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Hipófise, tireoide, paratireoides e timo - Anatomia e embriologia

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Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 
HIPÓFISE OU PITUITÁRIA 
ANATOMIA 
• Dimensões: 12x8x6mm 
• Peso medio: 500mg 
• Relações relevantes: hipotálamo e quiasma óptico 
• Localização: interior da sela túrcica, na base do 
encéfalo e se liga ao hipotálamo pelo pedúnculo 
hipofisário (infundíbulo). 
Obs. O acesso para a 
hipófise pode ser de forma 
transnasal, ou seja, uma 
cirurgia minimamente 
invasiva, sem retirar a 
calota craniana. 
 
Se um tumor cresce demais e fica supra selar, pode 
comprimir o quiasma óptico, ocasionando a 
hemianopsia bitemporal (Redução do campo visual, da 
visão periférica). 
 
A hipófise é dividida em duas partes: posterior, ou 
neurohipófise e anterior, ou adenohipófise. Entre as 
duas porções há uma pequena zona chamada Parte 
Intermediária (Pars Intermedia), que é pouco 
desenvolvida em humanos. 
 
 
 
Adenohipófise – Porção Anterior 
É a parte que produz e secreta hormônios. Sua função 
é controlada pelos hormônios do hipotálamo. 
Hormônios produzidos e secretados: 
• Somatotrotofina (GH)– produzido pelos 
somatotrofos 
• ACTH – Produzidos pelos corticotrofos 
• Prolactina (PRL) – Produzido pelos mamotrofos 
• FSH e LH – Produzidos pelos gonadotrofos 
• TSH – Produzido pelos tireotrofos 
Obs. Cerca de 30 a 40% das células da hipófise são 
somatotrofos; 20% são corticotrofos e as outras estão 
divididas em 3 a 5% cada. 
Neurohipófise – Porção Posterior 
Responsável, apenas, pelo armazenamento e secreção 
de hormônios que são produzidos nos núcleos do 
hipotálamo (Supraóptico e paraventriculares) 
• ADH (vasopressina) 
• Ocitocina 
 
O núcleo 
supraóptico (NSO) 
é um núcleo 
composto por 
neurônios 
magnocelulares 
no hipotálamo de 
mamíferos. 
Os corpos 
celulares desses 
neurônios 
produzem o hormônio peptídico vasopressina, que 
também é conhecido como hormônio anti-diurético 
(ADH). Esse núcleo se situa na base do cérebro, de 
forma adjacente ao quiasma óptico. 
O núcleo Paraventricular (NPV) é responsável pela 
produção de Ocitocina. 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 
EMBRIOLOGIA 
As duas porções da hipófise são oriundas de fontes 
distintas. Essa origem dupla explica por que a hipófise 
é composta por dois tipos diferentes de tecidos: 
• Adeno-hipófise (tecido glandular) – derivada do 
ectoderma oral, da Bolsa de Rathke. 
• Neuro-hipófise (tecido nervoso) – Derivada do 
ectoderma neural do assoalho do prosencéfalo; 
Obs. Junção entre a bolsa de Rathke e o infundíbulo é 
chamada de parte ou pars intermedia. 
 
Por volta da terceira 
semana, o 
divertículo 
hipofisário fica 
adjacente ao 
assoalho do 
diencéfalo e, na 
quinta semana, ele 
se alonga e estreita 
ao entrar em contato com o infundíbulo (derivado do 
divertículo neuro-hipofisário). 
Durante a sexta semana, depois de estar próximo ao 
divertículo neuro-hipofisário, a conexão existente 
entre o divertículo hipofisário e o estomedeu é 
degenerada e as células desse divertículo se proliferam 
para originar a adeno-hipófise. 
As células situadas na parede posterior da bolsa 
hipofisária não proliferam, formando a parte 
intermediária. 
A parte da hipófise desenvolvida a partir do divertículo 
neuro-hipofisário originará a neuro-hipófise; o 
infundíbulo originará a eminência mediana, o tronco 
infundibular e a parte nervosa (pars nervosa). 
 
Divisões Anatômicas: 
Adeno-hipófise: 
• Parte tuberal 
• Parte intermedia 
• Parte distal 
Neuro-hipófise: 
• Processo 
infundibular 
• Pedículo infundibular 
• Eminência mediana 
 
 
 
 
CORRELAÇÃO CLÍNICA – EXAME DE IMAGEM: 
Imagens ponderadas em T1 no plano sagital (figura 1) e 
coronal após gadolínio (figura 2). As seguintes estruturas 
são destacadas: A – adeno-hipófise, B – neuro-hipófise, C – 
haste hipofisária, D – quiasma óptico, E – seios cavernosos, 
F – artérias carótidas internas, G – seio esfenoidal. 
A neuro hipófise fica na região posterior da hipófise, 
habitualmente ela tem hipersinal em T1 (brilha). 
TIREOIDE E PARATIREOIDES 
ANATOMIA 
A glândula tireoide é uma glândula única, que se situa 
anteriormente à traqueia, entre a cartilagem cricóidea 
e a incisura supraesternal, entre a 5ª vértebra cervical 
e a 1ª torácica. 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 
Possui dois lobos conectados por um istmo, e quatro 
glândulas paratireoides na região posterior, 
produtoras do paratormônio. 
 
