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Resumo - Politraumatizado

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Ortopedia Júlia Araújo Medicina – 6º Período 
→ DEFINIÇÃO: síndrome de múltiplas lesões excedendo 
uma gravidade definida, em que pelo menos uma dessas 
lesões pode causar disfunção ou falência de órgãos 
remotos 
→ ESCALA ABREVIADA DA LESÃO (EAL) 
- Escore de Gravidade da Lesão (EGL): soma dos 
quadrados dos três escores mais altos da EAL 
→ EPIDEMIOLOGIA 
- Trauma é a principal causa de morte em pessoas de até 
45 anos, sendo responsável por cerca de 80% das mortes 
em pacientes jovens (18 a 24 anos). 
- Causas de óbito 
Imediata Precoce Tardia 
- Laceração 
cerebral 
- Traumatismo 
raquimedular 
alto 
- Lesão de 
tronco cerebral 
-Hematomas 
epidurais ou 
peridurais 
- Ferimentos no 
baço e fígado 
- Pneumotórax 
- Hemotórax 
- TCE 
- Falência 
múltipla de 
órgãos 
- Sepse 
 
→ CARDIOVASCULAR 
- Ocorre imediatamente após a lesão, traduzindo a 
extensão das lesões teciduais e a perda de sangue. 
- Ativação dos fatores de coagulação, migração do 
líquido do espaço intersticial para intravascular e 
hiperventilação, a fim de promover oxigenação do 
sangue 
→ IMUNOLÓGICA/ INFLAMATÓRIA 
- Manifesta-se horas a dias após o trauma, cursando com 
migração de células inflamatórias (neutrófilos e 
macrófagos) e liberação de mediadores pró-
inflamatórios (interleucinas, TNF, interferons) que 
objetivam acelerar o afluxo de células inflamatórias, 
bloquear ação dos agentes bacterianos e iniciar 
processo de reparação tecidual. 
- Paciente pode evoluir para síndrome da resposta 
inflamatória sistêmica e insuficiência múltipla de órgãos e 
sistemas 
- Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica 
 . Temperatura corporal > 38º ou <36º 
 . FC > 90bpm 
 . FR >20irpm ou PaCO2 < 32mmHg 
 . Leucócitos > 12.000 ou < 4000 ou > 10% de neutrófilos 
jovens 
→ METABÓLICA 
- Ocorre aumento da necessidade de glicose, liberação 
de impulsos nervosos a partir da área lesada até o sistema 
nervoso central e o tronco cerebral, com ativação do 
hipotálamo e liberação de adrenalina, noradrenalina, 
ACTH, TSH, GH e glucagon 
→ ATLS 
 
→ EXAMES LABORATORIAIS 
- Na fase inicial do tratamento, a obtenção de acessos 
venosos calibrosos e a solicitação de exames laboratoriais 
em caráter emergencial são fundamentais 
 
