Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aluna: Déborah Neres Matéria: Tutoria III – M1 Turma: C Professora: Marina Letícia Problema 5 O desconhecimento do SNC e SNP relacionados à contração muscular e às manifestações clínicas de uma raquimedular O1: Explicar o mecanismo de controle da contração muscular via sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.. A maioria dos movimentos voluntários iniciados pelo córtex cerebral é obtida quando ele ativa padrões de função armazenados nas áreas cerebrais inferiores (medula, tronco, núcleos da base e cerebelo), os quais enviam sinais de controle específicos aos músculos. Para alguns tipos de movimento (movimentos finos e com a destreza de mãos e dedos) o córtex tem quase uma via direta dirigida aos neurônios motores anteriores da medula. O córtex é dividido em 3 subáreas, cada uma com sua representação e função: 1. Córtex motor primário: mais da metade dele está relacionada ao controle dos músculos das mãos e da fala, tendo, também representações topográficas da região da face e da boca (fissura de Sylvius), braço e mão (parte média), tronco (ápice) e perna e pé (fissura longitudinal). 2. Área pré-motora: A maior parte dos sinais nervosos gerados nesta área causa padrões de movimento que envolve grupos de músculos que desempenham tarefas específicas. Desenvolve primeiro uma imagem motora do movimento a ser realizado e, posteriormente, excitando o padrão de atividade muscular; 3. Área motora suplementar: As contrações desencadeadas por estimulação dessa área costumam ser bilaterais (agarrar com ambas as mãos); funciona em conjunto com a área pré-motora gerando movimentos responsáveis pela postura corporal movimentos de fixação de seguimentos do corpo e de posição da cabeça e olhos. - Regiões altamente especializadas no córtex humano controlam funções específicas: ❖ Área de broca: área pré-motora de formação das palavras (fonação); sua lesão não impede a vocalização, mas torna o indivíduo incapaz de falar palavras inteiras. ❖ Campo de movimentos oculares voluntários: localizado acima da área de broca, também controla movimentos oculares; lesões impedem a movimentação voluntária dos olhos (tendem a travar em objetos específicos). ❖ Área de rotação da cabeça: acima da área de movimentos oculares, relacionando-se diretamente a eles, está esta área, que direciona a cabeça em direção a objetos. ❖ Área para habilidades manuais: quando essa área é lesada, os movimentos manuais ficam sem coordenação e sem propósito (apraxia motora). Transmissão de sinais do córtex motor para os músculos Os sinais motores são transmitidos diretamente do córtex à medula espinhal pelo trato corticoespinhal (é a via de saída mais importante do córtex) e indiretamente através do cerebelo e os núcleos do tronco cerebral. Cerebelo e suas funções motoras: Além do córtex cerebral, duas outras áreas são essenciais para a função motora normal → cerebelo e núcleos (gânglios) da base → funcionam em associação com outros sistemas, pois nenhuma das duas pode controlar a função muscular por si só ➢ Cerebelo: - Chamado área silenciosa do cérebro por não ter qualquer reação consciente à excitação elétrica, contudo sua remoção torna os movimentos corporais anormais. - É especialmente vital na coordenação motora de atividades musculares rápidas (correr, digitar, tocar piano e conversar), embora sua perda não cause paralisia muscular, já que não causa diretamente contração do músculo, mas faz ajustes corretivos nas sequencias das atividades motoras corporais elaboradas juntamente com o córtex e outras partes do SNC. Ele controla o equilíbrio, postura e deslocamento, além de auxiliar na limitação do movimento. - Lesões no cerebelo podem causar dismetria, ataxia (movimentos incoordenados), tremor intencional (na hora da ação), nistagmo e disartria. Divide-se em 3 lobos: (1) anterior, (2) posterior e (3) floculonodulor, sendo este último a parte mais antiga, atuando no controle do equilíbrio corporal (sistema vestibular); Abaixo do centro do cerebelo se encontra o vérmis, uma área que possui funções de controlar os movimentos musculares axiais do corpo, pescoço, ombros e dos quadris. Cada lado do vérmis se encontra um hemisfério cerebelar dividido em: A) Zona intermediária; B) Zona lateral; A zona intermediária (controle das contrações de mãos, dedos, pés e artelhos) e