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unopar
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
pedagogia e licenciatura
Gilzimara Einloft
Educação Infantil: como trabalhar a inclusão na escola 
Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade
São Carlos
2021
Gilzimara Einloft
Educação Infantil: como trabalhar a inclusão na escola
Projeto de Ensino apresentado à Unopar, como requisito parcial à conclusão do Curso de Pedagogia e Licenciatura.
Docente supervisor: Prof. Lilian Amaral da Silva Souza
São Carlos
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
1	TEMA	4
2	JUSTIFICATIVA	5
3	PARTICIPANTES	6
4	OBJETIVOS	7
5	PROBLEMATIZAÇÃO	8
6	REFERENCIAL TEÓRICO	10
7	METODOLOGIA	20
8	CRONOGRAMA	26
9	RECURSOS	27
10	AVALIAÇÃO	28
CONSIDERAÇÕES FINAIS	29
REFERÊNCIAS	31
INTRODUÇÃO
Este trabalho debruça-se sobre a educação inclusiva, a sua essência, os seus princípios e procedimentos as serem implementados no mundo educacional, em termos organizacionais e pedagógicos, a partir das suas políticas e práticas. A escola é um espaço democrático, que deve estar aberto e preparado para receber todos os alunos. A Educação Infantil, fase inicial da formação acadêmica, representa o primeiro contato das crianças com esse universo repleto de aprendizados e novas descobertas, e a inclusão neste período são fundamentais, pois além de todos os desafios que o pequeno terá ao iniciar a socialização, é preciso levar em conta que esse é um dos primeiros momentos em que o estudante estará longe dos olhares de sua família. Assim entendemos e achamos importante e relevante abordar de forma teórica a temática a ser estudada, sob a forma de realização de um projeto de intervenção e ação. 
O entendimento da proposta de educação inclusiva requer uma análise com vistas a delimitar o papel da escola no processo de desenvolvimento e aprendizagem do aluno com deficiência. A escola e a classe especial destinada à educação do deficiente tinham como meta a normalização do sujeito de forma que pudesse se assemelhar o máximo possível com os sujeitos normais, para então, e só então, poderem ser integrados ao convívio comum, nesse caso a escola comum. Essa meta, além de negar a condição de diferença e estabelecer parâmetros homogêneos de desenvolvimento, como se isso fosse possível, descaracterizou o papel da escola, com essa atuação a mesma contribuiu para o não desenvolvimento acadêmico dos alunos com deficiência que ficaram excluídos dos processos de educação formal e, como era de se esperar, sem atingir a normalização, pois a diferença é uma condição inerente à condição de humano e a aceitação deste valor é um imperativo inquestionável. 
A inclusão de crianças com deficiência na Educação Infantil é um processo que tem enfrentado inúmeros obstáculos, o preconceito e a falta de informação e formação dos profissionais, assim como de estrutura física e pedagógica das instituições de ensino. Essas são situações evidenciadas que carecem de intervenção urgente em prol de uma verdadeira e efetiva educação inclusiva.
12
TEMA 
Desde o ano de 1994, com o advento da Declaração de Salamanca, temos visto diversos debates a respeito da inclusão de pessoas com deficiência no contexto escolar. A inclusão tem sido motivo de discussões no âmbito educacional tanto na forma de legislação quanto na teoria e prática. Todavia são ainda poucos os estudos que identificam as concepções inclusivistas dos professores que trabalham com este público. É nesta etapa da escolarização que a personalidade humana vai se formando. Segundo a Resolução n5 de 17 de Dezembro de 2009, em seu art.9 estabelece como eixos norteadores do currículo da Educação Infantil as interações e as brincadeiras garantindo lhes, o brincar, a autonomia e a psicomotricidade.
Quando se trata de incluir pessoas com deficiência na sociedade, independentemente de se configurar em inclusão escolar, esse poder, de fato, é divino. Quebrar barreiras atitudinais é algo que o ser humano não quebra por méritos próprios. São mistérios que vão além do conhecimento e vontade humana. O tema esta relacionado nas temáticas abordadas no curso e contribui muito para o meu crescimento pessoal. Este projeto visa informar e principalmente reformar conceitos. 
JUSTIFICATIVA
A história da educação de pessoas com deficiência apresenta um quadro de total exclusão. Esses indivíduos eram institucionalizados e viviam longe do convívio social geral, passando por períodos em que eram separados em escolas ou classes especiais estabelecidas de acordo com as características de suas deficiências, entendendo que sua participação em ambientes comuns só seria possível mediante um processo de normalização. 
Depois de identificar as áreas, surgiu assim à ideia de um projeto ‘’ EDUCAÇÃO INFANTIL: COMO TRABALHAR A INCLUSÃO NA ESCOLA’’ com intuito de ajudar os pais e professores no processo educativo, promovendo igualdade no desenvolvimento integral dos mesmos. Crianças com alguma deficiência que estudam com colegas sem deficiência beneficiam não só a si mesmas, mas também aos outros alunos da escola. Pesquisa recente realizada pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) concluiu que crianças que estudaram com colegas com deficiência desenvolveram atitudes positivas relacionadas à tolerância, respeito ao outro e abertura ao diálogo em um grau muito maior do que as que conviveram em ambientes mais homogêneos. Os colegas servem como exemplos de comportamentos e de conquistas apropriadas para a sua idade, contribuindo para o seu desenvolvimento social e emocional. Diante deste panorama, a concepção de educação inclusiva tem se fortalecido no sentido de que a escola tem que se abrir para a diversidade, acolhê-la, respeitá-la e, acima de tudo, valorizá-la como elemento fundamental na constituição de uma sociedade democrática e justa. 
PARTICIPANTES
Inicialmente foi realizada uma pesquisa e estudo de cunho bibliográfico, exploratório e descritivo, tendo como subsídios documentos, legislações e estudos referentes ao tema, para embasamento teórico e levantamento de possíveis dinâmicas para adaptação a realidade na creche ou pré-escola, ou seja, Docência na Educação Infantil. A pesquisa bibliográfica buscou a resolução de um problema (hipótese) por meio de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas.
