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Métodos Eletrofisiológicos para Avaliação Auditiva

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15/03/2020
1
Métodos eletroacústicos e eletrofisiológicos 
para avaliação da audição
Ana Paula Bruner
POTENCIAL EVOCADO AUDITIVO DE 
TRONCO ENCEFÁLICO - PEATE
1
2
15/03/2020
2
Histórico da Eletrofisiologia
1780 – Luigi Galvani –
Presença de atividade 
elétrica dos tecidos 
orgânicos
1875 – Richard Caton –
Presença de potenciais 
elétricos no cérebro
1929 – Hans Berger –
Primeiro 
eletroencefalograma em 
humanos
1930 – Mudança no ritmo 
do EEG em resposta a um 
estímulo auditivo de alta 
intensidade
Histórico da Eletrofisiologia
1958 – Clark –
desenvolveu o 
computador de 
respostas mediadas
Atualmente, usamos 
uma grande variedade 
de potenciais que foram 
descritos por Jewett e 
col (1970 e 1971)
• Foi o primeiro a descrever o 
PEATE como é utilizado nos 
dias atuais.
Os trabalhos com 
estímulos de fala são 
creditados a equipe da 
Dra Nina Kraus da 
Universidade de 
Northwestern (2005)
Atcherson e Stoody (2012)
3
4
15/03/2020
3
Qual a relevância da função auditiva para o 
ser humano?
A função auditiva é a base sobre a qual se estrutura a 
comunicação humana.
A integridade do sistema auditivo periférico e central 
permite o desenvolvimento normal da linguagem, fala e, 
consequentemente, da cognição. 
Primeiros anos período crítico + maturação dos sistema 
auditivo central. Importância do diagnóstico e intervenção 
precoce.
Audição
Compreensão
Processamento auditivo
Sequenciamento
Monitoramento de vozes
Feedback auditivo
Discriminação
Localização
Atenção
Percepção auditiva
Fala
Conversação
Formação de frases e sentenças
Combinação de duas palavras
Primeiras palavras
Jargão
Imitação
Balbucio
Vocalização
Sorriso
Sonorização
Choro
Nascimento
6 anos
5
6
15/03/2020
4
Do ouvir ao escutar
Sensação
Processamento
Percepção
Representações 
internas das 
sensações
Resposta do 
receptor 
sensorial ao 
estímulo auditivo
Sloan, 1991
7
8
15/03/2020
5
Se
n
sa
çã
o • Sentido, a resposta é uma 
reação mecânica;
• Audição tem tipos celulares 
especializados para respostas 
diferenciadas: Agudos / 
Graves
• Resultantes da ação de 
estímulos externos sobre os 
nossos órgãos do sentido. 
• Nem sempre é consciente;
Pe
rc
ep
çã
o • Depende do “cérebro” e não 
do “ouvido”...
• É o valor “agregado” que um 
cérebro organizado confere 
aos dados sensoriais brutos: 
memória, experiências, 
processamentos cognitivos 
mais sofisticados;
• Vai além da simples detecção 
de sons feitas pelas duas 
orelhas.
Neurônios
Formam uma extensa rede de circuitos capazes de 
receber do ambiente, processar, armazenar e enviar de 
volta ao ambiente um amplo espectro de informações.
(Moura-Neto e Lent, 2013)
9
10
15/03/2020
6
Sinapses
Impulso nervoso 
despolariza a 
membrana sináptica e 
libera 
neurotransmissores 
que são recaptados na 
outra face sináptica, 
dando continuidade à 
despolarização
Como se transmite o impulso nervoso entre 
neurônios?
11
12
15/03/2020
7
Como se transmite o impulso nervoso entre 
neurônios?
