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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP ALEXANDRE TOSINI FELICISSIMO (RA: T14949-5) FERNANDA DOS SANTOS PENNA (RA: T7244F-0) JÉSSICA DA CRUZ MARTINS (RA: D524IF3) MARÍLIA DE SOUZA OVÍDIO (RA: D820CJ-0) FUNDAÇÕES RASAS OU SUPERFICIAIS SÃO JOSÉ DO RIO PARDO – SP 2021 ALEXANDRE TOSINI FELICISSIMO (RA: T14949-5) FERNANDA DOS SANTOS PENNA (RA: T7244F-0) JÉSSICA DA CRUZ MARTINS (RA: D524IF3) MARÍLIA DE SOUZA OVÍDIO (RA: D820CJ-0) FUNDAÇÕES RASAS OU SUPERFICIAIS Trabalho apresentado à Universidade Paulista UNIP – Campus São José do Rio Pardo, para avaliação das Atividades Práticas Supervisionadas, do Curso de Engenharia Civil. Orientador: Prof. Me. João Ailton Brondino. SÃO JOSÉ DO RIO PARDO – SP 2021 RESUMO Fundações rasas são aquelas em que as cargas da edificação são distribuídas diretamente no solo, pelas pressões distribuídas pela base da fundação. É indicado que esses tipos de fundações sejam utilizados em solos com boa resistência, assentado em profundidade inferior ao dobro de sua menor dimensão em planta, não podendo ser menor que sessenta centímetros. Existem basicamente quatro tipos de fundações rasas: as sapatas, o radier, o bloco e a viga baldrame. Palavras-chave: Fundação. Sapata. Radier. Bloco. Baldrame. Construção. https://www.escolaengenharia.com.br/nocoes-basicas-de-fundacoes/ ABSTRACT Shallow foundations are those in which the building loads are distributed directly on the ground, by the pressures distributed by the foundation base. It is recommended that these types of foundations be used in soils with good resistance, laid at a depth less than twice its smallest dimension in plan, and cannot be less than sixty centimeters. There are basically four types of shallow foundations: the slabs, the radier, the block and the baldrame beam. Keywords: Foundation. Shoe. Radier. Block. Baldrama. Construction. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Sapata Isolada ......................................................................................... 10 Figura 2 – Sapata Corrida em obra ........................................................................... 11 Figura 3 – Sapata Associada em obra ...................................................................... 11 Figura 4 – Sapata Alavancada planta e vista lateral ................................................. 12 Figura 5 – Fundação Radier em obra ........................................................................ 13 Figura 6 – Fundação Bloco em obra ......................................................................... 14 Figura 7 – Viga Baldrame em obra ............................................................................ 15 Figura 8 – Obra Analisada ........................................................................................ 17 Figura 9 – Obra Analisada com Sapata Isolada ........................................................ 18 Figura 10 – Sapata Isolada em Obra Analisada ........................................................ 19 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ________________________________________________________ 7 2. OBJETIVOS __________________________________________________________ 8 3. METODOLOGIA ______________________________________________________ 9 4. REFERENCIAL TEÓRICO ____________________________________________ 10 4.1 Sapata isolada ____________________________________________________________ 10 4.2 Sapata corrida ____________________________________________________________ 10 4.3 Sapata associada _________________________________________________________ 11 4.4 Sapata alavancada ________________________________________________________ 12 4.5 Radier ___________________________________________________________________ 12 4.6 Bloco ____________________________________________________________________ 14 4.7 Baldrame_________________________________________________________________ 15 4.7.1 Viga baldrame executada in loco ________________________________________________ 16 4.7.2 Viga baldrame pré-moldada _____________________________________________________ 16 4.7.3 Viga de blocos de concreto em formato de U ____________________________________ 16 5. ANÁLISE PRÁTICA __________________________________________________ 17 6. CONCLUSÃO _______________________________________________________ 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ________________________________________ 21 7 1. INTRODUÇÃO Fundações rasas, ou