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AD1 Literatura 2022 1

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD
DISCIPLINA: LITERATURA NA FORMAÇÃO DO LEITOR
Coordenadora(o): Anna Carolina C. de A. da Matta Machado
Avaliação a Distância 1 (AD1) – 2022 1
Prazo máximo de postagem: 27 de março
	
Disciplina: Literatura na Formação do Leitor
Coordenadora(o): Anna Carolina C. de A. da Matta Machado
Aluno(a): Karina Rodrigues Lessa da Costa
Matrícula: 19112080482
Polo: Magé
AD realizada (x) individualmente 
 ( ) em dupla (estudantes do mesmo polo)
Caras e caros estudantes de Literatura na Formação do Leitor,
Esta avaliação consiste de 4 (quatro) questões, relativas aos conteúdos estudados nas Aulas 1 a 12. Leia os enunciados com atenção, retorne à leitura das aulas e procure desenvolvê-las da melhor maneira possível, lembrando que é essencial citar, conforme as regras da ABNT as fontes consultadas e usadas. 
Recomendamos elaborar as suas respostas com coerência, com coesão e com adequada fundamentação teórica. 
Apresente seu trabalho preferencialmente em fonte Times New Roman 12 ou Arial 11, em espaço 1,5, alinhamento justificado.
Você pode realizar individualmente ou em dupla, com outra(o) estudante do seu polo. Ambos devem postar a AD e incluir os dois nomes e matrículas.
1ª Questão: (valor: 2,0 pontos)
Estas tirinhas expressam pontos de vista sobre a literatura e sua relação com a formação do leitor. Com base nelas e no que estudamos nas primeiras aulas, qual é a sua definição do que é literatura? E qual a importância do seu estudo para um(a) educador?
Literatura é a expressão da criatividade, da cultura e das ideias que alguém tem consigo e as coloca em forma de escrita, ressaltando a importância que o que foi escrito tem para a história cultural de uma nação ou sociedade comum e do idioma que rege a suas linhas. A leitura oferece ao homem uma ferramenta para sociabilizar-se com os demais. Proporciona a possibilidade de que ele acumule conhecimentos à medida que sua leitura progrida. O nosso relacionamento com o livro, a melhor ferramenta condutora de conhecimento, deve começar desde cedo. Mesmo que esse relacionamento seja “passional”, haja vista que todas as crianças, para compreender como as coisas funcionam, sentem a inevitável necessidade de desconstruir as coisas que têm em mãos. Sendo assim, os livros não haveriam de escapar a esse destino.
No princípio o livro é aberto, apreciado, jogado no chão, arrastado no chão em movimentos semicirculares, suas folhas são arrancadas e, por fim, é rasgado. Assim sofre o livro nas mãos do homem enquanto ele não entende que o livro lhe será presente e necessário ao curso de sua vida.
A leitura começa gradualmente. Primeiro, mais imagens que palavras. Palavras poucas, simples e fáceis. Fazendo assim que o desejo pelo livro, que o amor ao livro seja cultivado. Em um segundo momento as imagens tornam-se menos e as palavras mais. Às vezes menos compreensíveis, fazendo assim um hábito comum a consulta ao dicionário. Mais a diante as imagens somem sobrando apenas as palavras.
Os livros precisam caminhar com o homem à medida que ele cresce. Quando pequenos, os livros de fábulas trazem as crianças a um mundo imaginário onde elas se sentem confortáveis, onde não se precisa conhecer a realidade do mundo que nos cerca. Quando se está crescendo a leitura precisa mudar com o advento das mudanças que se passa nesta época da vida: Estórias de aventura, de super-heróis, de pessoas simples mais próximas a sua realidade. E mais à frente um pouquinho, por que não tratar de sexo, drogas e rock’nd roll e o quanto essas coisas podem nos afetar a vida. Nesta época é bom deixar de ler estórias para se ler histórias. Não podemos esquecer os clássicos da literatura que nem sempre amamos, mas tanto deles precisamos.
A adolescência é um momento que se tem várias opções de leituras: revisas em quadrinhos, livros de estórias fabulares de bruxos de terras longínquas, clássicos e literatura nacional, literatura internacional, poesia, crônicas, revistas pornográficas (embora isto pareça uma regressão à infância onde as imagens tornam-se mais importante que as palavras) e outras mais que não me vêm a mente no presente momento.
