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AO DOUTO JUÍZO DA … VARA FEDERAL – SUBESEÇÃO DA JUSTIÇA FEDERAL EM …
MARCELO, nacionalidade, estado civil, arquiteto, RG …, inscrito no CPF nº …, endereço, endereço eletrônico: …, vem perante V. Ex.ª, por meio de seu advogado, devidamente constituído através do instrumento particular procuratório anexo, com fundamento no artigo 5.º, LXIX, da Constituição Federal (CF/88) e Lei 12.016/09, para IMPETRAR:
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR
Em face do CONSELHO NACIONAL DE ARQUITETURA E URBANISMO, doravante designado IMPETRADO, o que faz pelos motivos e fins articulados a seguir:
I – DA LEGITIMIDADE
O autor conta com garantia fundamental que tem à sua disposição para proteger direito líquido e certo que foi violado ou que está sob ameaça de violação.
Segundo o art. 5º, LXIX, CF/88, “conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”.
.
II - SÍNTESE FÁTICA
O Impetrante, arquiteto da cidade de Natal/RN, concluiu especialização em Segurança do Trabalho na modalidade EAD. 
Com o objetivo de ser promovido no seu trabalho, que exige a especificação na área e, que essa tenha o registro do órgão de classe, procurou o Conselho Nacional de Arquitetura e Urbanismo para proceder o registro de sua especialização, pois, ele precisa para poder preencher as exigências e concorrer as vagas de promoção, que ficarão disponíveis em 30 dias. Porém o registro foi negado sob justificativa que o CAU, por uma portaria interna, veda o reconhecimento de pós-graduação EAD. 
Vale salientar que o curso de pós-graduação está regularmente autorizado pelo Ministério da Educação.
III - FUNDAMENTOS JURÍDICOS
III.a – Do Pedido Liminar
DO PERICULUM IN MORA, “perigo na demora”. É o receio que a demora da decisão judicial cause um dano grave ou de difícil reparação ao bem tutelado, no caso, a promoção do Impetrante estaria em risco por tão somente não ter sido reconhecido seu direito. 
Portanto não estaria sendo observado o FUMUS BONI IURIS, “fumaça do bom direito”. Apresentado está o direito líquido e certo, onde esse precisa ser reconhecido de maneira ágil para que se evite o que se traduz literalmente na violação da lei pela demora e, Isso frustraria por completo a apreciação ou execução da ação principal.
III.b – DIREITO LÍQUIDO E CERTO
A ilustre doutrinadora Maria Helena Diniz conceitua o direito líquido e certo como:
“aquele que não precisa ser apurado, em virtude de estar perfeitamente determinado, podendo ser exercido imediatamente, por ser incontestável e por não estar sujeito a quaisquer controvérsias. Para protegê-lo, é cabível mandado de segurança”.
Isto posto, verifica-se que o caso em tela deve ser combatido mediante o Mandado de Segurança, pois se amolda aos ditames de direito líquido e certo, podendo ser perfeitamente conhecido de plano, sem a necessidade de dilação probatória.
Ex positis, requer que seja reconhecido o direito líquido e certo do Impetrante em ter a designação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), este informa que, em cumprimento a decisão judicial provisória, atualmente não há quaisquer óbices a que egressos de curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo, na modalidade de Ensino a Distância, requeiram e obtenham registro profissional no CAU.
III.II – ATO ILEGAL
O presente “writ” encontra na autorização para funcionamento reconhecida pelo Ministério da Educação – MEC por meio da portaria nº 387 de 05/11/2020, não podendo assim ser negado ao Impetrante o direito de obter a conclusão de seu pedido administrativo, haja vista o injustificado da Autoridade Coatora.
O CAU/BR decidiu que devem ser recusados os pedidos de registro profissional de bacharéis em Arquitetura e Urbanismo formados em cursos na modalidade Ensino a Distância (EaD). Dessa forma, os 27 CAU/UF que atuam nos Estados e no Distrito Federal – responsáveis por realizar o registro de novos arquitetos e urbanistas – não poderão registrar esses egressos, impedindo-os de atuar na profissão. A deliberação foi tomada pelos conselheiros federais do CAU/BR durante a 88ª Reunião Plenária do Conselho, realizada em Brasília no dia 29 de março. Considerou-se para essa decisão que o campo da Arquitetura e Urbanismo está relacionado com a preservação da vida e bem-estar das pessoas, da segurança e integridade do seu patrimônio e da preservação do meio ambiente, e portanto tem impactos diretos sobre a saúde do indivíduo e da coletividade.
