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Controle Político Exercido pelos órgãos que exercem atividade política, normalmente estão ligados ao parlamento, por exemplo: controle exercido pelo executivo e legislativo. Advém da experiência francesa, devido a resistência ao controle exercido pelos magistrados. As vantagens (razões) desse controle se fundamentam no quesito de quem controla as leis, tem experiência na criação das mesmas, não é alheio ao processo democrático de criação de leis, o que cria uma sensibilidade a esse processo, um conhecimento desse processo. A grande crítica consiste na criação de um poder muito concentrado na mesma estrutura (quem controla é quem cria). Assim, enfraquece-se o controle, macula a essência da tripartição dos poderes, entrega o poder de controle, de estabelecer limites para o mesmo órgão que cria a Lei. Exemplo: CCJ e poder de veto do Presidente Controle judicial É aquele exercido pelos órgãos ligados ao Poder Judiciário, emerge a partir do caso Marbury vs. Madinson e aprimorado, nova roupagem na Áustria (Tribunais Constitucionais), consiste no modelo predominante Vantagens: O controle é técnico, exercido desse modo, a fiscalização se preocupa com o aspecto normativo Críticas: Falta de preocupação política, fato de que o Judiciário não é eleito pelo povo, isto é, a atividade de retirar uma Lei criada pelo povo, essa ditada pelo Congresso, os representantes do povo, cria limitação a essa vontade do povo OBS: Controle Híbrido: mistura do controle político e judicial, o que mais vigora no mundo, não existe exclusividade de apenas um tipo de controle, mitiga-se as críticas e exalta-se as vantagens, eleva-se o número de instrumentos Controle pelo executivo Controle político, exemplo: veto presidencial (art. 61, parágrafo 1); o chefe do executivo pode deixar de cumprir normas reputadas como inconstitucionais (direito de resistência) Controle pelo legislativo Controle Político, exemplo: controle interno, no ato da criação da Lei (CCJ – comissão permanente); Senado Federal pode sustar Leis declaradas inconstitucionais, o Congresso Nacional pode sustar os atos do Presidente em Leis Delegadas Controle pelo judiciário Controle Judicial, exemplo: controle difuso e abstrato, configuram as ações de controle de constitucionalidade OBS: Órgãos administrativos autônomos de controle (professor pulou) Controle preventivo Controle efetuado antes da Lei entrar em vigor, exemplo: veto presidencial, CCJ, um parlamentar (mandado de segurança para obstar PEC que de maneira flagrante viole cláusulas pétreas ou Projeto de Lei que viola explicitamente aos requisitos formais da constituição) pode entrar no Judiciário para imputar a inconstitucionalidade de um projeto de Lei que ainda tramita nas casas, isto é, determina a não tramitação de um projeto de lei que possa violar a Constituição, inclusive de emendas. Desse modo, todos os poderes podem efetuar o controle preventivo, visa impedir que a Lei possa entrar em vigência. Controle repressivo Relacionado e exercido, sobretudo pelo poder judiciário, controle realizado após a promulgação da norma, objetiva- se paralisar a eficácia da norma. Os demais poderes podem exercer o controle repressivo. Chefe do Executivo pode se recusar a aplicar Leis inconstitucionais (Direito de resistência), a partir disso, utiliza- se o controle repressivo O governador e o presidente podem propor ações para tratarem do controle abstrato, provocar o STF para declarar ato normativo inconstitucional. Caso de modo paralelo, o chefe de executivo provoque o STF e exerça seus direitos de resistência, porém, no momento em que o Supremo proferir uma decisão, perde-se tal possibilidade do Direito de Resistência. Chefe do Executivo pode ser responsabilizado, em razão desse comportamento O legislativo pode exercer controle repressivo quando ele susta os efeitos de norma declarada inconstitucional, e quando na Lei Delegada o Legislativo restringe os efeitos daquela parte que exorbita a delegação. Controle concomitante Aquele que não representa um controle preventivo e nem repressivo. Alguns autores suscitam tal possibilidade, porém não traz exemplo, consiste em um aspecto completamente doutrinário, sem aplicação prática Orgânico = modo pelo qual o órgão do judiciário exerce o controle de constitucionalidade Controle difuso Exercido por todo e qualquer órgão do poder judiciário, mais de um órgão judicial. Atividade de controle se encontra difundida entre os órgãos. Todo e qualquer juiz no Brasil pode exercer o controle de constitucionalidade Controle concentrado Aquele exercido por um único órgão (para Barroso pode ser exercido por um número pequeno de órgãos). Controle exercido por uma corte específica. OBS: Embora sejam conceitos antagônicos, grande parte da Doutrina estabelece que o Brasil aplica ambos os tipos de controle de constitucionalidade Controle misto A doutrina entende que é um controle misto pois quanto ao órgão ele é difuso, mas também é considerado misto se levar em conta o fato que existe uma espécie de controle exercido exclusivamente pelo STF e pelos tribunais de justiça (concentrado). Controle por via incidental Aquele realizado perante a apreciação de casos concretos, também chamado de controle concreto. Baseado na análise de casos concretos, não se busca a análise da constitucionalidade, mas parte de um itinerário lógico. Faz parte do caminho natural do juiz para se chegar a uma decisão, o objeto não consiste na inconstitucionalidade/constitucio nalidade Esse tipo de controle é associado ao sistema difuso, mas não se confunde com esse. Controle por Via principal (controle por ação ou abstrato) Aquele desempenhado em um processo autônomo, completamente relacionado a constitucionalidade/inconstitucio nalidade. Não se discute o interesse de parte, casos concretos, discute-se objetivamente a harmonia do sistema jurídico, tem como objeto a Lei em tese, abstrata Associada ao controle concentrado, mas não se confunde com esse. No Brasil, esse tipo de controle é exercido pelo STF ou pelo STJ