A primeira infância é um cenário excepcional, este é o começo da escolarização, a partir do qual devemos discorrer e praticar uma verdadeira educação emancipatória, isso nos instiga a pesquisar os processos de inclusão da criança com deficiência nesta modalidade educacional. A decisão por essa etapa da educação básica se justifica pelo principio de estudos neste segmento. Essa concepção pressupõe que a escola busque caminhos para se reorganizar de forma a atender todos os alunos, inclusive os com deficiência, cumprindo seu papel social. Espera-se da escola inclusiva competência para desenvolver processos de ensino e aprendizagem capazes de oferecer aos alunos com deficiência condições de desenvolvimento acadêmico que os coloque, de forma equitativa, em condições de acessarem oportunidades iguais no mercado de trabalho e na vida. 
OBJETIVOS
Objetivo Geral: Mostrar para sociedade a importância dos portadores de necessidades especiais e pessoas expostas ao preconceito, oferecendo uma estrutura escolar de qualidade ao seu pleno desenvolvimento.
Objetivos específicos:
· Oferecer oportunidades e condições que estimulem a percepção de si e do outro;
· Compreender o processo de inclusão de alunos, descrever as mudanças necessárias na escola para que a inclusão se estabeleça. 
· Propor ações que aperfeiçoem o convívio escolar e social de forma que favoreçam o processo de construção de aprendizagem.
· Refletir sobre a importância do respeito mútuo nos diversos contextos vivenciados pelas crianças;
· Favorecer o relacionamento interpessoal, com ações e atitudes positivas;
· Reafirmar a importância dos pais no processo de inclusão dos filhos portadores de necessidadesespeciais;
· Mostrar que é direito de todos uma educação de qualidade, sem distinção;
· Mostrar o quanto é importante para o desenvolvimento pessoal da criança com necessidades, estar inserida em alguma escola convivendo com crianças da sua idade. 
PROBLEMATIZAÇÃO
	
A educação de pessoas deficientes é um processo que se inicia no cenário mundial no século XVII. Este trabalho educacional esbarrou em inúmeros empecilhos, baseados em questões religiosas, místicas e sociais, cuja concepção que se tinha da pessoa com deficiência era que esta possuía
uma espécie de carma, ou era pecadora, ou um peso morto para a sociedade e o mercado de trabalho. Essas concepções, inseridas num contexto histórico e social, fizeram com que o trabalho educacional com as pessoas deficientes encontrasse vários obstáculos que contribuíram para que estas tivessem negado o seu direito à educação na prática escolar. Além disso, por ter sido um processo segregacionista fez com que não se acreditassem nas potencialidades das pessoas com deficiência.
Se educar uma criança que apresenta um desenvolvimento dentro do padrão já apresenta alguns desafios, a inclusão dos pequenos com alguma deficiência pode ser um problema para a escola que não se prepara para a situação. Por esse motivo, cabe ao gestor da escola cobrar o aperfeiçoamento profissional de seus professores e oferecer cursos de capacitação com esse foco. Eles precisam aprender práticas pedagógicas diferenciadas para que possam atender as especificidades de cada aluno especial. O professor precisa compreender as características de cada deficiência, para que saiba identificá-las e criar um programa adequado de ensino, compreender e entender as dificuldades do educando e ajustar as atividades para que ele possa apresentar o melhor desempenho possível em sala de aula.
Também faz parte desse processo à aproximação da escola com os pais, precisa existir essa parceria entre pais e educadores/escola. É por meio dessa relação que todos poderão identificar às formas de aprendizagem que funcionam melhor para a criança e como a convivência em grupo pode beneficiar o desenvolvimento do aluno. Muitas vezes, é necessário adequar o planejamento a cada mês, de acordo com o desenvolvimento apresentado pela criança. A escola de educação infantil precisa estar preparada em todos os aspectos para receber o aluno especial. Mas essa compreensão vai além. As salas de aula devem estar preparadas para receber os alunos especiais, bem como o gestor precisa criar espaços diferenciados para que o educador possa realizar aulas complementares com as crianças. A educação é um direito de todos e a escola tem o dever de estar preparada para receber bem as crianças e promover a inclusão.
REFERENCIAL TEÓRICO
 Educação Especial e Educação Inclusiva
A Educação Especial é uma área de conhecimento que visa promover o desenvolvimento das potencialidades das pessoas com deficiência da educação infantil até a educação superior. Em nível institucional, iniciou-se no Brasil no século XIX, com a criação de instituições educacionais especializadas voltadas para o abrigo, a assistência e a terapia de seus educandos, como o Imperial Instituto dos Meninos Cegos (1854) e o Imperial Instituto de Surdos-Mudos (1857), atualmente, conhecidos como, Instituto Benjamim Constant e Instituto Nacional de Educação para Surdos (INES). De acordo com Drago (2011) havia até então neste período uma vasta gama de expressões para nomear tanto o trabalho realizado quanto a clientela atendida nestas instituições, e que ainda em nossos dias, se refletem nos meios sociais.
Uma investigação sobre essas medidas mostra que até o final do século XIX diversas expressões eram utilizadas para referir-se ao atendimento educacional dos portadores de deficiência: Pedagogia de Anormais, Pedagogia Teratológica, Pedagogia Curativa ou terapêutica, Pedagogia da Assistência Social, Pedagogia Emendativa. Algumas dessas expressões, ainda hoje, são utilizadas, a despeito de sua impropriedade (MAZZOTA, 2001, p.17 apud DRAGO, 2011, p.61).
