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O Papel do Enfermeiro na Classificação de Risco em Emergências

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CENTRO UNIVERSITÁRIO GAMA E SOUZA
CURSO DE ENFERMAGEM
BEATRIZ OLIVEIRA DE SOUZA
O CUIDADODO ENFERMEIRO NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM UNIDADES DE EMERGÊNCIA
RIO DE JANEIRO
2021
Beatriz Oliveira de Souza
O CUIDADODO ENFERMEIRO NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM UNIDADES DE EMERGÊNCIA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de EnfermagemdoCentro Universitário Gama e Souza, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem.
Orientadora: Profª. Msc. Virgínia Xavier Pereira da Silva
RIO DE JANEIRO
2021
Beatriz Oliveira de Souza
O PAPEL DO ENFERMEIRO NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM UNIDADES DE EMERGÊNCIA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Enfermagemda Faculdade Gama e Souza, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem.
Aprovado em: _____de________________________________de_________.
BANCA EXAMINADORA
Prof.ª Msc. Virgínia Xavier Pereira da Silva– Orientadora
Centro Universtário Gama e Souza
Prof. Dr. Glaudston de Paula – Examinador
Centro Universtário Gama e Souza
Prof. Dr. Diogo Jacintho Barbosa – Examinador
Centro Universtário Gama e Souza
RESUMO
Diversas dificuldades são encontradas nos serviços de urgência e emergência de saúde do país, visando a melhoria nesse serviço, a utilização do tempo e há possibilidade de salvar vidas, foi implantado no país protocolos de atendimento, como a classificação de risco que é uma ferramenta utilizada nas emergências pelos enfermeiros. Visando dar luz o presente artigo tem como tema, o cuidado do enfermeiro na classificação de risco. Objetivo: analisar o papel do enfermeiro na classificação de risco em unidades de emergência. Métodos: estudo qualitativo do tipo exploratório descritivo, tendo sido feita a coleta de dados através de análise de artigos onde se foi feito uma leitura na íntegra dos conteúdos acadêmicos encontrados. Resultados: o estudo apontou que a aplicação da classificação de risco no sistema de saúde brasileiro, indica uma evolução no processo de atendimento ao usuário, assim como atuação do enfermeiro no uso dessa ferramenta é indispensável. Conclusão: estudo direcionou para o entendimento que, o enfermeiro dentro das emergências tem um papel fundamental para aplicação do protocolo de atendimento que visa à redução nas filas e um atendimento acolhedor.
Palavras-chave:Classificação de risco. Assistência de enfermagem. Urgência e Emergência.Sistematização da assistência de enfermagem.
ABSTRACT
Several difficulties are encountered in the country's urgent and emergency health services, aiming to improve this service, use time and save lives, care protocols were implemented in the country, such as risk classification, which is a tool used in emergencies by nurses. Aiming to give light, this article has as its theme, the care of nurses in risk classification. Objective: to analyze the role of nurses in risk classification in emergency units. Methods: a qualitative, descriptive exploratory study, data collection was carried out through the analysis of articles where the academic contents found were read in full. Results: the study pointed out that the application of risk classification in the Brazilian health system indicates an evolution in the user care process, as well as the role of nurses in the use of this tool is essential. Conclusion: this study led to the understanding that nurses in emergencies have a fundamental role in the application of the care protocol that aims to reduce queues and provide a welcoming service.
Keywords:Risk classification. Nursing care. Urgency and Emergency. Systematization of nursing care.
SUMÁRIO
	1
	INTRODUÇÃO................................................................................................
	10
	2
	METODOLOGIA ...........................................................................................
	12
	 3
	ANÁLISE DE DADOS E RESULTADOS......................................................
	13
	
	3.1 Sistema de Classificação de Risco......................................................
3.2 Assistência Humanizada de enfermagem na Classificação de Risco.............................................................................................................
	13
15
	5
	CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................
	18
	6
	REFERÊNCIAS...............................................................................................
	19
	
	
	
INTRODUÇÃO
Os serviços de urgência e emergência no Brasil assim como outros setores da saúde, durante muito tempo apresentaram grandes entraves que dificultam seu bom funcionamento. No que se refere às urgências e emergências a grande demanda na procura de atendimento sempre foi sinônimo de caos e sofrimento para população, que com passado dos anos vem sofrendo com o aumento da violência urbana. (MINISTERIO DA SAÚDE, 2013).
