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Terapia Nutricional Profa. Alessandra Frasnelli Docente responsável Terapia Nutricional • Conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente, • Tipos: – Terapia nutricional enteral (TNE) – Terapia nutricional parenteral (TNP) Terapia Nutricional Enteral (TNE): • Conjunto de procedimentos terapêuticos para a manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de nutrição enteral (NE) • Através do sistema digestório. Terapia Nutricional Parenteral (TNP): • Conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de nutrição parenteral (NP). • Via acessos venosos. • Não utiliza o sistema digestório. Regulamentação da Terapia Nutricional • Estas duas terapias são regulamentadas, respectivamente, pela: – Resolução RDC No 63/2000 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) – Portaria SVS/MS No 272/1998 do Ministério da Saúde, • Fixam os requisitos mínimos, estabelecem as boas práticas e definem a obrigatoriedade de uma equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN). Responsável pela Prescrição da TNP Equipe Multidisciplinar em Terapia Nutricional (EMTN) • Grupo formal e obrigatoriamente constituído de, pelo menos, um profissional de cada categoria: – médico, – nutricionista, – Enfermeiro, – Farmacêutico. • Habilitados e com treinamento específico para a prática da terapia nutricional; Atribuições do Nutricionista em Terapia Nutricional • Na atuação clínica na TN, segundo a Portaria No 272/1998 do MS e a Resolução RDC no 63/2000 da ANVISA, o nutricionista é responsável por: – Avaliar os indicadores nutricionais objetivos e subjetivos; – Identificar riscos ou a deficiência nutricional e a evolução de cada paciente até a alta nutricional estabelecida pela EMTN; – Avaliar qualitativa e quantitativamente as necessidades de nutrientes baseadas na avaliação do estado nutricional do paciente; – Acompanhar a evolução nutricional do paciente; – Participar e promover atividades de treinamento; – Elaborar a prescrição dietética; – Formular a NE estabelecendo a sua composição qualitativa e quantitativa; – Adequar a prescrição dietética; – Garantir o registro claro e preciso de todas as informações relacionadas à evolução nutricional do paciente; – Orientar o paciente, a família ou o responsável legal. Quando iniciar a Terapia Nutricional (TN) Enteral e Parenteral 1. Estabilidade Hemodinâmica – O paciente hipermetabólico deve receber terapia nutricional tão logo esteja hemodinamicamente estável; – Independente da via de administração, geralmente leva 2 a 5 dias para alcançar o objetivo da terapia nutricional. Portanto, é razoável iniciar imediatamente após o paciente se tornar hemodinamicamente estável; • Condições básicas para a Estabilidade Hemodinâmica: – Estabilização das funções vitais e perfusão de tecidos; – Função ácido-base dentro das variações fisiológicas; – Restabelecimento do balanço hidroeletrolítico; Quando iniciar a Terapia Nutricional (TN) Enteral e Parenteral 2. Tempo: • A TN deve ser iniciada, de preferência, em tempo precoce; • Classificação de Tempo e indicação para inicio da TN: – Precoce: dentro de 36 horas da internação e/ou dentro de 48 horas do evento traumático (ex. cirurgia); – Intermediário: em 36 horas a 72 horas da internação; – Tardio: > 72 horas da internação; Tempo indicado para INICIAR a Terapia Nutricional Tipo de Paciente Bem nutrido Desnutrido ou hipermetabólico Recém-nascido pré- termo 1 a 2 dias 0 a 2 dias Recém-nascido a termo 3 a 4 dias 0 a 2 dias Criança 4 a 5 dias 0 a 2 dias Adulto 7 a 10 dias 0 a 2 dias Quando iniciar a Terapia Nutricional (TN) Enteral e Parenteral Quando NÃO iniciar a Terapia Nutricional • Mal prognóstico (doenças terminais, coma irreversível documentado); • Terapia indesejada pelo paciente ou responsável legal; • Choque; Decisão clínica em Terapia Nutricional Enteral e Parenteral