Neste período é onde surgem as primeiras manifestações acerca da criação literária. Seja ela associada à escrita em diários, às poesias a namorada, às cartinhas de amor ou às vozes caladas de protesto e solidão. É onde se começa e dizer, calado, com as palavras o que se sente ou o que não se tem coragem de verbalizar. A música é outra forma de inserir esse hábito na vida dos adolescentes.
Quando chega a idade adulta, e com ela a responsabilidade de preocupar-se como futuro, os hábitos de leitura começam a cambiar. A leitura começa a tornar-se significativa, não obstante que ela não o tenha sido até então, entretanto ela passa a focar-se em um objetivo conciso e resoluto levando consigo a relevância do profissionalismo e da formação profissional do indivíduo. Sendo esta leitura, dada como acadêmica.
A importância da leitura está inserida no quão prazeroso é a leitura para o leitor. Neste âmbito a leitura é importante para o conhecimento de mundo, para a acréscimo de informações do leitor que poderá ser explorado por ele mais a frente em suas relações sociais, profissionais, acadêmicas, etc. Ao leitor que não se atém apenas a uma dada leitura, está fadado a ele de conhecimento além de seus contemporâneos. Conhecimento este em coisas simples, como saber a grafia correta de uma palavra incomum ou não muito usada, saber o significado e o uso de vários sinônimos, para diversificar a sua escrita; como também em coisas mais aguçadas como compreender um idioma sem que seja necessário saber falá-lo, conhecer a biografia de alguém, a história de algum lugar ou de um dado período de tempo na história e outros conhecimentos mais.
A leitura abre portas que nem sempre podemos abrir com as próprias mãos, porque nem sempre a ação física é tudo. A palavra estática em uma folha de papel pode fazer com que o leitor aproveite de uma agradável viagem sem passar pelos desconfortos que ela, por ventura, poderia oferecer. A leitura erige pontes entre o saber, o conhecimento e aquele que tem sede por saciar-se dentro dessa fonte inesgotável que não deixa de jorrar das páginas de um livro qualquer.
 2ª Questão: (valor: 4,0 pontos)
Na maioria dos casos, a Escola acaba sendo a única fonte de contato da criança com o livro e, sendo assim, é necessário estabelecer-se um compromisso maior com a qualidade e o aproveitamento da leitura como fonte de prazer. (MIGUEZ[footnoteRef:1], 2000, p. 28). [1: MIGUEZ, Fátima. Nas arte-manhas do imaginário infantil. 14. ed. Rio de Janeiro: Zeus, 2000.
] 
Pesquise e anexe um plano de aula[footnoteRef:2] voltado para o trabalho com textos literários na Educação Infantil ou anos iniciais do Ensino Fundamental. [2: Vale consultar o Portal do Professor - http://portaldoprofessor.mec.gov.br/buscarAulas.html para pesquisa. O site da revista Nova Escola - http://revistaescola.abril.com.br/ - também apresenta inúmeros planos de aula dos diferentes anos de escolaridade. ] 
TEMA – Os Três Porquinhos
Objetivos:
Reconhecer os personagens da História – Os Três Porquinhos
Ordenar letras formando o nome das casinhas dos porquinhos
Listar as comidas dos porquinhos (a partir de desenhos)
Recortar, colar palavras para completar frases;
Observar figura, contar de 2 em 2 e registrar o resultado nos quadrinhos,
Apreciar vídeo- 3 terríveis porquinhos;
Confeccionar as casinhas dos Três Porquinhos
Ouvir a letra da música do conto- Os Três Porquinhos em note book;
Desenvolver o gosto pela leitura.
Duração: 4 horas
Linguagem Oral e Escrita: Reconto da História – Os Três Porquinhos
Matemática - Contagem de 2 em 2 até 06
Arte: Pintura, modelagem, confecção, recorte e colagem.
Procedimentos Metodológicos:
1º Momento: Socialização- momento livre de brincadeirase convivências entre si. Nessa primeira meia hora de aula as crianças manuseiam os brinquedos livremente, sob observação da professora.
2º Momento: Hora da rodinha- Oração-, seguida do repertório das músicas dos contos clássicos/ou músicas diversificadas do repertório das crianças
3º Momento: Preenchimento do calendário- Quantos somos?
