraso no desenvolvimento, pode levar a cirrose com hipertensão portal e ascite causando morte. Fraqueza muscular miocardiopatiam, insuficiência cardíaca, disfunção do sistema nervoso central e periférico e lesão de neurônios . Precis ade transplante hepatico
Deficiência na Glicogenólise: 
Glicogênio fosforilase;
Enzima desramificadora:
hepatomegalia, atraso do crescimento pontualmente convulsões associadas a hipoglicemia, fraqueza muscular é lentamente progressiva, hipotonia muscular e miocardiopatia hipertrófica. Os achados biológicos incluem hipoglicemia sem acidose, hipertrigliceridemia e hipertransaminasemia durante a infância. O tratamento é baseado numa dieta específica, com alimentação enteral por sonda nasogástrica durante a noite em caso de hipoglicemia, refeições frequentes, e suplementos crus de amido. Para os doentes com miopatia, é também recomendada uma dieta rica em proteínas.
Glicogenoses:
I- A glicogenose causada por deficiência da glicose-6-fosfatase (G6P) ou doença de armazenamento do glicogénio (GSD), tipo 1, é um grupo de doenças metabólicas hereditárias, incluindo os tipos a e b (ver estes termos), e caracterizada por baixa tolerância ao jejum, atraso do crescimento e hepatomegalia resultantes da acumulação de glicogénio e de gordura no fígado. As manifestações clínicas da doença são o resultado da produção inadequada de glicose. A G6Pase participa na glicogenólise, na gliconeogênese e na conversão de galactose e frutose em glicose. Nos doentes com déficit de G6Pase, os hepatócitos e as células renais não conseguem converter o glicogênio e os substratos da gliconeogênese (aminoácidos, lactato, etc.) em glicose no jejum (mesmo curto; 2-5 horas) que provoca hipoglicemia grave. A hipoglicemia pode provocar convulsões, lesão cerebral e morte. A hiperlactatemia (é decorrente da não utilização do lactato na gliconeogênese). A hiperuricemia (resulta da diminuição da excreção de urato pelo rim -devido competição com ácido láctico- e do aumento na produção de ácido úrico). Em jejum, a fonte de ácidos graxos e glicerol (na síntese de TAG) é a lipólise no tecido adiposo que é acelerada, durante a hipoglicemia como consequência da diminuição da concentração plasmática da insulina. A hiperlipidemia (caracterizada por aumento da concentração plasmática de triglicerídeos, que podem chegar a valores de 4.000-6.000 mg/dl e LDL elevado associado a HDL diminuído). Apesar desse pefil lipídico não foram encontrados maior risco cardiovascular nesses pacientes. Os pacientes não tratados têm um abdômen protuberante devido à hepatomegalia (armazenamento de glicogênio e gordura, em maior grau) baixa estatura, obesidade troncular e tendência ao sangramento devido à disfunção plaquetária. As complicações em longo prazo incluem doença renal, gota, osteoporose, hipertensão pulmonar e adenomas hepatocelulares, que podem sofrer transformação maligna. Em indivíduos saudáveis, o glucagon causa hiperglicemia por estimular a glicogenólise e a gliconeogênese, e, assim, o aumento insuficiente de glicose no plasma após a injeção de glucagon é usado como teste de diagnóstico não invasivo, capaz de detectar a produção diminuída de glicose hepática nestes pacientes. Dieta; alimentações frequentes ricas em carboidratos e gotejamento gástrico contínuo noturno. Amido de milho cru modificado, triglicerídeos de cadeia media e óleo de peixe são possibilidades que vêm se estudando para substituir ou complementar a dieta de pacientes que têm DAG I, visando um melhor controle metabólico da doença. 
III- A doença é causada por mutações no gene AGL (1p21), levando a uma deficiência no GDE que se associa à glicogénio fosforilase para catabolizar o glicogénio. A deficiência pode ocorrer no fígado e no músculo (GSD 3a) ou apenas no fígado (GSD 3b). A transmissão é autossómica recessiva. é uma forma de doença de armazenamento de glicogénio caracterizada por fraqueza muscular grave e hepatopatia. As crianças apresentam hepatomegalia, atraso do crescimento pontualmente convulsões associadas a hipoglicémia. A fraqueza muscular é lentamente progressiva. Outros sinais frequentemente associados incluem hipotonia muscular e miocardiopatia hipertrófica. Os sintomas geralmente melhoram durante a puberdade, exceto nos poucos casos em que surge cirrose hepática ou miopatia. Os achados biológicos incluem hipoglicémia sem acidose, hipertrigliceridemia e hipertransaminasemia durante a infância. O tratamento é baseado numa dieta específica, com alimentação enteral por sonda nasogástricadurante a noite em caso de hipoglicemia, refeições frequentes, e suplementos crus de amido. Para os doentes com miopatia, é também recomendada uma dieta rica em proteínas.