Durante vários anos estas instituições de Educação Especial permaneceram isoladas, desenvolvendo um trabalho em torno de critérios assistencialistas e voltados para o cuidado e preservação. Essa perspectiva mudou, inicialmente, a partir das Leis de Diretrizes e Bases 4024/61 que tratam da Educação Especial no art. 88 que propõe, pela primeira vez, o atendimento ao deficiente dentro do possível na educação regular. No ano de 1994 a Declaração de Salamanca aprovou um conjunto de princípios que configuram as atuais políticas educacionais referentes à Educação Especial, dentre os quais a garantia da qualificação profissional dos educadores e a valorização do outro como sujeito e como ser humano que possui diferenças dentro da imensa diversidade humana.
Outro documento de destaque é a Declaração de Guatemala (1999), da qual o Brasil é signatário. Este documento tem sido base de políticas públicas referentes ao trabalho e a assistência social, educacional e de saúde para a pessoa com deficiência, integrando a Convenção Interamericana para a eliminação de todas as formas de discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência. O princípio básico da Declaração de Guatemala é a garantia de que os governos aceitarão o compromisso de adequarem as instalações que facilitem a acessibilidade e a comunicação das pessoas com deficiência, desenvolvendo ações facilitadoras de acesso à educação, à saúde, ao emprego, à assistência social, aos esportes e à cidadania; proclamando a igualdade de condições e oportunidades de vida diante da sociedade, eliminando preconceitos e discriminações.
A atual Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 ressalta que os sistemas educacionais devem possibilitar o acesso de alunos deficientes às classes regulares, oferecendo suporte teórico e prático, favorecendo desta forma a inclusão escolar, “[…] há uma grande preocupação no que diz respeito a uma política inclusivista de pessoas deficientes no seio da escola regular, com apoio técnico, um atendimento digno e de qualidade em relação a recursos materiais, físicos e profissionais” (DRAGO, 2011, p.67). Além disso, este mesmo documento sustenta que o serviço especializado para o atendimento às características especiais dos educandos só deverá ser instaurado se necessário.
A Lei nº 10.172/01 que instituiu o Plano Nacional de Educação frisa que a inclusão das pessoas com deficiência deve acontecer no sistema regular de ensino “[…] a educação especial, como modalidade de educação escolar, terá que ser promovida sistematicamente nos diferentes níveis de ensino” (BRASIL, 2001, p.126), ainda este mesmo documento em seu capítulo 8, item 8.3, denominado Objetivos e metas referentes à educação especial, evidencia uma serie de objetivos e metas a serem atingidos na próxima década, relacionados a essa modalidade de ensino, sendo que um desses objetivos é: “aumentar os recursos destinados à educação especial a fim de atingir, em dez anos, o mínimo equivalente a 5% dos recursos vinculados a manutenção e desenvolvimento do ensino, […]” (BRASIL, 2001, p.13).
Contudo Drago (2011) ressalta que a LDB 9.394/96 traz, ainda consigo, resquícios das suas antecessoras nº 4.024/61 e nº 5.692/71, especialmente quando se refere ao termo “preferencialmente”, que induz a diversas interpretações segundo a política governante, isso porque “[…] infelizmente a expressão ‘preferencialmente na rede regular de ensino’ do texto legal implica a possibilidade de crianças e adolescentes com deficiência serem mantidos nas escolas especiais” (FERREIRA; GUIMARÃES, 2003 p.105 apud DRAGO, 2011, p.67).
Além da Declaração de Salamanca, de Guatemala e da Legislação Educacional Brasileira em vigor, salientamos também a Resolução nº 02, do Conselho Nacional de Educação, de 11 de setembro de 2001, pois este documento traz em seu cerne as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, sendo o elo entre a legislação e a prática educativa. A Resolução CNE/CEB nº02/01 destaca que a escola precisase adaptar às necessidades do alunado e não o inverso; que todos os sistemas de ensino devem providenciar equipes de apoio à educação inclusiva; que os referidos sistemas revejam seus currículos e avaliações, para que todos os alunos independentes de suas características físicas ou sensoriais sejam avaliados de acordo com seus sucessos; que a Educação Especial precisa ser vista como proposta pedagógica que atende as necessidades de cada um e que se realize o intercâmbio entre sistemas de ensino, entidades e centros de atendimento.
A definição de Educação Inclusiva difere da definição de Educação Especial, descrita no início deste texto, esta diferença precisa estar clara para que não haja confusão ao se trabalhar com esses temas. Educação Inclusiva é um movimento mundial baseado nos princípios dos direitos humanos e da cidadania, onde o objetivo principal é eliminar a discriminação e a exclusão, garantindo o direito a igualdade de oportunidades e a diferença, modificando os sistemas educacionais, de maneira a propiciar a participação de todos os alunos, especialmente aqueles que são vulneráveis a marginalização e a exclusão.
Em 2008, o Ministério da Educação lança a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. O objetivo principal deste texto é “o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulares, orientando os sistemas de ensino para promoverem respostas às necessidades educacionais especiais” (BRASIL, 2008, p.14), deixando explicito que a educação especial deve ser entendida como uma modalidade de ensino que perpassa todos os outros níveis, as modalidades e as etapas do processo educacional, além de orientar sobre as propostas de atendimento educacional especializado, disponibilização de recursos e serviços e contribuições metodológicas e de implementação.
Apesar de toda a legislação vigente sobre a pessoa com deficiência ainda não se tem um consenso sobre uma imensidão de termos, de paradigmas, de propostas e ações, que levam pesquisadores, instituições educacionais, sistemas de ensino, dentre outros atores do processo a dúvida sobre o trabalho desenvolvido no contexto da escola. Portanto é preciso entender o que significa os termos “Necessidade Educativa/Educacional Especial”, “Pessoa Deficiente”, “Classe Especial”, “Educação Especial” e “Integração e Inclusão”.
