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Dislipidemias: diagnóstico e tratamento

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DISLIPIDEMIAS
Anelize Roveri Arcanjo
Farmacêutica- Bioquímica
Vídeo - Youtube
https://www.youtube.com/watch?v=-8-3G8voUHs
https://www.youtube.com/watch?v=-8-3G8voUHs
O que são Dislipidemias?
 São alterações metabólicas no metabolismo de lipídios que repercutem nos níveis
séricos de lipoproteínas (SBC, 2009).
 A dislipidemia deve ser tratada pois é um fator de risco para aterosclerose que pode
levar ao desenvolvimento de DCV, sendo o LDL-c fator mais relevante modificável para
a doença arterial coronariana (DAC).
• Baixos níveis de HDL-c estão associados a um maior risco de morbimortalidade por DAC e níveis
elevados de TGL também se associam ao risco de DAC.
A prevalência das dislipidemias no Brasil é de 43% a 60%. Devido a sua elevada frequência na
população, o diagnóstico e tratamento adequados são majoritariamente de responsabilidade da
Atenção Primária. A identificação da dislipidemia em seu estágio inicial e o encaminhamento ágil e
adequado, quando necessário, para o atendimento especializado é essencial para um melhor
resultado terapêutico e prognóstico.
Desfechos clínicos das Dislipidemias:
 Doenças cardiovasculares: aterosclerose, infarto agudo do miocárdio e AVC.
 Pancreatite aguda, relacionada principalmente com a hipertrigliceridemia. Níveis de
triglicerídeos maiores do que 500 mg/dL podem precipitar ataques de pancreatite aguda;
 Síndrome metabólica: definida pela presença de 3 de 5 critérios - obesidade abdominal
(circunferência da cintura> 102 em homens ou > 88 em mulheres), dislipidemia (TG >150 mg/dL;
HDL-c <40 mg/dL em homens ou < 50 mg/dL em mulheres; hipertensão (PA > 130/85 mmHg) e
resistência insulínica.
METABOLISMO 
LIPÍDICO
Aspectos Gerais:
 Fosfolípides: formam a estrutura básica das membranas celulares.
 Colesterol: é o precursor dos hormônios esteroidais, dos ácidos biliares e da vitamina D. Atua na
fluidez das membranas e na ativação de enzimas.
 Triglicérides (TG): são formados a partir de três ácidos graxos ligados a uma molécula de glicerol e
constituem uma das formas de armazenamento energético mais importantes no organismo, sendo
depositados nos tecidos adiposo e muscular.
 Ácidos graxos (AG):
• Saturados (sem duplas ligações)
• Monoinsaturados (1 dupla ligação)
• Poli-insaturados (+ de 1 dupla ligação)
O que são Lipoproteínas?
São complexos solúveis que permitem a solubilização e transporte do
colesterol e dos lipídeos. Divididas em 2 grupos:
i. Ricas em TG, maiores e menos densas:
ii. Ricas em colesterol
Quilomícrons – origem intestinal
VLDL – origem hepática
LDL HDL
IDL Lipoproteína(a) (a)
E as Apolipoproteínas?
Identificam e “dão função” às lipoproteínas.
 Formação intracelular das partículas lipoproteicas (B100 e B48)
 Ligantes a receptores de membrana (B100 e E)
 Cofatores enzimáticos (CII, CIII e AI)
Transporte de Lipídeos:
DIAGNÓSTICO 
DAS 
DISLIPIDEMIAS
Diagnóstico das Dislipidemias:
Baseia-se na dosagem dos lipídios séricos: colesterol total, HDL-C e triglicerídeos.
 A dosagem direta do LDL-C não é necessária, podendo o cálculo ser feito por meio
da fórmula de Friedewald, quando o valor dos triglicerídeos for inferior a 400 mg/dL:
 Para os casos em que o nível dos triglicerídeos for superior a 400 mg/dL, utiliza-se
como critério o colesterol não HDL [não HDL-C = CT – HDL-C], cujo alvo é 30 mg/dL
acima do alvo de LDL-C (isto é, para pacientes cujo LDL-c alvo for 100 mg/dL, o alvo
de não HDL-C será 130 mg/dL).
ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO 
CARDIOVASCULAR PARA 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO 
DA ATEROSCLEROSE
Estratificação de Risco Cardiovascular para 
Prevenção e Tratamento da Aterosclerose: 
Para estimar a gravidade da DCV, foram criados os chamados escores de
risco e algoritmos. O escore de risco global (ERG) mais utilizado e aceito
pela comunidade médica científica é o de Framingham, que inclui a
estimativa em 10 anos de eventos coronarianos, cerebrovasculares,
doença arterial periférica ou insuficiência cardíaca (IC).
• Risco muito alto; 
• Risco alto; 
• Risco intermediário; 
• Risco baixo. 
Estratificação de Risco Cardiovascular para 
Prevenção e Tratamento da Aterosclerose:
 RISCO MUITO ALTO: São classificados
nessa categoria os indivíduos que
apresentam doença aterosclerótica
significativa (coronária, cerebrovascular ou
vascular periférica) com ou sem eventos
clínicos.
 RISCO ALTO: São os pacientes em
prevenção primária que apresentam ERG >
20% (homens) ou > 10% (mulheres) ou que
apresentam condições agravantes de risco
com base em dados clínicos ou de
aterosclerose subclínica.
Estratificação de Risco Cardiovascular para 
Prevenção e Tratamento da Aterosclerose:
 RISCO INTERMEDIÁRIO: São classificados
como de risco intermediário os indivíduos com
ERG entre 5 e 20% no sexo masculino e entre 5
e 10% no sexo feminino. Também são
considerados como de risco intermediário os
portadores de diabetes mellitus (DM) sem os
critérios de doença DASC ou a presença dos
estratificadores de risco (ER).
 RISCO BAIXO: São considerados de baixo
risco CV aqueles adultos entre 30 e 74 anos, de
ambos os sexos, cujo risco de eventos CV em
10 anos calculado pelo ERG é inferior a 5%.
Estratificação de Risco Cardiovascular para 
Prevenção e Tratamento da Aterosclerose:
ETIOLOGIA
E
CLASSIFICAÇÃO 
DAS
DISLIPIDEMIAS
Classificação das Dislipidemias:
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMAS RELACIONADOS 
À SAÚDE (CID-10):
• E78.0 Hipercolesterolemia pura 
• E78.1 Hipertrigliceridemia pura 
• E78.2 Hiperlipidemia mista 
• E78.3 Hiperquilomicronemia
• E78.4 Outras hiperlipidemias
• E78.5 Hiperlipidemia não especificada 
• E78.6 Deficiências de lipoproteínas 
• E78.8 Outros distúrbios do metabolismo de lipoproteínas 
Etiologia das Dislipidemias:
Tanto as hiper quanto as hipolipidemias podem ter
origem etiológica primária ou secundária.
Primárias: origem genética.
Causadas por alterações no número ou função das
apolipoproteínas; nas proteínas de transferência de
lipídeos e nos receptores das lipoproteínas.
 Secundárias: 
São decorrentes do estilo de vida inadequado e de
certas condições mórbidas.
• Hipotireoidismo
• Obesidade
• Insuficiência renal crônica
• Doenças renais parenquimatosas
• Diabetes mellitus
• Alcoolismo
• Medicamentos
Etiologia das Dislipidemias:
 Etiologia primária genética:
– Hipercolesterolemia familiar (CT>300 e LDL > 200) 
– Hipertrigliceridemia familiar (TG > 500) 
– Apresentação clínica: 
• Eventos coronarianos em jovens da mesma família
• Xantomas e xantelasmas
DISLIPIDEMIA SECUNDÁRIA AO 
HIPOTIREOIDISMO
As alterações nos lipídeos plasmáticos ocorrem tanto
no hipotireoidismo manifesto clinicamente, como na
forma subclínica.
ATENÇÃO: Monitorar miotoxicidade!
Maior risco em indivíduos que utilizam
estatinas e apresentam hipotireoidismo não
tratado.
 ↓ expressão do receptor LDL-colesterol na superfície das células;
 ↓ da lipólise;
 ↓atividade da lipoproteína lipase periférica (LPL);
 ↓atividade da CEPT
DISLIPIDEMIAS SECUNDÁRIAS 
A MEDICAMENTOS
Os medicamentos que alteram os níveis
séricos de lípideos têm seu efeito mais
acentuado naqueles indivíduos com
distúrbios lipídicos de base e outras causas
secundárias como a obesidade, ingestão
alcoólica excessiva e diabetes.
