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15/03/2020 1 Métodos eletroacústicos e eletrofisiológicos para avaliação da audição Ana Paula Bruner POTENCIAL EVOCADO AUDITIVO DE TRONCO ENCEFÁLICO - PEATE 1 2 15/03/2020 2 Histórico da Eletrofisiologia 1780 – Luigi Galvani – Presença de atividade elétrica dos tecidos orgânicos 1875 – Richard Caton – Presença de potenciais elétricos no cérebro 1929 – Hans Berger – Primeiro eletroencefalograma em humanos 1930 – Mudança no ritmo do EEG em resposta a um estímulo auditivo de alta intensidade Histórico da Eletrofisiologia 1958 – Clark – desenvolveu o computador de respostas mediadas Atualmente, usamos uma grande variedade de potenciais que foram descritos por Jewett e col (1970 e 1971) • Foi o primeiro a descrever o PEATE como é utilizado nos dias atuais. Os trabalhos com estímulos de fala são creditados a equipe da Dra Nina Kraus da Universidade de Northwestern (2005) Atcherson e Stoody (2012) 3 4 15/03/2020 3 Qual a relevância da função auditiva para o ser humano? A função auditiva é a base sobre a qual se estrutura a comunicação humana. A integridade do sistema auditivo periférico e central permite o desenvolvimento normal da linguagem, fala e, consequentemente, da cognição. Primeiros anos período crítico + maturação dos sistema auditivo central. Importância do diagnóstico e intervenção precoce. Audição Compreensão Processamento auditivo Sequenciamento Monitoramento de vozes Feedback auditivo Discriminação Localização Atenção Percepção auditiva Fala Conversação Formação de frases e sentenças Combinação de duas palavras Primeiras palavras Jargão Imitação Balbucio Vocalização Sorriso Sonorização Choro Nascimento 6 anos 5 6 15/03/2020 4 Do ouvir ao escutar Sensação Processamento Percepção Representações internas das sensações Resposta do receptor sensorial ao estímulo auditivo Sloan, 1991 7 8 15/03/2020 5 Se n sa çã o • Sentido, a resposta é uma reação mecânica; • Audição tem tipos celulares especializados para respostas diferenciadas: Agudos / Graves • Resultantes da ação de estímulos externos sobre os nossos órgãos do sentido. • Nem sempre é consciente; Pe rc ep çã o • Depende do “cérebro” e não do “ouvido”... • É o valor “agregado” que um cérebro organizado confere aos dados sensoriais brutos: memória, experiências, processamentos cognitivos mais sofisticados; • Vai além da simples detecção de sons feitas pelas duas orelhas. Neurônios Formam uma extensa rede de circuitos capazes de receber do ambiente, processar, armazenar e enviar de volta ao ambiente um amplo espectro de informações. (Moura-Neto e Lent, 2013) 9 10 15/03/2020 6 Sinapses Impulso nervoso despolariza a membrana sináptica e libera neurotransmissores que são recaptados na outra face sináptica, dando continuidade à despolarização Como se transmite o impulso nervoso entre neurônios? 11 12 15/03/2020 7 Como se transmite o impulso nervoso entre neurônios? • Potencial de membrana • Potencial de ação • Potencial Evocado Auditivo 13 14 15/03/2020 8 Princípios da Neurociência Neurônios que são ativados ao mesmo tempo produzem uma energia/força mutuamente Por outro lado, as conexões neurais ficam enfraquecidas quando os neurônios possuem uma ativação não sincrônica Hebb (1949) 15 16 15/03/2020 9 Elementos Anatômicos do Ouvido Periférico Captação e condução da energia sonora Transdução energia sonora Potencial de ação (energia elétrica) Condução do potencial de ação às vias centraisAmplificação da energia sonora Orelha Interna O movimento da membrana basilar não é puramente passivo, as células ciliadas externas se contraem ao estímulo sonoro, amplificando o movimento (teoria da cóclea ativa) http://www.rborl.org.br/conteudo/acervo/print_acervo.asp?id=2414 17 18 