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Peca processual trabalhista exame XXIV OAB - 2 fase

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Foi prolatada sentença nos autos da ação 9.876, movida por Maria das Graças em face da sociedade empresária Editora Legal Ltda., que tramita perante a 100ª Vara do Trabalho de Goiânia/GO. 
Na demanda, a reclamante informou ter sido empregada da ré de agosto de 2015 a janeiro de 2017, quando pediu demissão. Houve regular contestação e instrução. Na sentença, o juiz julgou improcedente o pedido de dano existencial pela extensa jornada alegadamente cumprida e procedente o pedido de uma hora extra com adicional de 80% pelo intervalo intrajornada violado, uma vez que a sociedade empresária concedia apenas 30 minutos e que, a despeito de haver nos autos autorização do Ministério do Trabalho para a redução, isso não seria previsto em lei. Julgou, ainda, improcedente o pedido de horas de prontidão, porque a trabalhadora não permanecia nas instalações da empresa fora do horário de trabalho, e procedente o pedido de reintegração, porque a empregada comprovou documentalmente que, por ocasião da ruptura do contrato, estava grávida. O juiz julgou procedente o pedido de horas de sobreaviso, porque a trabalhadora permanecia com celular da empresa permanentemente ligado, inclusive fora do horário de serviço, e deferiu adicional de insalubridade em grau médio (30% sobre o salário mínimo), porque ficou comprovado por perícia que a autora manuseava produtos químicos na editora para realizar as impressões. O magistrado julgou procedente o pedido de recolhimento do INSS do período trabalhado, que não foi feito pelo empregador, conforme comprovado pelo Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) e julgou improcedente o pedido de adicional de transferência, porque a alteração de local de trabalho não gerou mudança de domicílio da autora.
Na sentença, publicada em setembro de 2017, o juiz ainda julgou procedente em parte o pedido de adicional noturno porque comprovado, pelo depoimento do preposto, que a autora trabalhava das 16.00h às 23.00h, motivo pelo qual condenou a ré a pagar o adicional de 25% entre 22.00h e 23.00h. O magistrado também deferiu a integração ao salário do valor do plano dental concedido gratuitamente à reclamante, com as repercussões daí advindas, ao argumento de que isso não poderia ser confundido com plano de saúde (este sim, que não sofreria integração).
Documentos juntados pelas partes: contracheques, cartões de ponto, TRCT, autorização do Ministério do Trabalho para a redução do intervalo e CNIS.
Como advogado(a) contratado(a) pela sociedade empresária e considerando que a sentença não possui vícios nem omissões, elabore a peça jurídica em defesa dos interesses dela. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 100ª VARA DO TRABALHO DE GOÍANA\GO
 
 Sociedade empresária Editora Legal Ltda, já qualificada nos autos da ação trabalhista n.9876, vem por meio de seu advogado que esta subscreve, em face da reclamação trabalhista proposta por Maria das Graças também já qualificada nos autos, inconformada com a respeitável sentença, vem, tempestivamente e respeitosamente á presença de Vossa Excelência, interpor RECURSO ORDINÁRIO com base no artigo 895, inciso I da CLT, de acordo com as razões em anexo, as quais requer que sejam recebidas e remetidas ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho.
Segue em anexo o comprovante do recolhimento das custas e depósito recursa.
Nesses termos, 
Pede deferimento.
Goiana\GO data
Advogado
OAB.
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
Recorrente: Sociedade empresária Editora Legal Ltda
Recorrida: Maria das Graças
EGRÉRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO
COLENDA TURMA
SENHORES DESEMBARGADORES
I- Dos Fatos
Conforme nos autos foi prolatada a sentença da ação 9.876, movida pela recorrida em face da sociedade empresária Editora Legal Ltda , ora recorrente.
 A recorrida informa que é empregada da recorrente no período de agosto de 2015 a janeiro de 2017, quando pediu demissão. Na sentença, o juiz julgou improcedente o pedido de dano existencial pela extensa jornada alegadamente cumprida e julgou procedente o pedido de uma hora extra com adicional de 80% pelo intervalo intrajornada violado, uma vez que a recorrente alegou que era concedido apenas 30 minutos e que, a despeito de haver nos autos autorização do Ministério do Trabalho para a redução, isso não seria previsto em lei. Julgou, ainda, improcedente o pedido de horas de prontidão, porque a recorrida alega que não permanecia nas instalações da empresa fora do horário de trabalho, e procedente o pedido de reintegração, a recorrida comprovou documentalmente que, por ocasião da ruptura do contrato, estava grávida. O juiz julgou procedente o pedido de horas de sobreaviso, porque a recorrida alega que permanecia com celular da empresa permanentemente ligado, inclusive fora do horário de serviço, e deferiu adicional de insalubridade em grau médio (30% sobre o salário mínimo), aonde que foi realizada perícia e alegando que a autora manuseava produtos químicos na editora para realizar as impressões. O Excelentíssimo juiz julgou procedente o pedido de recolhimento do INSS do período trabalhado, e julgou improcedente o pedido de adicional de transferência, porque a alteração de local de trabalho não gerou mudança de domicílio da recorrida.
Na sentença, publicada em setembro de 2017, julgou procedente em parte o pedido de adicional noturno porque em depoimento do preposto, foi alegado que a recorrida trabalhava das 16.00h às 23.00h, motivo pelo qual condenou o recorrente a pagar o adicional de 25% entre 22.00h e 23.00h. O magistrado também deferiu a integração ao salário do valor do plano dental concedido gratuitamente à recorrida, com as repercussões daí advindas, ao argumento de que isso não poderia ser confundido com plano de saúde (este sim, que não sofreria integração).
 