superficiais, são aquelas usadas basicamente em edificações de pequeno e médio porte, o nome se dá pela profundidade de assentamento, que de acordo com a norma ABNT NBR 6122, define uma fundação rasa aquela que possui a profundidade inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação (menos de 3 metros). O principal fator para se escolher esse tipo de fundação é a investigação do solo, características geotécnicas e o principal, a tensão admissível. Por ser um trabalho executado nas primeiras camadas de solo, não demanda a utilização de grandes equipamentos, podendo ser feito manualmente. As cargas da estrutura são transmitidas ao solo através do contato com a base do elemento de fundação, caracterizando assim a fundação rasa, como fundação direta, onde o solo que está imediatamente abaixo do elemento, recebe as tensões distribuídas que equilibram a carga aplicada. Dentre os principais tipos de fundações rasas, podemos destacar as sapatas (isoladas, corridas, associadas e alavancadas), blocos e o radier. Todas serão explicadas a seguir. Além disso, no presente trabalho, foi analisada a fundação de uma edificação a qual está sendo executada. Primeiramente, verificou-se qual o tipo de solo do terreno a qual esta edificação será inserida. Posteriormente, foi analisada qual foi a fundação utilizada e o porquê da escolha desta. 8 2. OBJETIVOS O objetivo geral deste trabalho é proporcionar aos estudantes de Engenharia Civil o conhecimento a respeito dos diversos tipos de fundações rasas existentes, além de possibilitar a percepção do tipo de fundação utilizada nas mais diferentes obras da construção civil. 9 3. METODOLOGIA Conforme edital disponibilizado pelo orientador deste trabalho, para o desenvolvimento desta atividade, devería-se buscar o referencial teórico a respeito dos tipos de fundações rasas existentes para, posteriormente, identificar na obra analisada qual o tipo utilizado. Dessa forma, foi realizada toda a pesquisa acerca do tema e foi feita uma visita técnica à obra escolhida, para registro e análise do local. 10 4. REFERENCIAL TEÓRICO 4.1 Sapata isolada Essa é a forma mais simples e usual de fundação usada na construção civil, nesse tipo de sapata o elemento de concreto armado é dimensionado para resistir às cargas de uma única coluna ou pilar. As tensões de tração produzidas, são resistidas pelo emprego da armadura, e não pelo concreto por si só. São indicadas para terrenos com boa resistência às tensões, e para cargas distribuídas pequenas. Geralmente apresentam formato de tronco de pirâmide, mas também são executadas no formato paralelepípedo. Figura 1 – Sapata Isolada Fonte: Blog Doce Obra Casa e Construção, 2021. 4.2 Sapata corrida É utilizada para suportar cargas de elementos contínuos, como paredes e muros, os quais não apresentam altas cargas e possuem cargas distribuídas linearmente, sendo assim a sapata recebe e distribuí as cargas ao solo de forma linear. 11 Figura 2 – Sapata Corrida em obra Fonte: Directiva Engenharia, 2021. 4.3 Sapata associadaSapata associada é a junção de duas ou mais sapatas isoladas, isso ocorre quando sapatas isoladas ficam muito próximas, devido à falta de espaço ou opção estrutural, então para não comprometer a estrutura, são associadas para receber as cargas de dois ou mais pilares. Figura 3 – Sapata Associada em obra Fonte: Directiva Engenharia, 2021. 12 4.4 Sapata alavancada Conhecida como viga de equilíbrio, é utilizada quando o centro da base da sapata não coincide com o centro geométrico do pilar, por estar próxima a uma divisa ou obstáculo, nessa situação é criado uma viga entre duas sapatas com o objetivo de suportar o momento fletor gerado pela excentricidade. Figura 4 – Sapata Alavancada planta e vista lateral Fonte: Blog Utilizando o BIM, 2021. 4.5 Radier Radier ou também conhecida como fundação em placas, nada mais é que um laje que se posiciona em baixo da obra, ocupando a área total, onde o peso todo é distribuído igualmente em toda a área, podendo ser usada em casa ou ate mesmo em edifícios. 