• Potencial de membrana
• Potencial de ação
• Potencial Evocado Auditivo
13
14
15/03/2020
8
Princípios da Neurociência
Neurônios que são 
ativados ao mesmo 
tempo produzem uma 
energia/força 
mutuamente
Por outro lado, as 
conexões neurais ficam 
enfraquecidas quando os 
neurônios possuem uma 
ativação não sincrônica
Hebb (1949)
15
16
15/03/2020
9
Elementos Anatômicos do Ouvido Periférico
Captação e condução da energia sonora
Transdução energia sonora
Potencial de ação (energia elétrica)
Condução do potencial de ação às 
vias centraisAmplificação da energia sonora
Orelha Interna
O movimento da membrana basilar não é puramente passivo, as células ciliadas
externas se contraem ao estímulo sonoro, amplificando o movimento (teoria da cóclea
ativa)
http://www.rborl.org.br/conteudo/acervo/print_acervo.asp?id=2414
17
18
http://www.rborl.org.br/conteudo/acervo/print_acervo.asp?id=2414
15/03/2020
10
Elementos Anatômicos da Via Auditiva Central
Cóclea
Núcleo
Geniculado Medial
Colículo Inferior
Complexo
Olivar Superior
Núcleo
Coclear
Nervo Auditivo
Leminisco Lateral
Córtex Auditivo
Esquerdo
Córtex Auditivo
Direito
Via Auditiva Central
• Alerta, atenção, vigilância;
• Caminham juntas com todas as 
outras vias sensoriais;
• Áreas associativas modalidades 
auditivas secundárias.
Vias Ipsilaterais (1/3)
• Somente auditivas;
• Córtex auditivo dos hemisférios 
direito e esquerdo.
Vias Contralaterais (2/3)
19
20
15/03/2020
11
O que é um Potencial 
Evocado?
O que é um Potencial Evocado?
Eletroencefalograma (EEG): é um exame que analisa a atividade elétrica 
cerebral espontânea, captada através da utilização de eletrodos 
colocados sobre o couro cabeludo. Como a atividade elétrica 
espontânea está presente desde o nascimento, o EEG pode ser útil em 
todas as idades, desde recém nascidos até pacientes idosos.
21
22
15/03/2020
12
O que é um Potencial Evocado Auditivo?
Atividade bioelétrica provocada em 
resposta a uma estimulação auditiva, 
que ocorre no sistema auditivo, desde 
a cóclea, nervo auditivo, tronco 
encefálico e córtex. (Hall, 1999)
•Consiste em uma avaliação 
eletrofisiológica e objetiva .
•Menos influenciados por variáveis 
externas.
•Avalia todo o trajeto auditivo.
A maturação dos PEA permite determinar se existe ou não uma relação entre a idade fisiológica e se 
esta mudança reflete nos PEA e no desenvolvimento das habilidades do comportamento auditivo, seja 
ela normal ou patológico.
PEATE
➢ Exame que permite obter a atividade eletrofisiológica do sistema
auditivo, mapeando as sinapses que ocorrem nas vias auditivas desde o
nervo auditivo até o colículo inferior em nível de mesencéfalo.
➢ Constitui-se por uma série de sete ondas, rotuladas por
algarismos romanos, representando as sinapses das vias auditivas.
➢ Na prática clínica consideramos apenas as cinco primeiras ondas.
(Sousa, et al., 2010)
23
24
15/03/2020
13
Cóclea
Núcleo
Geniculado Medial
Colículo Inferior
Núcleo
Olivar Superior
Núcleo
Coclear
Porção distal do 
Nervo Auditivo
Leminisco Lateral
Porção proximal do 
Nervo Auditivo
Córtex Auditivo
Esquerdo
Córtex Auditivo
Direito
Classificação dos Potenciais Evocados Auditivos
Fonte 
geradora
• Potenciais gerados no 
Nervo Coclear
• (I e II)
• Potenciais gerados no 
Tronco Encefálico
• (III, IV e V)
• Potenciais gerados na 
Via Talâmico-Cortical
• (Na, Pa, Pb e Pc)
• Potenciais gerados no 
Córtex Cerebral
• (N1, P2 e P300)
25
26
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14
Classificação dos Potenciais Evocados 
Auditivos
Latência
• Curta latência 
• (até 10 ms)
• Média latência 
• (10 a 80 ms)
• Longa latência
• (80 a 750 ms)
Classificação dos Potenciais Evocados Auditivos
De um modo simplificado:
Latência:
Tempo de 
aparecimento da 
onda após a 
estimulação 
auditiva.