Avaliação Nutricional Desnutrição ou Risco Nutricional Não Aguardar e reavaliar Sim Trato Gastrintestinal funcionante? Não Nutrição Parenteral Sim Nutrição Enteral Via Oral Adequada? Não Nutrição por Sonda Sim Alimentação Via Oral Terapia Nutricional Enteral • Nutrição Enteral (NE): – alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. Indicações para Nutricional Enteral • Incapacidade de ingestão adequada de nutrientes pela via oral; • Trato gastrintestinal que pode ser utilizado de maneira segura e efetiva. Ausência de: – Gastroparesia; – Obstrução intestinal; – Íleo paralítico; – Fistulas entéricas de alto débito; – Fase inicial de síndrome do intestino curto; • DCP com ingestão oral inadequada de nutrientes nos últimos 5 dias; • Estado nutricional normal, com ingestão oral inadequada de nutrientes (menos que 50% do estimado) nos últimos 7 a 10 dias; • Em pediatria: em recém- nascidos com as indicações acima, apresentando estabilidade cardio-circulatória e respiratória; EXEMPLOS DE INDICAÇÕES DE NUTRIÇÃO POR SONDA - Adulto Desnutrição calórico-protéica Pós-cirúrgico de fraturas de quadril; Câncer de oro-faringe, gastrintestinal e esofágico ou estenose esofágica; Anorexia severa e/ou anorexia nervosa; Esofagite e faringite; Caquexia cardíaca e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC); Estado nutricional normal Pós-operatório de risco nutricional; Lesão de face e mandíbula; Distúrbios neurológicos Demência de Alzheirmer; outros Disfagia Severa AVC; Tumores cerebrais; Traumas de cabeça; Esclerose múltipla; Esclerose lateral amiotrófica; Síndrome de Guillain-Barret; Ressecção intestinal extensa em combinação com a nutrição parenteral Trauma abdominal extenso; Oclusão vascular mesentérica; Enterite por radiação; Doença inflamatória intestinal; Fistulas digestivas de baixo débito Doença de Crohn; Fistula colo-cutânea secundária a diverticulite; Colite granulomatosa; Trauma; Grande queimado Sepse Pancreatite leve e moderada Coma EXEMPLOS DE INDICAÇÕES DE NUTRIÇÃO POR SONDA - Pediatria Anomalias esofágicas Atresia de esôfago; Fistula traqueoesofágica; Hipermetabolismo Queimaduras; Sepse; Trauma múltiplo; Deficiência de crescimento e desenvolvimento Fibrose cística Insuficiência renal Doença cardíaca congênita Dificuldade de sucção e deglutição; Doença de Crohn Síndrome do Intestino curto Doença hepática crônica Anorexia Perda de peso Contra-indicações em TNE • Disfunção do TGI • Condições que requerem repouso intestinal • Obstrução Gastroesofágico intenso • Íleo Paralítico • Hemorragia GI severa • Vômitos e diarréia severa • Fístula no TGI de alto débito (> 500mL/dia) • Enterocolite severa • Pancreatite aguda grave • Doença terminal • Expectativa de utilizar a TNE em período inferior a 5-7 dias para pacientes desnutridos ou 7-9 dias para pacientes bem nutridos. Vias de Acesso Características e Tipos de Sondas Características das Sondas Diâmetro Adultos: calibre 8 a 12; Adultos com necessidadede administração de medicamentos através da sonda: sondas de calibre 12; Pediatria: calibre de 4 à 8; Comprimento Dependerá de: tamanho do paciente, do local de inserção e da localização intencionada da ponta; Posicionamento gástrico: mínimo de 100 cm; Posicionamento intestinal: mínimo de 120 cm; Tipos de Sondas Comerciais Tipos Características Sonda Levine Sonda de plástico (PVC) ou borracha, de grande calibre, por isso pode causar faringite, otite e maior risco de refluxo e broncoaspiração, se utilizadas a longo prazo. Sonda Dobbhoff Sonda de poliuretano/polietileno com cerca de 105 cm, flexível, de pequeno calibre para uso nasogástrico e nasoduodenal e com peso de mercúrio na extremidade Cuidados Diários com a Sonda Verificação do posicionamento intestinal Infusão contínua: verificar a cada 8 horas; Infusão intermitente: verificar antes de cada administração da dieta; Auscultar a região epigástrica, injetando