a zona lateral (se une ao córtex no planejamento global de movimentos motores sequenciais – Lesões nesta região provocam a perda do sequenciamento do movimento). Circuitos neuronais do cerebelo: Vias aferentes para o cerebelo: → Via corticopontocerebelar: origina no córtex motor e pré-motor e também no córtex somatossensorial cerebral; Tratos aferentes importantes se originam a cada lado do tronco encefálico: 1. Trato olivocerebelar: origina-se na oliva superior e dirige-se a todas as partes do cerebelo, sendo ativado na sua origem por fibras do córtex motor cerebral, dos gânglios da base e várias regiões da formação reticular e medula espinhal. 2. Fibras vestibulocerebelares: se originam no aparelho vestibular e núcleos vestibulares do tronco encefálico, terminando no lobo flocunodular e núcleo fastigial do cerebelo. 3. Fibras reticulocerebelares: se originam em diferentes porções da formação reticular do tronco encefálico e terminam nas áreas medianas cerebelares (vérmis). Vias aferentes periféricas para o cerebelo: Recebe sinais sensoriais importantes das partes periféricas do corpo, principalmente através dos tratos espinocerebelar dorsal e ventral: → Os sinais do dorsal notificiam o cerebelo sobre condições momentâneas de (1) contração muscular, (2) grau de tensão sobre os tendões, (3) posições e velocidades de movimento das diferentes partes do corpo e (4) forças que agem sobre a sua superfície do mesmo, já que recebem informações oriundas dos fusos musculares, receptores táteis da pele, órgãos tendinosos, receptores articulares; → O ventral recebe menos informações oriundas dos receptores periféricos e transmite para o cerebelo informações que chegam aos cornos anteriores da medula. Esta informação levada ao cerebelo é chamada de cópia da eferência. Sinais eferentes cerebelares: Os sinais que chegam ao cerebelo sempre seguem duas direções: para os núcleos profundos ou para uma área correspondente do córtex cerebelar que recobre um núcleo, sendo que todos acabam terminando nos núcleos profundos. Destes, os sinais de saída partem do cerebelo e são distribuídos para outras partes do SNC. Os núcleos cerebelares profundos (denteado, interpósito e fastigial) recebem sinais do córtex cereberal e dos tratos sensoriais profundos aferentes para o cerebelo. O sinal de saída será alternado entre excitação e inibição, ou seja, todos os sinais que chegam ao cerebelo sob forma de sinais excitatórios iniciais seguidos, uma fração de segundos mais tarde, por sinais inibitórios. I. Núcleo Fastigial: faz eferência para a medula espinhal; II. Núcleo Denteado: faz eferência para o tálamo e regiões superiores do SNC; → A via que se origina no vérmis e passa pelos núcleos fastigiais é responsável pelo controle do equilíbrio e postura. → A via que passa pelo núcleo interpósito é responsável pela contração recíproca de agonistas e antagonistas nas extremidades. → A via que começa no córtex cerebelar da zona lateral e passa ao núcleo denteado coordena atividades motoras sequenciais iniciadas pelo córtex cerebral. Unidade Funcional do córtex cerebelar: O córtex cerebelar tem três grandes camadas: molecular, de células de Purkinje e de células granulosas, sendo que abaixo delas estão os núcleos profundos queenviam sinais de saída para outras partes do SNC. A saída da unidade funcional se dá a partir de uma célula nuclear profunda e esta está sob influência constante de estímulos excitatórios – originados de conexões diretas com fibras aferentes que entram no cerebelo – e inibitórios – originados inteiramente da célula de Purkinje. Esse sinal inibitório se assemelha a um sinal de feedback negativo para impedir que o movimento muscular ultrapasse a dimensão programada (amortecimento). As aferências para o cerebelo estão divididas em dois tipos de fibras, uma chamada de fibras em trepadeiras (chegam às camadas externas do córtex cerebelar) e outra chamada de fibra musgosa (vão até as células granulosas do córtex, as quais enviam axônios à camada molecular externa dele). Fibras em trepadeiras: → EXCITA: célula nuclear profunda ↑ → INIBE: células de Purkinje →→ INIBE Fibras Musgosas: → EXCITA: célula nuclear profunda ↑ → INIBE: células de Granulosa →→ INIBE O cerebelo ajuda a emitir sinais rápidos de ligar para músculos agonistas e de desligar recíproco para antagonistas no início do movimento, sendo