http://www.rborl.org.br/conteudo/acervo/print_acervo.asp?id=2414 15/03/2020 10 Elementos Anatômicos da Via Auditiva Central Cóclea Núcleo Geniculado Medial Colículo Inferior Complexo Olivar Superior Núcleo Coclear Nervo Auditivo Leminisco Lateral Córtex Auditivo Esquerdo Córtex Auditivo Direito Via Auditiva Central • Alerta, atenção, vigilância; • Caminham juntas com todas as outras vias sensoriais; • Áreas associativas modalidades auditivas secundárias. Vias Ipsilaterais (1/3) • Somente auditivas; • Córtex auditivo dos hemisférios direito e esquerdo. Vias Contralaterais (2/3) 19 20 15/03/2020 11 O que é um Potencial Evocado? O que é um Potencial Evocado? Eletroencefalograma (EEG): é um exame que analisa a atividade elétrica cerebral espontânea, captada através da utilização de eletrodos colocados sobre o couro cabeludo. Como a atividade elétrica espontânea está presente desde o nascimento, o EEG pode ser útil em todas as idades, desde recém nascidos até pacientes idosos. 21 22 15/03/2020 12 O que é um Potencial Evocado Auditivo? Atividade bioelétrica provocada em resposta a uma estimulação auditiva, que ocorre no sistema auditivo, desde a cóclea, nervo auditivo, tronco encefálico e córtex. (Hall, 1999) •Consiste em uma avaliação eletrofisiológica e objetiva . •Menos influenciados por variáveis externas. •Avalia todo o trajeto auditivo. A maturação dos PEA permite determinar se existe ou não uma relação entre a idade fisiológica e se esta mudança reflete nos PEA e no desenvolvimento das habilidades do comportamento auditivo, seja ela normal ou patológico. PEATE ➢ Exame que permite obter a atividade eletrofisiológica do sistema auditivo, mapeando as sinapses que ocorrem nas vias auditivas desde o nervo auditivo até o colículo inferior em nível de mesencéfalo. ➢ Constitui-se por uma série de sete ondas, rotuladas por algarismos romanos, representando as sinapses das vias auditivas. ➢ Na prática clínica consideramos apenas as cinco primeiras ondas. (Sousa, et al., 2010) 23 24 15/03/2020 13 Cóclea Núcleo Geniculado Medial Colículo Inferior Núcleo Olivar Superior Núcleo Coclear Porção distal do Nervo Auditivo Leminisco Lateral Porção proximal do Nervo Auditivo Córtex Auditivo Esquerdo Córtex Auditivo Direito Classificação dos Potenciais Evocados Auditivos Fonte geradora • Potenciais gerados no Nervo Coclear • (I e II) • Potenciais gerados no Tronco Encefálico • (III, IV e V) • Potenciais gerados na Via Talâmico-Cortical • (Na, Pa, Pb e Pc) • Potenciais gerados no Córtex Cerebral • (N1, P2 e P300) 25 26 15/03/2020 14 Classificação dos Potenciais Evocados Auditivos Latência • Curta latência • (até 10 ms) • Média latência • (10 a 80 ms) • Longa latência • (80 a 750 ms) Classificação dos Potenciais Evocados Auditivos De um modo simplificado: Latência: Tempo de aparecimento da onda após a estimulação auditiva. Amplitude: O valor máximo, o pico da onda formada após a estimulação auditiva. 27 28 15/03/2020 15 Latência O tempo necessário para a onda aparecer Amplitude A distância vertical entre picos Amplitude Latência 29 30 15/03/2020 16 Intensidade Os potenciais trabalham com o parâmetro função latência-intensidade Latência Intensidade Latência Componentes básicos de um equipamento: Na pesquisa dos PEA • Atividade elétrica do sistema auditivo → Sinal • Atividade elétrica de outras fontes (musculo, cérebro, eletricidade) → Ruído Componentes básicos de um equipamento: • Grupo de emissão ou estímulo • Grupo de captação, promediação e registro 31 32 15/03/2020 17 Janela Tempo de análise • Período após o início do estímulo em que haverá o registro elétrico das atividades captadas pelos eletrodos. • Tempos será medido em milissegundos (ms) Transdutor Transformar o estímulo elétrico em