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ORGANIZAÇÃO DE COMPETIÇÕES

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DEFINIÇÃO
Natação: organização de competições oficiais. Natação adaptada. Torneios e festivais.
PROPÓSITO
Compreender as etapas e a infraestrutura necessárias para a realização de eventos e
competições de natação, bem como as peculiaridades para a natação adaptada.
Autor: Rocksweeper / Fonte: Shutterstock
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar a estruturação da natação competitiva
MÓDULO 2
Reconhecer o sistema de classificação da natação adaptada para competições oficiais
MÓDULO 3
Identificar os modelos para organização de eventos de natação em academias e escolas
INTRODUÇÃO
No primeiro módulo, você conhecerá a estruturação da natação enquanto esporte competitivo,
incluindo as classes (categorias) adotadas no Brasil e a padronização das piscinas oficiais, de
25 metros (semiolímpicas) e de 50 metros (olímpicas). Também verificaremos brevemente
como os nados oficiais foram inseridos nas competições, incluindo dados sobre o seu
surgimento e suas regras específicas.
No segundo módulo, você verá como é feita a classificação de pessoas com deficiências para
competições de natação.
Autor: Microgen / Fonte: Shutterstock
A natação é uma das modalidades esportivas de competições paralímpicas, possibilitando a
inclusão de pessoas com deficiências motoras, visuais e intelectuais. Como existe a
necessidade de adequar estratégias de ensino e de algumas mudanças nas regras
competitivas para pessoas com deficiências, esta prática é denominada natação adaptada.
No terceiro módulo, você conhecerá recomendações para organizar eventos relacionados à
natação em academias, escolas e clubes, como os festivais e torneios, usados desde a
natação infantil até o público idoso como uma estratégia de captação, retenção e
confraternização entre praticantes de natação.
MÓDULO 1
 Identificar a estruturação da natação competitiva
Autor: Microgen / Fonte: Shutterstock
INÍCIO DA NATAÇÃO COMPETITIVA
As primeiras competições de natação aconteceram no século XIX, e os registros históricos
apontam que a Inglaterra teve um papel muito importante no desenvolvimento deste esporte,
pois criou instituições voltadas à elaboração de regras e organização de competições: em
1837, a National Swimming Society, e, em 1869, a Metropolitan Swimming Association; esta
última tendo como um de seus objetivos a organização de campeonatos mundiais.
Autor: Daniela Pelazza / Fonte: Shutterstock
Atualmente, as formas de nadar, ou seja, os nados oficiais praticados em competições,
conhecidos popularmente como estilos, são: nado crawl (executado nas provas de nado livre),
nado costas ou de costas, nado peito ou de peito, nado borboleta e nado medley (prova em que
todos os nados são executados seguindo uma ordem rígida ). Logicamente, nos primeiros
torneios e campeonatos, outras formas de nadar foram apresentadas, e o crescimento do
esporte possibilitou a experimentação de movimentos que facilitassem a propulsão e
reduzissem o arrasto, pois, assim, determinada distância poderia ser percorrida mais
rapidamente.
ABAIXO TEMOS OS MOVIMENTOS DOS QUATRO NADOS:
ARRASTO
O arrasto é a resistência natural que a água apresenta ao nos deslocarmos na piscina e
precisa ser minimizado ao máximo para se obter a maior eficiência possível.
javascript:void(0)
NADO CRAWL
Autor: Macaia Studio / Fonte: arenaswim
Nado crawl
NADO PEITO
Autor: Macaia Studio / Fonte: arenaswim
Nado peito
NADO BORBOLETA
Autor: Macaia Studio / Fonte: arenaswim
Nado borboleta
NADO COSTAS
Autor: Macaia Studio / Fonte: arenaswim
Nado costas
VAMOS, BREVEMENTE, IDENTIFICAR A EVOLUÇÃO DOS
NADOS DESDE AS PRIMEIRAS COMPETIÇÕES NO SÉCULO
XIX:

Autor: Morphart Creation / Fonte: Shutterstock
BRAÇADA LATERAL INGLESA
Num primeiro momento (aproximadamente, 1840), foi observada nas competições na Europa a
braçada lateral inglesa, tipo de nado executado em decúbito lateral, com as pernas realizando
um movimento de tesoura (batida de pernas alternada e ampla) e os braços fazendo
movimentos alternados para trás, estando o tempo todo dentro da água .
BRAÇADA LATERAL INGLESA
COM O BRAÇO EMERSO
Em 1855, em Londres, C. W. Wallis demonstrou um novo padrão de braçada que era praticado
por aborígenes australianos. Um dos braços era recuperado sobre a água (recuperação aérea),
mantendo a posição de decúbito lateral e a pernada de tesoura, o que diminuiu um pouco a
resistência encontrada. Esse nado foi denominado single over armstroke ou braçada lateral
inglesa com o braço emerso.
Autor: Morphart Creation / Fonte: Shutterstock


Autor: Morphart Creation / Fonte: Shutterstock
BRAÇADA DE TRUDGEN
O nadador inglês John Trudgen, em 1873, apresentou ao mundo da natação uma nova forma
de nadar: em decúbito ventral, ele mantinha a cabeça fora da água e fazia a recuperação aérea
dos braços alternadamente (braçada de Trudgen). Segundo Colwin (2000), o nado como um
todo era bastante descoordenado, pois as ações das pernas eram parecidas com o que se
pratica no nado peito. Houve uma tentativa de melhorar a coordenação do nado, quando alguns
nadadores substituíram a pernada original pela tesourada (com menor amplitude no
afastamento das pernas) praticada nos nados single over armstroke e braçada lateral inglesa, o
que ficou conhecido como double over armstroke. 
NADO CRAWL
A partir do double over armstroke, no início do século XX, nadadores australianos criaram o
nado crawl, que foi bastante aperfeiçoado pelos norte-americanos e é o estilo mais rápido da
natação.
Autor: KUCO / Fonte: Shutterstock


Autor: Morphart Creation / Fonte: Shutterstock
NADO DE COSTAS
Já o nado de costas foi uma evolução do nado de peito invertido, que era executado em
decúbito dorsal com os braços simultâneos. Na busca pela redução da resistência, os
nadadores identificaram que a alternância de braçadas, similarmente ao nado crawl, tornaria o
nado mais rápido.
Provavelmente, o homem experimentou o deslocamento na posição de costas ao longo da sua
história, e há registros a esse respeito. Segundo Biró et al. (2015), Platão falou sobre o ato de
nadar de costas, que ele achava pouco adequado por impossibilitar a identificação da direção
que se estava seguindo. O poeta romano Manilius também fez uma referência a esse tipo de
estilo.
Autor: Microgen / Fonte: Shutterstock
1798
Em 1798, o alemão Guts-Muths defendeu o nado na posição de costas, recomendando-o como
o primeiro a ser ensinado pela facilidade da respiração.
1900
Desde as Olimpíadas de Paris, em 1900, o nado de costas esteve presente, com uma prova de
200 metros somente para homens. Em 1904, em St. Louis (EUA), a prova do nado foi de 100
jardas, ou seja, 91 metros (a piscina tinha 50 jardas de comprimento), e, em 1908 (Londres), as
distâncias foram de 100 metros e de 200 metros.
1980
Ao longo do século XX, treinadores e nadadores aperfeiçoaram este nado, tendo como última
inovação, na década de 1980, a realização de pernadas simultâneas (golfinhadas) em
submersão, com as mãos unidas atrás da cabeça, após a saída do bloco e as viradas.
