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RESUMO DO TEXTO "AMEAÇAS À PROTEÇÃO DO TRABALHO O CASO DA SEGURANÇA EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS"

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Universidade Católica de Petrópolis - UCP/IPETEC 
Disciplina: Prevenção e Controle de Risco em Máquinas, Equipamentos e 
Instalações 
Professor: XXXX 
Aluna: Yasmim Monteiro Cordeiro 
Data: 17/10/2021 
 
RESUMO DO TEXTO “AMEAÇAS À PROTEÇÃO DO TRABALHO: O CASO 
DA SEGURANÇA EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS” 
 
VILELA, R. A. G. et al. Ameaças à proteção do trabalho: o caso da segurança 
em máquinas e equipamentos. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 
[S.l.], v. 40, n. 132, p. 113-117, dez. 2015. 
 
 
Este artigo versa sobre as ameaças à proteção do trabalho, com 
enfoque na segurança em máquinas e equipamentos, apresentando os 
principais tópicos: o poder regulamentador do Ministério do Trabalho; linha de 
corte temporal - validade apenas para máquinas e equipamentos fabricados a 
partir da vigência da Norma; critérios diferenciados para empresas de pequeno 
porto; a desnecessidade da norma atrelada à segurança na dependência do 
treinamento, cuidado e atenção dos operadores; e considerações finais. 
O direito à proteção dos trabalhadores, tais como os expostos a riscos 
no emprego de máquinas e equipamentos, assegurado pela Norma 
Regulamentadora 12 (NR-12), vem sendo ameaçado, tendo em vista que 
diversos indícios do contexto político e econômico brasileiro mostra que uma 
onda conservadora está em movimento. Além do mais, buscam a suspensão 
do anexo 3 da NR-15 sobre céu aberto, dentre outras inciativas favoráveis à 
terceirização, sendo inevitáveis as consequências à saúde dos trabalhadores, 
bem como às relações de trabalho. Posto isto, a unificação das centrais 
sindicais faz-se necessária para defender, especialmente, a NR-12. Em relação 
a esta desproteção, duas iniciativas parlamentares de similar conteúdo, 
propõem o fim desta NR. Dessa maneira, a segurança em máquinas e 
equipamentos encontra-se sob ameaça política. 
Em contrapartida, alguns posicionamentos foram manifestados diante 
desta desproteção, como da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça 
do Trabalho (ANAMATRA) e do Ministério Público do Trabalho (MPT), ambos 
apresentam uma justificativa que preconiza a não supressão desta NR, 
destacando-se que esta constitui um marco fundamental na garantia do direito 
dos trabalhadores, ferindo, ainda, a Constituição Federal, na qual assegura um 
ambiente de trabalho seguro e saudável aos trabalhadores. 
Retornando às iniciativas de supressão, vale ressaltar que 
desconsideraram os elevados custos aos trabalhadores vítimas de acidentes e 
às suas famílias, bem como os elevados custos financeiros e sociais cobertos 
pela Previdência Social e pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Como principais 
argumentos defendidos a favor desta supressão, pelos empresários e 
parlamentares, têm-se: 
 O excessivo poder regulamentador do Ministério do Trabalho; 
 Linha de corte temporal para aplicação da norma; 
 Diferentes obrigações entre fabricantes de máquinas e usuários 
empregadores; 
 Falta de critérios diferenciados para empresas de pequeno porte; 
 Desnecessidade da norma para prevenção de acidentes. 
Tais pontos ressaltados só demonstram que a desqualificação da NR-12 
está encobrindo a principal razão para tal: desobrigação da responsabilidade e 
dos custos necessários à prevenção, por parte dos empregadores; sendo o 
argumento fundamentado, ainda, em falsas premissas. 
Declarou-se que, na nova NR-12, a extrapolação do MTE, no que tange 
ao seu limite regulamentador. Este argumento apresentado se funda nos 
pontos a seguir: 
 Comparação do Brasil com outros países, apresentando um raciocínio 
de que o país deveria adotar os piores padrões que seriam tidos como 
aceitáveis, uma vez que consideram que este não poderia disfrutar de 
uma proteção superior como acontece em outros países. Este 
raciocínio, no entanto, trata-se de um paradoxo. 
 Transferência do poder regulamentador do Ministério do Trabalho para 
o parlamento, na qual fere a legislação vigente, uma vez que contraria a 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
Em relação à linha de corte temporal - validade somente para máquinas 
e equipamentos a partir da vigência da Norma, os defensores da supressão da 
NR-12 alegam que os requisitos de segurança da norma deveriam ser 
aplicáveis, de forma seletiva, valendo apenas para máquinas fabricadas depois 
da data de vigência da norma. Todavia, esse argumento afronta o Princípio de 
Igualdade de Direitos ratificado na Constituição, uma vez que, com esta 
alegação imposta pelos defensores visando à seletividade, situações desiguais 
e injustas seriam criadas pela existência de duas categorias de trabalhadores: 
os que operam em máquinas novas protegidas e os que operam em máquinas 
velhas, obsoletas e desprotegidas, sendo esta última categoria tida como a 
grande maioria. 
Quanto às obrigações diferentes entre os fabricantes das máquinas e 
equipamentos e os usuários empregadores, na perspectiva patronal, os 
empresários proprietários dos equipamentos não poderiam ser 
responsabilizados, exclusivamente, em caso de acidente. No entanto, tal 
argumento não leva em consideração o que fora prescrito na Convenção 119 
da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata da obrigação de os 
usuários seguirem os quesitos de segurança, bem como possuírem 
responsabilidade de utilização. Além disso, a diferenciação das obrigações é 
contemplada na nova redação da NR, porém, não isentam os empregadores 
usuários dos equipamentos de sua obrigação de seguir esses quesitos. 
No tocante aos critérios diferenciados para empresas de pequeno porte, 
o argumento apresentado pelos apoiadores da supressão foi desconsiderado, 
tendo em vista que a nova redação da NR se tornou menos rígida para este 
segmento empresarial. 
Com relação à desnecessidade da norma: a segurança na dependência 
do treinamento, cuidado, e atenção dos operadores, os representantes das 
empresas buscam se eximir da responsabilidade em caso de acidentes, 
atribuindo-os ao chamado “ato inseguro”. Entretanto, esse argumento contraria 
os princípios básicos de segurança, que deve associar medidas ativas, tais 
como a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), e passivas. 
Tem-se que os representantes apenas privilegiam o sistema de gestão 
comportamento (medidas ativas), sendo que ambas (medida ativa e passiva) 
são fundamentais para garantir a segurança de uma máquina perigosa, por 
exemplo. Logo, pode-se inferir que estes objetivam transferir a culpa dos 
acidentes para as vítimas. 
Nas considerações finais, é destacado: o retrocesso, operado pelos 
representantes do empresariado; o desrespeito pelos princípios fundamentais 
da preservação da vida e do direito à saúde previstos na Carta Constitucional 
vigente, e um questionamento se a responsabilidade social propalada se 
resume apenas a seu discurso.