Amplitude:
O valor máximo, 
o pico da onda 
formada após a 
estimulação 
auditiva.
27
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15
Latência
O tempo necessário para a onda aparecer
Amplitude
A distância vertical entre picos
Amplitude
Latência
29
30
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16
Intensidade
Os potenciais trabalham com o parâmetro função latência-intensidade
Latência
Intensidade
Latência
Componentes básicos de um equipamento:
Na pesquisa dos PEA
• Atividade elétrica do sistema auditivo 
→ Sinal
• Atividade elétrica de outras fontes 
(musculo, cérebro, eletricidade) → 
Ruído
Componentes básicos de um 
equipamento:
• Grupo de emissão ou estímulo
• Grupo de captação, promediação e 
registro
31
32
15/03/2020
17
Janela
Tempo de análise
• Período após o início do estímulo em que haverá o registro 
elétrico das atividades captadas pelos eletrodos.
• Tempos será medido em milissegundos (ms)
Transdutor Transformar o estímulo elétrico em 
estímulo acústico.
Tipos:
Fone de inserção
Fone de superfície
Vibrador ósseo
33
34
15/03/2020
18
Eletrodos
• No mínimo 3 eletrodos
• Capta a atividade bioelétrica diretamente (+)
• Capta com polaridade invertida (-)
• EletrodoTerra
Captar a 
atividade 
bioelétrica 
evocada.
Posição dos eletrodos
Fp1
F3
C3
P3
O1
T5
T3
F7
A1
Fp2
F4
C4
P4
O2
F8
T4
T6
A2
Fpz
FZ
CZ
PZ
M1 M2
35
36
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19
Posicionamento
Fp1
F3
C3
P3
O1
T5
T3
F7
A1
Fp2
F4
C4
P4
O2
F8
T4
T6
A2
G
FZ
CZ
PZ
M1 M2
A: Lóbulo da orelha
M: Mastóide
Z: Linha média do Crânio
C: plano coronal
Fp: Testa
Como fazer o exame?
Materiais necessários:
• Equipamento com Software de PEA
• Computador acoplado
Fone de Inserção
Fone TDH-39Vibrador Ósseo
37
38
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20
Preparos
Pasta Abrasiva Esfoliante
Pasta Eletrolítica
Eletrodos
A quantidade será definida pelo 
tipo de procedimento a ser 
realizado.
E pela quantidade de canais do 
equipamento
Posicionamento
39
40
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21
Ambiente
Alguns cuidados com o ambiente são essenciais:
Aterramento 
2 Ohms
Lugar Calmo Rede elétrica exclusiva 
para o equipamento
Temperatura amena e 
constante
Regulador de voltagem Uso de macas ou 
poltronas confortáveis
Cuidar dos atrativos 
visuais
iPad – TDAH sem som
41
42
15/03/2020
22
“AVALIAR É APONTAR CAMINHOS E SOLUÇÕES” (Alvarez 2000).
PEATE 
Fala?
PEATE 
Fala?
PEATE 
Click?
PEATE 
Click?
Emissões 
Otoacústicas?
Emissões 
Otoacústicas?
Latência 
Média?
Latência 
Média?
Potencial 
Cortical?
Potencial 
Cortical?
Avaliação eletrofisiológica
Avaliação 
Eletrofisiológica 
evidencia mau 
funcionamento
Avaliação 
Comportamental 
evidencia habilidade 
alterada
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44
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Outras Nomenclaturas
• Auditory Brainstem
ResponseABR
• Brainstem Evoked
Response AudiometryBERA
• Potencial Evocado Auditivo 
de Tronco-EncefálicoPEATE
Jewett e Willinston (1971)
Teste Objetivo, Análise Subjetivo
Os potenciais são classificados conforme a latência:
Curta latência – até 10 ms.
Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico 
(PEATE / BERA / ABR)
45
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24
Potenciais Evocados Auditivos de Curta Latência
Curta Latência
Média Latência
Longa Latência
Cóclea
Núcleo
Geniculado Medial
Colículo Inferior
Núcleo
Olivar Superior
4,5 – 5,0 ms
Núcleo
Coclear
3,5 – 4,0 ms
Porção distal do 
Nervo Auditivo
1,5 a 2,0 ms
Leminisco Lateral 5,5 – 6,0 ms
II
III
IV
V
I
Porção proximal do 
Nervo Auditivo
2,5 a 3,0 ms
Córtex Auditivo
Esquerdo
Córtex Auditivo
Direito
Möller, Jannetta, Bennett e Möller, 1981
47
48
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25
Fontes Geradoras
Sistema Auditivo Central
É desenvolvido a 
partir da estimulação
Vias ipsi e 
contralaterais
Tronco cerebral →
Córtex
49
50
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Núcleos Cocleares (NC)
Localizados na junção da ponte, medula e 
cerebelo - localização comum de tumores.
Células arranjadas tonotopicamente (cóclea).
Importante função de análise de frequência 
e de tempo.
A maioria com projeção contralateral, mas 
algumas fibras permanecem ipsilateral.
Iniciam a análise sensorial complexa e diminuem 
os sinais de ruído de fundo
Complexo Olivar Superior (COS) 
Recebe informação dos núcleos cocleares ipsi e 
contralateral. 
Células binaurais que são sensíveis a pista de tempo e 
intensidade. 
Como o input da orelha ipsilateral chega ao COS ms antes 
que o input da orelha contralateral, o COS está implicado em 
localização e lateralização e interaçao binaural. 
Papel importante no arco reflexo do reflexo do músculo 
estapediano, atuando no reconhecimento de estímulos 
sonoros em presença de ruído.
51
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27
Lemnisco Lateral (LL)
Composto de fibras ascendentes e 
descendentes. 
Vai do COS ao colículo inferior no 
mesencéfalo. 
Recebe projeção ipsi e contralateral, 
continuando a representação bilateral do 
estímulo auditivo. Mantém a 
representação interaural e binaural.
Colículo Inferior (CI)
Ocorre a primeira integração da audição com outro sentido. 
A proximidade com o colículo superior relaciona com a visão e a 
íntima relação destes com o cerebelo, parece ser determinante para 
a execução de tarefas de localização sonora e equilíbrio corporal, 
diante das modificações posturais decorrentes de estímulos 
acústicos dos mais variados.
Por exemplo: alteração postural de defesa com a chegada de um 
veículo em alta velocidade cujo sinal sonoro (buzina) está muito 
próximo.
Mantém atenção ao estímulo sonoro
53
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Corpo Geniculado Medial (CGM) e o Sistema Límbico
Serve como estação talâmica de troca para transmissão de 
informação auditiva.
É a única especificamente auditiva.
Todas as áreas corticais auditivas recebem fibras do corpo 
geniculado medial.
Transmissão ao córtex de informações relacionadas com 
freqüências, intensidades e binauralidades.
Verificação da intensidade relativa e da duração dos sons.
Córtex Auditivo
• É o local da sensação e percepção auditiva.
• Retêm a organização tonotópica da cóclea.
• É capaz de discriminar freqüência e 
intensidade.
• A organização tonotópica faz com que 
sejam percebidas faixas de freqüências
definidas, fragmentos de palavras sem nexo, 
por exemplo, uma sopa de letrinhas.
• Fissura Sylvian, plano temporal e o giro de 
Heschl são estruturas maiores no lado 
esquerdo).
Córtex Auditivo Primário:
55
56
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29
• Os estímulos são incorporados ao 
nosso conhecimento prévio, as 
palavras são reconhecidas e têm 
significado.