→ PERÍODO DE AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO HOSPITALAR 
1- PERÍODO DE REANIMAÇÃO AGUDA 
- 1 a 3 horas -> vai desde a entrada do paciente até o 
controle das condições que podem levá-lo a óbito 
- ATLS 
- Diagnóstico agudo com indicação de cirurgia de 
emergência 
2- PERÍODO PRIMÁRIO DE ESTABILIZAÇÃO 
- 1 a 48 horas -> realização de medidas para a obtenção 
completa da estabilidade respiratória, hemodinâmica e 
neurológica do paciente 
Ortopedia Júlia Araújo Medicina – 6º Período 
- Tratamento inicial das lesões musculoesqueléticas, 
incluindo estabilização de fraturas, fasciotomias, reparo 
ou enxertos vasculares 
3- PERÍODO DE REGENRAÇÃO SECUNDÁRIA 
- 2º ao 10º dia -> condição geral do paciente é 
estabilizada e monitorada 
- Realização de cirurgias de reconstrução 
4- PERÍODO DE RECONSTRUÇÃO TERCIÁRIA E 
REABILITAÇÃO 
- Semanas -> cirurgias de reconstrução mais complexas, 
além da reabilitação funcional dos pacientes 
→ EXAMES DE IMAGEM 
- Radiografia: incidências anteroposterior do tórax, pelve 
e abdome e lateral da coluna cervical 
 . Demais incidências e segmentos dependem do 
exame clínico inicial, variando de acordo com o paciente 
- Ultrassonografia: rastreio de lesões abdominais e 
torácicas de forma rápida 
- TC: realizada em um segundo momento para avaliação 
do traumatismo cranioencefálico, além de tórax, 
abdome e pelve, caso seja necessário 
- Angiografia: padrão-ouro no diagnóstico de lesões da 
aorta, assim como de outros vasos importantes 
→ EARLY TOTAL CARE (Tratamento ortopédico definitivo 
imediato) 
- Redução adequada da fratura e estabilização com 
fixação interna imediata, não necessitando de nova 
abordagem cirúrgica 
- Abordagem cirúrgica imediata 
- Interessante para caso de fraturas isoladas 
→ ORTHOPAEDIC DAMAGE CONTROL 
- Visa evitar o agravamento do paciente 
politraumatizado ao ser submetido a qualquer 
tratamento cirúrgico 
- Submetido à cirurgia na janela de oportunidade do 5º ao 
10º dia, devido a queda da janela inflamatória 
→ PARÂMETROS CLÍNICO-LABORATORIAIS PARA 
DEFINIÇÃO DO GRAU DE ESTABILIDADE FISIOLÓGICA DO 
PACIENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ PARÂMETROS CLÍNICOS-LABORATORIAIS PARA TOMADA 
DE DECISÃO 
- pH < 7,25 
- Base excesso < – 5 
- Lactato > 2 
- Temperatura < 35°C 
- Plaquetas < 120.000 
- RNI > 1,5 
- Queda do antígeno leucocítico humano (HLA-DR) 
constitui um importante parâmetro para a ocorrência de 
complicações 
↓ Logo após trauma 
↑ Primeira semana 
↓ Após a primeira semana 
↑ A partir da terceira semana 
- Melhores momentos para a fixação precoce são do 5º 
ao 10º dia e a partir da terceira semana, visto que, do 
segundo ao quarto dia, o organismo passa por uma fase 
de hiperinflamação 
- Do 10º dia à terceira semana, instala-se um período de 
imunossupressão, de tal modo que cirurgias reconstrutivas 
cursam com maior risco de infecção 
- Correlação do estado fisiológico, tempo e cirurgia 
indicada 
 
Descompressão aguda de cavidades 
Controle da hemorragia 
Laparotomia 
Revascularizações 
Debridamento de fraturas expostas e lesões articulares 
Fixação externa de ossos longos 
Fasciotomias 
Fixação dorsal de fraturas vertebrais instáveis 
Plaquetas ↓ 90.000/ml 
Débito urinário ↓ 50ml/h 
Lactato > 2,5 mmol/L 
BE ↓8mmol/L 
Temperatura ↓ 33ºC 
Transfusão ↑ 3 unidades/hora 
PaO2 ↓250 
Idade ↑55 anos 
- Uma das principais causas de morte em pacientes 
politraumatizados 
- Mediante qualquer suspeita, torna-se imperativa uma 
medida no sentido de controlar o volume intrapélvico, de 
preferência ainda no atendimento pré-hospitalar, por 
meio de cintas pélvicas 
Ortopedia Júlia Araújo Medicina – 6º Período 
 
→ CASO CLÍNICO 1 
- Paciente masculino, vítima de acidente motociclístico, 
com dor e deformidade em antebraço esquerdo e coxa 
direita, 
Glasgow 15 
PaO2/FiO2 = 250 
Lactato sanguíneo 2,1 
- Discussão 
 . Paciente lúcido e consciente 
 . Limpeza e desbridamento se necessário 
 . Early total care -> fixação do rádio e do fêmur 
(tratamento definitivo imediato) 
 
→ CASO CLÍNICO 2 
- Paciente masculino, vítima de atropelamento, com TCE, 
pneumotórax e deformidade no antebraço e na coxa 
direita e joelho esquerdo. 
- Discussão 
 . Trauma de alta energia 
 . ATLS 
 . Fraturas de tratamento cirúrgico mais refinado 
 . Não pode ser operado imediatamente devido à 
resposta inflamatória 
 . Orthopaedic damage control -> fixação das fraturas 
até tratamento definitivo -> evitar o risco de maior 
sangramento e reduzir a morbidade 
 
→ CASO CLÍNICO 3 
- Paciente masculino, vítima de acidente motociclístico 
com trauma contuso grave. Apresentando deformidade 
pélvica. Pneumotórax tratado com dreno torácico na 
emergência. 
 
- Discussão 
 . Orthopaedic damage control -> Fechar a bacia com 
fixador externo devido à deformidade apresentada na 
pelve, evitando maiores danos e o riscos de hemorragias 
 . Caso o paciente esteja estável, independente do 
grau de abertura, pode-se realizar o tratamento definitivo 
Ortopedia Júlia Araújo Medicina – 6º Período

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