Durante muito tempo no país os atendimentos de urgência e emergência eram realizados por ordem de chegada, o que gerava filas intermináveis, sem contar que muitos pacientes chagavam a óbito na fila, aguardando atendimento (SOUZA, 2011). 
Os serviços de urgência e emergência constituem importante componente da assistência à saúde no Brasil. Nos últimos anos, houve crescimento da demanda por atendimentos de urgência e emergência devidos, principalmente, ao aumento no número de acidentes e violência urbana. A realidade da superlotação dos prontos-socorros brasileiros é agravada por problemas organizacionais como o atendimento por ordem de chegada, sem estabelecimento de critérios clínicos, o que pode acarretar graves prejuízos aos pacientes(1) (SOUZA,2011, p.2).
Diante desse caos no setor de urgência e emergência, em 2014 o ministério da Saúde lançou a cartilha da Política Nacional de Humanização a PNH, que direcionava o atendimento para um acolhimento com avaliação e classificação de risco, com o objetivo de resolver a problemática da ordem de atendimento de quem buscava os serviços de urgência e emergência. (MINISTERIO DA SAÚDE, 2013)
Ciente dos problemas existentes na atenção às urgências, o Ministério da Saúde lançou,em 2004, a cartilha da Política Nacional de Humanização-PNH, na qual aponta o acolhimento com avaliação e classificação de risco, como dispositivo de mudança no trabalho da atenção e produção de saúde, em especial nos serviços de urgência. A classificação de risco é processo dinâmico de identificação de pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, os agravos à saúde ou o grau de sofrimento, devendo o atendimento ser priorizado de acordo com a gravidade clínica do paciente, e não com a ordem de chegada ao serviço(2) (MINISTERIO DA SAÚDE, 2009, p.6)
Sendo assim, a classificação de risco é uma ferramenta utilizada para identificar e avaliar pacientes que necessitam de uma prioridade de atendimento de acordo com a sua situação clínica e com seu potencial de risco, seja de morte ou de ter um agravante. (FIGUEREDO, 2011)
De acordo com Nascimento (2019) a classificação de risco não é excludente, todos que buscam um atendimento nos hospitais serão atendidos. A classificação de risco é um instrumento de estratificação, ou seja, haverá uma separação de acordo com a gravidade, osque precisam ser atendido mais rápido, serão atendidos mais rápidos, os pacientes que puderem aguardar, serão atendidos logo após os casos urgentes. 
Dessa forma a função principal da classificação de risco na saúde é, priorizar o atendimento mediante a situação clínica e potencial de risco do paciente, e não, mas, por ordem de chegada, como acontecia anteriormente. (MINISTERIO DA SAÚDE, 2013)
Cabendo ao enfermeiro (desde que seja treinado e possua o curso de classificação de risco) fazer a triagem através da classificação de risco, sendo uma atividade privativa desse profissional. Sendo assim as ações de enfermagem em urgência e emergência são destinadas a atuação com agilidade e humanização no atendimento desses pacientes.(SOUZA, 2011). 
Dessa forma o presente trabalho tem como objetivo analisar o papel do enfermeiro na classificação de riscoem unidades de emergência, conforme a produção científica atual.
O artigo se justifica devido à importância do enfermeiro na classificação de risco visando garantir a segurança do paciente com um atendimento humanizado visando o bem-estar do usuário.
2. METODOLOGIA
Trata-se de um estudo elaborado por meio de uma pesquisa de revisão integrativa da literatura, referente à produção do conhecimento sobre a o Papel do Enfermeiro na Classificação de Risco em Unidades de Emergência. 
Tal método viabiliza a análise de pesquisas científicas de modo sistemático e amplo e favorece a caracterização e a divulgação do conhecimento produzido por meio de leituras, estabelecendo o conhecimento sobre todo assunto, como também possibilita a síntese do estado do conhecimento de um dado tema, viabilizando a identificação de lacunas do conhecimento que precisam ser preenchidas com a realização de novas pesquisas, fundamenta em coletas de dados disponíveis na literatura e compará-los para aprofundar o conhecimento do tema investigado. (MENDES, 2008) 
A busca foi realizada nas bases de dados Literatura Latina Americana em Ciências de Saúde (LILACS), Base de Dados da Enfermagem (BDENF) e na Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Os descritores utilizados foram: classificação de risco, Assistência de enfermagem, Urgência e Emergência, classificação de risco e sistematização da assistência de enfermagem. 
