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Características clínicas e histológicas da cárie dentária. Diagnóstico clínico e radiográfico da cárie dentária. Para o surgimento da cárie é necessário uma interação do biofilme presente na cavidade juntamente com uma dieta cariogênica. Por isso denominamos cárie como uma doença biofilme açúcar dependente. CÁRIE EM ESMALTE Camada Superficial Corpo da Lesão Zona Escura Zona Translúcida *Comumente a cárie inicia- se no esmalte, no início da lesão, os cristais de HA estão bem organizados, em uma formação justapostos. *Quando temos um dente coberto por biofilme, histologicamente esse tecido está sofrendo uma dissolução devido um grande aumento de porosidade, então assim é criado uma zona translucida externa. Nesse momento a lesão ainda não é evidenciada clinicamente e os cristais de HA que estavam juntos começam a se separar e vão se reduzindo em tamanho e passam a ser preenchidos por água e proteinas. Cristais de HA antes e depois da lesão *Algumas perdas de minerais são evidenciadas somente após a secagem da superfície do esmalte. Isso se dá devido o índice de refração. Cristais de HA - 1,62 Água - 1,3 Ar - 1,0 Por que fazer essa secagem? *Quando temos uma lesão em seu estágio inicial, ainda temos os cristais de HA unidos, então consequentemente teremos uma quantidade menor de água entre esses cristais, como o índice de refração da água é quase parecido, fica um pouco difícil de detectar a área que está com lesão, então secamos a superfície e automaticamente substituímos a água pelo o ar (índice de refração do ar - 1,0) *Quando a lesão está em um nível mais avançado, teremos uma quantidade de água maior entre os cristais, então nesse caso conseguimos vê uma diferença entre os cristais de HA e da água. ZONA SUPERFICIAL: Quando temos esmalte sadio, hígido teremos os cristais em um tamanho de 40 nanômetros e cerca de 0,1% de porosidade, na medida que o biofilme se instala no esmalte e se acumula, esses cristais terão seu tamanho reduzido e sua porosidade elevada. Otacilio Neto UNIÃO SEPARAÇÃO CÁRIE EM DENTINA Dentina Terciária: Zona de Desmineralização Superficial. LESÕES OCLUSAIS cariologia Mesmo a zona superficial estando mais mineralizada devido apresentar cristais maiores, isso não garante que ela seja totalmente intacta. Apresenta erosão em diferentes estágios de dissolução e mostra -se frágil e porosa. Corpo da Lesão: Cristais que variam de 10 a 30 nanômetros e porosidade de 10 a 25%. Zona Escura: Cristais que variam de 50 a 100 nanômetros e porosidade de 2 a 4%. Zona Translucida: Cristais de 30 nanômetros e porosidade de 0,1%. Associadas ao processo de remineralização teremos a zona superficial e a zona escura. Associadas ao processo de desmineralização teremos o corpo da lesão e a zona translucida. Dentina desorganizada: Aspecto úmido e amolecido. Dentina infectada: Aspecto borrachoide e úmida e há grande quantidade de microorganismos. Dentina afetada: Amolecida e úmida. Dentina esclerosada: Endurecida de cor marrom (não removivel). *A dentina começa a ser atacada muito antes de se formar uma cavidade, quando a agressão se inicia no esmalte o liquido intercristalino transmite dano a esse tecido e a dentina tenta responder a esse ataque. Dentina Esclerosada: Tem o objetivo de bloquear os danos na polpa dentária, para a formação dessa dentina é necessário que haja uma quantidade significativa de odontoblastos. Tem o objetivo de afastar os danos a polpa, possui uma característica semelhante a dentina original e apresenta estrutura tubular. Detecção facilitada. Túbulos Maiores. Facilmente visualizada Zona de Desmineralização Profunda. Características semelhante a da dentina. Tubulos ligeiramente largos em comparação com a dentina. Zona de Peptonização Material Orgânico. Totalmente desorganizado. Presença de microorganismos nos túbulos dentinários. A superfície oclusal é a superfície mais susceptível ao processo da doença cárie. Essa susceptibilidade tem sido relacionada com a presença de sulcos e fissuras profundas. Na presença de uma lesão: histológicamente, mostram se como duas lesões semelhantes as de superfície lisa, estão localizadas em cada lado da fissura e a medida que a lesão progride, elas se unem e tornam se uma só. Outro fator bastante crítico para o surgimento do biofilme, além da anatomia, é o período de erupção. Sabemos que quando o biofilme está sem sofrer interferências, ele tende a se tornar mais crítico, no período de erupção o biofilme permanece sem ser incomodado, permanece protegido devido a superfície oclusal ainda não está em oclusão sendo assim mais difícil uma higienização. Clinicamente, alguns autores subdividem a dentina cariada em dentina infectada e dentina contaminada. A dentina infectada engloba a zona de peptonização e a zona de desmineralização superficial, e a dentina contaminada engloba a zona de desmineralização profunda e a zona de dentina hipermineralizada (esclerose de túbulos) LESÕES RADICULARES Quanto a Localização cariologia Tem início no cemento devido alguma retração e progride para a dentina rapidamente. A progressão é mais rápida devido o cemento ser mais fino e possuir menos minerais comparado ao esmalte. Em seu estágio inicial apresenta - se como como pequenas áreas amareladas ou marrom claro definidas. Pode se apresentar como lesão única ou subdividida em várias pequenas lesões. Ativa: Amarelada e tecido amolecido Inativa: Pigmentada e escurecida. Maior expansão lateral do que profundidade. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Coronária Radicular Quanto ao Sítio Anatômico Lesão de superfície lisa: Terço cervical das superfícies vestibulares e linguais de todos os dentes Lesão de fossulas e fissuras: Localizado nas superfícies oclusais dos molares e premolares e na superfície dos sulcos dos dentes anteriores Quanto a presença de cavidade Lesão de cárie cavitada. Lesão de cárie não cavitada. Quanto ao tecido envolvido Esmalte Dentina Cemento Quanto a atividade Ativa Inativa Quanto a presença ou não de restauração prévia na superfície dentinaria. Cárie secundária Toda lesão de cárie, independente do seu grau de progressão ou tecido dentário envolvido, é passível de paralisação desde que se restabeleça o reequilíbrio entre os processos de desmineralização. cariologia A detecção da lesão cárie ativa é de extrema importância, porém o cirurgião dentista não deve se apegar somente a isso, pois ela não representa o problema por completo, é necessário investigar os fatores que desencadearam aquela lesão, assim conseguimos elaborar um plano de tratamento de forma adequada, conhecemos os fatores etiológicos e conseguimos realizar uma prevenção e controle clínico. DIAGNÓSTICO CLÍNICO E RADIOGRAFICO O diagnóstico da doença cárie é um fator essencial para a elaboração de um plano de tratamento abrangente, no qual a decisão terapêutica deve estar de acordo com os princípios de promoção da Saúde e medidas preventivas, a fim de substituir intervenções desnecessárias. COLETA DE INFORMAÇÕES PARA O DIAGNÓSTICO DA CÁRIE Anamnese Criação de vínculo com o paciente. Auxiliam o profissional a identificar fatores de risco para o início e desenvolvimento da cárie. Análise do padrão dietético. Algumas doenças podem influenciar na quantidade de salivação, fazendo com que aquele paciente esteja mais sucetivel ao surgimento de lesões cariosas. O mesmo pode acontecer com alguns medicamentos, tornando aquele paciente mais propício de ter uma lesão cariosa. EXAME CLÍNICO INTRA - ORAL No exame clínico começa a observar- se a presença de placa, fatores retentivos de placas, se o paciente tem um histórico de lesões cariosas. Profilaxia Secagem Sondagem No diagnóstico correto, é ideal que seja feito a limpeza dos dentes através da profilaxia e uma secagem para assim realizarmos um bom diagnóstico. A sondagem tem o objetivos de encontrar lesões cariosas, quando a sonda prende- se a uma superfície, na maioria das vezes encontra - se uma lesão de cárie, no entanto, as vezes pode ser apenas sulcos profundos. Sindromede sjogreen Artrite reumatóide Sarcoidoidose Imunodeficiência AIDS Desordens Hormonais Diabetes mellitus Doença neurológica Doença de parkinson Lupus eritematoso Problemas a sondagem: Transmissão de bactérias. Sonda "prende" devido a morfologia. Danos a superfícies remineralizáveis. Cárie oculta: Caracterizada um lesão em dentina, coberta por uma superfície hígida de esmalte, relacionada segundo alguns autores ao uso intensivo de fluoretos dentinário. Selamento Biológico: Clinicamente é caracterizado por uma coloração escurecida no interior das fossas e fissuras e que ao toque apresenta uma caracteristica superficial mineralizada não retentiva cariologia DIAGNÓSTICO RADIOGRAFICO DIAGNÓSTICO RADIOGRÁFICO Sabemos que o exame clínico convencional com sonda e espelho são de extrema importância, porém, em alguns casos esse exame fica limitado, fazendo incapaz a observação de algumas lesões cariosas tanto nas superfícies proximais como nas oclusais, então nesses casos utilizamos a radiografia Panorâmica: Não é ideal, devido apresentar a visão geral da boca não sendo possível visualizar os dentes um perto do outro. Periapical: Utilizada para visualizar somente um dente específico. Interproximal: É a radiografia mais indicada para identificação de cárie. RADIOGRAFIA INTERPROXIMAL Adequado para diagnósticos de cáries oclusais, proximais e lesões secundárias. Moderado para inspeções de superfícies lisas livres, cáries oclusais secundárias. Imagem radiolucida em dentina evidência a progressão da lesão em dentina mesmo antes da presença clínica de cavidade, tanto em lesões de superfície proximal como em lesões de superfície oclusal. Realizada com auxílio de um posicionador e um filme Radiografico. Lesões cariosas demonstram- se radiolucidas. DESVANTAGENS DO EXAME RADIOGRAFICO Sobreposição de contatos interproximais. Lesões oclusais não são bem visualizadas (em esmalte). Subestima o processo de desmineralização. AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DAS LESÕES Brilho Textura Translucidez Cor Remineralização: Brilhante, superfície lisa, consistência dura, não cavitação. Desmineralização: Opaca, lesão esbranquiçada ou Pigmentada, superfície rugosa, corroída, aspecto de giz, consistência amolecida e cavitação. ELETROCONDUTIVIDADE Método auxiliar de diagnóstico, quanto mais poroso o tecido dentário, mais alto será sua condutividade. A dentina é o tecido com mais condutividade. O dente cariado será muito mais condutivo por ser mais poroso. TRANSLUMINAÇÃO Transluminação por fibra óptica, a luz transmitida é utilizada para detectar lesões de cárie. Em lesões de cárie em esmalte a dispersão é aumentada e a luz é absorvida, em vez de transmitida. FLUORESSÊNCIA Na cavidade bucal é possível observar as fluoressências verdes e vermelhas. Verde: Intrínseca a todos tecidos dentários duros, esmalte, dentina e cemento. * Em dentes sadios observa uma coloração verde brilhante, em lesões cariosas uma coloração escura. Vermelha: Induzidas em estruturas semelhantes as porfirinas formadas pelas bactérias bucais, principalmente as anaeróbicas exclusivas. Observada na placa madura, no cálculo e nas lesões cariosas.
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