Córtex Auditivo Secundário: Córtex Auditivo
• Contexto é percebido e construído a partir de 
todas as informações sensoriais recebidas 
(inclusive as não auditivas), além da evocação 
da memória recente e tardia e da influência do 
sistema límbico. 
• O estímulo é vivenciado.
Área de Wernicke - Giro Angular 
Córtex Auditivo
57
58
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30
Primeira Observação no PEATE:
As duas orelhas funcionam iguais?
O BERA é um exame de sincronia neural muito mais do que de audição.
As ondas são geradas pela ativação sequencial e sincrônica das fibras nervosas ao 
longo da via auditiva.
Principais indicações da utilização do PEATE
Diagnóstico de surdez infantil
Checagem dos limiares psicoacústicos
Diagnóstico de lesões retrococleares
Pesquisa do microfonismo coclear
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60
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31
Principais indicações da utilização do PEATE
Diagnóstico de doença de Ménière
• Tipo 1: latência da onda V da orelha afetada menor ou igual à latência da 
onda V da orelha contralateral (recrutamento eletrofisiológica)
• Tipo 2: atraso da latência da onda V na orelha afetada sem ultrapassar os 
valores preconizados por Selters e Brackmann para lesão coclear
• Tipo 3: atraso monobloco das latências I, III e V da orelha afetada quando 
comparada com a orelha contralateral
Topodiagnóstico da síndrome vestibular
Estadiamento do coma e diagnóstico da morte encefálica
Monitoramento do tronco encefálico em cirurgia cardíaca
Facilidades do PEATE (BERA)
A resposta pode ser gravada utilizando-se eletrodos
de superfície;
As ondas são robustas e facilmente gravadas em
pacientes com audição adequada e função normal do
SAC;
As respostas não sofrem influência do estado do
paciente; portanto é um potencial que pode ser
gravado com os pacientes dormindo, sedados ou em
coma.
61
62
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32
Interpretação dos resultados
Reprodutibilidade do traçado das ondas
Comparação interaural dos valores das latências absolutas das ondas I, III e V
Análise dos valores de intervalos interpicos I-III, I-V e III-V
Amplitude das ondas: Muito variável, sem grande valor clínico.
Onda V
• Maior amplitude
• Mais consistente
• Onda limiar-dependente
Avaliação
Integridade 
Auditiva
Intensidade 
Alta 
Pesquisa de 
Limiar Auditivo
Início: Alta 
Intensidade
Final: Fraca 
Intensidade
63
64
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33
Integridade Auditiva
P.A.C., Masculino, 16 anos
BERA normal
Limiar Eletrofisiológico: 20dBNA normal 
G.S.S., Feminino, 2 anos
BERA normal
65
66
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34
Limiar Eletrofisiológico
BERA: 
O Esquerda: Alterado
O Direita: Normal
M. T. B.,
Fem,
33 anos
BERA
OE: normal
OD: alterado
67
68
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35
Para cada idade há um valor
RNPT = IG e Calculcular a Idade Corrigida
Necessáriosaber se é RNPT ou RNT
Resultados Iguais ao do Adulto aos 2 
anos de Idade
Depende de Maturação 
Diferenças
O que podemos diagnosticar com PEATE?
Condutiva Coclear Retrococlear
69
70
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36
Cóclea
Núcleo
Geniculado Medial
Colículo Inferior
Núcleo
Olivar Superior
4,5 – 5,0 ms
Núcleo
Coclear
3,5 – 4,0 ms
Porção distal do 
Nervo Auditivo
1,5 a 2,0 ms
Leminisco Lateral 5,5 – 6,0 ms
II III
IV
V
I Porção proximal do 
Nervo Auditivo
2,5 a 3,0 ms
Córtex Auditivo
Esquerdo
Córtex Auditivo
Direito
TAKEMOTO, LE. Cedido por Marcia Bongiovanni
PEATE - ONDAS ONDAS ESTRUTURAS
I e II Nervo Auditivo
III Núcleos Cocleares
IV e V Leminisco lateral 
superior ipsi e 
contralateral
VI e VII Potenciais
Mesencefálicos
e/ou Talâmicos
( Sousa, et al. 2010)
71
72
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37
TIPOS DE ESTÍMULOS
CLIQUE
TONE 
BURST
CE -CHIRP 
banda larga e 
Narrow bandESTÍMULO 
COMPLEXO 
E/OU DE FALA
Click
C
lic
k Trabalha com sincronia de resposta neurais
O click é um som de início e fim abrupto.