A INCLUSÃO E A EDUCAÇÃO INFANTIL
As instituições de Educação Infantil oferecem situações de aprendizagem de naturezas diversas, como brincadeiras que acabam envolvendo a criança ensinando sem que perceba, porém, quando iniciam sua fase na adolescência, acabam usando muitas vezes o preconceito ao seu favor, essas circunstâncias podem ser evitadas, somos todos iguais na sociedade, uns com características diferentes do que o próximo (CURY, 2005).
Ainda para Cury (2005), é preciso observar as crianças com deficiências para ter uma boa compreensão, do que precisa, seu próprio choro tem diferença nas expressões, as crianças precisam de oportunidade e condições de desenvolvimento. É necessário fazer uma reorganização no sistema escolar para poder fazer um bom trabalho com as crianças especiais, ter uma boa adaptação no meio escolar, as mesmas estão sempre mais distanciadas do meio social, por vezes influenciada pela proteção excessiva dos pais, por medo da rejeição dos seus filhos. O educador deve proporcionar atividades que abranjam todos os alunos, os que possuem alguma deficiência e também as crianças “ditas normais”. Ressaltando que necessita conhecer os limites e as possibilidades de todos os alunos, podendo proporcionar a todos as mesmas atividades com adaptações (MANTOAN, 2003). 
As escolas têm o sentido de acolher, respeitá-la e se abrir a diversidade para que cada um possa ser valorizado em suas diferenças, tornando uma sociedade igualitária e justa para que essas crianças se tornem adultos, sem preconceito olhando para as pessoas com igualdade. Como afirma Carneiro, (2011, p. 86). 
Em caso de alunos com deficiência, cada característica específica de aprendizagem deve ser considerada, passando por ações práticas na realização da aula, buscando metodologias, estratégias e recursos condizentes com as necessidades individuais, culminando em uma avaliação formativa que considere a evolução de cada um. É importante que a educação infantil se perceba imprescindível no desenvolvimento e aprendizagem de alunos com deficiência, considerando seu espaço privilegiado para oportunizar experiências significativas que possibilitarão a esses alunos permanência nos níveis mais elevados de escolarização. Os professores da Educação Infantil precisam ter um tempo diferenciado, para arquitetar as tarefas, para que ocorra a inclusão, às atividades podem ser iguais, sendo adaptadas para criança conforme a deficiência. Olhando para essas crianças com as suas limitações, para fazer uma boa avaliação vendo no que ela avançou em suas aprendizagens, iniciando a inclusão das crianças na Educação Infantil. Há necessidade de que os professores comuns, e os professores especializados, se reúnam para poder fazer um melhor trabalho em inclusão, desenvolvendo atividades coerentes, conforme necessidade de cada aluno inclusive na EMEIS, isso favorece todos os alunos, não apenas os incluídos. Para Carneiro, (2011 p. 92):
O desafio posto é criar modelos de colaboração em que o professor comum, com sua experiência na tarefa de ensinar e no manejo da classe, e o professor especializado, com experiência nas especificidades relacionadas às deficiências, una esses saberes em prol do desenvolvimento e aprendizagem de todos os alunos. A inclusão na escola de Educação Infantil, veio para que as crianças se relacionem com diversos gêneros de cultura, para que sejam bem-vindas e aprendam de forma natural e valorize as diferenças do outro, por ser como é, ninguém é igual, sendo feita a inclusão escolar e levando esse ensinamento para o restante de sua trajetória de vida.
O que presenciamos na prática da Educação Infantil é que muitas creches e escolas aceitam crianças com deficiências acreditando que elas apenas necessitam de socialização e brincadeiras, não que estas não sejam importantes, mas é cada vez maior o número de crianças mantidas na Educação Infantil após atingirem a idade de alfabetização e de ingresso no Ensino Fundamental. Em algumas situações quando a criança esta com aproximadamente dez anos de idade ou muito grande em comparação aos colegas de cinco ou seis anos, a família é informada de que precisará encontrar outra escola. “Isso ocorre porque o critério de prontidão para a alfabetização tem sido preponderante, na maioria das escolas, para a promoção das crianças da educação Infantil para o Ensino Fundamental” (FRELLER, FERRARI, SEKKEL, 2008, p. 88).
A realização de atividades pedagógicas e o processo de avaliação diferenciado permitem a creche, escola ou EMEI inclusiva considerar cada situação individualmente na hora de tomar decisões. Como, por exemplo, se uma criança com deficiência pertence a um grupo de faixa etária de cinco anos e for para a turma de alfabetização no ano seguinte, alguns fatores devem ser considerados para a promoção ou a permanência dessa criança em um grupo de crianças menores. 
A Educação Inclusiva na educação infantil supõe uma atenção especializada, sem estigmas ou discriminações, tem a intenção de acompanhar os avanços do conhecimento e das lutas sociais, visando constituir políticas públicas promotoras de uma educação de qualidade para todos os estudantes, em seus diferentes ritmos, cultura e estilos de aprendizagem. As limitações encontradas no sistema educacional são inúmeras para uma educação de qualidade a pessoas com necessidades especiais, entretanto é possível reverter o quadro, ou seja, reconhecer a diversidade existente nos espaços escolares é fazer desta um meio de transformação, de busca da valorização da diferença e da singularidade de cada sujeito. Nesse sentido existe a complexidadede incluir, com sucesso, todas as crianças na luta pela aprendizagem o que exige que as escolas sejam verdadeiramente inclusivas, e abertas à diversidade. Há que se reverter o modo de pensar, e de fazer educação nas salas de aula, de planejar e de avaliar o ensino e de formar e aperfeiçoar o professor, especialmente os que atuam no ensino fundamental. É importante a inclusão dentro e fora da escola, nesse sentido, concordamos com Ferrera e Guimarães (2003, p.117). 
