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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE SALVADOR Autos do processo nº 1111111-11.1111.1.11.1111 Autor: Soon-Yi Réu: Woody Allen Heywood Allen, nascido Allan Stewart Konigsberg, conhecido pelo nome artístico de Woody Allen, nascido em 1 de dezembro de 1935, Nova Iorque, Norte - Americano, casado, cineasta, portador da identidade de nº 125987463- 0, inscrito no CPF 125.556.889 - 20, residente e domiciliado na Ladeira da Barra, S/N, CEP 41.600-123, Salvador-Bahia, neste ato representado pelos seus advogados, nos autos desta, vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar contestação e requerer a improcedência dos pedidos da autora, Soon Yi Previn, nascida em 08 de outubro de 1970, Coreia do Sul, solteira, atriz, portadora da identidade de nº 123531232-00 inscrito no CPF 000.000.000-30, residente e domiciliada na Avenida Oceânica, 01, CEP 41.700-321, Salvador-Bahia. 1- BREVE SÍNTESE A requerente, Soon Yi, ajuíza ação declaratória de nulidade do casamento contraído pelos litigantes, por meio de celebração do seu matrimônio em um terreiro de candomblé soteropolitano, no Alto do Gantois, celebrado na presença das testemunhas por uma mãe de santo, com solenidades africanas. A cerimônia, foi antecipada visto que o noivo, Woody Allen, estava muito adoentado e também porque o casal teve de antecipar o vôo. Logo após, o casal foi morar em Nova York. Após 23 anos de casamento, Soon- Yi, alega descobrir uma recente traição de Woody, e resolve se divorciar. O casal retorna a Bahia para resolver a situação jurídica do casamento. Ao procurar o terreiro no qual foi celebrado o casamento, Soon-Yi e Woody são aconselhados a buscar a reconciliação, frequentando os rituais religiosos diariamente. Após alguns dias de comparecimento aos rituais, o casal reiterou a vontade inicial de findar a relação e, então, procurou um cartório buscando efetivar o divórcio. No cartório, o tabelião, ao ter ciência da situação, se recusou a realizar o divórcio extrajudicial, pois entendeu que, pelo fato de Woody ter sido casado com a mãe adotiva de Soon-Yi, o casamento entre os dois é nulo. Outrossim, entendeu que o casamento não poderia ter sido celebrado em um terreiro de candomblé, o que produziu mais uma causa de nulidade. Acrescentou que não poderia ter ocorrido a antecipação da data, por não se enquadrar como casamento nuncupativo. Somente neste momento, Soon-Yi afirma descobrir que Woody Allen foi casado com sua mãe adotiva, já que o casamento entre eles ocorreu quando ela era pequena e, tanto Woody, quanto Mia (sua mãe adotiva), esconderam dela esse fato. Soon- Yi, muito triste, telefona para Mia Farrow, após anos sem contato, para falar sobre o seu divórcio e ela realmente confirma para a filha que foi casada juridicamente com Woody. E conta para a filha que durante o seu casamento, Woody contava histórias mentirosas para a pequena Soon-Yi, visando afasta-la de sua mãe, quando a mesma possuía apenas 5 anos, falando que ela não lhe amava e que iria abandoná-la, quando, na verdade ela tinha ido trabalhar, o que, teria lhe gerado vários traumas. Mia, então, aconselha a filha a buscar indenização em razão das práticas desafetivas que Woody cometeu contra a mesma ainda enquanto padrasto. ação de indenização por danos morais devido às práticas abusivas e mentiras supostamente cometidas pelo requerido, Woody Allen, bem como requer uma medida protetiva quanto ao cônjuge supracitado. 2- DAS PREMILINARES 2.1- Da Ausência de Valor da Causa Na contestação a defesa tem como objetivo expor contradições identificadas na petição inicial incompatível com ritos processuais. Destarte, todos os questionamentos serão feitos com base no art. 337 do CPC, que estabelece a área de atuação das preliminares, onde a defesa identificou inconsistências no processo baseando-se no art. 337, III, IV. Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: III - incorreção do valor da causa; IV - Inépcia da petição inicial; A defesa entende que um descumprimento das normas estabelecidas no art. 337, III, por não estabelecer um valor ao processo, pois como estabelece o CPC, no título V, do valor da causa, art. 291 do CPC. Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível. Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: V - Na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido. O novo CPC prevê no inciso V, art. 319. Art. 319 a petição inicial indicará: V- O valor da causa; subentende-se, assim, que é um requisito indispensável da petição inicial. O indeferimento da petição inicial por ausência do valor da causa está em consonância com o posicionamento do Tribunal Regional Federal da 3ª Região na Apelação Cível: Ap 0006188-51.2004.4.03.6110 SP. E consequentemente, a sua ausência pode caracterizar inépcia da inicial, com isso solicitamos o indeferimento, nos moldes do art. 330, Novo CPC. Na petição inicial houve sequer uma possibilidade de meu cliente tentar resolver de forma pacífica, descumprindo assim os quesitos para o deferimento do processo. Assim, solicitamos que se cumpra o art. 321, do CPC. Art. 321- O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado. Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial. 2.2- Da Boa-fé por Parte da Autora Além disso, analisando o processo é possível alegar como preliminar de contestação de inépcia da inicial toda vez que a petição não atender aos critérios do § 1º, do art. 330, III do CPC. Portanto, é possível alegar ausência de legitimidade, ou interesse processual, previsto no art. 337, XI, do CPC. Isso porque, roga-se sobre o senhor Woody Allen a acusação de práticas abusivas e disseminação de mentiras com intuito de cessar a comunicação entre mãe e filha, e de torturas psicológicas. Como é possível SOON-YI, não lembrar de WOODY ALLEN como parceiro de sua mãe e descrever fatos de que na mesma época, a mesma alegaria sofrer. A ação anulatória do casamento é válida, mas, os argumentos do desconhecimento dos fatos não significam que SOON-YI esteja de boa- fé, onde ela alegou sofrer após a descoberta da traição de WOODY ALLEN, não é negado aqui os direitos dos seus filhos Bechet Dumaine Allan, nascida em dezembro de 1998 na China, 23 anos de idade, e Manzie Tio Allen, nascida em dezembro de 2000 no Texas, 21 anos; e sim contestado a boa-fé da requerente. Pois para que seja garantido os direitos descritos no Art. 1.561 do Código Civil. Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória; § 2º Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão. Assim, o questionamento baseia-se na litigância de má fé praticada por SOON YI, onde observa-se que a única intenção da mesma é se vingar do seu marido pela traição, atribuindo a ele condutas ilícitas, e buscando uma indenização por danos que até o presente momento são relatadas sem uma perícia médica atestando tal acometimento. Destarte, não há de se falar em dissolução de patrimônio, pois SOON-YI sabia na época do casamento que seu futuro marido já foi seu padrasto. 2.3- Da Ausência de Fundamentação Jurídica A parte autora, no item 2 dos seus pedidos e requerimentos, ao requisitara intimação do representante do Ministério Público de acordo com o art. 319, III do Código Penal, comete um equívoco visto que o pedido é totalmente incoerente com a tipificação penal citada. Portanto, trata-se de uma fundamentação vazia visto que o art. 319 do Código Penal trata de crimes contra a Administração Pública e não de medida cautelar de afastamento. Além disso, o próprio art. 319 do Código Penal não possui incisos, como foi expresso na petição inicial. Podemos alegar, portanto, uma inépcia da petição inicial por ausência de fundamentação jurídica, de acordo com o art. 319, incisos III e IV do Código de Processo Civil de 2015. Dos Requisitos da Petição Inicial Art. 319. A petição inicial indicará: III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; 3- DO MÉRITO 3.1 Da Nulidade Do Casamento Soon-Yi Previn e Allan Stewart Konigsberg, celebraram seu casamento no dia 01/03/1997, antecipando a data anteriormente marcada para a cerimônia (03/03/1997). O casamento aconteceu em um terreiro de candomblé localizado no alto do Gantois na cidade de Salvador. Diante do fato exposto não há de se falar em casamento consumado, pois de acordo com o código civil, o casamento é um ato solene, onde se exige solenidade, onde duas pessoas buscam estabelecer plena comunhão de vida, no intuito da constituir família. O código civil também dispõe sobre as normas que regulam o casamento, trata das hipóteses que invalidam o mesmo estabelecendo situações nas quais o casamento é nulo, ou seja, nunca existiu, e anulável que é quando há um vício que pode ser sanado. O casamento nulo está previsto no art. 1.584 do código civil, e se caracteriza quando um dos cônjuges tem impedimento legal. Que por sua vez tais impedimentos estão descritos no art. 1.521 do mesmo código. No caso em questão o casamento é nulo, sendo o vício que contamina o ato ser caracterizado como grave e a consequência é a inexistência de seus efeitos. E para que seja decretado a nulidade é necessário que haja sentença judicial, em ação que poderá ser proposta por qualquer interessado ou pelo ministério público. Sendo decretado a inexistência do casamento os cônjuges voltarão ao estado civil anterior. Dos Impedimentos Art. 1.521. Não podem casar: I -Os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II -Os afins em linha reta; III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; Art. 1.548. É nulo o casamento contraído: II – por infringência do impedimento; 3.2 Da Traição Dever de Cuidado Nos expostas da CONTESTAÇÃO há menção a suposta traição, além de danos morais e psicológicos causados da infância até o efetivo fim do casamento, entretanto, ao que se refere a tais denúncias, não passam de meras especulações, sendo, inclusive, crimes contra a honra de seu ex-cônjuge. Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime. Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação. Nesse sentido, a obrigação de indenizar, artigo186 do código civil, caberia apenas diante de provas legitimas, Art. 5º LVI, não podendo ser usadas apenas a palavra de duas ex- esposas como garantia de legitimidade dos fatos, então a requerente e sua mãe não agem de boa-fé ao profanar tais inverdades contra Allan. Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Nesse conseguinte, o livro Curso de Direito Civil de Cristiano Chaves, deixa claro que a fidelidade não pode ser encarada como dever jurídico, pois gera a ideia de um culpado, o cônjuge infrator como chama Marta Vinagre, em uma relação que deve ser bilateral, então sua ruina não é culpa de apenas uma das partes como tenta fazer parecer Soon-Yi. Além disso, a mãe de Soon-Yi e ex-esposa de Allan faz uma tentativa de implantação de falsas memórias por causa da ruptura traumática de sua vida conjugal, e mesmo a Lei n' 12.318/10, sendo especifica a favor da criança e adolescente, e atualmente a filha já ser adulta, é aqui retratada por se ter a hierarquia mãe-filha, pelo fato dessas falsas memórias serem contra o padrasto de sua filha e ex-marido de Mia Farrow e por estar sendo usado essa suposta alimentação parental por parte da requerente e de Farrow anos depois, com Soon-Yi também já adulta, como forma de incriminar Allan. Porém, a própria requerente diz não se lembrar de tais fatos narrados pela mãe, então tanto Soon-Yi quanto sua mãe tentaram tirar proveito da situação, seja por vingança ou para obter vantagens econômicas indevidas. 3.3 Da Necessidade de Medida Protetiva Em relação ao pedido de medida protetiva, tal pedido, não deve sequer ser pauta de efeitos jurídicos válidos, pois as medidas protetivas são mecanismos legais que têm o objetivo de proteger um indivíduo que esteja em situação de risco, além da distância mínima disposta em lei, acorre no intento de coibir práticas de violência doméstica e violência contra a mulher. Como versa o artigo da Violência doméstica e familiar contra a mulher: Art 5 º: para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: Destarte, não há comprovações verídicas que o réu agiu de maneira tal que, resultasse em tamanha perturbação psicológica à autora, sequer, violência física ou doméstica. O que existiu de fato, foi uma relação de casal comum, de homem e mulher, que sem as constatações de provas legais não devem ser judiciadas, como sustenta o princípio da mínima intervenção do Estado nas relações familiares, que prega e reconhece a capacidade do sujeito de administrar as relações firmadas e da consequente desnecessidade da ingerência estatal. Além disso, A respeito das medidas requeridas pela solicitada, não deverão elas ser consideradas visto que, tais acusações não passam de uma irrealidade, afim de prejudicar o então réu no processo, um cidadão de bem, capaz e responsável. Revelando-se não ser compatível com a justiça, o senhor Woody Allen ser subjugado por atos que na realidade não sucederam, que a partir da possibilidade de conduzir o acusado a sofrer uma eventual sanção penal e a capacidade de afetar a dignidade do mesmo. Dito isso, a “status dignitatis” do acusado sofre, invariavelmente, dano ainda mais severo quando encontra diante de si uma acusação formal que deixa de apresentar mínimos elementos capazes de dar azo à imputação criminal subjacente. Nesse sentido, o processualista Renato Brasileiro ensina: “Justa causa é o suporte probatório mínimo (probable cause) que deve lastrear toda e qualquer acusação penal. Tendo em vista que a simples instauração de um processo penal já atinge o chamado “status dignitatis” do imputado, não se pode admitir a instauração de processos levianos, temerários, desprovidos de um lastro mínimo de elementos de informação, provas cautelares, antecipadas ou não repetíveis, que dê arrimo à acusação.” Ademais, tais medidas cautelares, com fulcro garantidor de direitos, não caberão diante do pressuposto fático, dispondo ainda que nenhum direito inerente à parte autora, em detrimento do seu bem-estar físico fora afetado. A fim de reiterar a função