Fonte: III Diretrizes Brasileiras Sobre Dislipidemias e Diretriz de Prevenção da Aterosclerose do
Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia Participantes. 2001;
TRATAMENTO E METAS 
TERAPÊUTICAS DAS 
DISLIPIDEMIAS
Tratamento das Dislipidemias:
O tratamento das Dislipidemias tem por objetivo principal a redução de eventos cardiovasculares. 
- LDL< 100 mg/dL e TGL<150 mg/dL ;
- Redução do risco cardiovascular;
1. Tratamento não medicamentoso:
• Terapia nutricional
• Exercícios físicos 
• Cessação do tabagismo
A terapia nutricional, a perda de peso e a prática de atividade física devem ser recomendadas a todos os
pacientes.
2. Tratamento medicamentoso
A decisão para o início da terapia medicamentosa dependedo risco cardiovascular do indivíduo e do tipo de 
dislipidemia presente ou predominante.
Terapia Nutricional:
Substituição parcial de ácidos graxos saturados por mono e poli-insaturados na dieta;
↓ CT ↓LDL-c ↓eventos cardiovasculares
Exclusão dos ácidos graxos na dieta;
↑ LDL-c
O padrão alimentar deve ser resgatado por meio do incentivo à alimentação saudável,
juntamente da orientação sobre a seleção dos alimentos, o modo de preparo, a quantidade
e as possíveis substituições alimentares, sempre em sintonia com a mudança do estilo de
vida.
Em indivíduos de risco aderentes a dieta, a terapia nutricional pode
diminuir de 10-15% da hipercolesterolemia em 45-60 dias.
A adesão à dieta e às correções no estilo de vida, como perda de peso,
pode resultar na redução de 20% da concentração plasmática de TG.
Terapia Nutricional:
TIPOS DE ÁCIDOS GRAXOS PRINCIPAIS FONTES EFEITOS SOBRE AS
LIPOPROTEÍNAS
Monoinsaturados
Ômega 9
Azeitona e azeite de oliva, amêndoas,
castanha-de-caju, abacate, nozes
Reduzem o LDL-c e elevam
o HDL-c
Poli-insaturados
Ômega 3
Óleos de peixe, salmão, truta,
sardinha
Reduzem o LDL-c e TG e
elevam o HDL-c
Poli-insaturados
Ômega 6
Óleos vegetais de milho, soja,
semente de girassol
Reduzem o LDL-c e o HDL-c
Saturados
Leite integral, manteiga, queijo
amarelo, sorvete, carne vermelha,
óleo de coco e de palma
Elevam o LDL-c
Trans
A maioria das margarinas com 80% de
lipídeos, gorduras vegetais
hidrogenadas, biscoitos, bolos, tortas,
pães industrializados
Elevam o LDL-c e reduzem o
HDL-c
Atividade Física: 
O exercício físico tem papel muito importante na prevenção e tratamento de DCV.
↑ HDL-c
↓ TGL
Devem ser adotados com frequência de 3-6 vezes/semana, em média de 150
minutos/semana de exercícios leves a moderados.
Tabagismo:
O hábito de fumar pode estar associado à redução significativa dos níveis de HDL-C. 
Abordagem cognitivo-comportamental
O tratamento do tabagismo inclui 2 etapas: 
Farmacoterapia
O tratamento é disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) previsto no Programa
Nacional de Controle do Tabagismo.
Tratamento Farmacológico:
HIPERCOLESTEROLEMIA ISOLADA:1
ESTATINAS:
São os medicamentos de primeira escolha para o tratamento da
hipercolesterolemia por apresentarem evidências na redução de
mortalidade, de eventos isquêmicos coronários, da necessidade de
revascularização e de AVC.
- Redução de LDL-c
- Redução de TGL
- Aumento discreto de HDL-c
Mecanismo de ação: inibem competitivamente a HMG-CoA redutase,
enzima responsável pela formação de colesterol pelo fígado e,
consequentemente, pela formação das lipoproteínas plasmáticas.