 A visão de comunidade, para os autores citados, parece envolver uma noção de conjugação de valores e conscientizações para tomada de decisões conjuntas e assertivas. Entre outras inovações, a inclusão resulta também em outra mudança, a do ensino regular com o especial e em opções alternativas e ampliativas da qualidade de ensino para os educandos em geral. Dessa forma pensamos que o melhor processo de inclusão é quando o próprio educando reconhece que já superou suas dificuldades iniciais e expressas que não precisa modo constante acompanhamento, pois inclusive resolve situações difíceis de modo autônomo de maneira correta. Assim Mitler (2003, p.37) afirma “O processo de trabalhar para a educação inclusiva ainda pode ser visto como uma expressão de luta para atingir os direitos humanos universais”. 
 No Brasil, inúmeras leis foram publicadas em defesa ao atendimento educacional às pessoas com deficiências outras com dificuldades temporárias, nas classes regulares de ensino, vale citar a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 208 e a LDBEN 9394/96, mas foi nos últimos anos que se intensificou na prática a política educacional inclusiva. Portanto, é imprescindível dominarmos bem os conceitos exclusivistas para que possamos ser participantes ativos na construção de uma sociedade que seja realmente para todas as pessoas, independentemente de sua cor, idade, gênero, tipo de necessidade especial e qualquer outro atributo pessoal. Muitos caminhos ainda deverão ser percorridos, muitos muros ainda serão derrubados, no que diz respeito aos aspectos técnicos, materiais, políticos e humanos, mas é preciso considerar os avanços alcançados, é preciso valorizar as competências coletivamente construídas em um período tão curto, que vêm proporcionando a promoção da Educação Inclusiva. Sassaki (1997, p. 34) alerta para o reconhecimento do que já foi alcançado, com uma referência para novas tentativas “Pois a integração social, afinal de contas, tem consistido no esforço de inserir na sociedade pessoas com deficiência que alcançaram um nível de competência compatível com os padrões sociais vigentes”. A melhoria da qualidade no atendimento educacional aos educandos com necessidades especiais, embora envolvendo comunidades e indivíduos engajados nessa luta tem que ser meta do Sistema Educacional governamental que ofereça oportunidades de desenvolvimento a todos, independente de suas particularidades. Portanto as estratégias inclusivas não podem apenas ser feitas na forma discursiva, mas na realização de experiências em que as possibilidades de cada um possam ser manifestadas. Consideramos que algumas mudanças implicam em reorganização das ações educativas, concentrando esforços e recursos para a melhoria do desempenho escolar para educandos com necessidades especiais ou não, com o objetivo de valorizar e considerar suas potencialidades. 
O artigo 60, Parágrafo único da LEI Nº 9394/96 – LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL – 1996 assevera que o poder Público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo. Assim os educandos podem avançar, apesar de suas limitações. Nesse sentido, é importante acreditar em alternativas para possibilitar avanços dos educandos através de propostas do sistema educacional, o que supõe que a realidade educacional deva ser revista e requerendo um trabalho constante de construção e reconstrução, o que exige compromisso para que se efetive uma nova realidade na educação inclusiva. Segundo Voivodic (2004, p.30). 
As escolas inclusivas devem reconhecer as diversas necessidades dos alunos e dar uma resposta a cada uma delas, assegurando educação de qualidade a todos, através de currículo apropriado, modificações organizacionais, estratégias de ensino usam de recursos e parcerias. Para isso, as crianças com necessidades especiais devem receber os apoios extras que necessitam para que tenham uma educação efetiva. O papel da escola se apresenta, portanto, como uma instituição que promova educação com qualidade, respeitando a diversidade e ampliando cada vez mais os recursos necessários para a aprendizagem dos sujeitos como cidadãos, é um campo aberto essas probabilidades ou possibilidades de real inclusão escolar e social. O trabalho das instituições ao sujeito com necessidade especial deve estar amparado pela LDB, oferecendo recursos segundo suas necessidades, ou seja, aquelas relacionadas a condições, limitações ou necessidades especiais, estamos em diferentes estágios de garantia de condições de vida da nossa população, na educação, uma variação enorme em questões regionais, o direito à educação para todos é uma determinação da Constituição Federal, nacional e não importa a região ou a condição dela. Portanto deve haver a flexibilidade e adaptações curriculares, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos educandos os que possuem necessidades educacionais especiais, sendo relevantes e pertinentes os serviços de apoio pedagógico especializado, realizado, nas classes comuns, mediante a cooperação de professor especializado em educação especial. Neste sentido concordamos com Staimback e Staimback (1999, p.434).
 A chave para a inclusão bem-sucedida é a nossa disposição para visualizar, trabalhar e conseguir uma rede regular que se adapte e dê apoio a todos. Todos os alunos, incluindo os rotulados como com deficiência, querem estar em uma rede regular. Por isso, é essencial que tornemos a rede regular flexível e sensível as necessidades de cada um que estimulemos as amizades para os alunos que não tem amigos na rede regular. Por isso a reestruturação é tão fundamental. Por meio dela, os bilhões de dólares atualmente gastos nos programas de educação em ambientes especiais segregados poderiam ser integrados na educação geral para ajudar a rede regular a prestar mais apoio, ser mais flexível e adaptar-se a melhor às necessidades individuais de todos os alunos. Estabelecendo as mais diversas relações e percebendo a importância do ensino inclusivo na rede regular sendo flexível e sensível aos sujeitos com necessidades especiais, havendo a aceitação das diferenças, o respeito, a tolerância e a inclusão do outro. Conhecer, levantar dados sobre os educandos, traçando atividades buscando atingir elementos que mostram as necessidades especiais no campo da aprendizagem do ensino dos educandos. Devemos levar em consideração que uma proposta de atendimento inclusiva necessita de investimentos maiores, embora algumas escolas já tenham feito as adaptações necessárias como rampas, elevadores, banheiros, sinalizações, para todos (braille e sinais), mas estamos muito aquém do necessário. Em contraste, o ensino inclusivo proporciona às pessoas com deficiência a oportunidade de adquirir habilidades para o trabalho e para a vida em comunidade. Os alunos com deficiência aprendem como atuar e interagir com seus pares no mundo “real”. Igualmente importante, seus pares e também os professores aprendem como agir e interagir com eles. Sem dúvida, a razão mais importante para o ensino inclusivo é o valor social da igualdade. Ensinamos os alunos através do exemplo de que, apesar das diferenças, todos nós temos direitos iguais. Refletindo e elaboração teórica da educação inclusiva, analisamos que a sustentabilidade do processo inclusivo se faz relevante, através da aprendizagem cooperativa emsala de aula, trabalho de equipe da escola e redes de apoio, com a participação efetiva da família e comunidade no processo educativo. O atendimento aos sujeitos combinação necessidades especiais no que se diz respeito à acessibilidade, deve ser realizado com esforço e adaptação das escolas existentes e de novas escolas sendo preenchidas com requisitos de infraestrutura definidos. Mas para que a inclusão seja realizada não basta a organização escolar é importante haver maturidade do profissional em educação na busca de um trabalho efetivo, de uma vivência para a construção do conhecimento, com capacidade de desenvolver recursos próprios para lidar com a frustração das possibilidades de insucessos. E para que esse profissional possa atingir todas essas metas desafiantes, precisa ser incluído nos planos governamentais de capacitação e apoio constantes, garantindo assim, maiores possibilidades de real atendimento a Educação Inclusiva. 