do pleito, é válido salientar que, todas justificativas pela parte contrária, não são adequadas às medidas cautelares de distância, pois trazer a ideia que existe uma vítima ofendida, torna a imagem do Réu vinculada a algo extremamente inaceitável por parte da sociedade, que por ser um cinegrafista renomeado (figura pública) afetaria diretamente sua carreira e vida pessoal. Dessa forma,mesmo não servindo apenas para sanar a possibilidade de aproximação entre o suposto agressor e sua vítima, a incorporação do instituto não poderá ser deferida por Vossa Excelência, tendo em vista que os fatos dos autos, não se caracterizam suficientes como prova de que a requerente se encontre em situação de risco como dispôs o artigo 5º. 4- DOS PEDIDOS Diante da argumentação exposta nesta CONTESTAÇÃO, essa banca de advogados requer: a) Indeferir pedido de nulidade Não conceba o ajuizamento de ação declaratória de nulidade do casamento contraído pelos litigantes em questão, tendo em vista que nunca houve casamento, dessa forma, não há que se falar de ação declaratória de nulidade, muito menos prévia habilitação conforme fundamentos dos arts. 1.516 §§ 1 e 2, 1.525, inciso IV e 1.540 do CC, visto abaixo Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil. § 1 o O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de noventa dias de sua realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa de qualquer interessado, desde que haja sido homologada previamente a habilitação regulada neste Código. Após o referido prazo, o registro dependerá de nova habilitação. § 2 o O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste Código, terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e observado o prazo do art. 1.532. Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os seguintes documentos: IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos; Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau. b) Indeferimento do pedido de indenização Que seja indeferido os pedidos de indenização pelas supostas práticas abusivas sofridas pela autora e eventuais mentiras, visto que se a autora não soube do casamento entre sua mãe e o solicito, a sua mãe tinha responsabilidade de contar, fato que demonstra a relação distante que as duas possuíam e ainda possuem, visto que, a autora alega saber do ocorrido, após recente contato por telefone com sua então mãe adotiva Mia Farrow. Sendo assim, a requerente deveria responsabilizar a mãe pelo configurado dever de cuidado, como disposto no precedente APC 01.1.0447605/2012 que aduz que há necessidade de alguns elementos no caso concreto a caracterizar a excepcionalidade de indenização por infringência do dever de cuidado. Ainda que deve haver ausência do dever de cuidado, fato caracterizado pela ausência materna, que só serve a confirmar que sua relação de afeto mais próxima era com o padrasto, o solicito em questão. Destarte ainda se questiona acerca da afirmação das mentiras contadas durante 23 anos, visto que, o que houve, foi uma recente traição, e não uma mentira, mas um fato caracterizado como omissão, a relação matrimonial anterior se sua mãe adotiva e seu padrasto. Fato que não se deve caracterizar como passível de danos morais, tendo em vista que o art. 927, parágrafo único do CC aduz: Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. c) “Ex positis”, requer vossa excelência o indeferimento da medida protetiva, visto que, a distância mínima disposta em lei, acorre no intento de coibir práticas de violência doméstica e violência contra a mulher, como versa o art. 5º. Destarte, por falta de provas nos autos para caracterizar comprovações verídicas que o réu agiu de maneira tal que, resultasse perturbação psicológica à autora, sequer, violência física ou doméstica. e apela ao “status dignitatis” do Réu, cidadão capaz e responsável que vem a sofrer danos a sua dignidade e a sua imagem, de forma mais severa por ser uma figura pública, a partir de uma acusação que deixa de apresentar mínimos elementos capazes de dar azo à imputação criminal subjacente. d) Total improcedência da presente demanda com a condenação da autora ao pagamento de honorários advocatícios, conforme previsto no art. 85 §2º do CPC. Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. § 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos: I - o grau de zelo do profissional; II - o lugar de prestação do serviço; III - a natureza e a importância da causa; IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. Nestes Termos Pede Deferimento. Salvador/BA, em 22 de Abril de 2021 Érico Castro Fernando Moraes Gabriel Leal Graziele Silva Hannah Genu Hugo Pereira
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