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FICHAMENTO KERFERD, G B - O Movimento Sofista

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Referência:
KERFERD, G. B. O Movimento Sofista. São Paulo: Edições Loyola, 2003. p. 189-221 (Cap
10)
Capítulo 10: A controvérsia nomos-physis
● Physis: “Natureza”
○ Constituição/conjunto de características;
○ Crescer;
○ “Coisas que são do jeito que são porque cresceram ou se tornaram desse
jeito”; (Pág. 190)
○ Aspecto dinâmico.
● Nomos: lei/ convenção/costume
○ Dá algum tipo de direção ou ordem que afeta o comportamento e as atividades
de pessoas e coisas;
○ Norma;
○ O “deve”.
● Nomos Physeos
○ A norma da natureza;
● “[...] Costume só é nomos nos casos reconhecidamente frequentes, em que traz,
subentendida, a ideia de ser um costume aprovado, ou costume considerado, de algum
modo ou até certo ponto, normativo. [...]” (Pág 191)
● Heráclito, depois de censurar o modo de viver dos “barbaros”, argumentava que todas
as leis humanas são alimentadas por uma lei divina. Ao apelar para uma realidade
espiritual, Heraclito passa daquilo que varia e é sujeito a mudança e a impugnação,
para o que era permanente, imutável e não sujeito a impugnação. Estava procurando
alguma coisa da qual derivar as leis humanas. Estava também promovendo um
critério ou um padrão do qual as leis ordinárias pudessem ser corrigidas e melhoradas.
● Physis como uma fonte de valores.
● Demócrito: “é por nomos que há doce, amargo, quente, frio, ou cor, mas na realidade
o que há são meramente átomos e vazios”. A lei é invenção.
● O problema da relação entre leis e exigências da natureza humana.
○ “[...] Não é só a validade de algumas leis mantidas pelo estado que está sendo
questionada, mas a de todas as leis, seja por causa das restrições que impõe ao
indivíduo, seja porque se interpõem no caminho de objetivos globais
preferidos, políticos ou outras. [...]” (Pág. 196)
● O que é desejável é o que é vantajoso, e nem tudo que vem da natureza (physis) é
vantajoso, portanto nem tudo que vem da physis é desejável.
● A prescrição da natureza é procurar o máximo de gratificação de todos os desejos.
○ Para Platão a realização das necessidades dos seres humanos envolve um
padrão de controle na satisfação dos desejos, um padrão baseado na razão.
○ Para Cálicles nem razão, nem controle tem qualquer coisa a ver com o
assunto.
● O egoísmo é condenado (gratificação máxima dos desejos) a fim de promover o
egoísmo (interesse próprio dos fracos - que não são capazes de buscar seus desejos
máximos, segundo Cálicles).
● Para Trasímaco, justiça é o interesse do mais forte ou do superior. Os verdadeiros
governantes nunca cometem enganos quanto aos seus interesses, mesmo que
governantes reais ocasionalmente cometam enganos no que diz respeito ao seu
próprio interesse.
● “[...] Trasímaco afirma que justiça consiste em procurar o bem do outro - de modo
que se conclui que um governante é justo se procura os interesses de seus súditos, ao
passo que o súdito é justo se procura os interesses do mais forte que é o seu
governante. Injustiça, por outro lado, consiste em procurar o próprio bem. [...] (p.207)
○ Justiça é, para os governados, buscar o interesse dos governantes. Justiça, para
os governantes, é buscar o interesse dos governados.
○ Mas o homem sensato e sábio procura só o próprio interesse. Justiça é tolice e
insensatez. É a injustiça que é a verdadeira virtude para o homem, visto que é
buscando a injustiça que os homens conquistam a virtude moral e, portanto a
realização, pois é só por esse caminho que eles satisfazem suas necessidades.
■ Trasímaco ao rejeitar a justiça vulgar em favor da injustiça vulgar ele
está elevando a injustiça vulgar a condição do que é correto por
natureza, e o que é correto por natureza é justiça natural.
● Por que haveríamos de nos submeter a controles frustradores do nosso
comportamento natural?
● No livro “A República”, de Platão, há a sondagem de uma política alternativa para a
vida, a busca racional do interesse próprio.
● “[...] Trasímaco: por que haveria eu de restringir a busca de meu próprio interesse por
causa dos outros? [...]”(p.209)
● Justificação da dominação ateniense sobre outros povos pela nomo-physis.
○ Imperialismo ateniense reconhecido como ordem natural.
● Levando em consideração a Teoria do Progresso, formulada pelos sofistas, o homem
começou em um estado de natureza e depois passou para um estado de crescente
civilização. (Nomos acrescentado crescentemente à physis).
● Protágoras: natureza por si só era considerada insuficiente. É necessário condições
(nomos) para a manutenção de comunidades humanas.
○ “[...] A razão pela qual se deve subordinar o interesse próprio ao respeito pelas
leis é porque os homens não podem viver sozinhos e são obrigados a se
associar a fim de sobreviver e prosperar, e a vida comunitária é impossível
sem submissão às leis. [...] (p. 215-216).
○ “[...] Não é o homem que despreza a justiça vulgar que será forte, inteligente e
bem-sucedido; ao contrário, é o homem que exerce controle sobre si mesmo, e
coopera com a sociedade na qual vive, quem melhor alcançará aquelas
qualidades. [...]” (p. 216).
● Aristóteles: Nomos, para alguns, se torna um acordo e uma garantia das coisas que
são justas entre os cidadãos, mas não é alguma coisa capaz de tornar os cidadãos bons
e justos.

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