13 Figura 5 – Fundação Radier em obra Fonte: Blog APL Engenharia, 2018. Existem alguns tipos de radier: o primeiro é o com concreto armado, muito comum e utilizadas em obras pequenas. Tem-se também o com concreto protendido, usado em áreas maiores como estacionamentos e salões. Outro tipo é o nervuroso e o estaquedo, em que a profundidade pode chegar a no máximo três metros, sendo uma fundação recomendada para solos com baixa resistência. Para fazer uma fundação radier, primeiramente é feita a escavação. Após isso, estica-se uma manta impermeabilizante para evitar umidades e não prejudicar a fundação. A área é demarcada com as caixarias, e as instalações hidráulicas e elétricas são realizadas. Logo após é posicionada toda a armação em aço, a qual será posteriormente concretada. Após aproximadamente três dias realiza-se a protensão da armadura, com macacos hidráulicos, a qual, após sete dias, a resistência aumentará com o tensionamento. Em geral essa fundação é utilizada quando é constatada a execução de fundação superficial, ou quando a obra ocupa área de ate 60% do terreno, tornando o radier mais viável que sapatas. Algumas vantagens da fundação radier são o baixo custo, redução na mão de obra e prazo de entrega menores. 14 4.6 Bloco São estruturas constituídas de concreto com volume usadas para transmitir às estacas e aos tubulões as cargas da fundação, de acordo com a NBR 6118. Podem ser rígidas ou flexíveis, tendo sempre como objetivo suportar e dividir a carga para o terreno. Para fazer o bloco de fundação é necessário que o volume seja maior, para ter o aumento da rigidez, que ameniza a ausência das armaduras. Essa fundação é muito utilizada em projetos de pequeno porte onde não há a necessidade de fundações mais profundas, pois as rasas não ultrapassam 3 metros de profundidade. Para execução desta fundação é indispensável a escavação e preparação da base, o arrasamento das estacas, execução de lastros, a locação e posicionamento, levando em contas as montagens de formas de madeiras e as armaduras. Após isso, tudo será concretado, esperando somente para ser desformado. Figura 6 – Fundação Bloco em obra Fonte: Blog A Casa Ecológica, 2021. 15 4.7 Baldrame É uma fundação estrutural de concreto, que tem o objetivo de dividir o peso das paredes e do telhado para a fundação. Com ela evita-se o surgimento de trincas e umidades na construção, gerando maior segurança para o consumidor final. É indicada para casas de pequeno porte, construídas em solo firme. Ela pode ser localizada abaixo ou acima do solo, levando em contas alguns pontos essenciais: no caso da viga baldrame enterrada, deve-se realizar a escavação, transporte e aterramento do solo; caso opte-se pela fundação acima do solo, conhecida como baldrame área, deve-se atentar para o momento correto para serem feitas as instalações hidráulicas, elétricas e de piso. A escolha irá depender de alguns fatores, como: nível do solo, orçamento, entre outros. Lembre-se que sempre deve ser realizada a cura do concreto e a impermeabilização da baldrame em todas as faces, já que este procedimento protege tanto a fundação quanto a alvenaria, da umidade e de infiltrações. Figura 7 – Viga Baldrame em obra Fonte: Blog Viva Decora PRO, 2020. Para a realização do procedimento das baldrames existem duas normas essenciais: NBR 6118: Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento; e NBR 9575: Impermeabilização - Seleção e projeto. 16 Existem três tipos de vigas baldrames, as quais serão explicadas abaixo. 4.7.1 Viga baldrame executada in loco É a opção mais usada nas obras. Na sua execução, logo após as aberturas das valas, é colocada a caixaria e a armação, onde o concreto será colocado, formando a cobertura. 4.7.2 Viga baldrame pré-moldada A mesma chega pronta à obra, apenas para ser encaixadas nas valas. Isso a torna prática, rápida e econômica, já que não é necessário formas, nem acabamentos finais. 4.7.3 Viga de blocos de concreto em formato de U Nesta opção o blocos vem em formato de U e é apenas preenchido com concreto armado. 17 5. ANÁLISE PRÁTICA No terreno o qual foi realizada a visita técnica, o solo presente é o Silte Argiloso. Para a obra em questão, a fundação utilizada foi a sapata isolada, que, como dito anteriormente, é uma fundação rasa em concreto armado, que tem a função de resistir às cargas de tração e flexão provenientes do restante da estrutura e transmití-las ao solo de maneira adequada. Figura 8 – Obra Analisada Fonte: Acervo Pessoal, 2021. A escolha por executar essa fundação rasa na obra em estudo se deve primeiramente pela tensão admissível do solo (capacidade que o solo suporta sem se romper ou sofrer grandes deformações), já que, se tratando de uma edificação térrea, com cargas pequenas, o solo no local não necessitava de uma grande resistência. 