 
Além disso, o Código de Ética e Disciplina do CAU/BR determina que o arquiteto e urbanista deve deter um conjunto sistematizado de conhecimentos das artes, das ciências e das técnicas, assim como das teorias e práticas específicas da Arquitetura e Urbanismo, sendo impossível passar essa experiência da relação professor/aluno a distância. Segundo a CEF do CAU/BR, um dos princípios que embasam a Arquitetura e Urbanismo e o Paisagismo é a necessária condição geográfica, sem prejuízo das de caráter histórico e cultural, sendo impossível passar essa experiência da relação professor/aluno a distância.
 
Recentes normativas do Ministério da Educação têm ampliado continuamente o percentual do EAD na graduação universitária de diversas profissões, permitindo a oferta de cursos 100% a distância, substituindo integralmente o ensino presencial. No Brasil, existem hoje 32 instituições de ensino que estão autorizadas pelo MEC a oferecer 84.000 vagas de Arquitetura e Urbanismo em mais de 400 polos espalhados pelo país. Nove cursos EaD já estão funcionando, com turmas ativas.
PROBLEMAS NOS CURSOS 
No começo deste ano, o CAU/RS começou a investigar denúncias de estudantes que alegam ter recebido conceito máximo em disciplinas práticas que sequer cursaram. Um aluno recebeu conceito “Excelente” em determinada disciplina que sequer cursava, sem ter acesso ao conteúdo das aulas e sem desenvolver as práticas necessárias para a avaliação. Outro, por exemplo, obteve o mesmo conceito para a prática de Desenho Arquitetônico, quando não houve práticas para subsidiar a avaliação.
Diante dessas situações, o CAU/RS encaminhou as denúncias ao Ministério da Educação e decidiu no dia 22 de março não conceder o registro profissional no conselho estadual a egressos de cursos de arquitetura e urbanismo ofertados na modalidade EAD. “Avaliamos que a modalidade EAD possui graves problemas de desempenho, avaliação e controle, gerando impacto negativo na qualidade do ensino de graduação”, afirma nota oficial divulgada pelo CAU/RS.
Conforme decisões em Jurisprudências, conforme expostas abaixo, fica clara a existência do direito líquido e certo do impetrante, o que não cabe a entidade Coatora não reconhecer o seu dever de proceder com o registro do impetrante no órgão.
12/07/2021
Número: 1043748-14.2021.4.01.3800
Classe: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL
Órgão julgador: 5ª Vara Federal Cível da SJMG
Última distribuição : 01/07/2021
Valor da causa: R$ 1.000,00
Assuntos: Registro Profissional
Segredo de justiça? NÃO Justiça gratuita? NÃO Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado JULIA ROCHA RODRIGUES FORTUNATO (IMPETRANTE) MARIA CLAUDIA CARNEIRO PEIXOTO GONCALVES
SANTOS (ADVOGADO) CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO ESTADO DE MINAS GERAIS (IMPETRADO) CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL (IMPETRADO) PRESIDENTE DO CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASI- CAUB/BR (IMPETRADO) Ministério Público Federal (Procuradoria) (FISCAL DA LEI)
Documentos Id. Data da Documento Tipo
Assinatura 01/07/2021 22:03 Julia - Parecer MPF 61270 Documento Comprobatório
9870
01/07/2021
Número: 1036933-98.2021.4.01.3800
Classe: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL
Órgão julgador: 18ª Vara Federal Cível da SJMG
Última distribuição : 12/06/2021
Valor da causa: R$ 1.100,00
Assuntos: Registro Profissional, Nulidade de ato administrativo
Segredo de justiça? NÃO Justiça gratuita? NÃO Pedido de liminarou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado LAUDO LUIZ MOTA SERRANO (IMPETRANTE) GUSTAVO GUIMARAES DOS SANTOS HENRIQUES
(ADVOGADO) CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO ESTADO DE MINAS GERAIS (IMPETRADO) PRESIDENTE DO CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO ESTADO DE MINAS GERAIS (IMPETRADO) CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL (IMPETRADO) Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (IMPETRADO) Ministério Público Federal (Procuradoria) (FISCAL DA LEI)
Documentos Id. Data da Documento Tipo
Assinatura 12/06/2021 10:44 Parecer MPF 57785 Documento Comprobatório
6367
02/06/2021
Número: 1007498-09.2021.4.01.3500
Classe: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL
Órgão julgador: 6ª Vara Federal Cível da SJGO
Última distribuição : 10/03/2021
Valor da causa: R$ 1.100,00