Atualmente, o nado submerso é permitido por até 15 metros, e esta técnica também é adotada
nas provas de nado livre e nado borboleta.[
Autor: Microgen / Fonte: Shutterstock
O nado de peito é citado na literatura como o mais antigo, e, talvez, seus movimentos tenham
sido inspirados, em tempos remotos, nos movimentos dos sapos dentro da água. Soares
(2016) cita que o nado de peito foi bastante popular especialmente ao longo da Idade Média
por ser executado com a cabeça fora da água. Àquela época, acreditava-se que a água
disseminava epidemias e, por isso, evitava-se o contato da face.
SEGUNDO BIRÓ ET AL. (2015), DURANTE O
RENASCIMENTO E NAS PRIMEIRAS COMPETIÇÕES,
NO SÉCULO XIX, ESSE ESTILO ERA O PREFERIDO,
MAS FOI INCLUÍDO NO PROGRAMA DOS JOGOS
OLÍMPICOS SOMENTE A PARTIR DE 1904, EM ST.
LOUIS (EUA).
Autor: Jacob Lund / Fonte: Shutterstock
Durante o século XX, este nado foi aperfeiçoado, e sua técnica é considerada bastantecomplexa. Tem como característica ser o mais lento dentre os nados oficiais, pois seus
movimentos são geralmente submersos (alguns atletas tiram as mãos da água para realizar a
recuperação dos braços) e, assim, a resistência da água atua continuamente contra o avanço
dos nadadores.
Autor: sportpoint / Fonte: Shutterstock
 Nado de peito.
O nado borboleta foi o último a ter uma prova exclusiva em competições oficiais com
regulamentação específica. Foi somente em 1952 que a FINA separou os nados de peito e
borboleta, e, em 1953, ela o reconheceu como o quarto estilo de natação.
Autor: Anônimo / Fonte: swimchannel
 Maria Lenk, principal nadadora brasileira.
Indiscutivelmente, ele evoluiu do nado de peito a partir da década de 1930; inclusive, a brasileira
Maria Lenk, nessa época, foi a primeira mulher no mundo a nadar com uma das “inovações”
que resultaram neste nado: a recuperação dos braços no nado de peito acima da linha da água.
As experiências com braços e pernas, que culminaram no surgimento deste nado, têm seu
berço histórico em pesquisas feitas por um técnico de natação da Universidade de Iowa, David
Armbruster, que, em 1928, tirou fotografias submersas de seus nadadores e percebeu que a
redução de velocidade no nado de peito estava diretamente relacionada à recuperação dentro
d’água, pois havia uma desaceleração no movimento dos braços à frente.
Com essa conclusão, ele recomendou que a recuperação dos braços fosse feita acima da linha
da superfície. E o movimento de pernadas? Um dos seus atletas, Jack Sieg, em 1935,
experimentou bater suas pernas de maneira similar aos golfinhos, e, quando os braços e as
pernas foram unidos, o nado borboleta foi criado!
Finalizando esta abordagem histórica, vamos identificar como o nado medley, formado pela
execução dos quatro nados, surgiu: na década de 1930, havia uma prova nos Estados Unidos
na qual os atletas executavam os três nados oficiais da época. Em 1937, na Hungria, foi
introduzida em competições uma prova de 300 metros, na qual os indivíduos nadavam 100
metros de cada estilo na sequência: costas, peito e nado livre.
Autor: Macaia Studio / Fonte: arenaswim
 Sequência de movimentos do nado de medley.
Mais tarde, com o surgimento oficial do nado borboleta, as provas passaram a ter a distância
de 400 metros e foram disputadas em Jogos Olímpicos a partir de 1964. Em 1984, o programa
olímpico incluiu também a distância de 200 metros. É importante saber que os quatro nados
devem ser percorridos, tanto nas provas individuais como em revezamentos, obedecendo à
sequência:
Medley individual: borboleta, costas, peito e nado livre;
Revezamento medley: costas, peito, borboleta e nado livre.
Como no nado livre nenhum dos anteriores pode ser executado, logicamente é o nado crawl
que finaliza essa prova.
Autor: sportpoint / Fonte: Shutterstock
ORGANIZAÇÃO DA NATAÇÃO COMPETITIVA
PARA COMEÇAR A COMPREENDER A ESTRUTURA
MÍNIMA NECESSÁRIA PARA REALIZAÇÃO DE UMA
COMPETIÇÃO DE NATAÇÃO ORGANIZADA POR ÓRGÃOS
OFICIAIS, ASSISTA AO VÍDEO A SEGUIR:
Estrutura de uma competição de natação oficial
Todo esporte possui instituições que o regem, como confederações, federações e associações.
Na natação, o órgão máximo em nível mundial é a Federação Internacional de Natação (FINA);
javascript:void(0)
no Brasil, é a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Cada estado brasileiro
possui federações, que se encarregam das atividades regionais, como os torneios e
campeonatos estaduais.
MODAL
A FINA foi criada no final dos Jogos Olímpicos de Londres, em 19 de julho de 1908, e,
atualmente, é sediada em Lausanne, na Suíça. À época da sua criação, oito países se
tornaram filiados a ela: Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grã-Bretanha,
Hungria e Suécia. Além da natação, esta entidade é responsável pela organização do polo
aquático, nado artístico, dos saltos ornamentais e da natação em águas abertas.
A cada quatro anos, há atualização das regras da natação, que são disponibilizadas no
site oficial da FINA. A última atualização ocorreu no segundo semestre de 2017, e sua
validade teve início a partir de 21 de setembro do mesmo ano.
AS COMPETIÇÕES OFICIAIS SÃO ORGANIZADAS
POR CATEGORIAS, OU CLASSES, DE ACORDO COM
A IDADE DOS COMPETIDORES. NO NOSSO PAÍS, A
PARTICIPAÇÃO EM DETERMINADA CATEGORIA
ESTÁ RELACIONADA AO ANO DE NASCIMENTO;
ASSIM, EM 2020, POR EXEMPLO, ATLETAS QUE
COMPLETAM 20 ANOS DE IDADE PASSAM A
COMPETIR NA CATEGORIA SÊNIOR.
Os campeonatos nacionais, ou brasileiros, são disputados a partir da categoria infantil; atletas
mais novos, das classes mirim e petiz, disputam torneios estaduais e regionais
(Norte/Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul). Há torneios estaduais também para a categoria
pré-mirim 1 e 2, composta por crianças de 7 e 8 anos de idade, respectivamente. Todas as
competições seguem as regras oficiais da FINA.
Autor: Leonard Zhukovsky / Fonte: Shutterstock
Para o nosso estudo, verificaremos as recomendações para dimensões de piscinas oficiais
(25m e 50m), como as regras são organizadas e a regulamentação específica de cada nado.
 SAIBA MAIS
É importante que você saiba que recordes mundiais só são reconhecidos pela FINA nas
piscinas oficiais, que organiza campeonatos mundiais em piscinas longas (olímpicas) a cada
dois anos (anos ímpares) e em piscinas curtas (semiolímpicas), também com essa
periodicidade, mas nos anos pares.
COMPRIMENTO
PROFUNDIDADE
LARGURA
COMPRIMENTO
Autor: Weenee / Fonte: shutterstock
É permitido, com relação ao comprimento da piscina, até 0,3cm a mais (25,03 e 50,03), pois as
placas que registram o toque para a cronometragem eletrônica ficam na parede de cada lado
da piscina. A precisão no comprimento é verificada por um oficial indicado pela federação local,
ou pela confederação (como a CBDA), ou pela FINA.