ar com uma seringa de 60ml; Verificar o pH do resíduo aspirado. Um ph > 6 confirma o posicionamento intestinal. Cuidados com nariz e boca Examinar diariamente as narinas, a boca e faringe, verificando a presença de irritações, ulcerações ou necrose por pressão; Limpar diariamente a narina onde a sonda está inserida com cotonete embebido em vaselina. Se a narina apresentar crostas, limpá-la com soro fisiológico; Trocar os adesivos que fixam a sonda sempre que estiverem se soltando ou sujos, ou a cada 5 dias, observando se existe presença de irritação da pele; Realizar, ou orientar, a higiene da cavidade oral 2 vezes /dia com antisséptico bucal, e a lubrificação dos lábios com vaselina líquida; Irrigação Administração de Medicamentos Injetar 20ml de água ou soro fisiológico; Administração contínua: interromper a administração da dieta a cada 4 a 6 horas; Antes e após a administração intermitente; Antes e após a administração de medicamentos; Após a verificação de resíduo; Avaliar as interações entre medicamento e a dieta. Cuidados Diários com a Sonda Vias de Acesso Tipos Indicações Orogástrica Prematuros e recém-nascidos de baixo peso com dificuldades respiratórias; Nasogástrica Pacientes com previsão de alimentação via sonda por período inferior a 4 semanas; Pacientes sem risco de broncoaspiração (reflexo de tosse presente, consciente, ausência de refluxo gastroesofágico); Pacientes com esvaziamento normal do conteúdo gástrico e duodenal; Pacientes sem envolvimento do estomago com a doença primária (ausência de obstrução, etc.); Pacientes sem presença de vômitos intratáveis; Nasoduodenal Pacientes com previsão de alimentação via sonda por período igual ou inferior a 4 semanas; Pacientes com risco de broncoaspiração (reflexo de tosse ausente, nível de consciência diminuído, refluxo esofágico significativo); Pacientes com gastroparesia ou esvaziamento gástrico anormal (estase gástrica), náuseas e vômitos refratários; Pacientes com disfunção gástrica passageira, em caso de trauma ou cirurgia; Pacientes que necessitam de alimentação precoce no pós-operatório; Vias de Acesso Tipos Indicações Gastrostomia •Pacientes com previsão de alimentação via sonda por período superior a 4 semanas; •Pacientes sem risco de broncoaspiração (reflexo de tosse presente, consciente e com ausência de refluxo gastroesofágico); •Pacientes com esvaziamento normal do conteúdo gástrico e duodenal; •Pacientes sem envolvimento do estômago com a doença primária; Jejunostomia •Pacientes com previsão de alimentação via sonda por período > a 4 semanas; •Pacientes com risco de aspiração pulmonar; •Pacientes com incapacidade de utilizar a parte superior do TGI (obstrução, fistulas, tumor, ...); •Pacientes com GASTROPARESIA ou Esvaziamento Gástrico deficiente (estase gástrica), náuseas e vômitos refratários; •Pacientes que necessitam de alimentação precoce no pós-operótorio; Indicações Clínicas para Gastrostomia (GTT) • Pacientes neurológicos com incapacidade total ou parcial de deglutição; • Câncer de oro-faringe; • Câncer sistêmico com ingestão oral inadequada; • Pacientes pediátricos com fibrose cística; • Doença cardíaca congênita; • Pseudo obstrução; Contra-indicações para Gastrostomia • Distúrbios incorrigíveis de coagulação; • Anatomia insatisfatória ou dificuldade de acesso ao estômago (microgastria, pós-gastrectomia parcial com pouco estômago remanescente, má rotação ou estômago retrocólico); • Sepse; Imunossupressão; • Ascite acentuada; • Peritonite; • Hipertensão portal com varizes intra- abdominais; • Carcinoma peritoneal; • Íleo paralítico; • Doença de Crohn ou colite ulcerativa (risco de fístula); • Principalmente em GTT endoscópica percutânea: obesidade mórbida e obstrução esofageana; Contra-indicações para Jejunostomia • Distúrbios de coagulação; • Sepse; • Imunossupressão; • Ascite; • Peritonite; • Carcinoma peritoneal; • Íleo