Assuntos: Registro Profissional, Registro de Diploma
Segredo de justiça? NÃO Justiça gratuita? NÃO Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado LETICIA DA SILVA RUFINO (IMPETRANTE) DIEGO FRANCA DA SILVA (ADVOGADO) CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DE GOIAS (IMPETRADO) CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL STEPHANIE MIORIM CAETANO (ADVOGADO) (IMPETRADO) PRESIDENTE DO CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DE GOIAS (IMPETRADO) Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do STEPHANIE MIORIM CAETANO (ADVOGADO) Brasil (IMPETRADO) Ministério Público Federal (Procuradoria) (FISCAL DA LEI)
Documentos Id. Data da Documento Tipo
Assinatura 56550 02/06/2021 13:46 Parecer Parecer
5381
PR-GO-MANIFESTAÇÃO-10291/2021
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
Procuradoria da República em Goiás
17º Ofício
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) FEDERAL DA 6ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE GOIÁS
Processo nº 1007498-09.2021.4.01.3500
O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, pelo Procurador da República signatário, vem à presença de Vossa Excelência manifestar-se nos seguintes termos.
Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado por LETÍCIA DA SILVA RUFINO contra ato d o PRESIDENTE DO CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DE GOIÁS – CAU/GO e do PRESIDENTE DO CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL – CAU/BR , objetivando seu registro no quadro de profissionais do CAU/GO, independentemente da inserção da IES em que se graduou no sistema SICCAU.
Alega a impetrante, em síntese, que: (1) "é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Vale do Rio Verde, UNINCOR, a conclusão do curso deu-se em 18 de dezembro de 2.020 e a colação de grau em 14 de janeiro de 2.021" ; (2) "O curso é em sua integralidade na modalidade de Ensino à Distância – EaD, com autorização para funcionamento reconhecida pelo Ministério da Educação – MEC por meio da portaria nº 387 de 05/11/2.020"; (3)"O curso já possuía a autorização para funcionamento por meio da Resolução n.º 20 de 20 de dezembro de 2015, emitida pela própria instituição e chancelada pelo MEC"; (4)"em 15/01/2.021, com interesse fim no exercício de sua nova profissão buscou o Conselho de Arquitetura e Urbanismo através do sistema da própria instituição SICCAU (Sistema de Informação e Comunicação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo) e realizou o cadastro com fulcro em obter seu registro para atuação regular (solicitação e protocolo nº 156164), este, vinculado ao seu endereço profissional, qual seja, Catalão, Goiás,
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daí a responsabilidade do CAU – GO para gerenciar o deu requerimento"; (5)"Foi informada também de que o seu processo administrativo de registro levaria prazo máximo de 45 (quarenta e cinco dias)"; (6)"Entretanto, em razão de várias informações disponibilizadas em grupos de aplicativos de celular, sítios eletrônicos e redes sociais, tomou conhecimento que os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo de outros Estados da Federação estavam negando o cadastro de bacharéis com formação via EAD"; (7)"No dia 26/01/2.021 recebeu a informação no portal de registro do CAU-GO que a sua documentação necessária para o cadastro estava completa e correta, entretanto o registro só seria efetivado e entregue a impetrante após a Instituição de Ensino confirmar a graduação da requerente"; (8)"Entrou em contato com o CAU – GO, onde foi informada que ‘as solicitações de registro de recém- formados em EAD precisariam passar por análise da Comissão de Ensino e Formação’"; (9)"A referida comissão se reuniu no dia 22/02/2.021 e por meio da deliberação nº 04/2021 – CEEFP/GO, decidiu que iria aguardar ‘as providências necessárias e suficientes ao registro de egressos de cursos EAD’ da UNINCOR (...), sem acrescer de maiores informações e deixando a impetrante à mercê, sem poder exercer a sua profissão"; e (10) "as diretrizes seguidas pelo CAU-GO, que serão com maiores detalhes explicadas a frente, que inclusive direciona a responsabilidade ao CAU-BR são abusivas, não possuem quiçá amparo legal e buscam tão somente realizar a famigerada reserva de mercado, visando excluir novos profissionais com formação à distância".