FONTE:GOOGLE
METODOLOGIA
A escola é um espaço democrático, que deve estar aberto e preparado para receber todos os alunos. A Educação Infantil, fase inicial da formação acadêmica, representa o primeiro contato das crianças com esse universo repleto de aprendizados e novas descobertas. 
Porta de entrada do sistema educacional é na educação infantil que muitos educadores começam a “suspeitar” que uma criança possa ter uma deficiência. Nesses casos, a busca por um laudo médico é uma preocupação válida, mas não deve ser a única. Tanto o professor que leciona para alunos com necessidades educacionais especiais, quanto o  de sala de aula regular, precisam de atividades de educação especial para utilizar em sala. Além disso, é necessário trabalhar com uma diversidade ampla de recursos e ferramentas para auxiliar no aprendizado e desenvolvimento de seus alunos. Trabalhar a inclusão na Educação Infantil é muito importante para que a criança se adapte ao ambiente escolar e possa dar sequência aos seus estudos no Ensino Fundamental sem maiores dificuldades. Para isso, gestores, educadores e toda a equipe pedagógica precisam estar engajados e preparados para oferecer todo o suporte e atenção que as crianças precisam.
Neste projeto serão usados os campos de experiências de aprendizagem da BNCC. 
EU, O OUTRO E O NÓS; 
CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS 
e ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO. 
· Objetivos de aprendizagem apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
· Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças, adulta e demais seres vivos.
· Perceber que as pessoas têm características físicas diferentes, respeitando essas diferenças.
· Identicar e criar diferentes sons e reconhecer rimas e aliterações em cantigas de roda e textos poéticos. 
· Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias e outros textos, diferenciando escrita de ilustrações e acompanhando, com orientação do adulto-leitor, a direção da leitura. Assistir desenhos, criar cenários, personagens, tramas e enredos nas brincadeiras de faz de conta.
O trabalho proposto será realizado em Pré-escolas do Município, onde temos algumas crianças com deficiência. Os encontros e interação vão acontecendo no decorrer do ano, no dia a dia das crianças de todas as turmas do PRÉ I e II. 
Ao longo dos encontros será feita a apresentação de todos os envolvidos no projeto. No primeiro momento ira ser feito o acolhimento da criança fazendo com que a mesma se sinta confortável ‘’à vontade’’. Caracterização individual, considerando que cada criança é diferente, e sendo assim suas reações em relação à colega também. Observá-las interagindo espontaneamente com os colegas nas brincadeiras, promover atividades exploratórias com esse objetivo em sala. Caracterização do grupo – Trata-se de reunir todas as informações acerca de cada uma das crianças a fim de caracterizar o grupo como um todo para a melhor interação da criança. 
A educação infantil é com toda a certeza, uma etapa da escolarização da criança que é essencial para todas as suas aprendizagens futuras. Nesta etapa, o aluno adquire habilidades e competências essenciais na sua escolarização. Todas as atividades proporcionadas à criança devem ter por objetivo a aprendizagem ativa que possibilite a criança desenvolver suas habilidades.
TODOS JUNTOS COM AS DIFERENÇAS
Disponibilizar livros, revistas, histórias para as crianças. Com o auxílio de figurinhas de revistas em quadrinhos, inicie perguntando aos alunos se eles conhecem dois seres vivos iguais. Assim como os personagens de quadrinhos, nós seres humanos temos características que nos diferenciam uns dos outros. Se alguém citar os gêmeos idênticos, lembremo-nos das diferenças de temperamento que geralmente eles têm.
Em seguida incite um debate perguntando: “como seria o mundo se todos fossem iguais? E se pensássemos da mesma maneira, tivéssemos os mesmos gostos, os mesmos sonhos, agíssemos totalmente iguais?” Mostre as vantagens das pessoas serem diferentes, pois isso traz diversas contribuições à sociedade. Logo após a conversa com auxilio da professora, vamos recortar diversas imagens de pessoas diferentes ( tanto na raça, etnias, deficiências) e montar um ‘’Mural Interativo’’, se a ideia é informar para incluir, o mural interativo tem como alvo não só as crianças, mas todos os professores e funcionários da escola.
Atividades que coloquem os alunos em movimento, por meio de músicas e cantigas populares, professores podem desenvolver atividades que ajudam a estimular o movimento das crianças, melhorando também a socialização. O clássico "Dona Aranha", por exemplo, pode guiar uma brincadeira chamada ‘’ Teia de Aranha’’, a atividade tem o intuito de socializar com todas as crianças, principalmente os alunos autistas. Sabemos que eles têm dificuldade de se relacionar e, normalmente, nas atividades coletivas se retraem, não conseguem lidar com barulho e se afastam. “Quando idealizamos a atividade, envolvemos música, movimento, percepção e interação e conseguimos integrá-los”. São colocados cones, com fios amarados como se fossem teias, vamos por baixo, por cima até chegar ao final. Na atividade, as crianças aprendem também a conhecer seu corpo. Desenvolve a lateralidade, coordenação motora, noção de espaço e noção de direção.