PROFUNDIDADE
Autor: Weenee / Fonte: shutterstock
Quanto à profundidade, em piscinas que têm blocos de partida, indica-se, no mínimo, 1,35
metros numa extensão de 1 metro a partir da parede até 6 metros, pelo menos, tendo o
restante da piscina, no mínimo, 1 metro de profundidade. Atenção: piscinas de 50 metros, nas
quais são disputados campeonatos mundiais de esportes aquáticos, devem ter pelo menos 3
metros de profundidade, permitindo a disputa de outras modalidades, como o nado artístico e o
polo aquático.
LARGURA
Autor: Weenee / Fonte: shutterstock
A largura mínima entre as raias deve ser de 2,5 metros, e a distância das raias laterais em
relação à parede, de pelo menos 20 centímetros. O bloco de partida deve ter a altura entre 50 e
75cm do nível da água, e a inclinação no ponto de apoio dos pés não pode ser maior do que
10°.
Autor: Kriangx1234 / Fonte: Shutterstock
Em uma piscina oficial, também deve haver a marcação de uma linha escura no fundo,
finalizada por uma marcação transversal a ela (T), que deve estar a 2 metros da borda. O T de
fundo tem um comprimento de 1 metro e é necessário para que o nadador verifique, nos nados
que são executados em decúbito ventral, que a borda está próxima.
Os flutuadores em uma piscina com 8 raias são organizados por cor, conforme explicado a
seguir:
Verde nas de posição 1 e 8;
Azul nas posições 2, 3, 6 e 7;
Amarelo nas raias 4 e 5.
Autor: Paolo Bona / Fonte: Shutterstock
A 5 metros de cada um dos extremos da raia, os flutuadores são vermelhos. Na marca de 15
metros (ponto máximo no qual o atleta deve romper a superfície nos nados borboleta, costas e
livre), a cor dos flutuadores tem de ser diferente da indicada para a raia; em piscinas de 50
metros, deve ser de outra cor na distância de 25 metros. É importante que as raias estejam
totalmente estendidas.
Autor: Anônimo / Fonte: Wikimedia
Para o nado de costas, são postos indicadores de viradas (cordas suspensas com bandeiras) a
2,5 metros de distância da borda, em uma altura entre 1,80m e 2,50m acima da linha da água.
COM RELAÇÃO ÀS REGRAS, SÃO IDENTIFICADAS PELAS
LETRAS SW E ESTÃO SUBDIVIDIDASPOR ASSUNTO:
Organização de competições, incluindo o número mínimo de componentes da arbitragem
designados pelo Bureau da FINA para Jogos Olímpicos e campeonatos mundiais (SW 1).
Funções específicas dos componentes da arbitragem (SW 2).
Organização das séries eliminatórias, semifinais e finais (SW 3).
Procedimentos para a partida das provas, como o comando “Take your marks” em
olimpíadas e mundiais (SW 4).
Regulamentação para os nados livre (SW 5), de costas (SW 6), de peito (SW 7), de
borboleta (SW 8) e medley (SW 9);
Itens relacionados às provas, como a obrigatoriedade de terminar o percurso na mesma
raia em que foi iniciado e a organização dos revezamentos (SW 10).
Registro de tempo (SW 11).
Normas para os recordes mundiais (SW 12).
Instruções para registros de tempo em aparelhagem automática (SW 13).
COMO INICIALMENTE ESTUDAMOS A EVOLUÇÃO
DOS NADOS OFICIAIS, CONFIRA AS REGRAS
VIGENTES PARA ELES (NÃO ESQUEÇA QUE O
CÓDIGO DE REGRAS É ATUALIZADO A CADA
QUATRO ANOS):
SW 5 – NADO LIVRE
Autor: Celso Pupo / Fonte: Shutterstock
SW 5.1
Nado livre significa que numa prova assim denominada, o competidor pode nadar qualquer
nado, exceto nas provas de medley individual ou revezamento medley, nado livre significa
qualquer nado diferente do nado de costas, peito ou borboleta.
SW 5.2
Alguma parte do nadador tem que tocar a parede ao completar cada volta e no final.
SW 5.3
Alguma parte do nadador tem que quebrar a superfície da água durante a prova, exceto quando
é permitido ao nadador estar completamente submerso durante a volta e numa distância não
maior que 15 metros após a partida e cada volta. Nesse ponto, a cabeça deve ter quebrado a
superfície da água.
SW 6 – NADO DE COSTAS
Autor: Pendakisolo / Fonte: Shutterstock
SW 6.1
Antes do sinal de partida, os competidores devem alinhar-se na água, de frente para a
cabeceira de saída, com ambas as mãos colocadas nos suportes de agarre. Manter-se na calha
ou dobrar os dedos sobre a borda da calha é proibido. Quando o suporte de partida para o nado
costas estiver sendo usado na saída, os dedos de ambos os pés devem estar em contato com
a borda ou com a placa de toque do placar eletrônico. Curvar os dedos dos pés na parte
superior da placa de toque é proibido. (Recomendação após o Congresso Extraordinário da
FINA em Doha, Qatar, 2014).
SW 6.2
Ao sinal de partida e quando virar, o nadador deve dar um impulso e nadar de costas durante o
percurso exceto quando executar a volta, como na SW 6.4. A posição de costas pode incluir um
movimento rotacional do corpo até, mas não incluindo os 90º a partir da horizontal. A posição
da cabeça não é relevante.
SW 6.3
Alguma parte do nadador tem que quebrar a superfície da água durante o percurso. É permitido
ao nadador estar completamente submerso durante a volta e por uma distância não maior que
15 metros após a saída e cada volta. Nesse ponto a cabeça deve ter quebrado a superfície.
SW 6.4
Quando executar a volta tem que haver o toque na parede com alguma parte do corpo na sua
respectiva raia. Durante a volta, os ombros podem girar além da vertical para o peito após o que
uma imediata contínua braçada ou uma imediata contínua e simultânea dupla braçada pode
ser usada para iniciar a volta. O nadador tem que retornar à posição de costas após deixar a
parede.
SW 6.5
Quando do final da prova, o nadador tem que tocar a parede na posição de costas na sua
respectiva raia.
SW 7 – NADO DE PEITO
Autor: Pendakisolo / Fonte: Shutterstock
SW 7.1
Após a saída e em cada volta, o nadador pode dar uma braçada completa até as pernas,
durante a qual o nadador pode estar submerso. Uma única pernada de borboleta é permitida
em qualquer momento antes da primeira pernada de peito após a saída e após cada virada.
(Recomendação após o Congresso Extraordinário da FINA em Doha, Qatar, 2014).
SW 7.2
A partir da primeira braçada após a saída e após cada virada, o corpo deve ser mantido sobre o
peito. Não é permitido ficar na posição de costas em nenhum momento exceto quando da
volta, após o toque na parede onde é permitido girar de qualquer maneira, contanto que quando
deixar a parede o corpo deve estar na posição sobre o peito. A partir da saída e durante a prova,
o ciclo do nado deve ser uma braçada e uma pernada, nessa ordem. Todos os movimentos dos
braços devem ser simultâneos e no mesmo plano horizontal, sem movimentos alternados. s
SW 7.3
As mãos devem ser lançadas junto para frente a partir do peito, abaixo ou sobre a água. Os
cotovelos deverão estar abaixo da água exceto para última braçada antes da volta, durante a
volta e na última braçada antes da chegada. As mãos deverão ser trazidas para trás na
superfície ou abaixo da superfície da água. As mãos não podem ser trazidas para trás além da
linha dos quadris, exceto durante a primeira braçada, após a saída e em cada volta.
