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SALA DE EMERGÊNCIA Para o atendimento racional do paciente com dor torácica aguda na sala de emergência é necessária rapidez por meio da classificação de risco estruturada, a qual deve ser de forma objetiva por equipe multidisciplinar experiente É preciso ter um rápido diagnostico especialmente em condições de risco iminente de morte, para isso é essencial a sistematização por meio de fluxogramas e algoritmos A conduta desses casos reduz a morbidade e a mortalidade, aumentando a segurança do profissional da emergência A liberação dos casos que não apresentam risco iminente de morte reduz custos desnecessários UNIDADE CORONÁRIA Especializada no tratamento de pacientes adultos com problemas cardíaco que correm alto risco e precisam de cuidados intensivos com monitoramento de 24h. A equipe é especializada para prestar assistência aos seguintes eventos: • Dor torácica • Síndromes coronarianas agudas • Insuficiência cardíaca descompensada • Arritmia instável • Síndrome aórtica aguda • Síndrome pós parada cardiorrespiratória UNIDADE DE DOR TORÁCICA: Paciente chega com dor, é recebido na emergência e é encaminhado para a unidade de dor torácica Estratégia operacional padronizada para o atendimento de pacientes com dor torácica OBJETIVOS DA UNIDADE DE DOR TORÁCICA: • Priorizar o atendimento dos pacientes que procuram o OS com dor torácica e a rápida realização do ECG • Identificação precoce das doenças com risco de morte e o início do tratamento específico por meio de protocolos • Reduzir altas hospitalares inadvertidas e internações desnecessárias • Reduzir os custos hospitalares CARACTERIZACAO DOS SINTOMAS: As palavras usadas são inequívocas, ou seja, a mesma palavra pode descrever sensações diferentes Tontura Pode estar relacionada a diversas coisas, como: • Desequilíbrio - ortostatismo e marcha alterada • Vertigem – sensação de rotação da cabeça/ambiente • Pré-sincope – sensação iminente de desmaio • “Cabeça cheia de ar” – sensação de distanciamento do ambiente OBS: é importante caracterizar exatamente qual tipo de tontura o paciente está sentindo Palavras são descrições de sensações percebidas pelo paciente e devem ser precisamente detalhadas tanto quanto possível São mensurações verbais e devem ser entendidas precisamente e detalhadas tanto quanto possivel A caracterização dos sintomas se baseia em: Início: quando a dor começou, como começou, fatores ou sitoacoes que desencadearam o aparecimento, duração e desaparecimento Caracteristicas semiológicas: localização, irradiação, qualidade, intensidade, relacionamento com a função do órgão ou sistema relacionado com o sintoma Evolução: comportamento do sintoma em relação ao tempo, modificações ocorridas e influência dos tratamentos realizados Relação com outros sintomas Características do sintoma no momento presente Interpretação/observação: observar o que a paciente realmente diz ou faz. As palavras dele são os dados primários dos sintomas. Interpretar os dados primários é uma grande armadilha. Caso clínico: Mulher, 68 anos, 6 anos com diagnóstico de “angina” HISTÓRIA: Aula - 4 Semiologia da Dor Torácica Descreva como é a dor no peito que a senhora sente: É uma dor em aperto no meio do peito que sobe queimando até a garganta. As vezes dói um pouco no braço e nas costas Quando a dor aparece? Aparece a qualquer hora do dia ou da noite. Mais a noite. A dor tem relação com o exercício físico? Não. A dor aparece mesmo estando deitada • Paciente recebeu todos os exames cardiológicos, incluindo cateterismo cardíaco; • Mesmo assim recebeu o diagnóstico de doença coronária; • Outro médico “ouviu” a história da paciente, pediu endoscopia digestiva e diagnosticou Refluxo Gastroesofágico. • A paciente nunca conseguiu ser reabilitada SINTOMAS CARDIOVASCULARES: • Dor torácica • Palpitações • Dispneia • Tosse e expectoração • Chiado • Hemoptise • Desmaio (lipotimia e sincope) • Alterações no sono • Cianose • Edema • Astenia • Posição de cócoras DOR TORÁCICA: DOR: É a experiencia sensitiva e emocional Obter uma história clínica detalhada constitui a parte mais importante da consulta do paciente com dor e traz informações relevantes, não somente sobre os possíveis mecanismos fisiopatológicos mas também sobre o estaco