paralítico; • Doença de Crohn ou colite ulcerativa (RISCO DE FÍSTULA INTESTINAL) Algoritmo para seleção da via de acesso Métodos de Administração da Nutrição Enteral MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO Características Indicações Vantagens Desvantagens CONTÍNUA Administração CONTÍNUA; Volume adminstrado: 12 a 24h; Tempo de repouso inferior a 8 horas (se houver); Pacientes INSTÁVEIS (graves), com indicação da menor taxa de infusão possível; Alimentação transpilórica (de preferência); Intolerância à alimentação intermitente; Melhor tolerância da alimentação; Redução do risco de refluxo e broncoaspiração; Menor flutuação dos níveis de insulina; Possibilidade de maior aporte nutricional; Exige bomba de infusão; Maior custo; Menor liberdade ao paciente; Maior risco de oclusão da sonda; INTERMITENTE OU FRACIONADA Administração de frascos de dieta a cada 3 ou 4 horas, por método gravitacional (sistema aberto) ou BI (sistema fechado. Infusão: Posição gástrica: 40 min a 1h Posição enteral: 1h30 a 2h Preferível na alimentação gástrica; Pacientes estáveis; Sempre que o tempo livre entre as dietas possibilitar outras atividades (ex. alimentação oral e deambulação); Não exige bomba de infusão; Maior liberdade ao paciente ambulatorial; Similar aos padrões alimentares normais; Menor custo; Maior risco de intolerância à alimentação; Maior flutuação dos níveis de insulina; Risco elevado de refluxo e broncoaspiração; CÍCLICA Administração de nutrientes por um período definido, usualmente de 8 a 16 horas; Realizada, de maneira usual, durante a noite, para facilitar a ingestão alimentar oral durante o dia. Pacientes estáveis, em transição para a via oral; Pacientes com necessidade de liberdade física e/ou psicológica durante as 24 horas; Período maior de tempo livre entre as alimentações (8 a 16 horas/dia) Exige tempo para infusão de todo volume; Risco elevado de intolerância e broncoaspiração; Dose e Velocidade de Administração Método de Administração Posicionamento da Sonda Intermitente Contínua Posição GÁSTRICA Iniciar com volume de 100mL/hora, sendo aumentado a cada 24/48h até atender as necessidades nutricionais do paciente Se for preciso grandes volumes, 500mL, são infundidos de 3 a 4 horas. É indicado verificar resíduos gástricos antes de cada refeição. Devendo suspender a próxima etapa, se os resíduos forem superiores a 150mL. Iniciar com volume de 25 a 30mL/hora/dia e deve-se aumentar gradativamente atpe a velocidade máxima de 100 a 150mL/hora. Posição DISTAL (Pós-pilórica) (Duodeno ou Jejuno) Gotejamento com atenção. Gotejamento RÁPIDO pode ocasionar diarreia e cólica, com consequente queda no aproveitamento nutricional e prejuízo ao paciente. Idealpara pacientes com GASTROPARESIA, retardo do esvaziamento gástrico e elevado risco de aspiração e no período pós-operatório imediato. Necessária confirmação radiológica da posição da sonda. Iniciar a alimentação com gotejamento de 25mL/h. Caso não hajam efeitos colaterais gastrointestinais, evoluir a velocidade a 50 mL/h/dia até ser atingido o volume necessário Semelhante ao posicionamento gástrico. Complicações da Nutrição Enteral Anormalidades Gastrintestinais Respiratórias Infecciosas Mecânicas Metabólicas Complicações da Nutrição Enteral • Anormalidades Gastrintestinais: – São as mais comuns – Náuseas e vômitos – Estase gástrica – Refluxo GE – Distensão abdominal, cólicas – Empachamento – Flatulência – Diarréia/constipação • Metabólicas: – Hiper ou desidratação – Hiper ou hipoglicemia – Distúrbio eletrolítico e elementos-traços – Alterações da função hepática Complicações da Nutrição Enteral • Mecânicas: – Erosão nasal e necrose – Abscesso septonasal – Sinusite aguda, rouquidão e otite – Faringite – Esofagite, ulceração esofágica, estenose – Fístula traqueosofágica – Ruptura de varizes esofágicas – Obstrução da sonda – Saída ou migração