CAIXA DOS SENTIDOS
Que tal reunir as crianças para um jogo de adivinhação sensorial? Em uma caixa de papelão, faça dois buracos na lateral para que as crianças possam colocar as mãos e, através do tato, descobrir quais são os objetos no interior.  Dentro da caixa, deposite pedras, folhas, galhos ou um punhado de terra. A intenção é que as crianças explorem os sentidos durante a brincadeira e falem para os outros, o que estão encontrando na caixa. 
PEGA-PEGA SENSORIAL
Nesta brincadeira os alunos devem ser vendados e um deles escolhido para ser o “pegador”, que deve se orientar pelo som das crianças para encontrá-las. Existem algumas opções para fazer o som de identificação. Os próprios alunos podem emitir ruídos com o corpo, eles podem usar instrumentos musicais ou outros objetos que façam sons. O objetivo da atividade é que todos experimentem a sensação de utilizar os outros sentidos quando estão sem a visão. 
BRINCADEIRAS DE RODA
Brincadeiras de roda, tais como: corre cutia, vivo-morto, entre outros, que embalaram os momentos de diversão entre as crianças, por meio dessas brincadeiras, pudemos aperfeiçoar algumas necessidades básicas do ser humano, como por exemplo, coordenação motora, raciocínio rápido, agilidade e também estimulá-los a manter viva a consciência acerca das possíveis atividades feitas em grupo. 
DESAFIOS NA AREIA
A ideia da brincadeira é proporcionar uma experiência sensorial e desafiadora às crianças. Explorar os sentidos usando o corpo é uma forma de aprender se divertindo. Sentadas na areia, elas devem ser incentivadas a realizar diversos desafios naquele espaço. Você pode pedir que criem formas geométricas com as mãos, que construam um caminho ou até que encontrem brinquedos previamente escondidos.A atividade estimula o desenvolvimento da coordenação motora, a criatividade e o trabalho em equipe entre as crianças. Lembrando que a dinâmica deve ser feita no ritmo de cada criança.
TINTA E SAGU
Brincar com tintas traz mais possibilidades do que apenas pintar desenhos coloridos. As cores também podem ser diferenciadas e entendidas pelo tato. Uma das formas de ajudar nessa diferenciação, é misturar sagu ou pequenas bolinhas de isopor em uma das tintas e incentivar as crianças a desenhar com as mãos, sentindo a textura e trabalhando as habilidades sensoriais. O resultado é o que menos importa nesse tipo de atividade, deixando a experimentação fluir livre.
TRABALHANDO UMA HISTÓRIA
A história escolhida foi ‘’ Inclusão no coração’’. O texto é de Pedro Paulo da Luz, e as ilustrações, que são uma graça, feitas por Milena Barbosa. O livro é pequeno tem apenas 16 páginas, mas a mensagem é grande, que se resume em amor. Linda história, simples, mas profunda. Todos nós temos defeitos, mas não precisamos apontar o defeito do outro. Temos que amar o próximo e respeitar as diferenças. O livro também incentiva a fazermos amizades, ajudar os outros e ser companheiro. Muito bom, tem vários assuntos que você pode abordar com as crianças através desse livro. Diferentes e iguais, todos são especiais!
Antes de começar fazer perguntas que: despertem a curiosidade das crianças, objetivam criar leitores críticos explorando as informações do título e da capa, conhecer o contexto da história e conhecer os personagens. Depois da leitura perguntar sobre os personagens e a história, fazer perguntas para despertar nas crianças o respeito à diferença, sobre o que cada um pode fazer para promover a inclusão na escola, como as pessoas com essa deficiência. 
Momentos de diálogo e diversão com as famílias.
A ausência das famílias da vida escolar de seus filhos, muitas vezes, se dá não por falta de interesse, mas de oportunidade. 
Para todas as ações, pais, mães e responsáveis foram convidados a participar com antecedência, por meio de bilhetes. O encontro teve conversas, brincadeiras e por fim uma gincana familiar.
· Reconhecimento pelo toque: com os olhos vendados, os alunos tentaram descobrir quem era seu pai, mãe ou responsável por meio do toque no rosto. Em seguida, foi a vez dos adultos identificarem seus filhos.
· Estoura balão: cada jogador carregou um balão amarrado ao tornozelo por um barbante. O objetivo da brincadeira era estourar a bexiga do colega sem deixar que estourassem a sua.
· Mímica: cada participante deveria pegar uma figura de dentro de um saco para fazer gestos para que os outros tentassem adivinhar. Só não valia emitir som.
· Corrida com os pés amarrados: as duplas percorreram um caminho determinado com os pés amarrados um ao outro.
· Passa bambolê: crianças e adultos ficavam um ao lado do outro de mãos dadas. O objetivo da brincadeira era fazer um arco chegar até a outra ponta da fila sem soltar-se. Para permitir que todos pudessem executar a tarefa, quem tivesse dificuldades ganhava uma segunda chance;
Todas as atividades são coordenadas pelas professoras, e seu intuito é a participação de todos.
Sabemos que as dificuldades encontradas para atender à inclusão de alunos com deficiência nas aulas estão presentes todo dia, mas devemos criar estratégias e experimentos que favoreceram a apropriação do conhecimento e o respeito ao tempo de aprendizagem de cada aluno. 
Olhar para o aluno e não para a deficiência é a receita mais eficiente; as demais barreiras vão sendo derrubadas com a disposição de fazer e a sensibilização através da informação. É esta a principal proposta deste projeto.
