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CAROLINA ELMAUER BORGES - UNINOVE Mauá nono semestre, internato, 2022. DPOC estável Trata-se de uma doença comum, prevenível e tratável. O paciente apresenta sintomas respiratórios crônicos e exposições a partículas e gases nocivos, causando lesão das vias aéreas e alvéolos. Ele causa limitação fixa ao fluxo aéreo - VEF1/CVF pós BD < 0,70. Entidades Clínicas Bronquítico: Tosse > 3 meses por 2 anos consecutivos. Obeso, inchado e azul. Enfisematoso: Aumento do volume do espaço aéreo distal. Dado histológico. Paciente emagrecido, róseo. Epidemiologia ● Uma das principais causas de morbimortalidade do mundo; ● Impacto socioeconômico; ● 3ª causa de morte no mundo; ● Fator independente de risco cardiovascular; ● Platino: Prevalência em 15,8% nos pacientes > 40 anos, na cidade de São Paulo; Fatores de Risco e Progressão ● Tabagismo; ● Poluição; ● Metalúrgicos; ● Infecções; ● Nível socioeconômico; ● Deficiência de alfa-1-antitripsina (em pacientes jovens < 45 anos, enfisema nas bases/extenso e cirrose hepática); ● Mulher; ● Idosos; ● Prematuridade; ● Hiperreatividade brônquica/asma; Fisiopatologia Ocorre a inflamação crônica das vias aéreas, ocasionando proliferação das células calicinais e hipertrofia das glândulas submucosas (hipersecreção de muco) - estreitamento das vias aéreas. Causa aumento de resistência da via aérea e aumento do trabalho respiratório - dificuldade para respirar e dispneia. Estresse oxidativo, com desequilíbrio entre proteases e antiproteases, fazendo a digestão das proteínas de sustentação das paredes da via aérea, principalmente elastina e colágeno, ocasionando a destruição da parede alveolar - aprisionamento aéreo e hiperinsuflação. Há limitação ao fluxo aéreo pela inflamação e remodelamento e destruição do parênquima. Quadro Clínico ● Tosse ● Expectoração ● Dispneia progressiva ● Redução das atividades Exame Fìsico ● Fase expiratória prolongada; ● Tórax em tonel; ● MV e cardíaco reduzidos; ● Roncos e sibilos; ● Sinais de esforço respiratório - lábios cerrados, uso de musculatura acessória, tiragem intercostal, cornagem, respiração paradoxal, etc - estágios mais avançados; ● Sinais de cor pulmonale - sinais de congestão - edema de MMII, hepatomegalia, turgência jugular, etc; *Baqueteamento digital NÃO é comum no DPOC; Diagnóstico ● História clínica; ● Exposição compatível (tabagista com carga >20 maços/ano); ● VEF1/CVF pós BD <0,70; Exames Complementares ● Radiografia de tórax PA e perfil; ● Tomografia de tórax; ● Hemograma - Ht > 55% - policitemia; ● Gasometria arterial (Sat periférica <92); ● Alfa-1-antitripsina; ● Ecocardiograma; ● Exame de escarro; Avaliação do Paciente ● Gravidade (VEF1); ● Exacerbações; ● Dispneia (mMRC); ● Comorbidades; Classificação de Gravidade Escala VEF1 pós BD (% pred) Classificação 1 ≥80 Leve 2 50-79 Moderado 3 30-49 Grave 4 <30 Muito grave Escala de Dispneia mMRC 0) Tenho falta de ar quando realizo exercícios físicos; 1) Tenho falta de ar quando apresso o meu passo ou subo escadas ou ladeiras; 2) Preciso parar quando ando no meu passo, ando mais devagar que outras pessoas da minha idade; 3) Preciso parar muitas vezes devido a falta de ar quando ando perto de 100 metros ou poucos minutos de caminhada; 4) Sinto falta de ar quando saio de casa ou preciso de ajuda para me vestir ou tomar banho sozinho; Classificação de sintomas e exacerbações Abordagem da DPOC 1) Diagnóstico confirmado por espirometria p´ós-broncodilatador VEF1/CVF <0,7; 2) Classificação da gravidade (GOLD); 3) Classificação dos sintomas/risco de exacerbação; Objetivo do Tratamento ● Reduzir sintomas: Aliviar sintomas, melhorar tolerância ao esforço e melhorar estado de saúde; ● Reduzir risco: Prevenir a progressão, prevenir e tratar exacerbações e reduzir a mortalidade; Tratamento Não-Farmacológico ● Educação (orientar os pacientes sobre a doença); ● Atividade física; ● Reabilitação pulmonar; ● Vacinação (Influenza, pneumococo e COVID-19); ● Cessar tabagismo (aumenta a sobrevida); ● Oxigenoterapia (aumenta a sobrevida) - PaO2 ≤55 mmHg ou Sat ≤88% OU PaO2 56-59 mmHg + Cor Pulmonale ou Policitemia. O alvo de SpO2 é de 88-92%; Tratamento Farmacológico Classe A: Exacerbações 0-1/ano, mMRC/CAT: 0-1/<10 e baixo risco e pouco sintomático. ● Broncodilatador. Avaliar tto. Continuar, parar ou tentar outra classe de broncodilatador. Classe B: Exacerbações 0-1/ano, mMRC/CAT ≥2/≥10 e baixo risco e muito sintomático. ● LABA (Broncodilatador de longa duração) ou LAMA (Anticolinérgico de longa duração). Avaliar tto. Se ainda sintomático, associar as drogas LABA + LAMA. Classe C: Exacerbações ≥2/ano ou internação, mMRC/CAT: 0-1/<10 e alto risco e pouco sintomático. ● LAMA - reduz exacerbações. Avaliar tto. Se continuar exacerbando: LABA + LAMA ou LABA + Corticoide inalatório. Classe D: Exacerbações ≥2/ano ou internação, mMRC/CAT: ≥2/≥10 e alto risco e muito sintomático. ● LAMA + LABA. Avaliar tto. Se continuar exacerbando, associar LAMA + LABA/Corticoide inalatório + Macrolídeo ou Roflumilaste.
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