acidental da sonda Complicações da Nutrição Enteral • Infecciosas: – Gastroenterocolites por contaminação microbiana (preparo, utensílios e administração) Complicações da Nutrição Enteral • Respiratórias: – Aspiração pulmonar com síndrome de Mendelson ou Pneumonia infecciosa Complicações da Nutrição Enteral Cuidados do preparo da Nutrição Enteral • Necessários para prevenir contaminação microbiológica • Desde a recepção dos materiais, preparo, distribuição e administração das dietas. Higienização das Mãos e Antebraço Uniformização para o preparo da Dieta Enteral Higiene dos Utensílios e no Preparo Indicadores e Critérios para Seleção das Dietas Enterais Seleção das Dietas Enterais 1. Quanto à forma de Apresentação: • Dieta Enteral em Pó • Dieta Enteral Líquida 2. Quanto à Fabricação da Dieta: • Não-Industrializadas (In natura ou Artesanal ou Caseira) • Industrializado 3. Quanto aos Tipos de Fórmulas: • Fórmula Padrão • Fórmulas Especializadas 4. Quanto ao Teor de Macronutrientes: 5. Quanto ao Grau de Hidrolisação (complexidade dos nutrientes): • Polimérica • Oligomérica • Elementar 6. Quanto às características Físicas das Fórmulas Seleção das Dietas Enterais 1. Quanto à forma de Apresentação: • Dieta Enteral em Pó • Dieta Enteral Líquida 2. Quanto à Fabricação da Dieta: • Não-Industrializadas (In natura ou Artesanal ou Caseira) • Industrializado 3. Quanto aos Tipos de Fórmulas: • Fórmula Padrão • Fórmulas Especializadas 4. Quanto ao Teor de Macronutrientes: 5. Quando ao Grau de Hidrolisação ( complexidade dos nutrientes): • Polimérica • Oligomérica • Elementar 6. Quanto às características Físicas das Fórmulas Quanto à forma de Apresentação 1. Dieta Enteral em Pó • Devem ser reconstituídas. 2. Dieta Enteral Líquida • Prontas para uso; • Semi-prontas. http://www.netserv19.com/ecommerce_site/arquivos2417/arquivos/12731448391.jpg Classificação das Dietas Enterais 1. Quanto à forma de Apresentação: • Dieta Enteral em Pó • Dieta Enteral Líquida 2. Quanto à Fabricação da Dieta: • Não-Industrializadas (In natura ou Artesanal ou Caseira) • Industrializado 3. Quanto aos Tipos de Fórmulas: • Fórmula Padrão • Fórmulas Especializadas 4. Quanto ao Teor de Macronutrientes: 5. Quando ao Grau de Hidrolisação ( complexidade dos nutrientes): • Polimérica • Oligomérica • Elementar 6. Quanto às características Físicas das Fórmulas Quanto à Fabricação da Dieta 1. Não-Industrializada (Artesanal, “In natura” ou Caseira) • Preparadas à base de alimentos in natura ou mesclas de produtos naturais co-industrializados (módulos), liquidificadas preparados artesanalmente em conzinha doméstica ou hospitalar. • Requerem suplementação de vitaminas e minerais; • Exige controle de qualidade físico-química e microbiológica deve ser rígido Quanto à Fabricação da Dieta 1. Não-Industrializada (Artesanal, “In natura” ou Caseira) Indicação: TGI com capacidade de digestão e de absorção normal; Requer sonda de grande calibre. Nem sempre! Quanto à Fabricação da Dieta 1. Não-Industrializada (Artesanal, “In natura” ou Caseira) • Vantagens: Menor custo; Individualização da formulação quanto a composição e ao volume. Quanto à Fabricação da Dieta 1. Não-Industrializada (Artesanal, “In natura” ou Caseira) • Desvantagens: Instabilidade bromatológica, microbiológica e organoléptica; Fornecimento inadequado de micronutrientes; Somente via GTT ou Sonda nasogástricas (grande calibre); Baixa densidade calórica; Grande volume de infusão para adequar às necessidades. Quanto à Fabricação da Dieta Sistema Aberto • Devem ser reconstituídas e envasadas ou administradas com seringas. Sistema Fechado • Prontas para uso; 2. Industrializada Quanto à Fabricação da Dieta Tipos de Dietas Industrializadas Vantagens Desvantagens Pó Individualização da fórmula com menor manipulação que dietas caseiras; Maior estabilidade microbiológica e bromatológica; Fornecem micronutrientes adequados