estímulo acústico. Tipos: Fone de inserção Fone de superfície Vibrador ósseo 33 34 15/03/2020 18 Eletrodos • No mínimo 3 eletrodos • Capta a atividade bioelétrica diretamente (+) • Capta com polaridade invertida (-) • EletrodoTerra Captar a atividade bioelétrica evocada. Posição dos eletrodos Fp1 F3 C3 P3 O1 T5 T3 F7 A1 Fp2 F4 C4 P4 O2 F8 T4 T6 A2 Fpz FZ CZ PZ M1 M2 35 36 15/03/2020 19 Posicionamento Fp1 F3 C3 P3 O1 T5 T3 F7 A1 Fp2 F4 C4 P4 O2 F8 T4 T6 A2 G FZ CZ PZ M1 M2 A: Lóbulo da orelha M: Mastóide Z: Linha média do Crânio C: plano coronal Fp: Testa Como fazer o exame? Materiais necessários: • Equipamento com Software de PEA • Computador acoplado Fone de Inserção Fone TDH-39Vibrador Ósseo 37 38 15/03/2020 20 Preparos Pasta Abrasiva Esfoliante Pasta Eletrolítica Eletrodos A quantidade será definida pelo tipo de procedimento a ser realizado. E pela quantidade de canais do equipamento Posicionamento 39 40 15/03/2020 21 Ambiente Alguns cuidados com o ambiente são essenciais: Aterramento 2 Ohms Lugar Calmo Rede elétrica exclusiva para o equipamento Temperatura amena e constante Regulador de voltagem Uso de macas ou poltronas confortáveis Cuidar dos atrativos visuais iPad – TDAH sem som 41 42 15/03/2020 22 “AVALIAR É APONTAR CAMINHOS E SOLUÇÕES” (Alvarez 2000). PEATE Fala? PEATE Fala? PEATE Click? PEATE Click? Emissões Otoacústicas? Emissões Otoacústicas? Latência Média? Latência Média? Potencial Cortical? Potencial Cortical? Avaliação eletrofisiológica Avaliação Eletrofisiológica evidencia mau funcionamento Avaliação Comportamental evidencia habilidade alterada 43 44 15/03/2020 23 Outras Nomenclaturas • Auditory Brainstem ResponseABR • Brainstem Evoked Response AudiometryBERA • Potencial Evocado Auditivo de Tronco-EncefálicoPEATE Jewett e Willinston (1971) Teste Objetivo, Análise Subjetivo Os potenciais são classificados conforme a latência: Curta latência – até 10 ms. Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE / BERA / ABR) 45 46 15/03/2020 24 Potenciais Evocados Auditivos de Curta Latência Curta Latência Média Latência Longa Latência Cóclea Núcleo Geniculado Medial Colículo Inferior Núcleo Olivar Superior 4,5 – 5,0 ms Núcleo Coclear 3,5 – 4,0 ms Porção distal do Nervo Auditivo 1,5 a 2,0 ms Leminisco Lateral 5,5 – 6,0 ms II III IV V I Porção proximal do Nervo Auditivo 2,5 a 3,0 ms Córtex Auditivo Esquerdo Córtex Auditivo Direito Möller, Jannetta, Bennett e Möller, 1981 47 48 15/03/2020 25 Fontes Geradoras Sistema Auditivo Central É desenvolvido a partir da estimulação Vias ipsi e contralaterais Tronco cerebral → Córtex 49 50 15/03/2020 26 Núcleos Cocleares (NC) Localizados na junção da ponte, medula e cerebelo - localização comum de tumores. Células arranjadas tonotopicamente (cóclea). Importante função de análise de frequência e de tempo. A maioria com projeção contralateral, mas algumas fibras permanecem ipsilateral. Iniciam a análise sensorial complexa e diminuem os sinais de ruído de fundo Complexo Olivar Superior (COS) Recebe informação dos núcleos cocleares ipsi e contralateral. Células binaurais que são sensíveis a pista de tempo e intensidade. Como o input da orelha ipsilateral chega ao COS ms antes que o input da orelha contralateral, o COS está implicado em localização e lateralização e interaçao binaural. Papel importante no arco reflexo do reflexo do músculo estapediano, atuando no reconhecimento de estímulos sonoros em presença de ruído. 