Portanto, diferentemente do TB, um 
Som de Curtíssima Duração
Limitação: Investiga uma pequena faixa 
de frequência (2000 a 4000 Hz)
Estimula a cóclea com um todo, sem a especificidade de frequência!!!
Sousa et al, 2010
73
74
15/03/2020
38
C
lic
k Sensível e confiável
A ausência ou presença de resposta 
pode indicar a existência de 
alterações estruturais e funcionais
Estas alterações podem 
comprometer a transmissão do 
estímulo acústico ao longo da via 
auditiva.
Musiek et al, 1999
C
lic
k Melhor qualidade de resposta
Neurodiagnóstico
Teste rápido
Contribuição maior das 
frequências entre 2000 a 
4000 Hz
Não avalia adequadamente 
as frequências graves
Click
75
76
15/03/2020
39
Tone Burst
To
n
e
B
u
rs
t O som deve durar pelo menos 200ms
Duração do som: período 
compreendido entre a ausência do 
som e a chegada na amplitude 
desejada.
À medida que se reduz a duração do 
TB, a especificidade de frequência 
vai se perdendo.
Sousa et al, 2010.
Tone Burst Click
To
n
e
B
u
rs
t Frequência específica 
entre 500 a 4000Hz
Maior duração do 
teste
Complemento para 
limiar
77
78
15/03/2020
40
Duração do som: período compreendido entre a 
ausência do som à chegada na amplitude desejada.
A medida que se reduz a duração do TB a 
especificidade de frequência vai se perdendo – com 
a diminuição da duração, o estímulo fica mais 
parecido com o click.
(Sousa et al, 2010; Sanfins, 2015)
Tone Burst
Click 
(Exame Padrão)
melhor qualidade da resposta
neurodiagnóstico
teste rápido
contribuição maior das frequências 
entre 2000 e 4000Hz
não avalia adequadamente as 
frequências graves
Tone Burst 
(Complemento)
frequência específica
entre 500 a 4000 Hz
maior duração do teste
complemento para limiar
79
80
15/03/2020
41
CE-Chirp
(Elberling et al, 2007 e 2008; Stürzebecher et al, 2006)
C
E-
C
h
ir
p
Claus Elberling (CE) e um grupo de pesquisadores vêm 
desenvolvendo vários estudos visando construir um 
modelo de chirp que compense a dispersão temporal da 
onda sonora na cóclea a partir de equações baseadas nas 
latências de registros de PEATE em humanos.
Patenteado de CE-Chirp® em homenagem a Claus 
Elberling, este estímulo foi construído com base em 
modelos reais do tempo de viagem da onda sonora na 
cóclea humana.
Produzir maior sincronia das fibras auditivas, gerando 
ondas de maior amplitude, mesmo em baixas 
intensidades.
Estímulo concebido para compensar atraso da onda 
viajante.
CE-Chirp
(Elberling e Callo, 2010)
C
E-
C
h
ir
p O objetivo é estimular 
todas as regiões de 
frequência da cóclea 
de forma simultânea.
Esta despolarização 
simultânea de todas as 
regiões de frequência 
da cóclea promete 
maiores amplitudes de 
resposta no registro do 
PEATE.