• Localização- Fúrcula do esterno, abaixo da 
cartilagem tireoidea e da cricoidea, entre os 
músculos esternocleidomastoideos. 
• Possui Íntima proximidade com os vasos cervicais. 
• Dividida em 3 lobos: Direito, esquerdo e istmo. 
Obs. Em situação de patologias tireoideanas, o 
paciente pode apresentar defeitos na voz (rouquidão, 
alteração do timbre) por conta do nervo Laríngeo 
recorrente, que é um ramo do nervo vago. 
• A tireoide é a primeira glândula a se formar no 
embrião. 
 
EMBRIOLOGIA 
É a primeira glândula endócrina a iniciar o seu 
desenvolvimento, que começa aproximadamente 
24 dias após a fecundação a partir de um 
espessamento no assoalho da faringe primitiva. 
Esse espessamento possui origem endodérmica, o 
qual sofre uma pequena evaginação, formando 
o primórdio da tireoide. 
 
O ducto tireoglosso é um canal estreito, 
responsável por conectar a tireoide à língua. Esse 
ducto desaparece mais tarde e a glândula tireoide 
migra inferiormente para frente do osso hioide e das 
cartilagens laríngeas. Em torno da sétima semana ela 
alcança a sua posição final e adquire dois lobos laterais 
e um istmo. A glândula inicia seu funcionamento por 
volta do fim do terceiro mês de desenvolvimento. 
 
Obs. cistos do ducto tireoglosso 
Os cistos são resquícios 
remanescentes do ducto tireoglosso. 
Geralmente são retirados de forma 
cirúrgica, pelo risco de neoplasia. 
 
 
PARATIREOIDES E TIMO - EMBRIOLOGIA 
Por volta da quinta semana, o epitélio ventral da 
terceira bolsa faríngea forma o timo e o dorsal se 
diferencia na glândula paratireoide inferior. 
O timo migra no sentido caudal-medial, "puxando" a 
paratireoide inferior com ele. 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 
O epitélio da região dorsal da quarta bolsa 
faríngea forma a glândula paratireoide superior. A 
região ventral da quarta bolsa origina o corpo 
ultimobranquial ou ultimofaríngeo, que 
posteriormente é incorporado à glândula tireoide. As 
células dessa estrutura irão originar as células 
parafoliculares da tireoide. Essas células são também 
chamadas de células C, indicando que elas produzem 
calcitonina, um hormônio que reduz os níveis de cálcio 
no sangue. As células C diferenciam-se a partir de 
células da crista neural que migram dos arcos para o 
quarto par de bolsas. 
 
Arcos faríngeos 
Componentes: 
• Artéria 
• Nervo 
• Cartilagem 
• Componente 
muscular 
 
Bolsas faríngeas: 
• Desenvolvem-
se entre os 
arcos 
• Sequência 
cefalo-caudal 
• Quatro pares 
bem definidos 
• Quinto par 
rudimentar 
 
Terceira bolsa 
• Paratireoide 
inferior e timo 
Quarta bolsa 
• Parte dorsal – 
paratireoide 
superior 
• Parte ventral – 
corpo 
ultimobranquial 
• Quinta bolsa 
• Ajuda a formar 
o corpo 
ultimobranquial 
 
 
 TIMO 
O timo é um órgão 
linfoide primário que se 
desenvolve a partir de 
células epiteliais 
derivadas do endoderma 
do terceiro par de bolsas 
e do mesênquima dentro 
do qual crescem tubos 
de células epiteliais. Os 
tubos logo se tornam 
cordões sólidos que 
proliferam e formam os 
ramos laterais. Cada 
ramo lateral torna-se o 
eixo de um lóbulo do 
timo. Algumas células dos cordões epiteliais se 
arranjam em torno de um ponto central, formando 
pequenos grupos de células denominados corpúsculos 
tímicos (corpúsculos de Hassall). 
Outras células dos cordões epiteliais se espalham, mas 
mantêm ligações umas com as outras para formar um 
retículo epitelial. O mesênquima entre os cordõesepiteliais forma septos finos incompletos entre os 
lóbulos. Os linfócitos logo aparecem e preenchem o 
interstício entre as células epiteliais. Os linfócitos são 
derivados das células-tronco hematopoiéticas. O 
primórdio do timo é circundado por uma fina camada 
de mesênquima que é fundamental para seu 
desenvolvimento. As células da crista neural também 
contribuem para a organogênese do timo. O 
crescimento e o desenvolvimento do timo não estão 
completos no nascimento. Ele é um órgão 
relativamente grande durante o período perinatal e 
pode se estender através da abertura torácica superior 
até a base do pescoço. Conforme a puberdade é 
atingida, o timo começa a diminuir seu tamanho 
relativo à medida que sofre involução. Na idade adulta, 
ele é muitas vezes irreconhecível em consequência da 
infiltração gordurosa no córtex da glândula; 
entretanto, ainda é funcional e importante para a 
manutenção da saúde. Além da secreção de hormônios 
tímicos, o timo dá origem a timócitos (precursores de 
células T), antes de sua liberação para a periferia. 
 
Referências 
• HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado 
de fisiologia médica. 13 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. 
• JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia 
básica: texto e atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2017. 
• NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 5 ed. Rio 
de Janeiro, Elsevier, 2011. 
• MOORE: Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7 ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2014 
• MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia Clínica. 10.ed. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2016.