SW 7.4
Durante cada ciclo completo, alguma parte da cabeça do nadador deve quebrar a superfície da
água. A cabeça tem que quebrar a superfície da água antes que as mãos virem para dentro na
parte mais ampla da segunda braçada. Todos os movimentos das pernas devem ser
simultâneos e no mesmo plano horizontal sem movimentos alternados.
SW 7.5
Os pés devem estar virados para fora durante a parte propulsiva da pernada. Não são
permitidos movimentos alternados ou pernada de borboleta, exceto o descrito na SW 7.1. É
permitido quebrar a superfície da água com os pés, exceto seguido de uma pernada de
borboleta para baixo.
SW 7.6
Em cada virada e na chegada da prova, o toque deve ser feito com as duas mãos separadas e
simultaneamente, acima, abaixo ou no nível da água. No último ciclo do nado antes da virada e
no final da prova, uma braçada não seguida da pernada é permitida. A cabeça pode submergir
após a última braçada anterior ao toque, contanto que quebre a superfície da água em qualquer
ponto durante o último completo ou incompleto ciclo anterior ao toque.
*A golfinhada permitida na fase submersa, após a saída e nas viradas, pode ser feita conforme
a preferência do nadador: antes de iniciar a braçada ou ao longo dela, ou ainda na sua
finalização. Na execução da filipina, o nadador que rompe a linha da água após a marcação de
15 metros não é desclassificado.
SW 8 – NADO DE BORBOLETA
Autor: Pendakisolo / Fonte: Shutterstock
SW 8.1
A partir do início da primeira braçada, após a saída e em cada volta, o corpo deve ser mantido
sobre o peito. Pernada submersa na lateral é permitida. Não é permitido ficar na posição de
costas em nenhum momento, exceto quando da volta, após o toque na parede é permitido girar
de qualquer maneira, quando deixar a parede o corpo deve estar na posição sobre o peito.
SW 8.2
Ambos os braços devem ser levados simultaneamente à frente sobre a água e trazidos para
trás simultaneamente por baixo da água durante todo o percurso, conforme SW 8.5.
SW 8.3
Todos os movimentos para cima e para baixo das pernas devem ser simultâneos. As pernas ou
os pés não precisam estar no mesmo nível, mas não podem alternar um em relação ao outro. O
movimento de pernada de peito não é permitido.
SW 8.4
Em cada virada e na chegada, o toque deve ser efetuado com ambas as mãos separadas e
simultaneamente, acima, abaixo ou no nível da superfície da água.
SW 8.5
Após a saída e na volta, ao nadador é permitido uma ou mais pernadas e uma braçada sob a
água, que deve trazê-lo à superfície. É permitido ao nadador estar completamente submerso
até uma distância não maior do que 15 metros após a partida e após cada virada. Nesse ponto,
a cabeça deve quebrar a superfície. O nadador tem que permanecer na superfície até a próxima
volta ou final.
SW 9 – NADO MEDLEY
Autor: Stana / Fonte: Shutterstock
SW 9.1
Na prova de medley individual, o nadador nada os quatros nados na seguinte ordem: borboleta,
costas, peito e livre. Cada nado deve percorrer um quarto (1/4) da distância.
SW 9.2
No nado livre o nadador deve estar em decúbito ventral, exceto quando executa a virada.O
nadador deve retornar à posição de decúbito ventral antes de qualquer pernada ou braçada.
SW 9.3
Nas provas de revezamento medley, os nadadores nadam os quatro nados na seguinte ordem:
costas, peito, borboleta e livre. Cada nado percorrer um quarto (¼) da distância.
SW 9.4
Cada sessão deve ser terminada de acordo com a regra relacionado ao nado”. Fonte:
Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. AO ANALISAR A EVOLUÇÃO DOS NADOS, PODE-SE CONCLUIR QUE AS
EXPERIÊNCIAS DE TREINADORES E DE ATLETAS TIVERAM COMO DESAFIO
INICIAL:
A) Otimizar o arrasto.
B) Reduzir a resistência da água.
C) Aumentar a resistência da água.
D) Combinar movimentos graciosos.
2. EM UM TORNEIO REGIONAL, DETERMINADO ATLETA QUEBRA UM
RECORDE MUNDIAL NA SUA PROVA; PORÉM, NÃO É VALIDADO, POIS A
PISCINA TINHA UM COMPRIMENTO DE 50,05 METROS. QUAL É A
TOLERÂNCIA DA FINA PARA AS DIMENSÕES DE COMPRIMENTO DE PISCINAS
DE 50 METROS E DE 25 METROS USADAS PARA COMPETIÇÕES?.
A) 0,1com
B) 0,2cm
C) 0,3cm
D) 0,4cm
GABARITO
1. Ao analisar a evolução dos nados, pode-se concluir que as experiências de treinadores e de
atletas tiveram como desafio inicial:
A alternativa "B " está correta.
Em todos os nados, as inovações apresentadas buscaram reduzir o arrasto (resistência natural
da água), possibilitando percorrer determinada distância com menor dispêndio energético e
maior velocidade.
2. Em um torneio regional, determinado atleta quebra um recorde mundial na sua prova;
porém, não é validado, pois a piscina tinha um comprimento de 50,05 metros. Qual é a
tolerância da FINA para as dimensões de comprimento de piscinas de 50 metros e de 25
metros usadas para competições?.
A alternativa "C " está correta.
É permitido, com relação ao comprimento da piscina, até 0,3cm a mais (25,03 e 50,03), pois as
placas que registram o toque para a cronometragem eletrônica ficam na parede de cada lado
da piscina.
MÓDULO 2
 Reconhecer o sistema de classificação da natação adaptada para competições oficiais
Autor: Sergii Gnatiuk / Fonte: Shutterstock
BREVE HISTÓRICO DO ESPORTE ADAPTADO
1944
Após a Segunda Guerra Mundial, algumas atividades esportivas começaram a ser realizadas
para reabilitação de veteranos da guerra nos Estados Unidos e na Inglaterra. Em 1944, um
médico alemão, Sir Ludwig Guttmann, tornou-se diretor de um centro de reabilitação para
pessoas com lesões medulares no hospital de Stoke Mandeville e introduziu alguns esportes
na rotina de tratamento, incluindo a natação.
1952
Neste centro de tratamento, foi realizada a primeira competição adaptada, tendo como
modalidade o basquetebol em cadeira de rodas. O hospital foi palco de competições nacionais
e internacionais, pois, em 1952, participaram atletas holandeses, dando início ao crescimento
do esporte adaptado em nível mundial.
1958
Em 1958, nos Estados Unidos, foi criada a Associação do Atletismo em Cadeira de Rodas, que
resultou na inclusão de outras modalidades esportivas, como a natação, nos campeonatos
americanos para pessoas com deficiências (até então, o basquetebol em cadeira de rodas era
o único esporte competitivo).
1960
A expansão do esporte adaptado fez crescer o surgimento de instituições voltadas à sua
organização, e, em 1960, foi realizada a primeira Paraolimpíada, em Roma, com a participação
de 400 atletas de 23 países. Desde então, observa-se aumento na participação de atletas e do
interesse do público no esporte adaptado.[
NO NOSSO PAÍS, O ESPORTE ADAPTADO SURGIU A
PARTIR DO INTERESSE PELA PRÁTICA ESPORTIVA
DE DUAS PESSOAS QUE SE TORNARAM
DEFICIENTES FÍSICOS E FUNDARAM OS DOIS
PRIMEIROS CLUBES VOLTADOS AOS ESPORTES
ADAPTADOS: O CLUBE DOS PARAPLÉGICOS, EM
SÃO PAULO, E O CLUBE DO OTIMISMO, NO RIO DE
JANEIRO.