51 52 15/03/2020 27 Lemnisco Lateral (LL) Composto de fibras ascendentes e descendentes. Vai do COS ao colículo inferior no mesencéfalo. Recebe projeção ipsi e contralateral, continuando a representação bilateral do estímulo auditivo. Mantém a representação interaural e binaural. Colículo Inferior (CI) Ocorre a primeira integração da audição com outro sentido. A proximidade com o colículo superior relaciona com a visão e a íntima relação destes com o cerebelo, parece ser determinante para a execução de tarefas de localização sonora e equilíbrio corporal, diante das modificações posturais decorrentes de estímulos acústicos dos mais variados. Por exemplo: alteração postural de defesa com a chegada de um veículo em alta velocidade cujo sinal sonoro (buzina) está muito próximo. Mantém atenção ao estímulo sonoro 53 54 15/03/2020 28 Corpo Geniculado Medial (CGM) e o Sistema Límbico Serve como estação talâmica de troca para transmissão de informação auditiva. É a única especificamente auditiva. Todas as áreas corticais auditivas recebem fibras do corpo geniculado medial. Transmissão ao córtex de informações relacionadas com freqüências, intensidades e binauralidades. Verificação da intensidade relativa e da duração dos sons. Córtex Auditivo • É o local da sensação e percepção auditiva. • Retêm a organização tonotópica da cóclea. • É capaz de discriminar freqüência e intensidade. • A organização tonotópica faz com que sejam percebidas faixas de freqüências definidas, fragmentos de palavras sem nexo, por exemplo, uma sopa de letrinhas. • Fissura Sylvian, plano temporal e o giro de Heschl são estruturas maiores no lado esquerdo). Córtex Auditivo Primário: 55 56 15/03/2020 29 • Os estímulos são incorporados ao nosso conhecimento prévio, as palavras são reconhecidas e têm significado. Córtex Auditivo Secundário: Córtex Auditivo • Contexto é percebido e construído a partir de todas as informações sensoriais recebidas (inclusive as não auditivas), além da evocação da memória recente e tardia e da influência do sistema límbico. • O estímulo é vivenciado. Área de Wernicke - Giro Angular Córtex Auditivo 57 58 15/03/2020 30 Primeira Observação no PEATE: As duas orelhas funcionam iguais? O BERA é um exame de sincronia neural muito mais do que de audição. As ondas são geradas pela ativação sequencial e sincrônica das fibras nervosas ao longo da via auditiva. Principais indicações da utilização do PEATE Diagnóstico de surdez infantil Checagem dos limiares psicoacústicos Diagnóstico de lesões retrococleares Pesquisa do microfonismo coclear 59 60 15/03/2020 31 Principais indicações da utilização do PEATE Diagnóstico de doença de Ménière • Tipo 1: latência da onda V da orelha afetada menor ou igual à latência da onda V da orelha contralateral (recrutamento eletrofisiológica) • Tipo 2: atraso da latência da onda V na orelha afetada sem ultrapassar os valores preconizados por Selters e Brackmann para lesão coclear • Tipo 3: atraso monobloco das latências I, III e V da orelha afetada quando comparada com a orelha contralateral Topodiagnóstico da síndrome vestibular Estadiamento do coma e diagnóstico da morte encefálica Monitoramento do tronco encefálico em cirurgia cardíaca Facilidades do PEATE (BERA) A resposta pode ser gravada utilizando-se eletrodos de superfície; As ondas são robustas e facilmente gravadas em pacientes com audição adequada e função normal do SAC; As respostas não sofrem influência do estado do paciente; portanto é um potencial que pode ser gravado com os pacientes dormindo, sedados ou em coma. 61 62 15/03/2020 32 Interpretação dos resultados Reprodutibilidade do traçado das ondas Comparação interaural dos valores das latências absolutas das ondas I, III e V Análise dos valores de intervalos interpicos I-III, I-V e III-V Amplitude das ondas: Muito variável, sem grande valor clínico. Onda V • Maior amplitude • Mais consistente • Onda limiar-dependente Avaliação Integridade Auditiva Intensidade Alta Pesquisa de Limiar Auditivo Início: Alta Intensidade Final: Fraca Intensidade 63 64 