CRONOGRAMA
	Etapas do Projeto
	Período
	1- Planejamento
	O planejamento se deu em cima do mapa da organização Curricular da Educação Infantil, Experiências de aprendizagem da BNCC. Através da dificuldade que muitos professores têm em trabalhar e sala de aula com alguma criança com algum tipo de deficiência. Além do projeto, acredito que os municípios deveriam fazer formações continuadas na área para professores, gestores e coordenadores.
	2- Execução
	A proposta é de que seja executado durante todo o ano, configurando-se, assim, como mais uma proposta, e não a última, de tornar real o processo de inclusão na escola. O trabalho pedagógico deve respeitar o ritmo da criança e propiciar-lhe estimulação adequada para o desenvolvimento de suas habilidades, levando em consideração suas necessidades.
	3- Avaliação
	A realização desse projeto favoreceu a abertura de um espaço para a reflexão e o diálogo sobre as diferenças e sobre o respeito mútuo, desenvolvendo as habilidades sociais no ambiente escolar. A avaliação será feita de acordo com o desenvolvimento do projeto.
RECURSOS 
Os recursos humanos necessários para a realização do projeto contemplam os professores do ensino especial, os pais dos alunos, os alunos, os auxiliares e funcionários da escola, uma garantia de que o projeto. Para realizar um projeto é necessário contar com recursos diversos que nos ofereçam uma garantia do seu sucesso, os recursos materiais são imprescindíveis, as infraestruturas e equipamentos são os espaços e os equipamentos básicos para poder realizar qualquer atividade do projeto, por exemplo, a própria pré-escola, pátio, sala de aula, entre outros. Os materiais didáticos pedagógicos livros de história, revistas, tesoura, cola, mural, quadro, cadernos, cartazes, entre outros; materiais tecnológicos internet, televisão, caixa dos sentidos com objetos, tinta e sagu retroprojetores, entre outros.
AVALIAÇÃO
A avaliação será construída e efetivada no decorrer das atividades programadas de forma continua e diagnostica, oportunizando ao aluno desenvolver diferentes percepções de comunicação e expressão, estimulando a participação ativa no ambiente em que convive com seus colegas e professores. A avaliação será descritiva e oralmente, visando sempre estabelecer a melhor relação social com o grupo. A aferição de aprendizagem deve ser feita de modo processual ao longo da sequência didática e deve considerar tanto a aprendizagem de conteúdos quanto as competências. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pensando em inclusão de estudantes com deficiência, no funcionamento diário de uma escola de Educação Infantil, inevitavelmente terá um confronto com ramificações relativamente repentinas e incoerentes em semelhança ao idealizar a educação usa-se um ponto de vista exclusivo. Diante disso podemos repensar o processo educativo inclusivo e sua eficiência, a partir desses elementos, propondo como tema de estudo a inclusão no espaço escolar, entender que todos têm o direito à vida, ao lazer, e principalmente, à educação, respeitando as diferenças existentes entre as pessoas.
Devemos estar cientes, nos dias atuais, que temos um crescente no número de crianças incluídas em nossas salas de aulas. Para tanto, os professores precisam estar mais preparados, e conscientes que vamos ter essas crianças em nossas classes, precisando fazer acontecer a inclusão não apenas na turma, mas nos conteúdos adaptados, e nos meios escolares, que as demais crianças vejam seu colega, como igual e não como a criança que tem deficiência. Para que isso aconteça, o próprio professor tem que aceitar e gostar de trabalhar com o grupo escolar e com as crianças com deficiência, quando o professor tem preconceito em trabalhar com as crianças especiais, os demais alunos notam isso, e acabam se afastando da criança. Temos consciência da necessidade de trabalhar com a criança especial desde os primeiros anos de vida, tornando-se fundamental seu ingresso na escola, desde a Educação infantil, preparando professores e ambiente propicio a esse aprendizado. Para termos uma escola inclusiva é necessário fazer adaptações físicas, e o mais importante ter uma equipe de profissionais capacitados para apoiar os professores, pais, revertendo o modo de pensar, planejar, atender a todas as diversidades.
Os dados obtidos nos levam a conclusão de que a educação infantil é primordial para a aquisiçãodo aprendizado, principalmente nos primeiros anos de vida, quando a criança encontra-se em período de maturação orgânica e seu sistema nervoso está sendo moldado pelas experiências e estímulos recebidos e internalizados. A estimulação do portador de necessidades especiais na fase inicial da vida é extremamente importante para o desenvolvimento da criança e minimizam as ocorrências de possíveis déficits de linguagem na primeira infância, o cérebro humano é altamente flexível devendo ser estimulado para que possa desenvolver todas as suas potencialidades. Com a inclusão não se pode mais esperar que a pessoa portadora de necessidades especiais se integre sozinha, espera-se que os ambientes estejam preparados para receber todos. 
REFERÊNCIAS
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CASTRO, L. X. Conhecendo a si mesmo e aprendendo a conviver bem com os outros e suas diferenças.
CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2004.
CUNHA, E. Práticas pedagógicas para a inclusão e diversidade: Eugênio – 5 ed. – Rio de Janeiro: Wak Editora, 2015.
CURY, Carlos Roberto Jamil. Políticas Inclusivas e Compensatória na Educação Básica. Fundação Carlos Chagas, Cadernos de Pesquisa. v.35, n.124, p.11-32
DRAGO, Rogério. Inclusão na Educação Infantil. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2011.
FRELLER, Cintia C.; FERRARI, Marian A. de L. D.; SEKKEL, Marie C. Educação Inclusiva: percursos na educação infantil. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2008.
MANTOAN, Maria Tereza Egler, Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? SP: Moderna, 2003.
https://www.sophia.com.br/blog/educacao-infantil-como-trabalhar-a-inclusao-na-escola acesso dia 13 de Setembro de 2021.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Educinf/revista44.pdf acesso dia 13 de Setembro de 2021.

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