A primeira participação internacional do Brasil em uma competição de esporte adaptado
aconteceu em 1969, nos Jogos Pan-Americanos realizados em Buenos Aires, com uma equipe
de basquetebol em cadeira de rodas. Em Paralimpíadas, o Brasil enviou sua primeira delegação
à Alemanha, em 1972 (Jogos realizados na cidade de Heidelberg).
Com relação especificamente aos Jogos Paralímpicos, a natação integra o programa de
competições desde a sua primeira edição, em Roma (1960). Nesta época, somente indivíduos
com lesões medulares participaram, mas, com o tempo, foram incluídos deficientes visuais,
cognitivos e com outras deficiências físicas, como amputações de membros.
Os representantes brasileiros começam a se destacar a partir de 1984, em Stoke Mandeville
(Inglaterra), quando foram obtidas 1 medalha de ouro, 5 de prata e 1 de bronze. Posteriormente,
um grande nome da natação paralímpica conquistou 6 medalhas de ouro em Atenas (2004):
Clodoaldo Silva, conhecido como Tubarão das Piscinas. No total, foram 7 medalhas de ouro, 3
de prata e 1 de bronze. Antes de se aposentar, em 2016, ele participou de cinco Paralimpíadas
e influenciou e inspirou outros grandes nomes da natação paralímpica, como Daniel Dias,
escolhido por redatores do jornal espanhol Marca, em julho de 2020, para compor a lista com
os maiores atletas do século XXI.
Autor: Anônimo/ Fonte: Wikimedia

Clodoaldo Silva
Nadador paralímpico brasileiro
Clodoaldo Silva
Nadador paralímpico brasileiro
e recordista mundial

Autor: Anônimo/ Fonte: Wikimedia
QUAIS ESPORTES ADAPTADOS TROUXERAM MAIS
MEDALHAS PARA O BRASIL EM PARALIMPÍADAS?
NATAÇÃO E TÊNIS DE MESA NATAÇÃO E ATLETISMO
NATAÇÃO E TÊNIS DE MESA
Não é bem isso! Tente novamente.
NATAÇÃO E ATLETISMO
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Isso mesmo! Atualmente, a natação e o atletismo adaptados são os esportes que
trouxeram mais medalhas para o Brasil em Paralimpíadas; inclusive, o maior medalhista
paraolímpico da natação é o brasileiro Daniel Dias, que, após a edição do Rio de Janeiro,
em 2016, havia conquistado 24 medalhas!
VEJA O TOTAL DE MEDALHAS CONQUISTADAS
PELOS NADADORES BRASILEIROS AO LONGO DAS
EDIÇÕES DOS JOGOS PARALÍMPICOS:
Autor: Baseado em AlexRoz / Fonte: Shutterstock
VÍDEO COM AVALIAÇÃO
Formato das competições da natação adaptada (Natação Paralímpica)
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO PARA AS
COMPETIÇÕES DE NATAÇÃO
O Comitê Paralímpico Internacional estabelece as regras para participação no paradesporto,
incluindo as recomendações para a classificação dos atletas em categorias adequadas aos
tipos de deficiências (motoras, visuais ou intelectuais) e às suas condições e ao seu potencial
para realizarem movimentos.
Na natação, utiliza-se a letra S (de swimming) como referência geral para as categorias desse
esporte; quando se lê somente a letra S seguida de um número (que se relaciona ao tipo de
deficiência), está se referindo às provas de nado livre, ou nado de costas, ou nado borboleta. A
abreviatura SB se relaciona às provas de nado peito (B, de breastroke), e, quando se lê SM, às
provas de nado medley (M, de medley
As regras são as mesmas da natação olímpica, ou seja, a regulamentação é estabelecida pela
FINA, mas algumas adaptações são permitidas nas largadas, viradas e chegadas. Atletas com
limitações motoras que dificultem o posicionamento e a execução das técnicas de largada
conforme previstas pela FINA poderão ter auxílio ou executar a largada em outra posição
(como sentado na borda); deficientes visuais podem ter ajuda do tapper para identificação da
proximidade com a borda da piscina.
Nas deficiências motoras, as categorias vão de 1 a 10, e, quanto maior a deficiência, menor o
número da categoria; assim, pessoas com limitações muito significativas competirão nas
classes iniciais, como a 1 e a 2.Pessoas com deficiências visuais são subdividas nas classes
11 a 13, e, com deficiências intelectuais e síndrome de Down, na classe 14.
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TAPPER
Denominação que se dá ao auxiliar que usa um bastão com ponta de espuma para tocar
na cabeça do atleta quando a borda está próxima.
 EXEMPLO
Ao ler SM8, compreendemos que o atleta tem uma deficiência motora e que compete em
provas de nadomedley; S14 indica um atleta com alguma deficiência intelectual e que
competirá em provas de nado livre e/ou costas e/ou borboleta; SB11 se refere a um atleta com
deficiência visual que compete em provas de nado peito.
DE FORMA ESPECÍFICA, A CLASSIFICAÇÃO CONSIDERA A
DEFICIÊNCIA E O TIPO DE PROVA:
DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
DEFICIÊNCIAS VISUAIS
DEFICIÊNCIAS INTELECTUAIS
DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
S1 a S10, SB1 a SB9, SM1 a SM10.
DEFICIÊNCIAS VISUAIS
S11, SB11, SM11 S12, SB12, SM12 S13, SB13, SM13.
DEFICIÊNCIAS INTELECTUAIS
S14, SB14, SM14.
É possível que você esteja se perguntando sobre os critérios para direcionamento de um atleta
a uma classe específica nas deficiências físicas ou visuais, já que há mais de uma. Todos os
atletas são submetidos a uma classificação funcional, denominada de Sistema de
Classificação Funcional da Natação (abreviado como FCS-SW), podendo ser reavaliados
regularmente quando a deficiência tem característica degenerativa e progressiva.
A classificação é realizada antes da primeira competição oficial do atleta, momento em que os
avaliadores poderão confirmar ou pedir revisão em função do desempenho demonstrado nas
provas.
 ATENÇÃO
No parecer para classificação, o objetivo não é identificar a limitação do indivíduo, e sim o seu
potencial residual, ou seja, a capacidade que ele apresenta para se deslocar no ambiente
aquático.
OS TESTES INCLUÍDOS NA AVALIAÇÃO DA
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL SÃO:
FÍSICOS
Verificam a amplitude de movimento nas articulações, a coordenação motora, a força muscular
e medidas antropométricas que identificam, por exemplo, diferenças no comprimento dos
membros e nanismo.
TÉCNICOS
Realizados na piscina, onde se busca identificar a condição do atleta para a propulsão, o
controle do corpo, as habilidades para as largadas e viradas, ou seja, avalia-se a capacidade
geral para execução dos nados oficiais.
A avaliação dos atletas é realizada por indivíduos treinados e capacitados para esta tarefa, e
somente poderão fazê-la os atletas que previamente tiverem comprovado, através de exames e
laudos médicos, possuírem algum tipo de deficiência.