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Complexo / Fala
C
o
m
p
le
xo
 
o
u
 F
al
a Estimula uma maior área do 
SNAC
O estímulo é mais comum, assim 
possibilita uma análise mais 
apurada sobre a fala é 
decodificada pelo SNAC
Trabalha com pistas de tempo, 
duração e entonação
CE -CHIRP
Estímulo concebido para 
compensar atraso da onda 
viajante.
Produzir maior sincronia das fibras 
auditivas, gerando ondas de maior 
amplitude, mesmo em baixas 
intensidades.
Estimular todas as regiões de 
frequência da cóclea de forma 
simultânea.
ESTIMULO COMPLEXO OU 
DE FALA
Possibilita uma análise mais 
apurada sobre a fala que é 
decodificada pelo SNAC
Estimula uma maior área do 
SNAC
Trabalha com pistas de tempo, 
duração e entonação
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CASOS CLÍNICOS – INTERPRETANDO O 
PEATE POR VIA AÉREA, VIA ÓSSEA E 
FREQUÊNCIA ESPECÍFICA
PEATE VA - BEBE COM 2 MESES DE IDADE
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AUDIOMETRIA COM LIMIARES NORMAIS
Medidas de Imitânica Acústica: Curva tipo A bilateral e presença de
reflexos ipsi e contralaterais normais bilateralmente
PEATE POR VIA AÉREA
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PEATE VIA AÉREA SUGERINDO ALTERAÇÃO EM 
ORELHA MÉDIA
PACIENTE ADULTO COM D.A. UNILATERAL
Medidas de Imitânica Acústica: Curva tipo As bilateral e ausência de
reflexos ipsi e contralaterais ausentes bilateralmente.
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PEATE VIA AÉREA - AUSÊNCIA DE RESPOSTA NEURAL
Medidas de Imitânica Acústica: Curva tipo A bilateral e reflexos ipsi e
contralaterais parcialmente presentes bilateralmente.
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QUAL O POSSÍVEL 
RESULTADO DO PEATE 
?????
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BEBE COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA - 2 MESES DE 
IDADE
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PEATE POR VIA ÓSSEA NORMAL
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PEATE POR VIA ÓSSEA ALTERADO
Condutivo
Lentifica o traçado, atrasando todas as ondas (aumenta as latências 
absolutas e mantêm os interpicos).
Limiar eletrofisiológico aumentado
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Coclear
Latências absolutas e interpico sempre 
normais.
Não altera as latências (absolutas e 
interpicos)
Relação sistemática entre o limiar 
eletrofisiológico e psicoacústico
Recrutamento: diminuição rápida na 
amplitude das ondas I e III presentes 
próximo ao limiar
Coclear
Pode talvez não visualizar a onda I, porém a onda V tem que registrar perto do limiar 
Coclear bilateral – latências absolutas semelhantes
Latência absoluta da onda V dentro dos valores normais
(Selters e Brackmann, 1977)
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Coclear
• Ondas I, III: ausentes Onda V: presente
• Latência absoluta da onda V: aumentada
• Intervalos interpicos I-V: normal
Perda auditiva coclear
Nervo Auditivo e Via Auditiva do Tronco Encefálico: Integridade funcional
Caso I.M. – 4 anos e 06 meses
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EOA-T e EOA-PD
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PEATE/BERA
Retrococlear
Aumento da latência interpico I-V;
Latência e morfologia instáveis dos potenciais = falta 
reprodutividade, sincronismo (cuidado ruído de 
fundo)
Presença somente da onda I (neurinoma);
Ausência de potenciais com limiar psicoacústico 
melhor que 60dBNA (neuropatia/cuidado DA 
profunda)
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Retrococlear
Diferença interaural de I-V ou V maior que 0,3 ms (lado aumentado patologia retro)
tronco baixo= aumento latência interpico I-III
tronco alto= aumento latência interpico III-V
dois seguimentos aumentados: I-III e III- V
comprometimento difuso, processo degenerativo
CUIDADO: V atrasada sem a onda I, pode ser retro, condutiva ou DA a partir de 2Khz
Caso J.S.Y.