15/03/2020 33 Integridade Auditiva P.A.C., Masculino, 16 anos BERA normal Limiar Eletrofisiológico: 20dBNA normal G.S.S., Feminino, 2 anos BERA normal 65 66 15/03/2020 34 Limiar Eletrofisiológico BERA: O Esquerda: Alterado O Direita: Normal M. T. B., Fem, 33 anos BERA OE: normal OD: alterado 67 68 15/03/2020 35 Para cada idade há um valor RNPT = IG e Calculcular a Idade Corrigida Necessáriosaber se é RNPT ou RNT Resultados Iguais ao do Adulto aos 2 anos de Idade Depende de Maturação Diferenças O que podemos diagnosticar com PEATE? Condutiva Coclear Retrococlear 69 70 15/03/2020 36 Cóclea Núcleo Geniculado Medial Colículo Inferior Núcleo Olivar Superior 4,5 – 5,0 ms Núcleo Coclear 3,5 – 4,0 ms Porção distal do Nervo Auditivo 1,5 a 2,0 ms Leminisco Lateral 5,5 – 6,0 ms II III IV V I Porção proximal do Nervo Auditivo 2,5 a 3,0 ms Córtex Auditivo Esquerdo Córtex Auditivo Direito TAKEMOTO, LE. Cedido por Marcia Bongiovanni PEATE - ONDAS ONDAS ESTRUTURAS I e II Nervo Auditivo III Núcleos Cocleares IV e V Leminisco lateral superior ipsi e contralateral VI e VII Potenciais Mesencefálicos e/ou Talâmicos ( Sousa, et al. 2010) 71 72 15/03/2020 37 TIPOS DE ESTÍMULOS CLIQUE TONE BURST CE -CHIRP banda larga e Narrow bandESTÍMULO COMPLEXO E/OU DE FALA Click C lic k Trabalha com sincronia de resposta neurais O click é um som de início e fim abrupto. Portanto, diferentemente do TB, um Som de Curtíssima Duração Limitação: Investiga uma pequena faixa de frequência (2000 a 4000 Hz) Estimula a cóclea com um todo, sem a especificidade de frequência!!! Sousa et al, 2010 73 74 15/03/2020 38 C lic k Sensível e confiável A ausência ou presença de resposta pode indicar a existência de alterações estruturais e funcionais Estas alterações podem comprometer a transmissão do estímulo acústico ao longo da via auditiva. Musiek et al, 1999 C lic k Melhor qualidade de resposta Neurodiagnóstico Teste rápido Contribuição maior das frequências entre 2000 a 4000 Hz Não avalia adequadamente as frequências graves Click 75 76 15/03/2020 39 Tone Burst To n e B u rs t O som deve durar pelo menos 200ms Duração do som: período compreendido entre a ausência do som e a chegada na amplitude desejada. À medida que se reduz a duração do TB, a especificidade de frequência vai se perdendo. Sousa et al, 2010. Tone Burst Click To n e B u rs t Frequência específica entre 500 a 4000Hz Maior duração do teste Complemento para limiar 77 78 15/03/2020 40 Duração do som: período compreendido entre a ausência do som à chegada na amplitude desejada. A medida que se reduz a duração do TB a especificidade de frequência vai se perdendo – com a diminuição da duração, o estímulo fica mais parecido com o click. (Sousa et al, 2010; Sanfins, 2015) Tone Burst Click (Exame Padrão) melhor qualidade da resposta neurodiagnóstico teste rápido contribuição maior das frequências entre 2000 e 4000Hz não avalia adequadamente as frequências graves Tone Burst (Complemento) frequência específica entre 500 a 4000 Hz maior duração do teste complemento para limiar 79 80 15/03/2020 41 CE-Chirp (Elberling et al, 2007 e 2008; Stürzebecher et al, 2006) C E- C h ir p Claus Elberling (CE) e um grupo de pesquisadores vêm desenvolvendo vários estudos visando construir um modelo de chirp que compense a dispersão temporal da onda sonora na cóclea a partir de equações baseadas nas latências de registros de PEATE em humanos. Patenteado de CE-Chirp® em homenagem a Claus Elberling, este estímulo foi construído com base em modelos reais do tempo de viagem da onda sonora na cóclea humana. Produzir maior sincronia das fibras auditivas, gerando ondas de maior amplitude, mesmo em baixas intensidades. Estímulo concebido para compensar atraso da onda viajante. CE-Chirp (Elberling e Callo, 2010) C E- C h ir p O objetivo é estimular todas as regiões de frequência da cóclea de forma simultânea. Esta despolarização simultânea de todas as regiões de frequência da cóclea promete maiores amplitudes de resposta no registro do PEATE. 