DO CABIMENTO DO RECURSO ORDINÁRIO
A decisão proferida pelo Tribunal do Trabalho, trata-se de uma sentença, e neste contexto, o reexame da decisão supracitada poderá ser feita através de Recurso Ordinário, conforme preceitua o artigo 895, inciso I, da CLT.
Cumpre ressaltar que segue cópias das custas e depósito recursal devidamente recolhidas, além do presente recurso ter sido interposto tempestivamente.
Desta forme, preenche os requisitos de admissibilidade, requer seja o presente recurso processado e seu mérito apreciado. 
 DAS PRELIMINARES
- Incompetência da Justiça do Trabalho para determinar recolhimento de INSS de período trabalhado
Fica demonstrada a incompetência da Justiça do Trabalho para determinar recolhimento de INSS do período trabalhado pela recorrida, por não se basear em decisão condenatória, conforme Súmula Vinculante 53 do STF, Súmula 368, inciso I, do TST e Art. 114, VIII, CRFB/88.
- Da hora-extra indevida
A hora-extra é indevida, porque há autorização do Ministério do Trabalho, conforme previsto no Art. 71, § 3º, da CLT e art. 1º, § 3º, da Portaria 1095/10 do Ministério do Trabalho. Pelo princípio da eventualidade, se a condenação em sobrejornada for mantida, deverá o adicional ser reduzido para 50%, conforme o Art. 7º, inciso XVI, da CRFB/88, por inexistir norma coletiva prevendo percentual superior.
- Da Reintegração indevida
A reintegração é indevida, porque não houve dispensa sem justa causa, mas sim, pedido de demissão conforme demostrado nos autos não tendo sido violado o Art. 10, inciso II, alínea “b”, do ADCT, pois ficou devidamente demostrado que a recorrida pediu demissão, não havendo dispensa por justa causa.
- Da não caracterização do sobreaviso 
 O simples porte de telefone celular, conforme alegado pela recorrida, por si só, não caracteriza sobreaviso, conforme previsto na Súmula 428, inciso I, do TST, aonde que foi aprovado por unanimidade pelos ministros que "o uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza regime de sobreaviso". A recorrida em questão não estava submetida a regime de plantão, conforme Súmula 428, II, do TST.
- Da redução do percentual da Insalubridade para 20% por ser grau médio 
O percentual da insalubridade deve ser reduzidopara 20% por ser o grau médio, conforme o Art. 192 da CLT, com manutenção da base de cálculo determinado na sentença.
- Da redução do percentual do adicional noturno
 Nos autos foi deferido em favor da requerida o percentual de 25% no adicional noturno, aonde que, o percentual da hora noturna deve ser reduzido para 20%, conforme o Art. 73 e 381, § 1º da CLT.
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.
- Da não integração do plano odontológico ao salário
- Foi deferido o pedido de integração ao salário do valor do plano dental concedido gratuitamente à recorrida, com as repercussões daí advindas, aonde que o plano odontológico não é integrado ao salário por disposição legal expressa, na forma do Art. 458, § 2º, inciso IV, da CLT, não sendo consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde.
Dos pedidos
1- Que seja reconhecida a preliminar da Incompetência da Justiça do Trabalho para determinar recolhimento de INSS de período trabalhado , conforme Súmula Vinculante 53 do STF, Súmula 368, inciso I, do TST e Art. 114, VIII, CRFB/88;
2- Requer o deferimento da Hora extra indevida, pois a autorização do Ministério do Trabalho para redução é prevista em Lei, conforme previsto no Art. 71, § 3º, da CLT e art. 1º, § 3º, da Portaria 1095/10 do Ministério do Trabalho;
3- Que seja reconhecida a Reintegração indevida pois não houve dispensa sem justa causa , e sim pedido de demissão, conforme o Art. 10, inciso II, alínea “b”, do ADCT;
4- Ante exposto, requer o não conhecimento do sobreaviso, aonde que o porte de celular, por si só, não caracteriza sobreaviso conforme Súmula 428, inciso I, TST , e a requerida não estava submetida a regime de plantão conforme Súmula 428, inciso II, TST;
5- Requer que o percentual da Insalubridade seja reduzido para 20% por ser o grau médio conforme o Art. 192, CLT;
6- Requer-se que o percentual da hora noturna seja reduzida para 20% conforme o Art. 73, CLT e 381, § 1º, CLT;
7- Que seja deferido, que o Plano odontológico não é integrado ao salário por disposição legal expressa  do Art. 458, § 2º, inciso IV, CLT;
8- Caso a condenação em sobrejornada for mantida, requer-se que o adicional seja reduzido para 50%, conforme o Art. 7º, inciso XVI, da CRFB/88, por inexistir norma coletiva prevendo percentual superior;
9- Requer a intimação do recorrido para que, querendo, apresente contrarrazões no prazo do art 900 da CLT;
Termos que pede deferimento
Goiana\GO, data
Advogado
OAB.

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