psicológico do paciente Características gerais: Os exames devem ser realizados com muito bom senso Caso clínico: CAUSAS DE DOR TORÁCICA: • Cardíaca • Gastroesofágica • Pulmonar • Osteo-muscular As dores torácicas podem ser: Recorrentes: angina, musculo-esqueletico, outras. Intensa e prolongada: IAM, pericardite, aneurisma dissecante da aorta, embolia pulmonar, outras causas. Angina: doença coronária, estenose aórtica grave, cardiomiapatia hipertrófica, insuficiência aórtica, hipertensão pulmonar Lesão coronária: Lesões acima de 70% começam a surgir os sintomas Lesões menores também infartam, e podem ser muito graves na maioria das vezes, pois a lesão ocorre várias vezes e o paciente pode ter vários “mini infartos” sendo assintomático A dor no peito ocorre devido ao desequilíbrio entre oferta e demanda da perfusão Características da Dor Anginosa: Características Infarto do Miocárdio: Classificação da Dor Torácica – EMERGÊNCIA: • TIPO A (DEFINITIVAMENTE ANGINOSA): As características dão certeza do diagnóstico de SCA independentemente dos resultados de exames complementares. Dor ou desconforto ou queimação ou sensação opressiva localizada na região precordial ou retroesternal, que pode ter irradiação para o ombro e/ou braço esquerdo, braço direito, pescoço ou mandíbula, acompanhada frequentemente de diaforese, náuseas, vômitos, ou dispneia. • TIPO B (PROVAVELMENTE ANGINOSA): As características fazem a SCA a principal hipótese, porém é necessária a complementação por exames. • TIPO C (PROVALMENTE NÃO ANGINOSA): As características não fazem a SCA a principal hipótese, porém precisa de exames complementares para a exclusão. • TIPO D (DEFINITIVAMENTE NÃO ANGINOSA): As características não incluem a SCA como hipótese diagnóstica Causas Cardíacas: Isquemia miocárdica devido a DAC, dissecação aguda de aorta, doença valvular, inflamação do miocárdio ou pericárdio ou atividade adrenérgica exacerbada DISSECÇÃO AGUDA DE AORTA: Mais comum em homens, a partir da sétima década de vida HAS – principal fator causal Quadro clínico: dor intensa, terebrante, água, de pico máximo inicial. Acomete região anterior e posterior do tórax podendo se irradiar para o pescoço, mandíbula e garganta, tendo, na maioria das vezes caráter migratório. Apesar do quadro agudo, o diagnostico requer alto índice de suspeição pois alguns pacientes são assintomáticos ou tem sintomas não caraterísticos. Exame físico: assimetria de pulso e de PA, sopro ou regurgitação aórtico, sinais de ICC e má perfusão tecidual Diagnóstico: arteriografia ou ecocardiograma VALVULOPATIAS: Raramente causam dor torácica Exame físico: revela parvus e tardus, ictus sustentado e sopros característicos ECG: pode detectar hipertrofia do ventrículo esquerdo PERICARDITE: Dor torácica pleurítica. Presença de atrito pericárdico à ausculta e supra de ST difuso no ECG. Dor típica é súbita, em fincada ou opressiva, em tórax anterior. Pode irradiar para o trapézio e diminui geralmente com a posição de “muçulmano” MIOCARDITE: Sintomatologia cardíaca e sistêmica, como febre e mialgia. Características da Dor não Anginosa: CAUSAS GASTROESOFÁGICAS: Causas mais comuns são: refluxo gastroesofágico (RGE), espasmo esofágico, esofagite e outras desordens motoras Alguns sintomas são sugestivos como: presença de pirose, regurgitação, difagia, melhora com ingestão de antiácidos. A dor precordial atípica deve ser avaliada com ECGe teste de esforço antes da propedêutica gastrointestinal DOR MUSCULOESQUELÉTICA: De história de atividade física repetitiva ou não Bem localizada e desencadeada pela compressão de um ponto Dura horas e dias Surge durante movimentos ventilatórios, em especial na respiração profunda ou movimentação dos bracos e pescoço Síndrome de Tietze: constocondrite; > frequencia em mulheres, dor localizada (aponta com o dedo onde doi) DOR PSCIOGÊNICA: Causada por síndrome do pânico, transtornos de ansiedade, depressão e hipocondria. Geralmente são precedidas de medo a apreensão Caso clínico: CAUSAS PULMONARES: Resumo dor torácica: TIPOS DE DOR TORÁCICA: Típica: Atípica: Angina Pericardite Estenose Aórtica Gastrointestinal Insuficiência Aórtica Pulmonar Cardiopatia Hipertrófica Psicogênica Hipertrofia Pulmonar Intramuscular
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