J. 37 anos, feminino. A paciente queixou-se de tonturas fugazes não rotatórias e 
tinnitus na orelha direita que se iniciaram há cerca de 02 anos, refere também 
plenitude auricular, mas negou perda auditiva. 
A avaliação audiológica convencional nos mostrou PANS discreta à direita com IPRF 
compatível, porém ausência de reflexos estapedianos. 
O exame vestibular apontou disfunção vestibular periférica deficitária à direita.
O PEATE mostrou somente a presença de onda I com latências absolutas aumentadas
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Caso J.S.Y.
EOA-T e EOA-PD
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Ressonância Magnética mostrou Schwannoma Vestibular à direita.
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Caso VO à Orelha Esquerda
Agenesia de conduto auditivo externo
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Caso VO à Orelha Esquerda
Agenesia de conduto auditivo externo
Sugestivo de
acuidade auditiva normal para a faixa de frequência dos 
clicks 2 a 4 KHz)
Caso VO à Orelha Esquerda
Agenesia de conduto auditivo externo
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Caso clínico
I.H.Y., 23 anos, Masculino
Caso Clínico 
• Sexo masculino, 23 anos procurou ORL com queixa de dificuldade para ouvir há 05 
anos, desencadeada após trauma cranioencefálico, quando foi hospitalizado durante 
01 semana
• Refere que, após o trauma, surgiu dificuldade rapidamente progressiva para 
compreender a fala. Nega queixas OTN
• Realizou ATL, testes de fala e imitanciometria que mostraram: Perda Auditiva 
Neurossensorial de Configuração Ascendente, baixo IPRF, timpanometria tipo A e 
reflexos acústicos estapedianos alterados.
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Caso Clínico 
• Qual a hipótese para o diagnóstico topográfico da alteração?
a) Orelha externa e média
b) Orelha interna
c) Nervo coclear e tronco encefálico
d) Sistema límbico e córtex auditivo
• Quais os melhores testes para confirmar a hipótese inicial?
a) EOAs e BERA/PEATE
b) Potenciais de latência média (PEAML)
c) Potenciais de latência longa (P300)
d) Testes comportamentais para avaliação do processamento auditivo
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Caso Clínico 
EOA-T • Conduta do caso clínico
• O paciente foi submetido à pesquisa das EOAs e BERA/PEATE, que 
revelaram:
Caso Clínico 
EOA-PD
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Caso Clínico 
BERA/PEATE
Caso Clínico 
PEAML
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Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável
Resposta Auditiva 
de Estado Estável 
(RAEE)
Potencial Evocado 
Auditivo de Estado 
Estável (PEAEE)
Permite a avaliação dos níveis mínimos de resposta da criança 
fazendo o uso da amplificação.
(Bucuvic e Iório, 2012)
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Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável
Promessa de solucionar as limitações do PEATE Click e 
Tone Burst
4 frequências 
apresentadas ao mesmo 
tempo
Estímulos específicos e 
apresentados 
simultaneamente
Intensidades mais 
fortes
Avaliar a audição residual em casos de 
perdas auditivas profundas
(Lins e Picton, 1995; Rance e Rickards, 2002)
Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável
(Silva et al, 2013)
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Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável
(Rodrigues et al, 2009)
Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável
(Yoshinaga et al, 2001; JCIH, 2007)
Boa correlação com 
os limiares 
auditivos 
comportamentais 
para a população 
da Triagem Auditiva 
Neonatal (TAN)
AASI / IC
Precocemente
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Diferença entre PEATE-Click e PEAEE
Estado Estável
Estímulo em ritmo rápido.
Velocidade de estimulação não 
permite que o SNAC volte à 
condição inicial, e este estímulo 
específico evocam ciclos de 
respostas que se sobrepõem à 
resposta do próximo estimulo e 
o SNAC continua a responder.
Click
Estímulo em ritmo rápido.
A resposta é transiente, assim a 
resposta a um estímulo cessa e 
não recomeça até a 
apresentação do próximo 
estímulo.
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