Notificadas, as autoridades impetradas apresentaram informações (ID 483978946 e ID 511268395).
É o sucinto relatório. Segue manifestação ministerial.
A Lei nº 12.378/2010, que regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo, estabelece que:
Art. 6º São requisitos para o registro:
I - capacidade civil; e
II - diploma de graduação em arquitetura e urbanismo, obtido em instituição de ensino superior oficialmente reconhecida pelo poder público. § 1º Poderão obter registro no CAU dos Estados e do Distrito Federal os portadores de diploma de graduação em Arquitetura e Urbanismo ou de diploma de arquiteto ou arquiteto e urbanista, obtido em instituição estrangeira de ensino superior reconhecida no respectivo país e devidamente revalidado por instituição nacional credenciada.
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§ 2º Cumpridos os requisitos previstos nos incisos I e II do caput, poderão obter registro no CAU dos Estados ou do Distrito Federal, em caráter excepcional e por tempo determinado, profissionais estrangeiros sem domicílio no País. § 3º A concessão do registro de que trata o § 2º é condicionada à efetiva participação de arquiteto e urbanista ou sociedade de arquitetos, com registro no CAU Estadual ou no Distrito Federal e com domicílio no País, no acompanhamento em todas as fases das atividades a serem desenvolvidas pelos profissionais estrangeiros.
Acerca do pedido de registro profissional, a Resolução nº 18/2012 do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) determina que:
Art. 2º O registro para habilitação ao exercício profissional de arquitetos e urbanistas, diplomados no País por instituições de ensino superior de Arquitetura e Urbanismo oficialmente reconhecidas pelo poder público, será feito no Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado ou do Distrito Federal (CAU/UF) da jurisdição do domicílio do profissional.
Parágrafo único. O registro terá validade em todo o território nacional e se efetivará com a anotação das informações no cadastro do profissional no Sistema de Informação e Comunicação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (SICCAU) de que trata a Resolução CAU/BR nº 5, de 15 de dezembro de 2011.
Art. 3º Para efeito de registro o SICCAU solicitará das instituições de ensino superior de Arquitetura e Urbanismo a listagem dos profissionais recém-formados.
Art. 4º Os profissionais só poderão usar o título de arquiteto e urbanista e exercer as atividades profissionais que lhes competem após se registrarem no CAU/UF sob cuja jurisdição se encontrar o seu domicílio.
Art. 5º O registro deve ser requerido pelo profissional diplomado no País, brasileiro ou estrangeiro portador de visto permanente, por meio do formulário próprio disponível no SICCAU. 1º O requerimento de registro deve ser instruído com arquivos digitais dos seguintes documentos: a) diploma de graduação ou certificado de conclusão em curso de Arquitetura e Urbanismo, obtido em instituição de ensino superior oficialmente reconhecida pelo poder público;
b) histórico escolar do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo;
c) carteira de identidade civil oucédula de identidade de estrangeiro com
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indicação da obtenção de visto permanente no País, expedida na forma da lei;
d) prova de regularidade com a Justiça Eleitoral, quando brasileiro; e
e) prova de regularidade com o serviço militar, nos termos da lei, quando brasileiro do sexo masculino.
