Buscar

Abdome agudo obstrutivo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Julia S Crescencio/P5/TUT 2 UC 14 
 
Abdome agudo obstrutivo 
1. Conceituar e classificar o abdome agudo obstrutivo ok 
2. Compreender a sua etiopatogenia (bridas, tumores e hérnias) ok 
3. Caracterizar seu quadro clínico ok 
4. Entender seu diagnóstico e tratamento ok 
5. Conhecer os tipos de ostomias e suas finalidades ok 
6. Revisar o estadiamento do CCR ok 
CONCEITO 
Abdome agudo causado por obstrução INTESTINAL. Pode ser 
súbito, repetitivo ou insidioso. 
 
CLASSIFICAÇÕES 
FUNCIONAL OU MECÂNICA 
Causas funcionais (obstrução reflexa); íleo paralítico 
→ Inflamação, secreção gástrica, pós-cirúrgico, 
distúrbios hidroeletrolíticos (principalmente 
hipopotassemia em pacientes de UTI) 
→ Não há barreira física, e sim um distúrbio da força 
propulsora da musculatura 
→ Há silêncio abdominal porque o peristaltismo estará 
ausente ou ineficiente 
→ Radiografia com gás na ampola retal e sem causa 
obstrutiva 
Causas mecânicas (obstrução mecânica): 
→ Barreira física 
→ Manutenção do peristaltismo gera ruídos fortes e 
metálicos 
Principais causas: 
 Obstrução do delgado: bridas (cirurgias previas) 
 Obstrução do colón: tumores 
 Intussuscepção- intestino entra dentro dele mesmo 
(crianças) 
 Hérnias (externas ou internas) 
 Bolo de áscaris 
 Doença de Cronh 
 Corpo estranho 
 Cálculo biliar – o duodeno adere na vesícula e expulsa 
o cálculo, que obstrui o intestino 
 Volvo de sigmoide: torção (megacólon) 
 Plastrão de inflamações 
ALTA OU BAIXA 
 
Alta: acima da válvula ileocecal 
→ Vômitos precoces 
→ Parada da eliminação de gases e fezes tardia 
→ Distensão abdominal menor 
→ Perda de ácido clorídrico (pode ter alcalose) 
Baixa; abaixo da válvula ileocecal 
→ Primeiro tem a parada de gases e fezes 
→ Vômitos tardiamente, podendo ser fecaloides 
→ Perda de bicarbonato (pode ter acidose) 
SIMPLES OU COMPLICADA 
Simples: sem peritonite – tratamento inicialmente clínico 
Complicada (com estrangulamento): peritonite (DB+) – isquemia 
da alça – laparotomia exploradora! 
→ Dor contínua, não mais em cólica 
→ Febre, taquicardia, sudorese, taquipneia, leucocitose 
com desvio à esquerda – sinais de sepse 
COMPLETA OU PARCIAL 
Completa: não passa nem gás. 
→ Estabilização + hidratação + SNG + cirurgia! 
Parcial: suboclusão Ex.: câncer 
Julia S Crescencio/P5/TUT 2 UC 14 
 
→ Mudança das fezes > fezes em fita > dificuldade para 
evacuar > passa um pouco de gás > distende 
parcialmente >>> obstrução completa total 
→ Hidratação + SNG 
OBSTRUÇÃO EM ALÇA FECHADA 
→ O mesmo segmento intestinal está obstruído em dois 
pontos. Ex.: tumor obstrutivo do sigmoide com válvula 
ileocecal competente, volvo do delgado e volvo do 
sigmoide 
Emergência! - cirurgia 
Válvula ileocecal competente: não deixa as fezes voltarem para 
o intestino delgado – ponto de obstrução 
Obs.: Algumas pessoas têm a válvula incompetente, o que gera a 
volta das fezes para o delgado e causa o vômito fecaloide. 
Ao não deixar retornar, o cólon vai crescendo até estourar. A 
parte que rompe primeiro. Congestão venosa > aumento da 
pressão > congestão arterial > ruptura da musculatura 
Radiografia: ceco > 10cm 
Volvo de sigmoide: torção do sigmoide 
→ Geralmente em pacientes com megacólon 
 