81 82 15/03/2020 42 Complexo / Fala C o m p le xo o u F al a Estimula uma maior área do SNAC O estímulo é mais comum, assim possibilita uma análise mais apurada sobre a fala é decodificada pelo SNAC Trabalha com pistas de tempo, duração e entonação CE -CHIRP Estímulo concebido para compensar atraso da onda viajante. Produzir maior sincronia das fibras auditivas, gerando ondas de maior amplitude, mesmo em baixas intensidades. Estimular todas as regiões de frequência da cóclea de forma simultânea. ESTIMULO COMPLEXO OU DE FALA Possibilita uma análise mais apurada sobre a fala que é decodificada pelo SNAC Estimula uma maior área do SNAC Trabalha com pistas de tempo, duração e entonação 83 84 15/03/2020 43 CASOS CLÍNICOS – INTERPRETANDO O PEATE POR VIA AÉREA, VIA ÓSSEA E FREQUÊNCIA ESPECÍFICA PEATE VA - BEBE COM 2 MESES DE IDADE 85 86 15/03/2020 44 AUDIOMETRIA COM LIMIARES NORMAIS Medidas de Imitânica Acústica: Curva tipo A bilateral e presença de reflexos ipsi e contralaterais normais bilateralmente PEATE POR VIA AÉREA 87 88 15/03/2020 45 PEATE VIA AÉREA SUGERINDO ALTERAÇÃO EM ORELHA MÉDIA PACIENTE ADULTO COM D.A. UNILATERAL Medidas de Imitânica Acústica: Curva tipo As bilateral e ausência de reflexos ipsi e contralaterais ausentes bilateralmente. 89 90 15/03/2020 46 PEATE VIA AÉREA - AUSÊNCIA DE RESPOSTA NEURAL Medidas de Imitânica Acústica: Curva tipo A bilateral e reflexos ipsi e contralaterais parcialmente presentes bilateralmente. 91 92 15/03/2020 47 QUAL O POSSÍVEL RESULTADO DO PEATE ????? 93 94 15/03/2020 48 BEBE COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA - 2 MESES DE IDADE 95 96 15/03/2020 49 PEATE POR VIA ÓSSEA NORMAL 97 98 15/03/2020 50 PEATE POR VIA ÓSSEA ALTERADO Condutivo Lentifica o traçado, atrasando todas as ondas (aumenta as latências absolutas e mantêm os interpicos). Limiar eletrofisiológico aumentado 99 100 15/03/2020 51 Coclear Latências absolutas e interpico sempre normais. Não altera as latências (absolutas e interpicos) Relação sistemática entre o limiar eletrofisiológico e psicoacústico Recrutamento: diminuição rápida na amplitude das ondas I e III presentes próximo ao limiar Coclear Pode talvez não visualizar a onda I, porém a onda V tem que registrar perto do limiar Coclear bilateral – latências absolutas semelhantes Latência absoluta da onda V dentro dos valores normais (Selters e Brackmann, 1977) 101 102 15/03/2020 52 Coclear • Ondas I, III: ausentes Onda V: presente • Latência absoluta da onda V: aumentada • Intervalos interpicos I-V: normal Perda auditiva coclear Nervo Auditivo e Via Auditiva do Tronco Encefálico: Integridade funcional Caso I.M. – 4 anos e 06 meses 103 104 15/03/2020 53 EOA-T e EOA-PD 105 106 15/03/2020 54 PEATE/BERA Retrococlear Aumento da latência interpico I-V; Latência e morfologia instáveis dos potenciais = falta reprodutividade, sincronismo (cuidado ruído de fundo) Presença somente da onda I (neurinoma); Ausência de potenciais com limiar psicoacústico melhor que 60dBNA (neuropatia/cuidado DA profunda) 107 108 15/03/2020 55 Retrococlear Diferença interaural de I-V ou V maior que 0,3 ms (lado aumentado patologia retro) tronco baixo= aumento latência interpico I-III tronco alto= aumento latência interpico III-V dois seguimentos aumentados: I-III e III- V comprometimento difuso, processo degenerativo CUIDADO: V atrasada sem a onda I, pode ser retro, condutiva ou DA a partir de 2Khz Caso J.S.Y. J. 37 anos, feminino. A paciente queixou-se de tonturas fugazes