18 Outro fator também, depois de observado a resistência do solo, é que a obra precisava de uma fundação que atendesse às normas de segurança vigentes, o que também foi levado em consideração nesse caso. Além disso, também foi levado em consideração a economia e o tempo de execução, que são fatores extremamente importantes em quase todas as situações na construção civil. Uma fundação rasa em sapata isolada, como a executada nesta obra, oferece um tempo de execução muito inferior se comparado com o de uma fundação profunda, e quanto menos tempo de execução, maior a economia, além do gasto com materiais e mão de obra ser menor também. Figura 9 – Obra Analisada com Sapata Isolada Fonte: Acervo Pessoal, 2021. 19 Depois de analisar e verificar que a escolha pela rasa seria a mais adequada, foi feita uma outra análise para verificar qual tipo de fundação rasa seria a melhor escolha para obra. Levando sempre em conta qual seria a mais econômica entre elas e a qual teria a execução mais fácil considerando a mão de obra disponível. Figura 10 – Sapata Isolada em Obra Analisada Fonte: Acervo Pessoal, 2021. 20 6. CONCLUSÃO Através deste trabalho pode-se aprofundar o conhecimento teórico aprendido nas aulas sobre os diversos tipos de fundações rasas ou superficiais. Com ele ficou mais claro entender como esses tipos de fundações atuam sobre o solo e a forma como as cargas provenientes da edificação atuam na base das fundações. Pode-se constatar também que as fundações rasas, geralmente, são utilizadas em edificações de pequeno porte, porém, em alguns casos, quando o solo é muito favorável, elas podem ser utilizadas em obras maiores, tudo varia conforme a carga da edificação. Alémdisso, este trabalho foi essencial para que fosse analisada de forma mais detalhada a execução de uma fundação, através da visita técnica realizada em um canteiro de obras. No caso da análise da obra escolhida, pode-se constatar que a opção pela fundação rasa foi realizada visando o custo benefício da obra. Após a análise do solo constatou-se que a fundação rasa seria a melhor opção, levando em consideração a resistência, economia e tempo de execução da obra. Em resumo, a realização do trabalho foi de grande valia para nossa formação acadêmica, levando em consideração todo o referencial teórico estudado e a análise prática da obra em questão. 21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APL ENGENHARIA. Fundação radier: como funciona e quais são os seus benefícios? Disponível em: <https://blog.apl.eng.br/fundacao-radier-como-funciona- e-quais-sao-os-seus-beneficios>. Acesso em: 05 de novembro de 2021. BACAICOA, Vladimir. Conheça cada tipo de fundação de uma obra. Disponível em: <https://www.acasaecologica.com.br/post/2019/10/10/conhe%C3%A7a-cada-tipo-de- funda%C3%A7%C3%A3o-de-uma-obra>. Acesso em: 05 de novembro de 2021. CRUZ, Talita. Viga Baldrame: Entenda Por Que Ela É Essencial Na Sua Obra. Disponível em: <https://www.vivadecora.com.br/pro/curiosidades/viga- baldrame/amp/>. Acesso em: 05 de novembro de 2021. DARÓS, José. Tipos de Fundações rasas e suas características. Disponível em: <https://utilizandobim.com/blog/fundacoes-rasas/>. Acesso em: 08 de novembro de 2021. DIRECTIVA ENGENHARIA. Sapata Associada. Disponível em: <https://directiva.eng.br/servico/sapata-associada/>. Acesso em: 08 de novembro de 2021. DIRECTIVA ENGENHARIA. Sapata Corrida. Disponível em: <https://directiva.eng.br/servico/sapata-corrida/>. Acesso em: 08 de novembro de 2021. DOCE OBRA, Casa e Construção. Sapata Isolada: O que é, Vantagens e Aplicações. Disponível em: <https://casaeconstrucao.org/materiais/sapata-isolada/>. Acesso em: 08 de novembro de 2021. PEREIRA, Caio. O que é bloco de fundação? Disponível em: < https://www.escolaengenharia.com.br/blocos-de-fundacao/>. Acesso em: 05 de novembro de 2021. PEREIRA, Caio. Sapatas de Fundação. Disponível em: <https://www.escolaengenharia.com.br/sapatas-de-fundacao/>. Acesso em: 08 de novembro de 2021. https://www.acasaecologica.com.br/post/2019/10/10/conhe%C3%A7a-cada-tipo-de-funda%C3%A7%C3%A3o-de-uma-obra https://www.acasaecologica.com.br/post/2019/10/10/conhe%C3%A7a-cada-tipo-de-funda%C3%A7%C3%A3o-de-uma-obra https://directiva.eng.br/servico/sapata-corrida/ https://casaeconstrucao.org/materiais/sapata-isolada/ 22 PEREIRA, Caio. Viga Baldrame: O que é e como executar. Disponível em: <https://www.escolaengenharia.com.br/viga-baldrame/>. Acesso em: 05 de novembro de 2021. SCHENEIDER, Nelso. Fundações Rasas. Disponível em: <https://nelsoschneider.com.br/fundacoes-rasas/>. Acesso em: 08 de novembro de 2021. https://www.escolaengenharia.com.br/viga-baldrame/
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