2º Quando apresentado o certificado de conclusão de curso no requerimento de registro profissional, o registro será feito em caráter provisório com validade máxima de um ano a partir da data de colação de grau, registrada no histórico de registro no SICCAU como “data de fim”. (Redação dada pela Resolução CAU/BR nº 160, de 23 de março de 2018) [...] 3º Quando apresentado o diploma de graduação, o registro será feito em caráter definitivo. (Incluído pela Resolução CAU/BR nº 32, de 2 de agosto de 2012) (Vide Resolução CAU/BR nº 83, de 25 de julho de 2014) 4º Os documentos relacionados no § 1º serão apensados, em formato digital, em local específico do SICCAU. (Incluído pela Resolução CAU/BR nº 32, de 2 de agosto de 2012)
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) dispõe que:
Art. 46 . A autorização e o reconhecimento de cursos, bem como o credenciamento de instituições de educação superior, terão prazos limitados, sendo renovados, periodicamente, após processo regular de avaliação. [...] Art. 48. Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados, terão validade nacional como prova da formação recebida por seu titular. § 1º Os diplomas expedidos pelas universidades serão por elas próprias registrados, e aqueles conferidos por instituições não-universitárias serão registrados em universidades indicadas pelo Conselho Nacional de Educação. […] Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. § 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União. § 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diploma relativos a cursos de educação a distância. § 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas.
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§ 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá:
I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens e em outros meios de comunicação que sejam explorados mediante autorização, concessão ou permissão do poder público;
II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas;
III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de canais comerciais.
O Decreto nº 9.057/17, que regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394/96, dispõe que:
Art. 1º Para os fins deste Decreto, considera-se educação a distância a modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorra com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com pessoal qualificado, com políticas de acesso, com acompanhamento e avaliação compatíveis, entre outros, e desenvolva atividades educativas por estudantes e profissionais da educação que estejam em lugares e tempos diversos. Art. 2º A educação básica e a educação superior poderão ser ofertadas na modalidade a distância nos termos deste Decreto, observadas as condições de acessibilidade que devem ser asseguradas nos espaços e meios utilizados.
Do exposto, conclui-se que o reconhecimento do curso é condição necessária para a emissão e validade do diploma e, consequentemente, do registro no conselho profissional.
No presente caso, ao apreciar o processo nº 1259654/2021, "que versa sobre solicitação de registro profissional de egresso de curso de arquitetura na modalidade Ensino à Distância (EaD) da Universidade Vale do Rio Verde (UNINCOR)" , a Comissão de Ensino, Exercício e Formação Profissional – CEEFP CAU/GO decidiu oficiar o CAU/BR "para que, por meio da CEF/BR, adote as providências necessárias e suficientes ao registro dos egressos de cursos EAD da Universidade Vale do Rio Verde (UNINCOR), indicando os procedimentos de registro por parte do CAU/UF" (Deliberação n.º 04/2021-CEEFP/GO, ID 472460892).
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil CAU/BR) argumentou que:
22. Não é função dos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dizerem sobre a correção dos atos autorizativos dos cursos de graduação em Arquitetura e Agronomia. No entanto, dadas as características da formação acadêmica, com formação na quase totalidade a distância, é possível haver
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questionamento quanto à eficácia da formação prática, termos em que os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo poderão, a partir de avaliação técnica minuciosa, verificar se os egressos dos cursos de graduação na modalidade a distância adquirem, nesse modo de formação, expertise para o desempenho da integralidade das atividades e atribuições profissionais para os campos de atuação de que trata o art. 2º da Lei nº 12.378, de 31 de dezembro de 2010.
23. Ora, na medida em que venha a faltar aos egressos dos cursos de graduação na modalidade a distância o aprendizado necessário que lhes forneça as habilidades e competências que as Diretrizes Curriculares Nacionais cominam para os egressos dos cursos de graduação em Arquitetura e Urbanismo, aí sim ficará atraída a competência dos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo para o exercício da função legal definida na Lei nº 12.378, de 2010, a saber:
[...]
24. Na medida em que a formação acadêmica não seja capaz de proporcionar aos egressos dos cursos de graduação aprendizado compatível com as habilidades e competências previstas nas Diretrizes Curriculares Nacionais aprovadas pela Resolução CNE/CES nº 2/2010, haverá um fato inequívoco de que esses egressos não têm as prerrogativas do pleno exercício das atividades e atribuições profissionais em face dos campos de atuação previstos no art. 2º da Lei nº 12.378.