Tratamento Farmacológico:
ESTATINAS:
Tratamento Farmacológico:
ESTATINAS:
Efeitos adversos: são raros
 Efeitos musculares (mais comuns) e podem surgir em semanas ou anos após o início do 
tratamento. 
- Mialgia com ou sem elevação da creatinoquinase (CPK)
- Rabdomiólise
Dosagem de CPK deve ser avaliada no início do tratamento ou quando a elevação da dose é necessária; na
ocorrência de sintomas musculares (dor, sensibilidade, rigidez, câimbras, fraqueza e fadiga localizada ou
generalizada) e na introdução de fármacos que possam interagir com as estatinas.
 Alteração das enzimas hepáticas
A avaliação das enzimas hepáticas deve ser realizada no início do tratamento. A avaliação da função hepática
deve ser feita na ocorrência de sintomas ou sinais que sugerem hepatoxicidade (fadigao ou fraqueza, perda de
apetite, dor abdominal, urina escura ou aparecimento de icterícia).
Tratamento Farmacológico:
OUTROS FÁRMACOS:
1
 Ezetimiba: inibe a absorção de colesterol no
intestino delgado, atuando seletivamente nos
receptores NPC1-L1 e inibindo o transporte intestinal
de colesterol. Reduz LDL-c de 10 a 25%. Constitui uma
opção terapêutica para pacientes que apresentam
intolerância às estatinas.
 Resinas ou sequestradores dos ácidos
biliares (Colestiramina): atuam reduzindo a
absorção enteral de ácidos biliares. Como resultado,
ocorre depleção do colesterol celular hepático. A
adição de colestiramina ao tratamento com estatinas
pode ser recomendada quando a meta de LDL-c não é
obtida apesar do uso de estatinas potentes em doses
efetivas. A redução do LDL-c é dose-dependente e
pode variar de 5% a 30%.
HIPERCOLESTEROLEMIA ISOLADA:
Tratamento Farmacológico:
FIBRATOS:
2
São os medicamentos derivados do ácido fíbrico de primeira escolha para o tratamento da hipertrigliceridemia
isolada por apresentarem evidências na redução de mortalidade e de eventos isquêmicos coronários.
- Redução de TGL de 30 a 60% (redução mais pronunciada quanto maior o valor basal da trigliceridemia)
- Aumento de HDL-c de 7 a 11%
- Ação sobre LDL-c variável (pode diminuir, aumentar ou não modificar)
Mecanismo de ação: estimulação dos receptores nucleares denominados “Receptores Alfa Ativados da
Proliferação dos Peroxissomas” (PPAR-α) aumento da produção e da ação da LPL, responsável pela hidrólise
intravascular dos TG, e à redução da ApoC-III, responsável pela inibição da LPL.
HIPERTRIGLICERIDEMIA ISOLADA:
No tratamento da hipertrigliceridemia isolada são prioritariamente indicados os fibratos e, em segundo lugar, o ácido
nicotínico ou a associação de ambos. Pode-se ainda utilizar, neste tipo de dislipidemia, os ácidos graxos ômega 3,
isoladamente ou em associação com outros fármacos.
Tratamento Farmacológico:
FIBRATOS:
2 HIPERTRIGLICERIDEMIA ISOLADA:
Efeitos adversos: são raros.
 Distúrbios gastrointestinais
 Mialgia (sem ou com elevação da CK)
 Astenia
 Litíase biliar (mais comum com clofibrato)
 Diminuição da libido
 Erupção cutânea
 Prurido
 Cefaleia
 Peturbação do sono
 Aumento das enzimas hepáticas
 Rabdomiólise
ESTATINAS X GEMFIBROZILA
Evitar associação medicamentosa!!
Os representantes dos fibratos
apresentam características e mecanismos
de ação diferentes, não devendo ser
tratados como efeito de classe, mas
avaliados individualmente.
Tratamento Farmacológico:
OUTROS FÁRMACOS:
2 HIPERTRIGLICERIDEMIA ISOLADA:
 Ácido nicotínico (niacina): reduz a ação da
lipase tecidual nos adipócitos, levando à menor liberação
de ácidos graxos livres para a corrente sanguínea,
reduzindo assim, a síntese de TG pelos hepatócitos. Reduz
o LDL-c em 5 a 25%; aumenta o HDL-c em 15 a 35%; e
diminui o TG em 20 a 50%.