não rotatórias e tinnitus na orelha direita que se iniciaram há cerca de 02 anos, refere também plenitude auricular, mas negou perda auditiva. A avaliação audiológica convencional nos mostrou PANS discreta à direita com IPRF compatível, porém ausência de reflexos estapedianos. O exame vestibular apontou disfunção vestibular periférica deficitária à direita. O PEATE mostrou somente a presença de onda I com latências absolutas aumentadas 109 110 15/03/2020 56 Caso J.S.Y. EOA-T e EOA-PD 111 112 15/03/2020 57 Ressonância Magnética mostrou Schwannoma Vestibular à direita. 113114 15/03/2020 58 Caso VO à Orelha Esquerda Agenesia de conduto auditivo externo 115 116 15/03/2020 59 Caso VO à Orelha Esquerda Agenesia de conduto auditivo externo Sugestivo de acuidade auditiva normal para a faixa de frequência dos clicks 2 a 4 KHz) Caso VO à Orelha Esquerda Agenesia de conduto auditivo externo 117 118 15/03/2020 60 Caso clínico I.H.Y., 23 anos, Masculino Caso Clínico • Sexo masculino, 23 anos procurou ORL com queixa de dificuldade para ouvir há 05 anos, desencadeada após trauma cranioencefálico, quando foi hospitalizado durante 01 semana • Refere que, após o trauma, surgiu dificuldade rapidamente progressiva para compreender a fala. Nega queixas OTN • Realizou ATL, testes de fala e imitanciometria que mostraram: Perda Auditiva Neurossensorial de Configuração Ascendente, baixo IPRF, timpanometria tipo A e reflexos acústicos estapedianos alterados. 119 120 15/03/2020 61 Caso Clínico • Qual a hipótese para o diagnóstico topográfico da alteração? a) Orelha externa e média b) Orelha interna c) Nervo coclear e tronco encefálico d) Sistema límbico e córtex auditivo • Quais os melhores testes para confirmar a hipótese inicial? a) EOAs e BERA/PEATE b) Potenciais de latência média (PEAML) c) Potenciais de latência longa (P300) d) Testes comportamentais para avaliação do processamento auditivo 121 122 15/03/2020 62 Caso Clínico EOA-T • Conduta do caso clínico • O paciente foi submetido à pesquisa das EOAs e BERA/PEATE, que revelaram: Caso Clínico EOA-PD 123 124 15/03/2020 63 Caso Clínico BERA/PEATE Caso Clínico PEAML 125 126 15/03/2020 64 Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável Resposta Auditiva de Estado Estável (RAEE) Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável (PEAEE) Permite a avaliação dos níveis mínimos de resposta da criança fazendo o uso da amplificação. (Bucuvic e Iório, 2012) 127 128 15/03/2020 65 Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável Promessa de solucionar as limitações do PEATE Click e Tone Burst 4 frequências apresentadas ao mesmo tempo Estímulos específicos e apresentados simultaneamente Intensidades mais fortes Avaliar a audição residual em casos de perdas auditivas profundas (Lins e Picton, 1995; Rance e Rickards, 2002) Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável (Silva et al, 2013) 129 130 15/03/2020 66 Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável (Rodrigues et al, 2009) Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável (Yoshinaga et al, 2001; JCIH, 2007) Boa correlação com os limiares auditivos comportamentais para a população da Triagem Auditiva Neonatal (TAN) AASI / IC Precocemente 131 132 15/03/2020 67 Diferença entre PEATE-Click e PEAEE Estado Estável Estímulo em ritmo rápido. Velocidade de estimulação não permite que o SNAC volte à condição inicial, e este estímulo específico evocam ciclos de respostas que se sobrepõem à resposta do próximo estimulo e o SNAC continua a responder. Click Estímulo em ritmo rápido. A resposta é transiente, assim a resposta a um estímulo cessa e não recomeça até a apresentação do próximo estímulo. 133 134
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