24.1. Admitir que esses egressos exerçam, na plenitude, as atividades e atribuições profissionais e nos campos de atuação previstos na Lei nº 12.378, que vem a ser o espectro da integralidade das prerrogativas profissionais, pode vir a ser uma temeridade, pois colocaria toda a sociedade em risco à saúde e à segurança física e patrimonial.
25. A questão que se apresenta, então, é saber se o curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo ofertado pela UninCor, na modalidade integralmente a distância, permitiria aos egressos o desempenho pleno das atividades e atribuições profissionais e nos campos de atuação previstos na Lei nº 12.378.
[..]
33. O direito ao registro não exclui a prévia verificação quanto às prerrogativas profissionais que serão deferidas aos registrados – atividades, atribuições e campos de atuação que serão autorizadas ao profissional registrado, dentre aquelas previstas no o art. 2º da Lei nº 12.378.
34. Neste sentido a compreensão de que a plenitude do direito ao registro profissional – direito líquido e certo no mandado de segurança, suscetível do deferimento de liminar, e a probabilidade do direito, como requisito da tutela de urgência ( CPC, art. 300)– se iniciará depois de verificada a aderência entre o conteúdo do currículo escolar (ou as características do currículo escolar, para usar as expressões da Resolução CONFEA nº 218) e as atividades e atribuições profissionais e os campos de atuação previstos no art. 2º da Lei nº 12.378, de 2010.
[...] (ID 511220403)
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As alegações da autoridade impetrada revelam a resistência em proceder ao registro profissional de egressos de curso de Arquitetura e Urbanismo na modalidade Ensino à Distância (EaD), pois entende que cabe aos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal (CAU/UF):
(...) recepcionar e processar os requerimentos de registro,a verificação da aderência entre as características do currículo acadêmico e as atividades e atribuições profissionais e campos de atuação previstos no art. 2ºº da Lei nº 12.378 8, para a seguir serem especificadas as prerrogativas profissionais de cada profissional a ser registrado. (ID 511220403)
Verifica-se que a impetrante apresentou diploma do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo, expedido em 10/02/2021 pela Universidade Vale do Rio Verde (UninCor), com data de conclusão em 18/12/2020 e colação de grau em 14/01/2021 (ID 472460871). O referido curso foi reconhecido pela Portaria nº 387, de 05/11/2020, do Ministério da Educação (Registro e-MEC nº 201801788).
Comprovada a conclusão do curso superior reconhecido pelo Ministério da Educação, não cabe ao conselho fiscalizador restringir ou condicionar o registro do respectivo diploma à "a verificação da aderência entre as características do currículo acadêmico e as atividades e atribuições profissionais e campos de atuação previstos no art. 2º da Lei nº 12.378", violando o princípio da legalidade.
