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Síndromes Colestáticas 1. Atresias de vias biliares: • Obstrução da via biliar. • Indicação mais comum de transplante hepático nas crianças. • Forma sindrômica (tipo embrionário) associação com outras anormalidade congênita; ocorre por agressão na diferenciação do divertículo hepático e quando há DMG. • Forma não sindrômica agressão viral ou tóxica ao epitélio do ducto biliar. • Tipo IIa (atresia apenas do ducto hepático comum) é o único corrigível. • Fígado aumentado, VB pequena, sinais de colestase e inflamação. • Icterícia que persiste além de 2 semanas, acolia fecal, colúria, má absorção de vitaminas lipossolúveis. • Diagnóstico: aumento de Bb direta + USG de abdome. • Obs.: Biópsia hepática é o mais confiável. • Poliesplenia associada é patognomônico. • Tratamento vitamina K, ATB, cirurgia de Kasai, corticóide, ursacol, vitaminas lipossolúveis, TAG de cadeia média. • Complicações: colangite (reconstrução de Y de Roux), HP, raquitismo, síndrome hepatopulmonar, malignidade hepática. • Resultado satisfatória depende de: idade, fatores técnicos, grau de doença parenquimatosa no diagnóstico. 2. Cisto de colédoco: • Dilatação em qualquer porção do trato biliar. • Congênita ou adquirida (canal pancreático biliar comum longo). • Classificação de Todani: - Tipo I a dilatação cística do DC (massa abdominal). - Tipo I b dilatação fusiforme do DC (dor abdominal). • Clínica: dor abdominal, vômito, febre, icterícia, alteração da cor das fezes, massa abdominal. • Pancreatite é a complicação mais comum. • Diagnóstico: USG (método inicial de escolha), CPRE (diferenciação excelente do cisto, porém é invasiva) ou Colangiorressonância (muito precisa). • Tratamento: retirado do cisto e anastomose bílio-digestiva. • Complicações da cirurgia sangramento, fístula da anastomose, fístula pancreática, obstrução intestinal, colangite, estenose da anastomose. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Defeitos diafragmáticos 3. Hérnia Diafragmática Congênita (Bochdalek): • Defeito póstero-lateral do diafragma. • Pulmão hipoplásico. • Hipertensão pulmonar. • Hipóxia tecidual. • 80% dos casos ocorrem a esquerda. • Mais comum no sexo masculino. • Diagnóstico USG pré-natal. • Clínica abdome escavado, tórax assimétrico, ausculta de RHA no tórax e desconforto respiratório. • Confirmação RX de tórax. • NÃO realizar VPP em crianças com HDC; em caso de desconforto respiratório, realizar IOT. • Tratamento cirúrgico acesso abdominal, redução do conteúdo herniado, apendicectomia terapêutica, pontos inabsorvíveis e uso de tela. • NÃO é uma emergência cirúrgica pode aguardar até a estabilidade clínica do paciente. • Drenagem torácica não está indicada, uma vez que o pulmão é hipoplásico. • Fatores de pior prognóstico HDC precoce, polidrâmnio, prematuridade, peso menor de 2 kg, Apgar < 5 no 5º minuto, VPP, PCO2 > 60 mmHg, malformações associadas, defeitos diafragmáticos grandes. 4. Hérnia Diafragmática de Morgani: • Defeito anterior do diafragma (fracasso na fusão dos porções crural e esternal do diafragma). • Herniação de omento, ID e cólon. • Associação com síndrome de Down. • Clinica Maioria são assintomáticos; Pode haver: desconforto epigástrico, vômito, tosse, isquemia intestinal, necrose, perfuração, volvo gástrico, herniação para pericárdio (tamponamento cardíaco). • Diagnóstico RX de tórax AP e P. • Tratamento cirúrgico redução do conteúdo herniado, aproximação do diafragma. 5. Eventração Diafragmática: • Elevação anormal do diafragma. • Movimento paradoxal durante a respiração. • Congênita desenvolvimento incompleto do diafragma, pulmão hipoplásico; é mais comum a esquerda. • Adquirida tumores do mediastino, cirurgia cardíaca congênita. • Clínica dificuldade respiratória, taquipneia, infecção respiratória de repetição, chiado no peito, incoordenação sucção-respiração. • Diagnóstico RX de tórax, fluoroscopia e USG. • Tratamento suporte respiratório e plicatura diafragmática. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Defeitos congênitos da parede abdominal 6. Gastrosquise: • Herniação apenas do intestino. • Sem saco. • Incomum ter anomalias associadas. • Defeito à direita do umbigo. • Cirurgia de URGÊNCIA (pois tem sofrimento intestinal). • Falha do mesoderma para se formar na parede abdominal. • Relação com: tabaco, baixa idade materna, baixo nível socioeconômico. • USG 20º semana alças intestinais flutuando no líquido amniótico e defeito na parede abdominal a direita do cordão umbilical. • Tratamento embrulhar o RN em plástico, acesso IV, reposição volêmica, cirurgia para retornar as vísceras para a cavidade abdominal, fechamento primário ou fechamento estagiado com SILO. • Jejum, SOG e dieta parenteral no pós-cirúrgico. • Risco de hipertensão abdominal. • É sugestivo de hipertensão abdominal edema, empastamento de MMII, oligúria e dificuldade respiratória. • Prognóstico depende da condição do intestino. 7. Onfalocele: • Herniação de intestino e fígado. • Com saco. • Comum ter anomalias associadas. • Defeito no umbigo. • Cirurgia NÃO é URGÊNTE. • Falha das vísceras em retornarem à cavidade abdominal. • Rastrear anomalias associadas com ECO e USG abdominal. • Tratamento cobertura impermeável e SOG. • Fechamento depende: do tamanho do defeito, da IG e de anomalias. • < 1,5 cm reparo logo ao nascimento. • Grande fechamento primário ou estagiado e escarificação (epitelização ao longo do tempo). • Indicação de epitelização saco intacto, defeitos grandes e anomalias associadas. • Prognóstico depende de anomalias associadas. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C
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