4º Momento: Assinatura do Aluno no Livro de Ponto, seguida da chamada dos alunos na lista de frequência.
5º Momento: Hora da história – A professora organiza as crianças (sentados em esteiras)  no centro do chão da sala e apresenta para os mesmos o Slide- 3 Terríveis Porquinhos
6º Momento: Conversa informal sobre o vídeo, seguida dos questionamentos orais:
__ vocês conheciam a história dos 3 Terríveis Porquinhos?
___ Conhecem outra história de Porquinhos? Qual?
___ Qual foi a Parte que você mais gostou dessa nova versão dos três porquinhos?
___ como foi o final deste conto, Gostaram?
Desenho livre com pintura dos personagens apresentado no slide
6º Momento: A professora faz a leitura do Conto – Os Três Porquinhos, pausadamente, perguntando as crianças a cada parágrafo lido sobre o contexto da leitura.
7º Momento: Lanche
8º Momento: Atividade- A professora orienta as crianças a nomear as partes do porquinho a partir do banco de palavras
9º Momento: Outra atividade- A professora orienta as crianças a contarem de 2 em 2 a quantidade de filhotes de cada porquinho, registrando no quadrinho, seguida da contagem dos três filhotes juntos, e assim obter o resultado registrando no quadrinho.
10º Momento: Atividade para casa- Observar figuras, recortar e colar palavras para completar frases
Recursos: Slide, notebook, DVD (contos clássicos) atividades impressas, papelão, papel cartão, folhas de coqueiro, palitos de fósforos, palitos de picolé, cartolina, tesoura, lápis de cor e de cera
Avaliação: Observar o desempenho e a participação das crianças no momento confecção das casinhas dos três porquinhos, como também as atividades realizadas em sala de aula.
Plano de Aula Projeto Literatura Infantil A Galinha Ruiva
Plano de Aula Educação Infantil O Sanduíche da Dona Maricota Projeto Literatura Infantil
Em seguida, faça uma análise crítica, destacando os pontos fortes, adaptações pertinentes ou aspectos que podem ser melhor trabalhados no plano de aula escolhido. Não se esqueça de fazer referência às relações que podemos fazer com o conteúdo estudado nas aulas. 
O plano de aula destacado acima visa estimular o aluno a leitura de textos literários, desenvolvendo a sensibilidade de leitura, a imaginação, a criatividade e o pensamento crítico, onde estabelecemos relações entre o que é lido e o conhecimento de mundo e a reconhecer a diferença entre sentido literal e figurado. 
b) Selecione um texto literário (ou um fragmento representativo), adequado à Educação Infantil ou aos anos iniciais do Ensino Fundamental, anexe-o à prova, e, a partir dele, proponha uma atividade para ser realizada pelos alunos que tenha relevância para a formação de um leitor proficiente.
As histórias infantis, os contos e as fábulas são recursos próprios para se trabalhar à sensibilização das crianças com o propósito de conseguir mudança de atitudes comportamentais com o objetivo de despertar nas crianças o interesse e gosto pela leitura, possibilitando assim o aprendizado da literatura visual através das imagens, desenvolvendo a alfabetização e o letramento.
Texto literário: Os Três Porquinhos 
Proposta de atividades: 
· Em um primeiro momento fazer uma roda de conversa e apresentar a história para as crianças. Aguce a curiosidade delas para que todos possam ter vontade de viajar na história, no mundo do faz de conta, e assim fazer com que todos sejam protagonistas da mesma. Comece então a despertar a vontade de ouvir a história. Ex: Conheço uma história que fala de três porquinhos que resolveram morar sozinhos, mas em seu caminho apareceu um lobo muito mal. Vocês querem ouvir?