Noutras palavras, não podem as normas editadas pelos Conselhos Profissionais restringir direitos, extravasando os limites estabelecidos pela lei. A propósito, o julgado:
ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA. REGISTRO PROFISSIONAL. EXIGÊNCIA DE PRÉVIO CADASTRO DO CURSO SUPERIOR NO CREA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. APELAÇÃO PROVIDA. 1. Trata-se de apelação interposta por particulares em face de sentença que, em sede de mandado de segurança impetrado em face do Presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Ceará (CREA/CE), denegou a segurança por meio do qual se postulava a efetivação do registro do profissional no CREA, sob o argumento de ser necessário que o Curso ao qual é diplomado esteja devidamente cadastrado no Conselho profissional, o que não ocorreu no caso. 2. O cerne da controvérsia consiste em perquirir a possibilidade de exigência de prévio cadastro do curso superior no CREA como condição para a realização de registro no Conselho Profissional. 3. No caso nos autos, verifica que: a) os impetrantes são graduados em Engenharia Civil, pelo Centro Universitário
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Maurício de Nassau - UNINASSAU, na modalidade EAD, tendo colado grau em janeiro de 2019; b) ao enviar a documentação para inscrição no CREA/CE, alguns tiveram seu requerimento negado e alguns o requerimento inicialmente deferido, mas posteriormente cancelado, todos sob a alegação de que o curso não se encontra cadastrado no CREA/PE; c) a instituição de ensino superior realizou o pedido de inscrição perante o Conselho na recente data de 16/01/2019, sob o protocolo nº 200096721/2019, encontrando-se em análise e pendente de julgamento; d) o referido curso é reconhecido pelo MEC. 4. A União é o ente responsável por autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino, bem como regulamentar os requisitos para o registro de diplomas de cursos de especialização, a teor dos artigos 9º, inciso IX, e 80, parágrafo 2º, da Lei 9.394/96. 5. Conforme o Decreto nº 5.773/06, o Ministério de Educação tem a atribuição de analisar a efetiva regularidade dos diplomas, e que o reconhecimento de curso no MEC é condição necessária, juntamente com o registro, para a validade nacional dos respectivos diplomas. 6. O art. 57 da Lei nº 5.194/66, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, dispõe que "os diplomados por escolas ou faculdades de engenharia, arquitetura ou agronomia, oficiais ou reconhecidas, cujos diplomas não tenham sido registrados, mas estejam em processamento na repartição federal competente, poderão exercer as respectivas profissões mediante registro provisório no Conselho Regional". 7. O Superior Tribunal de Justiça tem o entendimento de que "Aos conselhos profissionais, de forma geral, cabem tão-somente a fiscalização e o acompanhamento das atividades inerentes ao exercício da profissão, o que certamente não engloba nenhum aspecto relacionado à formação acadêmica" (STJ, Primeira Turma, REsp nº 1.453.336-RS, Relator: Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 04/09/2014). 8. Nesse diapasão, não cabe ao CREA negar o registro profissional do impetrante, por não ser a instituição de ensino superior cadastrada junto ao Conselho Profissional, eis que a validade do diploma depende apenas de fiscalização pelo MEC . 9. Registre-se, por fim, a inexistência de previsão na Lei nº 5.194/66 de impedimento ao deferimento do registro legais apenas em razão da não conclusão do processo de inscrição da instituição de ensino junto ao próprio conselho de fiscalização profissional. 10. Precedentes desta Corte Regional: 08207126420194058300, Apelreex - Apelação / Reexame Necessário - , Desembargador Federal Gustavo de Paiva Gadelha (Convocado), 3ª Turma, Julgamento: 17/03/2020; 08151048520194058300, AC - Apelação Cível - , Desembargador Federal Manoel Erhardt, 4ª Turma, Julgamento: 31/01/2020. 11. Apelação provida, para afastar o ato administrativo que condicionou os registros profissionais dos impetrantes ao cadastramento do curso perante o CREA/PE, devendo ser expedida a licença profissional. (PROCESSO: 08055781520194058100, APELAÇÃO CÍVEL, DESEMBARGADOR FEDERAL FERNANDO BRAGA DAMASCENO, 3ª TURMA, JULGAMENTO: 04/06/2020) - Grifos nossos.
É clarividente que as limitações impostas pelo CAU/BR ultrapassam as
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atividades regularmente previstas para os Conselhos Profissionais, tendo em vista que sua função está restrita à fiscalização do regular exercício profissional.