que no fim do mesmo, os sinais são emitidos de maneira oposta (os mecanismos desse processo são especulativos). Os Gânglios (Núcleos) da Base e sua função motora: Os núcleos da base constituem outro sistema motor acessório, que funciona em associação com o córtex cerebral e com o sistema de controle motor corticoespinhal. Este termo aplica-se a uma coleção de massas de substância cinzenta situada dentro de cada hemisfério cerebral. Funções dos núcleos da base: ✓ Controlar padrões complexos da atividade motora; ✓ Iniciar e parar o movimento; ✓ Controle do curso temporal e a escala da intensidade dos movimentos (em associação com o córtex parietal). ✓ Planejamento cognitivo das combinações de padrões motores sequenciais e paralelos para atingir objetivos conscientes específicos A cada lado do encéfalo os núcleos consistem em: Quase todas as fibras nervosas motoras e sensoriais, que ligam o córtex à medula, atravessam o espaço entre o núcleo caudade e o putâmen, chamado cápsula interna. Ela é importante na associação entre os gânglios da base e o sistema corticoespinhal em relação ao controle dos padrões complexos de atividade motora, como: escrever, cortar com tesoura, bater pregos, arremessar bola, vocalizar, etc. Obs: Os núcleos basais desempenham um papel fundamental no controle do movimento. Estes recebem informações diretas a partir do cerebelo e de todos os sistemas sensoriais, inclusive visão e informaçãi direta do córtex motor. Além da função motora estes núcleos estão envolvidos com a cognição e a percepção. Circuitos neuronais dos gânglios da base: Vários neurotransmissores específicos funcionam nos gânglios da base, como: Dopamina – vias da substância negra para o núcleo caudade putâmen GABA – do núcleo caudade e putâmen para o globo pálido e substância negra. Acetilcolina – do córtex para o núcleo caudado e putâmen. Norepinefrina, serotonina, encefalina e outros – múltiplas vias gerais do tronco. Glutamato – transmite sinais excitatórios que equilibram os muitos sinais inibitórios (transmitidos pelo GABA, serotonina e dopamina). Entre todos os circuitos neuronais dos gânglios da base, dá-se ênfase a dois: 1. Circuito do putâmen: as vias começam nas áreas pré-motoras e suplementar do córtex motor e nas somatossensoriais do córtex sensorial, sguem para o putâmen, globo pálido e núcleos de retransmissão do tálamo, retornando finalmente ao córtex motor primário e às áreas associadas a ele. → Quando uma parte do circuito é lesada ou bloqueada, alguns movimentos tornam-se anormais, como: - Lesões no globo pálido levam a movimentos de contorção espontâneos e muitas vezes contínuos de uma mão, um braço, pescoço ou fase (atetose). - Uma lesão no subtálamo leva a movimentos súbitos e em bloco de uma extremidade inteira (hemibalismo) - Múltiplas pequenas lesões no putâmen levam a movimentos rápidos e abruptos de curta extensão nas mãos, face e outras partes do corpo (coréia – Doença de Huntington) - Lesões na substância negra levam à rigidez, acinesia e tremores (doença de Parkinson) 2. Circuito do caudado: depois que os sinais passam do córtex ao núcleo caudado, eles são transmitidos ao globo pálido interno e depois aos núcleos de retransmissão do tálamo, voltando, então às áreas do córtex (vão para regiões motoras acessórias, pré-motoras e suplementares – responsáveis por padrões sequenciais de movimento); recebe grandes quantidades de suas aferências das áreas de associação do córtex cerebral, que estão sobre ele. Funções dos Núcleos da Base: Corpo estriado: Núcleo Caudado: - O núcleo caudado desempenha papel importante no controle cognitivo da atividade motora (ações motoras como consequência de pensamentos); são as funções cognitivas que determinam subconscientemente quais padrões de movimento serão usados para atingir um objetivo (fugir de um leão). Núcleo Lentiforme: Este é uma massa de substância cinzenta que esta incrustada na substância branca do hemisfério cerebral e relaciona-se medialmente com a cápsula interna. A cápsula interna separa este do núcleo caudado e do tálamo. Núcleo Amigdalóide: É considerada parte do sistema límbico (responsável por emoções) e através de suas conexões influencia a resposta corporal às alterações ambientais. Substância Negra: - A substância negra do mesencéfalo e os núcleos subtalâmicos do diencéfalo relacionam-se com os núcleos da base - As