e armazenamento facilitado pelo pequeno volume; Diluição da dieta fornecida pelo fabricante. Exigem manipulação maior que dietas industrializadas líquidas; Maior tempo de preparo; Maior custo operacional; Necessitam de área de preparo específica. Semi-pronta (Sistema aberto) Mesmas vantagens das dietas em pó, porém com MENOR manipulação, necessita apenas de envase; Dietas líquidas prontas para uso; Alta praticidade e qualidade nutricional. Ainda há chance de contaminação; Necessitam também de área de preparo específica para o envase; Embalangens pesadas e/ou grandes. Pronta para uso (Sistema fechado) Não há manipulação; Facilidade e segurança de distribuição; Não requer área de preparo, mas sim de armazenamento; Controles microbiológicos e bromatológicos garantidos. Maior volume de infusão; Necessitam de equipos e bombas de infusão próprios; Alto custo. Classificação das Dietas Enterais 1. Quanto à forma de Apresentação: • Dieta Enteral em Pó • Dieta Enteral Líquida 2. Quanto à Fabricação da Dieta: • Não-Industrializadas (In natura ou Artesanal ou Caseira) • Industrializado 3. Quanto aos Tipos de Fórmulas: • Fórmula Padrão • Fórmulas Especializadas 4. Quanto ao Teor de Macronutrientes: 5. Quando ao Grau de Hidrolisação ( complexidade dos nutrientes): • Polimérica • Oligomérica • Elementar 6. Quanto às características Físicas das Fórmulas Quanto aos tipos de Fórmulas 1. Fórmulas Padrão Fórmulas utilizadas pela maioria dos pacientes. Visam: • Suprir as necessidades nutricionais dos pacientes de forma a manter ou melhorar o estado nutricional dos mesmos. Quanto aos tipos de Fórmulas 2. Fórmulas Especializadas Desenhadas para disfunções orgânicas específicas. Visam: • Otimizar o estado nutricional do paciente atuando especificamente em seu tratamento clínico. • Falência intestinal • Falência hepática • Falência renal • Falência pulmonar • Diabetes e Hiperglicemias • Imunossupressão Classificação das Dietas Enterais 1. Quanto à forma de Apresentação: • Dieta Enteral em Pó • Dieta Enteral Líquida 2. Quanto à Fabricação da Dieta: • Não-Industrializadas (In natura ou Artesanal ou Caseira) • Industrializado 3. Quanto aos Tipos de Fórmulas: • Fórmula Padrão • Fórmulas Especializadas 4. Quanto ao Teor de Macronutrientes: 5. Quando ao Grau de Hidrolisação ( complexidade dos nutrientes): • Polimérica • Oligomérica• Elementar 6. Quanto às características Físicas das Fórmulas Quanto ao Teor de Macronutrientes 1. Carboidratos • Correspondem a 40 a 60% do valor calórico da fórmula; • Pode ocorrer mistura CHO simples + CHO complexo: Osmolaridade mais baixa Diminuir risco diarreia osmótica • Tipos: Monossacarídeos (frutose e glicose) Dissacarídeos (Sacarose e Lactose) Oligossacarídeos (amido de milho parcialmente hidrolisado, maltodextrina) Polissacarídeos (amido de milho) Maioria das fórmulas são ISENTAS de lactose Quanto ao Teor de Macronutrientes 2. Proteínas • Correspondem a 15 a 20% do valor calórico da fórmula; • Tipos: Caseinto de cálcio Proteína isolada de soja Proteína do soro do leite (↑ solubilidade) Proteína de ervilha Quanto ao Teor de Macronutrientes 3. Lipídeos • Correspondem a 30 a 41% do valor calórico da fórmula; • Ofertar AGE (w6 e w3); • Tipos: Poli-insaturados: W6: óleo de soja, açafrão, milho ou girassol; W3: óleo de peixe; Monoinsaturados: óleo de oliva e canola; Saturados (TCM): gordura do coco. Quanto ao Teor de Macronutrientes 4. Fibras • As recomendações ainda não são claras em TNE, porém, para indivíduos saudáveis correspondem a 15 a 30g/dia (75% FI e 25% FS); • Tipos: Polissacarídeos de soja Fibra de aveia Goma guar Inulina A adição de fibras em quantidades elevadas pode aumentar a viscosidade da dieta e dificultar o gotejamento. Não devem ser utilizadas em pacientes INSTÁVEIS hemodinamicamente e com risco de ISQUEMIA intestinal Classificação das Dietas Enterais 1. Quanto à forma de Apresentação: • Dieta Enteral em Pó • Dieta Enteral Líquida 2. Quanto à Fabricação da Dieta: • Não-Industrializadas (In natura ou Artesanal ou Caseira) • Industrializado 3. Quanto aos Tipos de Fórmulas: • Fórmula Padrão • Fórmulas Especializadas 4. Quanto ao Teor de Macronutrientes: 5. Quanto ao Grau de Hidrolisação (complexidade dos nutrientes): • Polimérica • Oligomérica • Elementar 6. Quanto às características Físicas das Fórmulas Quanto ao grau de Hidrolisação 1. Fórmulas Poliméricas • Macronutrientes em sua forma INTACTA, especialmente as proteínas (Polipeptídeos); • Compostas por Proteínas, Carboidratos complexo (amido de milho) e Triglicerídeos de cadeia longa (TCL em sua maioria); • Indicadas para pacientes SEM alteração na sua capacidade absortiva; • Possuem osmolaridade mais baixa que as olioméricas. Quanto ao grau de Hidrolisação 2. Fórmulas Oligoméricas ou Semi-elementares • Macronutrientes PARCIALMENTE HIDROLISADOS; especialmente as proteínas (oligopeptídeos, di e tripeptídeos). • Fontes de Carboidrato: Maltodextrina (mais utilizada), sacarose (dissacarídeos); • Fonte de Proteína: Proteína do soro do leite Hidrolisadas, caseína hidrolisada, hidrolisado de soja e lactoalbumina; • Fonte de Lipídeos: Mistura de TCM (50 a 71,9%) e TCL • Indicadas para pacientes COM alteração na sua capacidade absortiva; • O grau de hidrólise influencia diretamente a osmolaridade da fórmula, ou seja, quanto < a osmolaridade da dieta < o grau de hidrólise. Quanto ao grau de Hidrolisação 3. Fórmulas Monoméricas ou Elementares • Macronutrientes TOTALMENTE HIDROLISADOS; • Fontes de Carboidrato: Glicose e frutose; • Fonte de Proteína: Aminoácidos cristalinos; • Fonte de Lipídeos: TCM. • Indicadas para pacientes COM alteração na sua capacidade absortiva; • Osmolaridade elevada. Quanto ao grau de Hidrolisação Classificação das Dietas Enterais 1. Quanto à forma de Apresentação: • Dieta Enteral em Pó • Dieta Enteral Líquida 2. Quanto à Fabricação da Dieta: • Não-Industrializadas (In natura ou Artesanal ou Caseira) • Industrializado 3. Quanto aos Tipos de Fórmulas: • Fórmula Padrão • Fórmulas Especializadas 4. Quanto ao Teor de Macronutrientes: 5. Quando ao Grau de Hidrolisação ( complexidade dos nutrientes): • Polimérica • Oligomérica • Elementar 6. Quanto às características Físicas das Fórmulas Quanto as Características Físicas das Fórmulas 1. Densidade Calórica da Fórmula • Definida pela quantidade de caloria fornecida por mL de dieta; • Influencia diretamente a taxa de esvaziamento gástrico, ou seja, quanto > densidade, mais lento é o esvaziamento; Densidade Classificação 0,6 a 0,8 Kcal/mL Hipocalóricas 0,9 a 1,2 Kcal/mL Normocalóricas 1,3 a 1,5 Kcal/mL Hipercalóricas > 1,5 Kcal/mL Acentuadamente Hipercalórica Quanto as Características Físicas das Fórmulas 1. Densidade Calórica da Fórmula X Conteúdo de água nas fórmulas Densidade calórica Conteúdo de água (ml/L de fórmula) Conteúdo de água (%) 0,9 – 1,2 800 a 860 80 a 86% 1,5 760 a 780 76 a 78% 2,0 690 a 710 69 a 71% Quanto as Características Físicas das Fórmulas 2. Osmolaridade da Fórmula (mOsm/L) • Está relacionada ao TAMANHO e QUANTIDADE de partículas iônicas e moleculares (PTNs, CHO e LIP) em determinado volume, ou seja, [ ] de todas moléculas osmoticamente ativas; • Fatores que influenciam: PTNs (+hidrolisado > Osmolaridade), CHO (Simples > Osmolaridade) , minerais e eletrólitos (Na+, K+, Cl-). Osmolaridade Classificação < 300 mOsm/L Hipotônicas 300 a 350 mOsm/L Isotônicas > 350 a 550 mOsm/L Levemente Hipertônicas > 550 a 750 mOsm/L Hipertônicas > 750 mOsm/L Acentuadamente Hipertônicas Dietas com maior Osmolaridade mais tolerada no Estomago Osmolaridade = Tolerância digestiva Quanto as Características Físicas das Fórmulas Osmolaridade (mOsm/L) X Osmolalidade (mOs/Kg de água) Lipídio NÃO influencia, pois não forma solução!!!
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