· Em um segundo momento contando a história: Em uma roda contar a história dos Três Porquinhos utilizando-se de livros e dedoches, em seguida deixar as crianças manusearem o(s) livro(s) e os dedoches, para que possam reconhecer os personagens, e proponha que recontem a história;
· Terceiro momento Teatro de Fantoches: Organizar a sala deixando um ambiente agradável e prazeroso, para que as crianças possam apreciar a obra literária através de um teatro contado pela professora. Durante a apresentação, faça uma interação entre os personagens e as crianças. Os personagens da história podem chamar pelo nome das crianças e fazer algumas perguntas. Ex: O lobo pode perguntar as crianças se ele assopra a casa ou não, se ele entra pela chaminé ou não; o porquinho pode perguntar as crianças se eles estão vendo o lobo ao redor, e para que lado o lobo foi. Também pode pedir às crianças que ajudem o lobo assoprar a casa. Essa interação é muito importante na construção do saber, e desperta nas crianças curiosidade, confiança e autoestima por fazerem parte da história.
3ª Questão: (valor: 2,0 pontos)
Escolha 2 (duas) aulas da disciplina para aprofundar a seção Resumo. Faça uma pesquisa na Internet para ter referências e ampliar os textos desta parte de nosso material didático de modo a trazer mais elementos e conceitos que você avalia como importantes para um estudante da licenciatura em Pedagogia. Cite as fontes consultadas conforme as regras da ABNT.
Resumo Aula 1 – o que é o que é.… leitura, leitor, literatura?
Existem diferentes formas de ler. Uma dessas formas privilegia, num texto escrito, a decodificação dos símbolos gráficos, a compreensão das palavras e expressões e, consequentemente, seu sentido mais imediato. A essa prática denominamos concepção reduzida de leitura. A outra forma de entender o ato de ler, concepção ampliada, ao contrário, apresenta a leitura e seu (s) possível (veis) sentido (s) como elementos fundamentais do ato de ler nem sempre os sentidos imediatos a que nos referimos(...) são únicos. Eles podem ser múltiplos e, na maioria das vezes, o são. Dependem, também, de nossa visão de mundo; dos valores e representações que temos desse mundo (...). Os sentidos imediatos dependem, ainda, do que denominamos como INTERTEXTUALIDADE... (CAPELLO; COELHO, 20 03, p. 36). Voltando à ideia de leitura ampliada, podem os dizer que esta concepção põe em xeque um pressuposto que muitos de nós utilizamos, quando trabalham os com textos na escola: o de que existe um a interpretação única. Com essas leituras, experimentam os o que denominamos condições internas do texto. Em outras palavras: sua construção vocabular, as imagens criadas, as nuanças fônicas, semânticas e sintáticas que percebemos como múltiplas vão constituindo um texto plural, polifônico. Se existem concepções de leitura, sejam elas reduzidas ou ampliadas, devem existir, também, condições para sua produção, não é mesmo? Neste particular, vejam os o que nos diz Abreu (2000, pp. 123-124): A leitura, além de um a história, tem um a sociologia (C H ARTIER, 1998). As formas de ler e avaliar os textos variam, se se considerarem diferentes classes sociais, regiões, etnias etc. (...) diferentes lei tores, espectadores, ouvintes, produzem apropriações inventivas – e diferenciadas – dos textos que recebem. Para Michel de Certeau, o consumo cultural é ele mesmo uma produção – silenciosa, disseminada, anônima, mas um a produção. O que não significa considerar o leitor como completamente livre, pois ele está submetido a restrições e limites impostos por sua formação cultural e pela forma particular do texto que lê. Lendo atentam ente o trecho destacado, podemos inferir que ler não é um a prática social totalmente autônoma; muito menos, neutra. Quando lemos, estamos nos posicionando diante do mundo; mas, ao mesmo tempo, esta nossa posição depende do que construímos sobre esse mundo, a partir das possibilidades com que ele nos brindou, embriagou ou – quem sabe – deixou de nos presentear. Em outras palavras, lemos de acordo com concepções que construímos a partir de nossascondições objetivas de vida
 Se som os condicionados, de certa forma, p elas oportunidades socioeconômicas e culturais que temos ao longo da vida, somos, ao mesmo tempo, donos de nossas reflexões. Em outras palavras, podemos, por meio das oportunidades que também nos concedemos, produzir práticas de leitura diferenciadas e criativas. A professora Sonia Kramer (2000) apresenta entre vivência e experiência, apontando a natureza desta última quando relacionada ao ato de ler. Repare:
(...) na vivência, há mera reação aos choques da vida cotidiana, a ação se esgota no momento de sua realização (por isso é finita); na experiência, o que é vivido é pensado, narrado, a ação é contada a um outro, compartilhada, se tornando infinita. Esse caráter histórico, de ir além do tempo vivido e de ser coletivo, constitui a experiência. Mas o que significa entender a leitura e a escrita como experiência? (...) quando penso na leitura como experiência (...) refiro-me a momentos em que fazem os comentários sobre livros ou revistas que lemos, trocando, negando, elogiando ou criticando, contando mesmo. (...) O que faz da leitura um a experiência é entrar nessa corrente onde a leitura é partilhada. (. . .) defendo a leitura da literatura e de textos que têm dimensão artística, não por erudição, mas porque são textos capazes de inquietar (...) (KRAMER, 2000, pp. 28-29).