Nesse sentido, destacam-se os seguintes trechos da sentença proferida pelo r. Juízo da 17ª Vara Federal Cível da SJDF nos autos da Ação Civil Pública nº 1014370- 20.2019.4.01.3400:
A questão controvertida versa sobre o direito dos estudantes egressos de cursos de graduação em arquitetura e urbanismo EAD, reconhecidos pelo MEC, obterem o registro profissional junto aos conselhos competentes. Aos conselhos profissionais, de forma geral, cabem a fiscalização e o acompanhamento das atividades inerentes ao exercício da profissão, com atribuição para regulamentar o exercício de tais atividades, observados os parâmetros legais previamente determinados, estabelecendo a lei normas gerais para a disciplina da profissão. Com efeito, o poder normativo regulamentar dos conselhos profissionais deve ficar adstrito à lei, de sorte que não lhes cabe, originariamente, modificar ou ampliar direitos ou deveres. Deve limitar-se ao conteúdo da lei e não pode extravasá-la sob o pretexto de ser a medida necessária à fiscalização da profissão. Saliento, por oportuno, que compartilho da preocupação explicitada pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, o qual, ao apresentar as justificativas para edição da Deliberação Plenária DPOBR Nº 0088-01/2019, referiu que o objetivo do ato regulamentar seria preservar o bem estar das pessoas, o meio ambiente, a segurança e integridade do patrimônio e da profissão. Todavia, compreendo que não cabe ordinariamente ao conselho profissional realizar a aferição de qualidade de cursos de graduação devidamente certificados e autorizados pelo Ministério da Educação. Caracteriza atitude cabível e esperada o efetivo e oportuno acompanhamento técnico da qualificação dos egressos das diversas instituições de ensino superior, e em se verificando eventuais falhas e inadequações, constitui dever dos aludidos conselhos a busca implacável da equalização das inconformidades, porventura, verificadas, seja junto à autoridade administrativa competente, ou ainda por provocação ao Poder Judiciário. O que não cabe, ao meu sentir, por ausência de autorização legislativa, é o controle oblíquo exercido pelo próprio conselho profissional em relação às instituições de ensino superior, conquanto a proibição de inscrição e registro de alunos graduados em razão da natureza das aludidas instituições, ou do processo ou veículode aprendizagem, resulta na inequívoca revalidação e reavaliação administrativa do curso de graduação por entidade sem atribuição para tanto. (Grifou-se)
Além disso, ressalta-se que o disposto no art. 4º da Lei nº 12.378/2010, que prevê que o CAU/BR "organizará e manterá atualizado cadastro nacional das escolas e
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faculdades de arquitetura e urbanismo, incluindo o currículo de todos os cursos oferecidos e os projetos pedagógicos" não é requisito para o registro do arquiteto e urbanista no Conselho.
Assim, deve ser reconhecido o direito de registro profissional da impetrante no Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás, independentemente de cadastramento do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Vale do Rio Verde (Unincor) no SICCAU ou "verificação quanto à aderência da formação acadêmica específica, no curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo ofertado pela UninCor, com as atividades, atribuições e campos de atuação de que trata o art. 2º da Lei nº 12.378".
Diante do exposto, o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL manifesta-se pela concessão parcial d o writ , para que as autoridades impetradas realizem o registro profissional da impetrante, desde que não haja outro motivo para o seu indeferimento.
Goiânia, data da assinatura eletrônica.
MARCELLO SANTIAGO WOLFF
Procurador da República
Conforme exposto, temos que o impetrante goza de todas as prerrogativas legais para aquisição do seu registro junto ao CAU/RN, de maneira que tenha sua segurança garantida.
IV - REQUERIMENTOS
Face ao exposto, comprovado o direito líquido e certo do Impetrante, e diante DO ATO COATOR representado pela desídia do Impetrado, requer de Vossa Excelência:
O recebimento do presente mandamus;
A intimação do Ministério Público Federal, na forma do art. 12 da Lei nº 12.016/09;
A CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR, determinando de imediato à Autoridade Coatora que conclua o processamento do registro profissional requerido pelo Impetrante, junto ao órgão, conforme fundamentado nos autos;
A concessão da segurança em sentença, mantendo-se a decisão porventura concedida liminarmente;
No caso de não cumprimento da Ordem Judicial, pugna para que seja determinado a imposição de multa diária a ser determinada pelo juízo, em observância ao disposto nos artigos 536 e 537 do CPC e seus parágrafos;
Requer ainda, que seja processada a presente medida nos termos da mencionada Lei nº 12.016/09, notificando-se a autoridade coatora para que preste às informações que Vossa Excelência julgar necessária, e se abstenha de tomar qualquer medida punitiva ou sancionaria contra o direito do Impetrante, concedendo-se ao final a segurança definitiva.
Protesta por todos os meios de provas admitidos em direito para o regular processamento do presente “writ”.
Dá-se a presente o valor de R$............. para fins meramente procedimentais.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado.
OAB...

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