Radiografia com imagem em grão de café 
 
Se tiver peritonite = cirurgia 
Se não tiver peritonite = tenta desfazer o volvo com a manobra 
de Bruusgaard na retossigmoidoscopia ou colonoscopia 
ETIOPATOGENIA 
Obstrução da luz > líquido aprisionado > parada da eliminação 
de gases e fezes > líquido volta > vômito 
CLÍNICA 
Obstrução do delgado 
→ Proximal: vômitos biliosos frequentes e precoces 
(geram desidratação); desconforto epigástrico; 
pouca distensão abdominal 
→ Médio e distal: dor em cólica, intensa, com melhora e 
piora; pode haver vômitos fecaloides um pouco mais 
tardios; quanto mais baixa a obstrução, maior a 
distensão; ruídos aumentados com som metálico no 
início 
Obstrução do cólon e reto 
→ Parada da eliminação de fezes e gases 
precocemente 
→ Cólica intensa e distensão abdominal precoce 
→ Náuseas e vômitos fecaloides podem aparecer 
tardiamente 
→ Aparecimento abrupto sugere volvo ou 
intussuscepção 
→ Quadros crônicos com histórico de cálculos, 
fezes afiladas (‘’em fita’’) e sensação de 
Julia S Crescencio/P5/TUT 2 UC 14 
 
esvaziamento completo sugerem sequelas da 
doença diverticular ou carcinomas 
Outros: 
 Hipertimpanismo na ausculta 
 Ruídos metálicos aumentados no início, no quadro 
tardio os ruídos estão diminuídos e até ausentes 
 Toque retal; obrigatório para procurar tumores ou 
fecaloma 
 Diarreia paradoxal: no início do quadro; a onda 
peristáltica intensa não consegue vencer a obstrução 
mas segue pela parede, conseguindo eliminar as fezes 
do segmento distal 
DIAGNÓSTICO 
Clínico: sinais clínicos já citados 
EXAME DE IMAGEM 
RADIOGRAFIA 
Rotina: tórax em PA; abdome AP e decúbito dorsal 
Obstrução do duodeno 
→ Em pé: níveis hidroaéreos escalonados (líquido-gás em 
alturas diferentes) 
→ Deitado: ‘’empilhamento de moedas’’ 
→ Edema da parede da alça – bem esbranquiçada 
 
Obstrução do cólon 
→ Haustrações são parciais 
TRATAMENTO 
• Peritonite ou sinal de alça fechada = cirurgia 
• Se tem chance de ser brida = tenta tratamento clínico 
- Sonda nasogástrica e hidratação 
- Analgesia, controle de diurese, controla os distúrbios 
hidroeletrolíticos, sintomáticos 
- Se tiver fecaloma – esvazia (clister) 
• Intussuscepção – tenta reverter com enema opaco 
• Volvo do sigmoide – tenta reverter com manobra 
OSTOMIA 
Também chamada de: ostoma, estoma ou estomia 
→ ‘’Osto’’ (boca) + ‘’tomia (abertura) 
→ Cirurgia realizada para construir um caminho 
alternativo de comunicação com o meio exterior para 
eliminar fezes ou urina, assim como auxiliar na 
respiração ou na alimentação 
→ Cria-se um orifício na parede abdominal ou da 
traqueia, de maneira definitiva ou provisória 
TIPOS 
Respiratórias 
→ Traqueostomia: abertura na traqueia definitiva 
(laringectomia total) ou temporária (para intubação 
orotraqueal) 
Alimentares 
→ Gastrostomia: comunicação do estômago com o meio 
exterior p/ alimentação 
→ Jejunostomia: comunicação do jejuno 
Intestinais 
→ Colostomia: abertura do intestino grosso para saída 
de fezes ou urina e fezes 
o Pode ser ascendente (lado direito), 
transversa, descendente (lado esquerdo), do 
sigmoide ou úmida em alça (saída de urina e 
fezes) 
→ Ileostomia: abertura da parte final do intestino delgado 
para a saída de fezes 
Julia S Crescencio/P5/TUT 2 UC 14 
 
Urinárias 
→ Urostomia: drenagem de urina fora dos condutos 
o Nefrostomia/pielostomia (direto dos rins), 
ureterostomia, cistostomia, vesicostomia 
Outras 
→ Colecistostomia: para eliminar o suco biliar 
→ Pleurostomia (cavidade pleural) 
→ Esofagostomia 
CÂNCER COLORRETAL 
• Obstrui mais = esquerdo 
• Anemia = direito 
ESTADIAMENTO

Outros materiais