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Pulpite Irreversível CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: → Cáries extensas ou próxima do tecido pulpar; → Origem espontânea; → Dor aguda, intensa e pulsátil; → Não cessa com analgésicos; → Aumenta durante a noite e ao se deitar; → Ao remover o estímulo a dor continua por alguns segundos (7-8 segundos); → Pode ou não apresentar o espessamento do ligamento periodontal (+ 0,3 mm). TRATAMENTO: Pulpectomia: → Remoção da polpa coronária e radicular sã ou patológica, porém viva; → Indicada em casos de pulpite irreversível e necessidade de colocação de retentores intrarradiculares. Protocolo Clínico: 1. Anestesia: → Mepivacaína 2% com epinefrina 1:100.000; → Utilizar pelo menos 2 tubetes; → Ponto de punção: 1 tubete em fundo de sulco e meio tubete em região de papila, somente pela vestibular, pois a solução irá se difundir por toda a papila; → Deixar a outra metade do tubete de reserva. Pode-se utilizar a articaína. Possui um maior tempo de duração; Pacientes não cooperativos acrescentar 1 tubete a mais. ▪ Se a dor persistir? → Realizar a anestesia intrapulpar; → É necessário acessar a polpa. Utilizar a broca até observar um sangramento e inserir a agulha na região, até que ela trave no canal; → Importante explicar ao paciente que dói, mas a dor passa imediatamente; → Remover todo o tecido, através de movimento de remoção (giro a direita 2x). Tem-se em média 4-5 minutos para realizar a remoção e após isso o paciente não sentirá mais dor. A lima utilizada depende do calibre do canal. B I O P U L P E C T O M I A 2. Isolamento Absoluto: → É considerado um dos princípios básicos da Endodontia, por impedir o contato do campo operatório e dos instrumentos de trabalho com saliva, sangue, fluidos tissulares e demais estruturas da cavidade oral; → Importante esticar o lençol de borracha para todos os lados, pois aumenta a elasticidade e consequentemente diminui o risco de rasgar; → Utilizar como lubrificante o anestésico tópico (benzocaína); → Isolar apenas o dente a ser tratado. Em casos de extensa destruição coronária pode-se realizar o isolamento a distância ou efetuar uma gengivectomia antes do tratamento endodôntico. 3. Acesso Coronário: → Ponta diamantada esférica 1011-1016, haste curta ou longa (solicitar as duas no check-in), para trepanar a câmara pulpar; → Broca tronco cônica 3080-3083 para desgastes compensatórios (remoção do ombro e teto); → Sonda exploradora reta para verificação dos desgastes. ▪ Dentes anteriores: → 2 inclinações; → 45° e paralelo ao longo eixo do dente. ▪ Dentes posteriores: → Paralelo ao longo eixo do dente; → Exceto o pré-molar inferior que possui 2 inclinações. Mesmo com destruição coronária exacerbada, os princípios de acesso devem ser obedecidos, para garantir a correta penetração dos instrumentos endodônticos ao canal radicular; Se achar que está desgastando na porção errada, deve parar e radiografar, para evitar perfurações. ▪ Acessos de urgência: → Adentrar até 16 mm, o equivalente a parte ativa da lima; → Movimento de remoção; → Caso tenha a radiografia em mãos, pode-se adentrar até 2/3 do CAD. ▪ Quanto mais inflamado o dente estiver, maior será o sangramento: → Necessário associar o uso das limas a uma substância química auxiliar para dissolver a matéria orgânica (hipoclorito de sódio 2,5%); → Sugar bem com o sugador endodôntico, até que se observe os canais radiculares. ▪ Pólipo pulpar: Como distinguir tecido gengival de tecido pulpar? → Anestesiar em região de papila, se ficar isquêmica é tecido gengival; → Tratamento é o mesmo: remoção com curetas afiadas. A irrigação é um processo constante de irrigar, aspirar e inundar Hipoclorito de sódio 2,5%; Quantidade: 2 ml entre cada instrumento; Frequência: Entre cada instrumento utilizado; Profundidade: A agulha deve adentrar 2/3 do CAD. 4. Pulpectomia e Exploração Inicial: → Lima fina #08 ou #10; → 2/3 do CAD; → Pulpectomia: Movimento de remoção; → Exploração inicial: Cateterismo. 5. Preparo Cervical: → 3 Gattes glidden; → Ordem decrescente. 6. Odontometria: → Através do localizador foraminal; → A dentina possui a característica de impedância (impede a passagem da corrente elétrica); → A lima é um condutor da corrente elétrica, quando a mesma alcança o forame (00), o localizador apita, pois é o local que a corrente elétrica consegue ‘‘passar’’ sem que a dentina haja como ‘‘isolante’’; → Em casos de perfuração: Realizar o acesso da maneira correta (procurar o canal), vedar a região da perfuração (MTA), não utilizar mais o localizador, realizar a técnica de Ingle e instrumentar. Usar a clorexidina e soro fisiológico como SQA. 7. Diâmetro Anatômico: → Última lima que alcança o CRT de forma ajustada; → Movimento de alargamento parcial a direita. 8. Patência: → Lima fina, por meio de movimentos de cateterismo, penetrar o CRD. 9. Preparo Apical: → 3 limas sequenciais após o D.A; → Movimento de alargamento parcial a direita; → A última lima utilizada corresponde ao I.M. 10. Recuos Programados: → 3 limas sequenciais após o I.M; → A cada penetração recua 1 mm do CRT; → Movimento de alargamento parcial a direita e por último limagem, quando a lima se apresentar frouxa no canal; → A cada penetração deve-se realizar patência e recapitular o I.M, antes de efetuar a troca da lima. 11. Obturação: → Preferencialmente em sessão única, pois diminui a probabilidade de contaminação; → Se não der tempo fazer todo o tratamento em 1 sessão: Medicação intracanal. Medicação Intracanal: ▪ Quando utilizar? → Em casos que o PQM não foi realizado completamente ou não deu tempo obturar; → Dor persistente; → Supuração ou sangramento persistente; → Fístula e edema proeminente; → Maximizar a limpeza em casos de necrose; → Reabsorções externa ou interna. 1. Hidróxido de cálcio: Canais Instrumentados → Tempo de ação: Demora 14 dias para fazer efeito completo, dependendo do veículo a ser utilizado; → É altamente alcalino – remineralizador de tecido; → Quando se utiliza o soro fisiológico e o anestésico como veículo é necessário que ele permanece pelo menos 14 dias no conduto; → Protocolo: pó + veículo = manipular na placa de vidro e inserir no canal através da lentulo / ultracall insere-se diretamente no conduto. 2. Tricresol: Canais não instrumentados → Extremamente citotóxico – age por vapor, a distância; → Pode-se utilizar em canais instrumentados quando não há tempo para preparar o hidróxido de cálcio ou caso o paciente volte em 48h (exceção); → Tempo de ação: 48h, mas pode permanecer até 3 meses, desde que dente esteja bem selado; → Protocolo: pingar uma gota na bandeja clínica, embeber a bolinha de algodão nele e remover todo o excesso em uma gaze estéril. Inserir na embocadura do canal.
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