Foram encontrados 18 artigos dos quais como critério de inclusão foram utilizados 13 artigos em português com publicações atuais, textos disponíveis na íntegra de forma gratuita e que contemplasse a temática do estudo, foram excluídos 5 artigos por estarem incompletos, em língua estrangeira e fora do ano de publicação acima citado. A análise dos dados foi realizada através da leitura dos textos selecionados com os critérios de inclusão e exclusão.
Quadro 1: Número de estudos encontrados nas Bases de Dados conforme cruzamento dos descritores selecionados – Rio de Janeiro, 2021.
	DESCRITORES
	LILACS
	SCIELO
	BDENF
	TOTAL
	Classificação de Risco
	01
	03
	04
	08
	
Assistência de enfermagem
	02
	01
	03
	06
	
Urgência e Emergência
	02
	01
	01
	04
	
TOTAL
	04
	05
	08
	18
3. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Segundo o Grupo Brasileiro de Classificação de Risco, um dos modelos mais utilizados tanto no Brasil como no mundo inteiro para poder atender e priorizar pacientes atendidos em unidades de urgência e emergência é o protocolo de Manchester, esse protocolo ficou mundialmente conhecido quando foi utilizado pela primeira vez na cidade de Manchester (Inglaterra) em 1997, ficando assim conhecido no mundo inteiro. No Brasil foi usado pela primeira vez no estado de Minas Gerais.
3.1 Sistema de Classificação de Risco:
Dessa forma Duro (2010) esclarece que este protocolo visa atender o paciente, verificar a sua situação clínica e priorizar o seu atendimento através de cores, e colocando o tempo estimado para que este paciente seja atendido, que antigamente no pronto-socorro o atendimento ocorria por ordem de chegada, mas por diversas vezes pacientes que não tinham tanta gravidade no seu estado clínico era atendido primeiro que outros que necessitavam de atendimento priorizado.
Para Ferreira (2016) esse protocolo de classificação de risco é uma ferramenta utilizada para avaliar e identificar os pacientes que precisam de atendimento prioritário, de acordo com sua situação clínica, avaliando seu potencial de risco.Dessa forma a classificação de risco é uma linguagem melhorada de triagem. Algumas escalas de classificação de risco são utilizadas no mundo inteiro, as mais utilizadas são: escala australiana, escala canadense, escala americana e a escala de Manchester. 
Protocolo De Manchester:
É uma metodologia científica, que tem a finalidade de classificar os pacientes após realizada a classificação de risco através de cores, priorizando os atendimentos.
VERMELHO: 
LARANJA:
AMARELO:
VERDE:
AZUL:
Finalidade
· Protocolo que visa priorizar o atendimento nos serviços de urgência e emergência;
· Cada paciente é classificado de acordo com o potencial de risco, e não pela ordem de chegada;
· Objetiva a criação de uma linguagem comum entre serviços de emergência;
· A princípio, não descongestiona o pronto atendimento.
Cada Cor Prioriza Um Tempo:
· O vermelho significa emergência e quer dizer que o paciente não pode esperar para ser atendido.
· Laranja significa muito urgente e o tempo em média para ser atendido é até 10 minutos.
· O verde significa urgente e seu tempo em média para atendimento são de 60 minutos.
· O verde significa pouco urgente e tem um tempo médio de 120 minutos para ser atendido.
· O azul significa não urgente e pode levar até 240 minutos para ser atendido.
Jeremias (2011) explica que cada cor tem um significado clínico, e no caso da cor vermelha indica as seguintes situações clínica:Politraumatizado grave, TCE grave, Coma, comprometimento da coluna cervical, parada cardiorrespiratória, desconforto respiratório grave, dor no peito e falta de ar, perfurações no peito, abdômen ou cabeça, grandes queimaduras e outras. O autor ressalta que essa avaliação das condições clínicas do paciente vai depender do fluxograma que o enfermeiro o que é treinado para utilizar o protocolo de Manchester a prioridade do paciente, podendo algumas situações ser vermelho, laranja ou amarelo.