IV- A deficiência da enzima ramificadora de glicogénio (GBE) (doença de Andersen ou amilopectinose), ou doença de armazenamento de glicogénio tipo 4 (GSD4), é uma forma rara e grave da doença de armazenamento de glicogénio, representando aproximadamente 3% de todas as doenças de armazenamento de glicogénio (veja estes termos). A deficiência de GBE resulta no armazenamento anormal de glicogénio que se assemelha a uma estrutura amilopectina-like (poliglucosano). A transmissão é autossómica recessiva. Na forma clássica, as crianças são normais ao nascimento, mas desenvolvem hepatomegalia, hipotonia e atraso do desenvolvimento durante os primeiros meses. A doença progride rapidamente para cirrose com hipertensão portal e ascite, causando morte no início da infância. Em alguns casos foi descrita uma forma hepática não-progressiva. Na apresentação neuromuscular, a idade de início varia de fetal à idade adulta. A forma mais grave começa antes do nascimento, com diminuição ou ausência de movimentos fetais, artrogripose, pulmões hipoplásicos e morte perinatal. Os doentes com as formas congénitas têm hipotonia grave, cardiomiopatia, depressão respiratória e envolvimento neuronal. As formas mais ligeiras têm sido descritas com início tardio, sendo marcadas pela fraqueza muscular ou miocardiopatia e insuficiência cardíaca. As formas adultas, neurológicas, com disfunção do sistema nervoso central e periférico também têm sido descritas, tais como a doença com corpos de poliglucosano do adulto (APBD, ver este termo), que é caracterizada por lesão generalizada dos neurónios motores superiores e inferiores. Não há tratamento específico. Nas formas graves mas sem doença cardíaca associada pode ser proposto o transplante hepático.
V- A deficiência de miofosforilase (doença de McArdle), ou doença de armazenamento de glicogénio tipo de 5 (GSD5), é uma forma grave da doença de armazenamento de glicogénio caracterizada pela intolerância ao exercício. A condição é causada por mutações no gene PYGM (11q13), levando à deficiência de fosforilase muscular. A mutação P.R50X é responsável por 40% a 50% dos alelos em populações caucasianas. A patologia é autossómica recessiva.  doentes apresentam um síndrome de intolerância ao exercício muscular com mialgia, cãibras, fadiga e fraqueza muscular. Após praticar exercício, em cerca de 50% dos doentes é observada elevação da creatina quinase e rabdomiólise com mioglobinúria (urina escura) podendo levar à insuficiência renal aguda. Um fenómeno de "segundo folego" com alívio da mialgia e da fadiga depois de alguns minutos de descanso é observado em muitos doentes. A apresentação clínica é geralmente muito clássica, mas alguns doentes podem ter formas muito moderadas. Em alguns casos, foi descrito uma apresentação muito precoce com hipotonia, fraqueza muscular generalizada e insuficiência respiratória progressiva. O tratamento é baseado em exercício físico controlado, a fim de desenvolver a capacidade de oxidação mitocondrial dos músculos, e a ingestão programada de glicose de acordo com os períodos de exercício. As dietas com elevada ingestão de proteínas apresentaram resultados variáveis.
VII- A deficiência de fosfofrutoquinase muscular (PFK) (doença de Tarui), ou doença de armazenamento de glicogénio tipo 7 (GSD7), é uma forma rara de doença de armazenamento de glicogénio caracterizada por fadiga e intolerância ao esforço muscular. Ocorre na infância. A patologia é causada por mutações no gene PFKM (12q13) que codifica a isoenzima muscular de PFK, uma enzima chave na regulação da glicólise anaeróbica, havendo três isoenzimas (para o músculo, fígado e plaquetas). O único tratamento é evitar exercício físico intenso. Note-se que os carboidratos conduzem a um pior desempenho muscular (devido à diminuição da quantidade de ácidos gordos livres e corpos cetónicos). A mioglobinúria pode levar a insuficiência renal.

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