A SEGUIR, VERIFIQUE OS TIPOS DE DEFICIÊNCIAS E SUAS
RESPECTIVAS NUMERAÇÕES PARA EVENTOS COMO AS
PARALIMPÍADAS, OS CAMPEONATOS MUNDIAIS E OS
JOGOS PARAPANAMERICANOS:
Autor: A.RICARDO / Fonte: Shutterstock S1
Lesão medular completa abaixo de C4/5, ou pólio comparado, ou paralisia cerebral
quadriplégico severo e muito complicado.
S2
Lesão medular completa abaixo de C6, ou pólio comparado, ou paralisia cerebral quadriplégico
grave com grande limitação dos membros superiores.
S3
Lesão medular completa abaixo de C7, ou lesão medular incompleta abaixo de C6, ou pólio
comparado, ou amputação dos quatro membros.
S4
Lesão medular completa abaixo de C8, ou lesão medular incompleta abaixo de C7, ou pólio
comparado, ou amputação de três membros.
S5
Lesão medular completa abaixo de T1-8, ou lesão medular incompleta abaixo de C8, ou pólio
comparado, ou acondroplasia de até 130 cm com problemas de propulsão, ou paralisia cerebral
de hemiplegia severa.
S6
Lesão medular completa abaixo de T9-L1, ou pólio comparado, ou acondroplasia de até 130cm,
ou paralisia cerebral de hemiplegia moderada.
S7
Lesão medular abaixo de L2-3, ou pólio comparado, ou amputação dupla abaixo dos cotovelos,
ou amputação dupla acima do joelho e acima do cotovelo em lados opostos.
S8
Lesão medular abaixo de L4-5, ou pólio comparado, ou amputação dupla acima dos joelhos, ou
amputação dupla das mãos, ou paralisia cerebral de diplegia mínima.
S9
Lesão medular na altura de S1-2, ou pólio com uma perna não funcional, ou amputação simples
acima do joelho, ou amputação abaixo do cotovelo.
S10
Pólio com prejuízo mínimo de membros inferiores, ou amputação dos dois pés, ou amputação
simples de uma mão, ou restrição severa de uma das articulações coxofemoral.
S11
Deficiência visual – nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos a percepção de luz, mas
com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direção.
S12
Deficiência visual – capacidade em reconhecer a forma de uma mão a acuidade visual de 2/60
e/ou campo visual inferior a cinco graus.
S13
Deficiência visual – acuidade visual de 2/60 a acuidade visual de 6/60 e/ou campo visual de
mais de cinco graus e menos de 20 graus”.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL ADOTADA PARA DESIGNAÇÃO DOS
ATLETAS NA NATAÇÃO ADAPTADA DEPENDE DO RESULTADO DE ALGUNS
TESTES PRÉ-ESTABELECIDOS. DENTRE OS TESTES A SEGUIR, INDIQUE O
QUE NÃO É REALIZADO PARA ESTE FIM EM PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS
MOTORAS:
A) Teste de força.
B) Teste de flexibilidade.
C) Teste psicológico e de QI.
D) Teste de comprimento dos membros.
2. UM DEFICIENTE FÍSICO QUE COMPETE EM PROVAS DO NADO PEITO E TEM
COMO CLASSIFICAÇÃO A CATEGORIA 7 SERÁ IDENTIFICADO COM QUE
LETRA E NÚMERO?
A) S7.
B) SB7.
C) SM14.
D) SB14.
GABARITO
1. A classificação funcional adotada para designação dos atletas na natação adaptada
depende do resultado de alguns testes pré-estabelecidos. Dentre os testes a seguir, indique o
que NÃO é realizado para este fim em pessoas com deficiências motoras:
A alternativa "C " está correta.
Nas deficiências motoras, é importante identificar o quanto há de limitação no potencial de
movimentação em função da patologia do indivíduo; assim, testes psicológicos e de
verificação de inteligência (como o QI) não fazem parte da avaliação funcional.
2. Um deficiente físico que compete em provas do nado peito e tem como classificação a
categoria 7 será identificado com que letra e número?
A alternativa "B " está correta.
Provas de nado de peito são identificadas pela abreviatura SB; na sequência, deve aparecer o
número indicativo da classe de acordo com a limitação do atleta.
MÓDULO 3
 Identificar os modelos para organização de eventos de natação em academias e escolas
Autor: YanLev / Fonte: Shutterstock
ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS DE NATAÇÃO EM
ACADEMIAS E ESCOLAS
Na natação, é comum a realização de três diferentes eventos: a demonstração, o festival e a
competição. Demonstrações e festivais têm como meta principal apresentar a aquisição de
habilidades aquáticas adquiridas pelos alunos ao longo das aulas; eles podem acontecer
periodicamente, a critério da academia ou escola.
 ATENÇÃO
É importante, ao se pensar na organização de qualquer tipo de evento, identificar qual é o seu
objetivo principal: captação de novos alunos e retenção dos atuais; divulgação do
estabelecimento para o público do entorno e fortalecimento da marca – este último
especialmente quando são confeccionados materiais com o nome da academia/escola, como
camisetas, bonés e faixas de divulgação.
A demonstração motiva os alunos e permite que pais e familiares verifiquem o progresso das
crianças (natação infantil). Sugere-se que os participantes sejam organizados por idade e pelo
nível de habilidades aquáticas e que as regras não sejam rígidas. Os profissionais de Educação
Física responsáveis pela organização deste tipo de evento devem programar situações
adequadas ao nível de cada aluno e que possam representar as habilidades que ele de fato
está adquirindo nas aulas.
Autor: Microgen / Fonte: Shutterstock
Autor: Microgen / Fonte: Shutterstock
Um exemplo: crianças que conseguem se deslocar realizando pernadas somente com auxílio
externo (como uma prancha de flutuação) demonstrarão esta habilidade exatamente assim,
percorrendo uma distância a que estejam habituadas usando o material de apoio. Por outro
lado, aquelas que conseguem realizar deslocamentos sem auxílio, apresentarão sua evolução
dessa maneira.
A segurança deve ser uma prioridade dos profissionais envolvidos na organização desse
evento, e é importante que o programa pré-estabelecido seja cumprido, respeitando os horários
programados e a ordem de demonstração das turmas.
IMAGINE A SEGUINTE SITUAÇÃO: OS PAIS
RECEBEM AS INFORMAÇÕES COM DATA E
HORÁRIO, INCLUINDO HORA ESPECÍFICADA
TURMA DO SEU FILHO. ASSIM, PROGRAMAM-SE
PARA CONCILIAR ESTE MOMENTO COM OUTRAS
ATIVIDADES DA SUA ROTINA, CONVIDANDO,
INCLUSIVE, FAMILIARES. PORÉM, NO DIA
MARCADO, O HORÁRIO NÃO É RESPEITADO, E A
FAMÍLIA PRECISA FICAR ALGUM TEMPO
ESPERANDO PELA DEMONSTRAÇÃO, O QUE
ATRASA OU IMPEDE OUTROS COMPROMISSOS
TAMBÉM ASSUMIDOS! ESSE É O TIPO DE
TRANSTORNO QUE NÃO DEVEMOS CAUSAR AOS
NOSSOS ALUNOS E RESPONSÁVEIS, CONCORDA?
A periodicidade desse tipo de evento é variável, pois há locais que permitem demonstrações
mensais (uma vez por mês) e outros que preferem relacionar este evento ao seu planejamento.