células presentes na substância negra usam a dopamina como neurotransmissor, fornecendo-a ao estriado – via nigroestriada, e são ricas em um pigmento chamado melanina. - A dopamina regula a excitabilidade geral do estriado e a liberação de outros neurotransmissores. Obs: Doença de Parkinson → conhecida como paralisia agitante, é resultado da destruição da pars compacta da substância negra e a causa dos efeitos motores deficientes pode estar relacionada à destruição dos neurônios dopaminérgicos (a dopamina é inibitória), permitindo que núcleo caudado e putâmen ficassem muito ativos, excitando o sistema de controle motor corticoespinhal. Obs: Doença de Huntington (Coréia de Hintington) → distúrbio hereditário que começa a causar sintomas a partir dos 30 anos e caracteriza-se por movimentos rápidos em músculos individuais e depois movimentos graves progressivos de distorção do corpo inteiro, além de causar demência grave; os movimentos anormais podem ser causados pela perda de corpos celulares de GABA (núcleo caudado e putâmen) e de acetilcolina (muitas partes do cérebro), uma vez que esses neurônios inibem parte do globo pálido e substância negra; a demência pode ser resultado da perda de neurônios colinérgicos (córtex). O2: Reconhecer a relação entre o neurônio motor e o músculo. Os corpos celulares dos neurônios motores somáticos estão localizados no corno ventral da medula espinal ou no encéfalo. Esses neurônios possuem um axônio único e longo que se projeta até o músculo esquelético alvo. Esses axônios mielinizados podem ter um metro de comprimento ou mais, como no caso dos neurônios motores somáticos que inervam os músculos esqueléticos dos pés e das mãos. Os neurônios motores somáticos ramificam-se perto dos seus alvos. Cada ramo divide-se em um conjunto de terminais axonais alargados, os quais se dispõem sobre a superfície da fibra muscular esquelética. Essa estrutura ramificada permiteque um único neurônio motor controle várias fibras musculares ao mesmo tempo. A sinapse entre um neurônio motor somático e uma fibra muscular esquelética é chamada de junção neuromuscular (JNM). Assim como todas as outras sinapses, a JNM tem três componentes: (1) o terminal axonal pré- sináptico do neurônio motor, contendo vesículas sinápticas e mitocôndrias, (2) a fenda sináptica e (3) a membrana pós- sináptica da fibra muscular esquelética. Além disso, a junção neuromuscular inclui extensões das células de Schwann, as quais formam uma camada delgada que recobre a superfície dos terminais axonais. Durante anos, imaginou-se que essa camada de células simplesmente fornecesse isolamento para acelerar a condução do potencial de ação, mas, hoje, sabe-se que as células de Schwann secretam diversas moléculas sinalizadoras químicas. Essas moléculas sinalizadoras desempenham um papel essencial na formação e na manutenção das junções neuromusculares. No lado pós-sináptico da junção neuromuscular, a membrana da célula muscular situada em frente ao terminal axonal se modifica formando a placa motora terminal, uma série de dobras A unidade básica de contração em um músculo esquelético íntegro é a unidade motora, formada por um grupo de fibras musculares que trabalham em conjunto e pelo neurônio motor somático que inerva essas fibras. Quando o neurônio motor somático dispara um potencial de ação, todas as fibras musculares daquela unidade motora se contraem. Observe que, embora um neurônio motor somático inerve diversas fibras musculares, cada fibra muscular é inervada por apenas um neurônio motor. O número de fibras musculares em uma unidade motora é variável. Em músculos usados para atos motores finos, como os músculos extraoculares que movem os olhos, ou os músculos das mãos, cada unidade motora contém poucas fibras musculares, cerca de 3 a 5. Quando uma dessas unidades motoras é ativada, poucas fibras musculares contraem, e a resposta muscular é pequena. Se unidades motoras adicionais forem ativadas, a resposta aumenta mediante pequenos incrementos, uma vez que poucas fibras musculares adicionais contraem com a adição de cada unidade motora. Esse padrão de organização permite gradações finas dos movimentos. Nos músculos usados para ações motoras mais grosseiras, como a manutenção da postura ereta ou para a caminhada, cada unidade motora pode conter centenas ou mesmo milhares de fibras musculares. O