É interessante verificar que, com essa distinção, Kramer nos apresenta um tipo de leitor – aquele que indaga, busca, interfere, compartilha sentidos. E defende a leitura de um tipo de texto – aquele que é capaz de inquietar...
Concepções de literatura
Vejamos o que nos diz Aguiar e Silva (1973), autor de uma tradicional obra de teoria da literatura, sobre os significados da Literatura ao longo do tempo: Na segunda metade do século XVIII (...) em vez de significar o saber, a cultura do letrado, a palavra passa a designar antes uma específica actividade deste e, consequentemente, a produção daí resultante (... ) cerca do fim do terceiro quartel do século X VIII, literatura p assa a significar o conjunto das obras literárias de um país, pelo que se lhe associa um adjectivo determinativo: inglês, francês etc. (. ..) Por volta da penúltima década do século XVIII, a palavra “ literatura” conhece um novo e importante matiz semântico, passando a designar o fenómeno literário em geral e já não circunscrito a uma literatura nacional, em particular. Caminha-se para a noção de literatura como criação estética, como específica categoria intelectual e específica forma de conhecimento (p. 23).
Refletindo sobre as concepções de Literatura, uma pergunta nos assaltou: se Literatura pode ser, dentre outras possibilidades, um a forma de entender o mundo, trabalhando esteticamente com a língua, as pessoas – de qualquer classe ou categoria profissional, em qualquer sociedade – deveriam ter acesso aos textos literários. Afinal, esses textos seriam um complemento essencial à sua constituição como seres histórico-sociais, pertencentes a um grupo social e, ao mesmo tempo, ao mundo.
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/o-que-e-literatura.htm
Resumo Aula 2 - Formamos leitores ou os leitores se formam?
Para responder a esta pergunta, é importante que se considere as relações que podemos estabelecer entre um a das concepções de Literatura e de formação de leitores, nas quais o termo refere-se a uma forma de compreender o mundo, trabalhando esteticamente com a língua e o processo de formação de leitores.
• o processo de formação do leitor está intimamente vinculado aos primeiros RITUAIS DE INICIAÇÃO – experiências – que o constituem como tal;
• as experiências iniciais sinalizam a presença de um “ ingrediente” importante, que tem o potencial de deflagrar este processo de formação: o prazer/gosto pela leitura;
• o despertar do gosto pela leitura, geralmente, está atrelado à presença de agentes de formação, mediadores, “pontes rolantes” que estimulam esta interação leitor/texto literário;
• o contexto local que oportunize e enriqueça a interação leitor/ texto literário influi significativamente na sua formação, oferecendo condições de produção de leitura capazes de aproximá-lo e seduzi-lo p ara esta prática cotidiana.
Podem os observar a importância que devemos atribuir aos espaços de leitura e aos adultos leitores, responsáveis pelo desenvolvimento de ações positivas na formação de leitores em potencial. Tais fatores são capazes de despertar e estimular práticas impregnadas de pura fruição, prazer, afetividade, que exercem uma influência sobre a constituição humana. Podem os observar o quanto o processo de formação do leitor deve estar necessariamente vinculado a situações/experiências que despertem o seu gosto/prazer pela leitura. Percebemos, então, a relevância que estes vínculos entre leitor/ texto literário representam para o desenvolvimento de práticas leitoras. Práticas leitoras motivadas pelos vínculos culturais e sociais locais que o sujeito progressivamente vai estabelecendo em função de seus modos e contextos de vida. As primeiras experiências de interação com o universo da literatura geralmente acontecem nos contextos familiares, por adultos leitores do mundo e da palavra que, com suas narrativas mágicas e permeadas de encantamento, oferecem ao leitor iniciante o livro e a literatura como “passaportes, bilhetes de partida”, como enuncia Bartolomeu Campos de Queirós: A leitura guarda espaço para o leitor imaginar sua própria humanidade e apropriar-se de sua fragilidade, com seus sonhos, seus devaneios e sua experiência. A leitura desperta no sujeito dizeres insuspeitados enquanto redimensiona seus entendimentos. (. ..) A iniciação à leitura transcende o ato simples de apresentar ao sujeito as letras que aí estão já escritas. É mais que preparar o leitor para a decifração das artimanhas de uma sociedade que pretende também consumi-lo. É mais do que a incorporação de um saber frio, astutamente construído. (...) fundamental, ao pretender ensinar a leitura, é convocar o homem para tomar da sua palavra (QUEIRÓS, 1999, p. 24).
