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Profª. Dra. Maria Tereza Artero Prado Dantas Fisioterapeuta mariatereza@unoeste.br Doutora em Ciências da Saúde pela FMABC – Santo André/SP Pós-doutoranda em Educação Física e Saúde, na EACH da USP – São Paulo/SP Fisioterapia Preventiva nas Degenerações Osteoarticulares na fase adulta e no idoso Inflamação e/ou Degeneração + Dor + Disfunção Deliberato, PCP. Fisioterapia preventiva: fundamentos e aplicações. 2.ed. Barueri, SP: Manole, 2017. • Deformidades; • Incapacidade funcional; • Períodos ativos intercalados com remissivos; • Fadiga precoce; • Distúrbios respiratórios; • Dor. Principais características Deliberato, PCP. Fisioterapia preventiva: fundamentos e aplicações. 2.ed. Barueri, SP: Manole, 2017. • Difícil; • Maioria causa desconhecida. Prevenção Primária Deliberato, PCP. Fisioterapia preventiva: fundamentos e aplicações. 2.ed. Barueri, SP: Manole, 2017. Como fazer? - Exercícios (força, ADM e Postura); - Hábitos saudáveis; • Órteses e auxiliares de marcha. • Diminuição do peso. • Adequação do espaço físico. • Períodos de repouso durante o dia; • Manutenção da ADM, força muscular da postura. • Posicionamento adequado, evitando imobilizações em posições desfavoráveis. Prevenção Secundária ↓ sobrecarga e o movimento, estabilizar e ↑ a capacidade funcional Deliberato, PCP. Fisioterapia preventiva: fundamentos e aplicações. 2.ed. Barueri, SP: Manole, 2017. • Exercícios - restaurar, preservar e/ou aumentar ADM; • Termoterapia - aliviar a dor e rigidez articular; • Treinamento funcional - conservar energia nos melhores níveis funcionais. Prevenção Terciária Deliberato, PCP. Fisioterapia preventiva: fundamentos e aplicações. 2.ed. Barueri, SP: Manole, 2017. Doença metabólica do osso; Redução paralela no mineral ósseo e na matriz óssea de modo que o osso diminui em quantidade, mas continua apresentando uma composição normal. Diminui resistência do osso e eleva o risco de fratura. Cecil – 22ª ed. Osteoporose = perda de massa óssea, conectividade e integridade estrutural, resultando em fragilidade esquelética e aumento do risco de fratura. • W. Wongtrakul, N. Charoenngam,P. Ungprasert. The association between irritable bowel syndrome and osteoporosis: a systematic review and meta- analysis. Osteoporosis Int. 2020 Feb 1. doi: 10.1007/s00198-020-05318-y. • Akkawi I, Zmerly H (2018) Osteoporosis: current concepts. Joints. 6(02):122–127. OSTEOPOROSE Definição OSTEOPOROSE • Afetará em torno de 200 milhões de pessoas no mundo. • Atinge cerca de 10 milhões de brasileiros (Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo – ABRASSO, 2021). • Sistema de saúde não consegue prover a prestação de cuidados. • Incidência global de fraturas de quadril é de 2,7 milhões da população com 50 anos ou mais, metade da qual pode ser atribuída à osteoporose. Distúrbio esquelético de baixa densidade óssea e arquitetura óssea interrompida que leva a fraturas • Comum nas mulheres na pós-menopausa; • Quase metade das mulheres caucasianas com 50 anos ou mais, sofrerão uma fratura relacionada à osteoporose. Maioria das mulheres atinge o pico de densidade óssea entre os 18 e os 25 anos. • Após pico o osso continua a ser remodelado ao longo da vida, respondendo a novas tensões e substituir o osso mais velho e enfraquecido. • Após a menopausa, a taxa de remodelação óssea aumenta, o que acelera a perda óssea. MUDANÇA NA MASSA ÓSSEA AO LONGO DA VIDA a- pico de massa óssea b- perda óssea na menopausa Homens Mulheres Deliberato, PCP. Fisioterapia preventiva: fundamentos e aplicações. 2.ed. Barueri, SP: Manole, 2017. Manutenção da massa óssea é regulada por estímulos: - Bioquímicos (os fatores de crescimento e hormônios); - Mecânicos. Osso se adapta às solicitações mecânicas produzidas pelo peso do indivíduo e pelas atividades físicas que causam deformação de todo o esqueleto (efeito piezoelétrico). • Imobilização prolongada e diminuição da gravidade provocam redução da massa óssea; • Impacto sobre o tecido ósseo, provocado pela prática de exercícios físicos, aumenta a massa óssea. Gusmão CVB, Belangero WD.COMO A CÉLULA ÓSSEA RECONHECE O ESTÍMULO MECÂNICO? Rev Bras Ortop. 2009; 44 (4) : 299-305 AÇÃO DO EXERCÍCIO NA ESTRUTURA E REMODELAÇÃO ÓSSEA Cadore EL, Brentano MA, Kruel LFM. Efeitos da atividade física na densidade mineral óssea e na remodelação do tecido ósseo. Rev Bras Med Esporte. Vol. 11, Nº 6 – Nov/Dez, 2005 Atividade física de maior sobrecarga decorrente do peso corporal e treinamento de força Estímulos osteogênicos, devido ao aumento do estresse mecânico nos ossos causa Fatores que afetam o pico de massa óssea: - sexo - raça - fatores genéticos - esteróides gonadais - puberdade - hormônio do crescimento (GH) - momento da puberdade (retardo da puberdade) - ingestão de cálcio - atividade física durante o desenvolvimento - sexo - idade - raça - história familiar - tabagismo - exposição ao estrógeno durante a vida - medicamentos - alcoolismo crônico - baixo peso corporal e estatura - dieta pobre em cálcio - sedentarismo - determinantes genéticos - doenças - baixa exposição solar Fatores de risco Manual Brasileiro de Osteoporose CLASSIFICAÇÃO - PRIMÁRIA Tipo I - primeiros 10 anos após a menopausa e é consequente à deficiência de estrogênio. A perda óssea é mais acelerada e predomina sobre o osso trabecular. *atividade osteoclástica – reabsorção óssea aumenta Tipo II- SENIL - ocorre após 65 anos de idade, afetando a população idosa de homens e mulheres na proporção de 1:3, e se traduz por uma perda mais lenta de osso trabecular e cortical. *atividade osteoblástica está diminuída CLASSIFICAÇÃO - SECUNDÁRIA • Doenças Endócrinas • Doenças Gastroentestinais • Distúrbios da Medula Óssea • Doenças de Tecido Conjuntivo • Drogas (álcool, glicocorticóides, anticonvulsivante) • Causas Diversas – imobilização, artrite reumatóide Fraturas osteoporóticas Perda de altura (considera-se mais de 2 cm) Importância da alimentação adequada e hábitos saudáveis - Vitamina D. - Cálcio e outros minerais. MANUAL BRASILEIRO DE OSTEOPOROSE: ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PARA OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 2021 TRATAMENTO • Farmacológico Suplementação (Vit. D e Cálcio); Reposição Hormonal; Drogas anti-reabsortivas; • Não- Farmacológico Exercícios; PREVENÇÃO PRIMÁRIA o Eliminação das causas (check-ups periódicos a partir dos 40 anos - verificação dos níveis hormonais). o Campanhas educativas de incentivo à prática de atividades físicas na infância e na adolescência. o Programas de esportes aplicados às crianças e aos adolescentes. o Criação, desenvolvimento e manutenção de áreas públicas para a prática de esportes e atividades físicas. o Campanhas educativas de conscientização nutricional. o Programa de exercícios isotônicos (descarga de forças sobre os ossos), promovendo a integridade constitucional. o Exercícios respiratórios. o Programas de conscientização postural. Deliberato, PCP. Fisioterapia preventiva: fundamentos e aplicações. 2.ed. Barueri, SP: Manole, 2017. PREVENÇÃO SECUNDÁRIA o Exercícios respiratórios e de expansão costal (prevenir as complicações respiratórias). o Programa de exercícios posturais. o Programa de exercícios isotônicos em padrão extensor (não acentuam as posturas inadequadas) e/ou exercícios isométricos (evitam a ação graduada das alavancas sobre os ossos). o Hidroterapia (diminuição dos riscos de lesão do sistema ósseo). o Exercício diminui a perda de massa óssea e propicia o estímulo essencial ao processo de remodelamento. o Acompanhamento nutricional. o Exames periódicos para verificação da densidade óssea (densitometria). Deliberato, PCP. Fisioterapia preventiva: fundamentos e aplicações. 2.ed. Barueri, SP: Manole, 2017. PREVENÇÃO TERCIÁRIA o Exercícios com resistência manual gradual, se a condição óssea do paciente for desfavorável, indicação de auxiliares paraa marcha. o Fisioterapia respiratória visando à eliminação ou à minimização das complicações respiratórias. o Programa de exercícios de reequilíbrio muscular para o tronco ou técnicas específicas de reeducação postural. o Prevenção contra outros efeitos prejudiciais da imobilidade. Deliberato, PCP. Fisioterapia preventiva: fundamentos e aplicações. 2.ed. Barueri, SP: Manole, 2017. Efeito piezoelétrico estimulam os osteócitos, via osteoblastos, a promoverem a formação de osso Exercício físico com resistência e impacto Mais eficazes para o ganho de massa óssea e melhoram a resposta neuromuscular CUIDADO!!!!! Na prevenção é diferente de quem já tem Osteoporose Também podem ser utilizados: • Exercícios de equilíbrio e coordenação; • Exercícios Posturais; • Hidroterapia. Cuidados antes de iniciar (principalmente para quem já tem Osteoporose): Aprovação médica – após avaliação clínica e exames para análise da massa óssea. Avaliação física e anamnese (verificar medicamentos e doenças concomitantes) Respeitar condições e limites Começar de forma lenta - aumento progressivo Grau de esforço - frequencímetro Cochrane Database of Systematic Reviews 2013, Issue 1. Art. No.: CD008618. DOI: 10.1002/14651858.CD008618.pub2 Número do slide 1 Artropatias Número do slide 3 Número do slide 4 Número do slide 5 Número do slide 6 Número do slide 7 Osteoporose Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 MUDANÇA NA MASSA ÓSSEA AO LONGO DA VIDA�a- pico de massa óssea b- perda óssea na menopausa�� Número do slide 15 Número do slide 16 Número do slide 17 Número do slide 18 Número do slide 19 Número do slide 20 Número do slide 21 Número do slide 22 Número do slide 23 Fraturas osteoporóticas Perda de altura (considera-se mais de 2 cm) Número do slide 26 Número do slide 27 Número do slide 28 Número do slide 29 Número do slide 30 Número do slide 31 Número do slide 32 Número do slide 33 Número do slide 34 Número do slide 35 Número do slide 36 Número do slide 37 Número do slide 38