gastrocnêmio, o músculo da panturrilha, por exemplo, tem cerca de 2 mil fibras musculares em cada unidade motora. Cada vez que uma unidade motora adicional é ativada nesse músculo, muitas fibras musculares adicionais contraem, e a resposta do músculo aumenta abruptamente devido aos incrementos correspondentemente maiores. Todas as fibras musculares de uma mesma unidade motora pertencem ao mesmo tipo de fibras musculares. Por essa razão, há unidades motoras de contração rápida e unidades motoras de contração lenta. O tipo de fibra muscular que se associa a um determinado neurônio parece ser determinado pelo próprio neurônio. Durante o desenvolvimento embrionário, cada neurônio motor somático secreta um fator de crescimento que controla a diferenciação de todas as fibras musculares de sua unidade motora, de modo que todas essas fibras musculares se diferenciam em fibras do mesmo grupo ou tipo. De modo intuitivo, poderíamos pensar que as pessoas que herdam a predominância de um determinado tipo de fibra muscular, em relação a outro, seriam favorecidas em determinados esportes. Isso realmente ocorre em algum grau. Os atletas de resistência, como os maratonistas e os esquiadores cross- country, possuem uma predominância de fibras de contração lenta, ao passo que corredores de curta distância, jogadores de hóquei no gelo e levantadores de peso tendem a ter maior percentual de fibras de contração rápida. No entanto, o fator hereditário não é o único fator determinante da composição das fibras corporais, visto que as características metabólicas das fibras musculares têm alguma plasticidade. Com o treinamento de resistência, a capacidade aeróbia de algumas fibras de contração rápida pode ser incrementada até que elas se tornem quase tão resistentes à fadiga quanto as fibras de contração lenta. Como essa conversão ocorre somente naqueles músculos que estão sendo treinados, provavelmente algum neuromodulador químico está envolvido nesse processo. Além disso, o treinamento de resistência aumenta o número de capilares e de mitocôndrias do tecido muscular, permitindo que mais sangue oxigenado chegue ao músculo, contribuindo, assim, para a ampliação da capacidade aeróbia das fibras musculares. O3: Diferenciar síndromes do primeiro neurônio motor e do segundo neurônio motor. Definição As doenças do neurônio motor, ou motoneuronopatias, correspondem a um grupo amplo de doenças caracterizadas pelo comprometimento dos neurônios motores superior, inferior ou ambos. É caracterizada pelo comprometimento primariamente do corpo celular do motoneurônio (neurônios motores corticais, do tronco cerebral e espinhais). Por esta razão, tem manifestações exclusivamente motoras, que incluem perda de força e atrofia muscular. Epidemiologia As doenças do neurônio motor em adultos geralmente começam entre os 30 e 60 anos, com uma incidência anual de cerca de 2 por 100.000, com um predomínio no sexo masculino, exceto nos casos familiares. O distúrbio costuma ocorrer esporadicamente, mas pode ser familiar em 5 a 10% dos casos. Sua evolução é progressiva e costuma ser fatal após 3 a 5 anos, mais comumente decorrente de infecção pulmonar. Alguns casos familiares progridem mais lentamente. Em geral, os pacientes com envolvimento bulbar têm um prognóstico pior do que aqueles nos quais a disfunção está limitada às extremidades. Neurônio motor superior/primário • Origem na circunvolução frontal ascendente (Circunvolução de Betz), segue pela circunvolução interna (joelho + 2/3 anteriores do braço posterior), lançando suas fibras em direção ao mesencéfalo, ponte e bulbo onde ocorre a decussação das pirâmides • Influencia no funcionamento do neurônio motor inferior • Fornece sinais: • Reações involuntárias iniciadas no tronco encefálico • Funções: Primária – motora Secundária – modular os arcos reflexos e circuitos medulares Neurônio motor inferior/secundário/periférico • Origina-se no núcleo caudado ou corno anterior da medula e termina no SNP • Corpo celular e dendritos localizados no SNC e os axônios se estendem através dos nervos periféricos fazendo sinapses com os músculos, órgãos e glândulas • Transmite sinais nervosos para os músculos Síndromes: - Fraqueza ou paralisia - Fasciculações - Reflexos abdominais e plantares normais - Hipotonia (flacidez) - Atrofia muscular - Perda do reflexos tendinosos NMS x NMI
Compartilhar