Já Farias (2018) fala sobre a classificação da cor laranja, que em alguns casos apresenta quadro clínico com vírgula vômitos com dor severa, lesão toraco-abdominal com história significativa de incidente, gravidez com história de convulsão, sangramento vaginal, com dor abdominal, e alterações de sinais vitais, diabético apresentando sudorese, alteração do Estado mental, visão turva, febre vírgula, taquipneia e taquicardia, estado de pânico, overdose e outros.
Para Duro (2010) a classificação amarela recorre muito em idosos, acima fora de crise, dor de ouvido moderada a grave, dor abdominal sem alterações dos sinais vitais, vômitos e diarréia sem alteração dos sinais vitais, lombalgia intensa e abscessos. Já Ferreira (2016) os pacientes que se enquadram na classificação Verde estão: o paciente que pode aguardar em cadeira o atendimento médico, e sendo que outros pacientes com quadro mais grave pode passar na sua frente. O mesmo fala que é importante que o paciente que se enquadra na classificação Verde esteja ciente desta situação.
Já os pacientes classificados com a cor azul são pacientes que deverão ser orientados a procurar o centro de saúde que seja de sua referência, o encaminhamento prévio, que garanta seu atendimento, ou ser atendido por ordem de chegada.
Santos (2018) fala que, para os enfermeiros trabalhar em usando o protocolo de Manchester é necessário alguns materiais para atender os pacientes como, manual de classificação de risco, esfigmomanômetro e estetoscópio, termômetro, glicosímetro, relógio, monitor (para aferir freqüência cardíaca e SPO2), pulseiras de identificação conforme a classificação destinada e a ficha de registro para classificação de risco.
Segundo Jeremias (2013) não existe uma escala padrão que se possa medir com exatidão o estado de saúde de uma de um paciente. Essa mensuração ela vai depender de alguns indicadores que representam um conceito, ou seja, não existe um instrumento ou técnica de mensuração que seja infalível. Isso porque existem diversos fatores como ambientais, situacionais, tendenciosidade nas respostas e outros fatores pessoais e sociais, além de alterações nos métodos de coleta desses dados que podem afetar os resultados da mensuração.
3.2 Assistência Humanizada de enfermagem na Classificação de Risco:
De acordo com a Doutora Batista (2018) a resolução do COFEN (Conselho Federal de Enfermagem) de n° 423/2012 diz que no âmbito da equipe de enfermagem a classificação de risco é algo privativo do enfermeiro, ou seja, classificar riscos é algo inerente à atuação do enfermeiro, estejaele onde quer que esteja. A a doutora fala também que, para um enfermeiro fazer a classificação de risco ele precisa ter conhecimento e competência que garanta o rigor técnico do procedimento, é necessário ter qualificação do enfermeiro.Em concordância os autores Toledo e Tadeu (2011) afirmam o que é de grande responsabilidade do enfermeiro utilizar o protocolo de classificação de risco nos atendimentos aos usuários nas urgências e emergências, no entanto é imprescindível que esses profissionais estejam habilitados para realização de tal procedimento utilizando a prática da escuta qualificada, da avaliação do registro correto e detalhado da queixa e do trabalho em equipe.
Para Junior (2009) o protocolo de classificação de risco não é a solução para todos os problemas dentro das urgências e emergências do país, mas é uma ferramenta de gestão que tende a ser eficiente quando bem aplicado, reduzindo significativamente variabilidade dentro das instituições de saúde, como os setores de emergência. O autor ressalta ainda que é de extrema importância que todos os serviços que adotam protocolo devem seguir o padrão de utilização, com seus princípios estabelecidos no benchmarking, o que gera um processo de qualidade, e no pós triagem fluxo pactuadas e mais seguro para os pacientes.Júnior e Matsuda (2011) dizem que qualquer profissional de saúde treinando pode atender de forma humanizada usuário que busca atendimento no serviço de emergência, entretanto a classificação de risco é de competência do enfermeiro, tendo que ser realizada através da consulta de enfermagem, entendo esse profissional grande responsabilidade para classificar o paciente com base no esquema de cores de acordo com o estado clínico que se apresenta. Os autores Albino, et Al (2007) reforça a idéia de quê toda a equipe de enfermagem deve prestar um atendimento acolhedor e humanizado aos usuários do serviço de emergência, mais que os enfermeiros devem estar preparados e qualificados para aplicação dos protocolos de classificação de risco de modo a otimizar o tempo nas unidades, assim como salvar vidas.