A possibilidade de ter acesso ao “universo da literatura”, ou seja, o direito de se tornar um leitor pleno depende, especialmente, da pluralidade de escrituras literárias que o cercam. Diante de tudo o que foi exposto no decorrer da aula, responda nesse momento: formam os leitores. Ou os leitores se formam?
Procure, para tanto, levar em consideração algumas variáveis que intervêm neste processo: contextos geradores de leitura, papel dos agentes de formação de leitores, condições de acesso ao texto literário, práticas de leitura vivenciadas.
https://www.blogdaletrinhas.com.br/conteudos/visualizar/Formar-leitores-hoje-que-desafio-e-esse
4ª Questão: (valor: 2,0 pontos)
Pesquise a partir de palavras-chave 2 (dois) artigos acadêmicos no portal SciELO - Scientific Electronic Library Online (https://search.scielo.org), no Google Acadêmico ou revista acadêmica que dialoguem com os conteúdos de alguma(s) de nossas primeiras aulas. Justifique a razão de sua escolha. Inclua a referência completa do artigo escolhido para leitura e análise.
RAIMUNDO, Ana Paula Peres. A mediação na formação do leitor. In: CELLI- Colóquio de Estudos Linguísticos e Literário. 3, 2007, Maringá. Anais...Maringá,2009,p.107-117. http://www.ple.uem.br/3celli_anais/trabalhos/estudos_literarios/pdf_literario/010.pdf A escolha do texto A mediação na formação do leitor foi feita, porque nele está os principais conceitos estudados durante as aulas. Na página 108 do artigo é possível encontrar a explicação da concepção reduzida da leitura, onde também podemos encontrar na Aula 01 do material didático. Ambos falam sobre a importância de uma concepção ampla da leitura, no qual o aluno encontra os diversos sentidos presentes no texto e não somente decodifica os códigos como aponta a concepção reduzida. O artigo também fala do papel fundamental do professor para estimular o aluno a ler e a importância do papel mediador da família na formação do leitor, assim como se fala na Aula 02. Dessa forma,pode-se perceber que o artigo científico reforça o que foi apresenta no decorrer das aulas. ROSA, Flávia Goullart Mota Garcia; ODDONE, Nanci. Políticas públicas para o livro, leitura e biblioteca. Ciência da Informação, Brasília, v. 35, n. 3, p. 183-193, set./dez. 2006. 
https://www.scielo.br/j/ci/a/bzwPCxGPDnyNmcLr8yt7kDH/?lang=pt&format=pdf Apesar do artigo Políticas públicas para o livro, leitura e biblioteca tratar também do assunto do analfabetismo no Brasil, o que não se foi estudado nas aulas, ele aponta para a questão das desigualdades em relação ao acesso ao livro, assunto esse que foi bastante debatido nas Aulas 01 e 02. No artigo científico, fala-se que apesar de ser um direito constitucional a redução das desigualdades, esse é um problema que ainda assola o País e que tem seus efeitos também ao acesso da população aos livros. Ainda no artigo, também é abordado a importância do livro na formação dos indivíduos e também que a maioria das pessoas leitoras nasceram em famílias cujas pessoas tinham o hábito de ler, assunto este discutido na Aula 02, e que também estudaram em escolas onde a prática da leitora era estimulada, assunto discutido na Aula 05. Com isso, esses foram alguns dos motivos que escolhi esse artigo, pois ele dialoga com os principais pontos abordados nas aulas.

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