Por exemplo: muitas academias e escolas de natação estabelecem objetivos específicos para
cada turma, e a progressão para classes mais avançadas depende do alcance dessas metas. O
tempo para que isso aconteça também não é rígido, pois a própria frequência do aluno às aulas
em determinado período influenciará na sua evolução; porém, a organização de demonstrações
é importante para a motivação e retenção. Assim, determina-se uma periodicidade que possa
facilitar a verificação de progresso da maioria dos alunos, ou, se possível, de todos (o que é o
ideal). A demonstração, neste caso, pode ser a culminância para avanço de turma. Quando isso
acontece, os alunos recebem certificados e/ou outra cor de touca, em estabelecimentos que
usam esse tipo de estratégia para diferenciar as turmas e seus respectivos níveis. Medalhas
não são usuais neste tipo de evento
Nos festivais, o intuito também é a demonstração das habilidades, mas a participação
dependerá das condições que o aluno apresenta para realizar as atividades programadas, pois,
neste tipo de evento, há distâncias e nados a serem executados, e a ideia é que os
participantes possam vencer a si mesmos, ou seja, percorrer determinada distância no menor
tempo possível e, à medida que participam de festivais no estabelecimento, verificar sua
evolução comparando os tempos obtidos em situações anteriores.
Os participantes podem ser agrupados de duas formas:
Em uma competição entre pessoas da mesma idade e sexo (denominados age groups).
Em disputas nas quais importa o tempo que o participante tem numa determinada prova
para que possa participar dela, ou seja, as pessoas competirão juntas para ver se
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conseguem nadar nos limites de tempo fixados para determinada distância e nado
(eventos time groups).
Por ser um festival, além de brindes e sorteios, geralmente se distribuem medalhas de acordo
com faixas de tempo específicas (determinado tempo vale ouro; outro vale prata; outro limite
de tempo vale bronze). Alguns festivais não diferenciam os tipos de medalhas, e os
profissionais da arbitragem devem evitar punições, orientando sobre as regras de cada prova.
Deve haver responsáveis pela cronometragem (cronometristas), pois a marcação dos tempos
obtidos definirá a classificação final em cada prova prevista. 
Os alunos também podem ser chamados de nadadores, e a equipe organizadora cumprirá
funções específicas, relacionadas à sua atuação no evento, como, por exemplo, comissão de
inscrições e de divulgação, de arbitragem e de premiação.
CULMINÂNCIA
A culminância representa o momento final de determinado projeto. Neste caso, o evento
apresentaria a aquisição de habilidades previstas para as turmas em certo período.
Autor: Suzanne Tucker / Fonte: Shutterstock
As competições precisam seguir as regras da FINA, mesmo que sejam exclusivamente para o
público interno (alunos de uma mesma academia). Em cada prova estabelecida pelos
organizadores, devem ser definidos os três melhores tempos para premiação.
Os competidores são divididos por sexo, idade e prova que será nadada, e podem ser
chamados de atletas ou nadadores; os árbitros são designados segundo suas funções (árbitro-
geral, árbitro de partida, árbitro de nado etc.), e as regras não são flexíveis. Nas competições,
podem ser estabelecidos recordes do campeonato.
No planejamento do evento, é importante considerar se os fatores a seguir estarão de acordo
com os seus objetivos e a proposta do evento (a que destina:
divulgação/captação/retenção/confraternização/treinamento):
Autor: Boyo Ducks / Fonte: shutterstock
TEMPO DE DURAÇÃO
Autor: aiconsmith / Fonte: shutterstock
CUSTOS
Autor: IconBunny / Fonte: shutterstock
ESPAÇO DISPONÍVEL
Autor: drvector / Fonte: shutterstock
INFRAESTRUTURA DISPONÍVEL
Segundo Corrêa e Massaud (2007), a divulgação interna e externa e o treinamento da equipe
que trabalhará também são importantes para que este tipo de evento seja bem-sucedido.
Nas competições, devem ser definidos previamente os componentes da arbitragem e suas
atribuições, e o regulamento precisa ser acessível a todos. Na ficha de inscrição, é importante
que haja um espaço para o Termo de Responsabilidade, onde o competidor afirma ter ciência
do tipo de atividade e do esforço físico necessário para cumpri-la, confirmando que tem
condições de participar.
 ATENÇÃO
O importante, em qualquer evento, é planejar todos os detalhes com antecedência e
acompanhar atentamente cada etapa, a fim de que não aconteçam problemas que prejudiquem
o seu andamento.
Autor: Microgen / Fonte: Shutterstock
SUGESTÕES PARA ORGANIZAÇÃO DA EQUIPE
DE TRABALHO EM FESTIVAIS E
COMPETIÇÕES NÃO OFICIAIS
Qualquer evento, mesmo que destinado exclusivamente ao público interno, envolve uma equipe
de trabalho, que deve estar ciente de suas atribuições e devidamente treinada, a fim de que o
festival ou a competição sejam bem organizados, evitando-se, na medida do possível,
problemas durante a sua realização. Assim, podem ser estabelecidas comissões com funções
específicas, designando os colaboradores do estabelecimento para a execução de tarefas
relacionadas diretamente a um ou outro tipo de comissão. Como sugestão, é indicada a
seguinte subdivisão:
COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO
E CAPTAÇÃO DE INSCRIÇÕES
Esta equipe deverá providenciar cartazes e/ou outros tipos de materiais de divulgação do
evento: usar as redes sociais para atrair a atenção do público ao qual o evento se destina;
enviar e-mails aos responsáveis (quando o evento se destina a menores de idade) ou aos
alunos que podem participar da atividade a fim de maximizar a divulgação.
Além disso, é responsável por captar inscrições; a ficha individual deve conter, no mínimo:
nome completo do aluno nadador; ano de nascimento; provas em que competirá; tempo
estimado na prova, se for o caso, para a execução do balizamento (designação do competidor
a sua respectiva raia). Quando o evento se destina a menores de idade, deve haver um campo
para autorização do responsável, incluindo assinatura e data. Ainda se recomenda incluir na
ficha de inscrição uma frase explicitando o tipo de esforço físico envolvido e a ciência do
competidor a esse respeito, assumindo estar em condições de realizá-lo.
Autor: Dan76 / Fonte: Shutterstock
Após o encerramento das inscrições, que será feito num prazo estipulado por esta comissão, a
lista dos alunos inscritos deve ser enviada para a Comissão de elaboração do regulamento
para montagem final do evento.
COMISSÃO DE ELABORAÇÃO DO REGULAMENTO
As regras que serão seguidas no evento devem ser estipuladas por esta equipe, observando, é
claro, o público-alvo, a infraestrutura e os objetivos. As regras podem ser adaptadas, permitindo
a participação de alunos com menos habilidades aquáticas, ou seguir a regulamentação oficial
da FINA.
Após receber a listagem de inscritos, essa comissão realiza a montagem final, pois somente
com esses dados identificará as provas com maior volume de competidores, o que implica
diretamente na duração total do evento.
 EXEMPLO
Como exemplo, imagine um evento que deve ter a duração máxima de quatro horas e é
organizado inicialmente pensando em designar os competidores para séries de acordo com a
faixa etária; porém, na listagem final de inscritos, verifica-se que, em algumas provas, poucas
pessoas se inscreveram. Para ganhar tempo,esta comissão pode incluir no Regulamento a
permissão para que as séries sejam organizadas de forma a incluir competidores de idades
diferentes (pessoas de 30 anos nadando na mesma série daquelas com 50 anos, por exemplo),
até que todas as raias disponíveis estejam ocupadas, evitando que o tempo previsto para a
competição seja ultrapassado, o que muitas vezes incomoda os próprios participantes. No
Regulamento, essa permissão será incluída, mantendo a premiação de acordo com as faixas
etárias; se o evento é para adultos, uma sugestão é adotar a divisão das categorias de acordo
com a natação máster e pré-master.