Ácidos graxos (ômega 3): são ácidos poli-
insaturados derivados dos óleos de peixes e de certas
plantas e nozes. Em altas doses, reduzem os TG,
aumentam discretamente o HDL-c, podendo, entretanto,
aumentar o LDL-c.
Tratamento Farmacológico:
3 HIPERCOLESTEROLEMIA MISTA:
A taxa sérica de TGL deve orientar como o tratamento farmacológico será iniciado.
 TGL > 500 mg/dL: Inicia-se o tratamento com um fibrato, adicionando-se se necessário o 
ácido nicotínico e/ou ômega 3. 
A meta é a redução do risco de pancreatite.
 TGL< 500 mg/dL: Inicia-se o tratamento com uma estatina e, se necessário, associando-se 
a ezetimiba.
A meta é a redução dos níveis de LDL-c.
LEMBRANDO...
Evitar a associação de estatinas com a genfibrozila!!!
Tratamento Farmacológico:
COMPONENTE BÁSICO
DA 
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
COMPONENTE ESPECIALIZADO
DA 
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Sinvastatina 20 mg
Ácido nicotínico 500 mg e 750 mg
Atorvastatina 10 mg, 20 mg, 40 mg e 80 mg
Pravastatina 10 mg, 20 mg e 40 mg
Bezafibrato 200 mg e 400 mg
Ciprofibrato 100 mg
Fenofibrato 200 mg e 250 mg
Genfibrozila 600 mg e 900 mg
Tratamento Farmacológico:
NOVOS FÁRMACOS:
Inibidores da PCSK-9 – Alirocumabe e Evolocumabe
Foram aprovados para uso no Brasil em 2016.
Ambos são aplicados por meio de injeção subcutânea.
 Alirocumabe: aplicação subcutânea a cada 2 semanas, na dose de 75 mg ou 150 mg.
 Evolocumabe: aplicação subcutânea a cada 2 semanas na dose de 140 mg ou uma vez por mês na dose 
de 420 mg.
*Somente em indivíduos com RCV alto, em tratamento otimizado com estatinas na maior
dose tolerada, associado ou não à ezetimiba, e que não tenham alcançado a meta de
LDL-c recomendada.
Avaliação Laboratorial:
Atualização daDiretriz Brasileira de Dislipidemias de 
2017:
 O jejum não é necessário para realização do CT, HDL-c e
Apolipoproteínas (ApoAI e ApoB), pois o estado pós-
prandial não interfere na concentração destas partículas;
 Em algumas situações clínicas específicas, TG > 440
mg/dL, uma nova coleta de amostra para o perfil lipídico
deve ser solicitada pelo médico ao paciente com jejum de
12 horas;
 O perfil lipídico deve ser feito em indivíduos com dieta
habitual, estado metabólico e peso estáveis por pelo
menos 2 semanas antes da realização do exame;
 Devem-se evitar ingestão de álcool e atividade física
vigorosa nas 72 e 24 horas que antecedem a coleta de
sangue, respectivamente.
Referências Bibliográficas:
1. Gus I, Ribeiro RA, Kato S, Bastos J, Medina C, Zazlavsky C, et al. Variations in the Prevalence of Risk Factors for Coronary Artery Disease in Rio Grande do
Sul-Brazil: A Comparative Analysis between 2002 and 2014. Arq Bras Cardiol. Dez 2015;105(6):573–9.
2. Garcez MR, Pereira JL, Fontanelli M de M, Marchioni DML, Fisberg RM. Prevalence of dyslipidemia according to the nutritional status in a representative
sample of São Paulo. Arq Bras Cardiol. Dez 2014;103(6):476–84.
3. Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 
4. Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia- 2017
5. SP, F. H. F.; RS, E. H. M. III Diretrizes Brasileiras Sobre Dislipidemias e Diretriz de Prevenção da Aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da 
Sociedade Brasileira de Cardiologia. 2001. 
6. SPOSITO, A. C. et al. Diretriz IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose Departamento de Aterosclerose da Sociedade 
Brasileira de Cardiologia. 
7. PORTARIA CONJUNTA Nº 8, de 30 de julho de 2019. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Dislipidemia: prevenção de eventos 
cardiovasculares e pancreatite

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