Bellucci (2013) acredita que um dos principais desafios do enfermeiro nas unidades de emergência e na integração da equipe de saúde que vem atingir padrões de qualidade no atendimento desenvolvendo ações que esteja em concordância com os objetivos assistenciais e gerenciais da instituição. Neste caso ressalta que um dos papéis do enfermeiro é integrador e articulador dentro do setor de emergência, sendo sua liderança quando as principais estratégias para a promoção do cuidado com o paciente.Ainda sobre a qualificação e a preparação do enfermeiro nas unidades de emergência, o autor Nunes, et al (2017) ressalta que o enfermeiro deve estar sempre buscando aperfeiçoamento em suas técnicas de procedimento, para desenvolver maior habilidade e conhecimento no manejo das ferramentas de classificação de risco para melhor atender o usuário que busca atendimento no setor de emergência. Sendo o quê esse aprimoramento do enfermeiro trará melhor resultado em suas práticas, assim como para a aplicação dos protocolos tendo maiores chances de assertivas.
Dessa forma Oliveira e Guimarães (2013) ressaltam que o trabalho do enfermeiro dentro das emergências é de grande importância, já que o mesmo deve estar preparado para aplicação do protocolo de classificação de risco assim como ofertar ao usuário um atendimento eficiente, ético, humanitário e solidário, com objetivo de colocar em prática os princípios do SUS, como equidade e universalidade.
Já Silva et al. (2017), explicam que uma assistência humanizada ultrapassa os cuidados centralizados ao usuário, porque considera as necessidades dos familiares e da equipe de saúde, seu bem-estar sobre o trabalho realizado e a honra do ser humano. Contudo, verifica-se um obstáculo por parte da equipe em envolver ações que integram a participação do cliente e familiar como destaque do cuidado. Contexto, o processo de humanização surge para que se possa repensar as práticas de cuidado cotidiano Neste, para isso, não são suficientes os insumos tecnológicos, se o cuidado não estiver voltado para a necessidade dos usuários. Para Rodrigues et al. (2013), a humanização deve estar inserida na teoria de enfermagem. O espaço físico, os recursos de materiais e tecnológicos não podem ganhar destaque em relação ao significado humano. Neste caso a diferença se resume de forma a lidar e posicionar o ser humano, pois para uns, as limitações estão ligadas a organização estrutural e gerencial e para outros em nada interfere. Porém em alguns casos destaca-se o valor adquirido no processo de formação, valor esse que dificulta a mudança de comportamento. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através do estudo realizado, com análise bibliográfica foi possível constatar que a atuação do enfermeiro no processo de atendimento na unidade de emergência hospitalar é de suma importância visto que, o enfermeiro possui um papel central no processo de triagem que irá realizar a classificação de risco com base no estado clínico do paciente. Sendo que o enfermeiro tem um papel principal de articulador de interagir, influenciar as ações profissionais desenvolvida nos serviços de urgência e emergência em prol da produção de um cuidado integral, resolutivo e humanizado.
Desse modo o enfermeiro é um profissional de grande importância nas práticas de acolhimento de maneira humanizada, sendo de grande responsabilidade por atribuir o grau de risco aos seus usuários, além de permitir aplicação minuciosa do SAE (sistematização da assistência de enfermagem que é uma metodologia que organiza toda a operacionaliza é do processo de enfermagem).
Entretanto para que a atuação do profissional enfermeiro venha ser eficaz é necessário que o mesmo receba treinamentos específicos e uma educação continuada, para garantir uma assistência técnica continuada, como também o domínio das suas emoções e conhecimento dos seus limites e de suas possibilidades para qualificação do trabalho e uma boa tomada de decisão, com intuito de melhorar a assistência em situação de risco, assim abrangendo os princípios de atendimento humanizado e preconizado pelo sistema único de saúde o que é o SUS.
Por fim, o presente estudo considera a necessidade de pesquisas e atividades educacionais capazes de atualizar as práticas de acolhimento nos serviços de urgência e emergência, assim como o uso dos protocolos de atendimento, visando a otimização do tempo nas instituições de saúde que resultará na redução de filas e mortalidade.
REFERÊNCIAS 
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