COMISSÃO DE LOGÍSTICA E RECURSOS MATERIAIS
Esta equipe terá como incumbências providenciar todos os recursos materiais necessários
para o evento, destacando-se:
Uniforme da equipe envolvida no evento.
Som (músicas que serão tocadas nas cerimônias de abertura e de premiação, caso
aconteçam, e durante as séries da competição/festival, e o microfone para o locutor, que
faz as chamadas dos competidores e realiza anúncios gerais ao longo do evento).
Cronômetros, que também poderão ser providenciados pelos próprios cronometristas.
Papeletas (pequenas fichas onde são anotados os tempos pelos cronometristas e
árbitros de chegada).
Pódio para a premiação.
Autor: SuwanWanawattanawong / Fonte: Shutterstock
COMISSÃO DE PREMIAÇÃO
Este grupo de colaboradores recomendará à comissão de elaboração do regulamento qual será
a premiação, para que conste no documento. Além disso, deverá obter recursos financeiros
destinados à premiação, para compras de medalhas e/ou elaboração de certificados, ou, ainda,
de outras formas de premiação, como camisetas, bonés, toucas, óculos de natação etc.
Cabe também a esta comissão organizar a cerimônia de premiação, caso esteja prevista no
regulamento, arrumando o pódio e selecionando as músicas para este momento, por exemplo.
COMISSÃO DE ARBITRAGEM
Esta comissão organiza o quadro de arbitragem (Q.A.), designando cada integrante para suas
atribuições específicas. Para composição desta equipe, é importante que os componentes
conheçam as regras da natação; caso seja necessária, uma reunião deve ser organizada antes
do evento para esclarecer dúvidas e estabelecer procedimentos.
A comissão de arbitragem deve adotar uma vestimenta padronizada, preferencialmente
diferente das demais equipes, a fim de destacar seus integrantes.
Autor: portpoint / Fonte: Shutterstock
Como referência para distribuir as funções nesta comissão, sugere-se que sejam designados
para eventos pequenos ou de médio porte:
Um árbitro geral.
Um juiz de partida.
Anotadores para a mesa de controle, que receberão as papeletas com os tempos obtidos
e organizarão os resultados das séries e das provas, para que se identifiquem os
vencedores.
Cronometristas, recomendando-se, pelo menos, dois por raia, a fim de evitar problemas
com falha de cronômetro.
Um chefe dos cronometristas.
Juízes de chegada, indicando-se pelo menos 1 em cada borda lateral e 1 centralizado, que
verificarão a ordem de chegada e poderão confirmar os resultados expressos nos
cronômetros.
Um ou dois locutores.
Um operador de som.
Responsáveis pela execução da cerimônia de premiação, que serão determinados e
orientados pela comissão de premiação.
A FINA estabelece as atribuições do quadro de arbitragem, que podem servir de referência para
os organizadores do evento, respeitando-se adaptações necessárias, como no caso da
cronometragem manual em vez da eletrônica.
VÍDEO COM AVALIAÇÃO
PARA FINALIZAR, NO VÍDEO A SEGUIR ENFOCAREMOS A
ORGANIZAÇÃO, 
TIPOS DE PROVA E ESTRUTURA REQUERIDA PARA
PROVAS DE NATAÇÃO EM ÁGUAS ABERTAS.
Organização e funcionamento de provas em águas abertas (mar).
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. INDIQUE A OPÇÃO QUE APRESENTA UMA CARACTERÍSTICA DOS
FESTIVAIS DE NATAÇÃO:
A) As medalhas são obrigatórias.
B) São registrados recordes das provas.
C) O evento é restrito ao público interno.
D) As provas podem ser divididas por sexo (age groups).
2. EM ACADEMIAS VOLTADAS À INICIAÇÃO, COM PÚBLICO EMINENTEMENTE
INFANTIL, A ORGANIZAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES TEM COMO OBJETIVO
PRINCIPAL:
A) Premiar os alunos mais habilidosos.
B) Identificar novos talentos esportivos.
C) Apresentar a evolução das habilidades aquáticas.
D) Estabelecer parâmetros para a organização de turmas.
GABARITO
1. Indique a opção que apresenta uma característica dos festivais de natação:
A alternativa "D " está correta.
Não há registros de recordes em festivais, pois a ideia deste evento é demonstrar as
habilidades aquáticas e a progressão obtida com as aulas realizadas. Medalhas não são
obrigatórias, e a premiação pode ser feita através de brindes, por exemplo; além disso, pais e
familiares são convidados para assistir, não restringindo o evento ao público interno
(professores e alunos).
2. Em academias voltadas à iniciação, com público eminentemente infantil, a organização de
demonstrações tem como objetivo principal:
A alternativa "C " está correta.
As demonstrações são planejadas, com o público infantil geralmente, para que pais e
familiares possam acompanhar a evolução das crianças na aquisição de habilidades
aquáticas.
CONCLUSÃO
Autor: wavebreakmedia / Fonte: Shutterstock
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No primeiro módulo, você identificou como é sistematizada a natação competitiva, cuja
estruturação obedece às normas da Federação Internacional de Natação, desde as dimensões
de piscinas para competições oficiais até as regras dos nados oficiais, além de entender como
estes surgiram.
Em seguida, verificou a organização da natação adaptada, especialmente enquanto esporte
competitivo, com seu sistema de classificação e de avaliação que possibilita a inclusão de
pessoas com deficiências motoras, visuais e intelectuais que desejam participar de atividades
relacionadas ao treinamento para o alto rendimento.
O terceiro e último módulo apresentou as recomendações para que sejam organizados eventos
em academias e escolas de natação, bastante utilizadas para captação e retenção de alunos. A
organização deve ser bem feita, para atingir o objetivo inicial com a atividade em questão, e os
eventos são considerados importantes para a motivação dos praticantes de natação,
possibilitando também aproximação entre profissionais envolvidos e familiares, especialmente
em estabelecimentos voltados ao ensino deste esporte.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BEST SWIMMING. Conheça as categorias da natação paralímpica. Consultado em meio
eletrônico em: 21 ago. 2020.
BIRÓ, M. et al. Swimming: history, technique, teaching. 2015.
COLWIN, C. M. Nadando para o século XXI. São Paulo: Manole, 2000.
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS. Divulga regras oficiais de natação
da FINA atualizadas e traduzidas. Consultado em meio eletrônico em: 21 ago. 2020.
CORRÊA, C. R. F; MASSAUD, M. G. Natação: da iniciação ao treinamento. Rio de Janeiro: Sprint,
2007.
MASSAUD, M. G. Natação 4 nados: aprendizagem e aperfeiçoamento. Rio de Janeiro: Sprint,
2008.
SOARES, J. S. Teoria e prática da natação. Rio de Janeiro: SESES, 2016.
EXPLORE+
Visite as seguintes páginas com conteúdos diversos sobre a natação competitiva:
Raia Oito
SwimChannel
Técnica de nado
Visite os seguintes sites com explicações sobre a organização de eventos em academias e
escolas:
Portal da Educação Física
Comitê Paralímpico Brasileiro
Comitê Paralímpico Internacional
https://www.educacaofisica.com.br/noticias/evento-em-natacao-demonstracao-festival-e-competicao/
CONTEUDISTA
Juliana de Souza Soares
 CURRÍCULO LATTES
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