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1 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 5°P MEDICINA 3M2 – RADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME: Trata-se de um estudo de baixo custo e elevada disponibilidade nos serviços de saúde, e que não apresenta contraindicações absoultas, apenas relativas e restritas às gestantes. Está indicada para avaliação e acompanhamento nos seguintes casos: • Distensão abdominal • Obstrução intestinal • Íleo paralítico Para avaliação: • Perfuração intestinal. • Pneumoperitônio. • Posicionamento de dispositivos médicos (como sondas e cateteres). • Pós-operatório: para acompanhamento da abordagem e avaliação de corpos estranhos cirúrgicos. • Corpos estranhos: para diagnóstico e localização. • Cálculo do trato urinário: para avaliação diagnóstica,localização e acompanhamento. • Prévia de exames de imagem dinâmicos (fluoroscopias). • Anormalidades congênitas. • Massa palpável em crianças. • Enterocolite necrotizante em recém-nascidos. • Megacólon tóxico. • Fecaloma A radiografia simples de abdome é realizada apenas em decúbito dorsal horizontal e anteroposterior. No entanto, em quadros de abdome agudo, o estudo deve ser complementado com a posição ortostática e com a radiografia de tórax em incidência posteroanterior para avaliação das cúpulas diafragmáticas. Se tiver suspeita de alguma víscera perfurada tem que solicitar em posição ortostática para avaliar as cúpulas diafragmáticas. 2 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 5°P MEDICINA AVALIAÇÃO DA RADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME: Avaliar: • distribuição dos gases nas alças intestinais, • presença de gás extraluminal (abdome perfurativo ou em casos de infecção), • partes moles (copros extrahos e abaulamentos) • procura de calcificações patológicas • integridade das estruturas ósseas • cúpulas diafragmáticas Distribuição de gás intraluminal: É padrão da normalidade a presença de gás no estomago, em dois a três segmentos de delgado e no reto e/ou sigmoide. Os calibres máximos esperados são: • de 3,5 cm para jejuno, • de 2,5 cm para íleo, • de 5,5 cm para cólon transverso • de 9,0 cm para o ceco. Alças de delgado: normalmente de localização central. São alças menos calibrosas e possuem válvulas coniventes que atravessam todo o calibre da alça (caracterizando o aspecto de empilhamento de moeda na radiografia). Alças dilatadas – intestino delgado tem localização central no abdome e presença de válvulas conivente (pregas para aumentar a área de absorção.) Cólon: De distribuição periférica. Apresentam haustrações que envolvem parcialmente o calibre das alças. Colon: apresentam haustrações. As principais afecções são: quadros obstrutivos (de cólon, de delgado e volvo) e íleo paralítico. Volvo de sigmóide. Obstrução do intestino delgado: Os achados são: • Dilação das alças de intestino delgado, com pouco gás/ausência de gás em cólon e reto. Causas mais frequentes são bridas, hérnia encarcerada, volvo, íleo biliar e intussuscepção. 3 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 5°P MEDICINA Pct com histórico de pedra na vesícula. Obstrução biliar – aerobiliar – pedra migrou para o intestino por aderência (ileobiliar). Na vesícula não tem ar, o do intestino migra para a vesícula. Obstrução de cólon: Os achados são dilatação a montante do ponto de obstrução, pouco gás/ausência de gás no reto e no sigmoide. Gás em delgado pode estar presente, se a válvula ileocecal for incompetente. Se não houver gás em delgado, ou seja, se a válvula ileocecal for competente, configura-se a obstrução em alça fechada, com maior risco de perfuração. Causas de obstrução de cólon incluem tumor, volvo, hérnia encarcerada, diverticulite e intussuscepção. Obstrução: calibre maior que o normal. Dilatação mutante que vai caminhando. Se a válvula fecal for competente tem mais chance de perfurar pois fecha dos dois lados, pode ter vomito fecaloide. Volvo intestinal: o volvo pode acometer diversas porções do trato gastrointestinal. Ocorre por má rotação intestinal. Volvo de intestino delgado: ocorre por má rotação intestinal. Os achados de imagem incluem sinais tardios de sofrimento de alça e sinais de pneumoperitônio. Ocasionalmente, pode apresentar o sinal da dupla bolha quando acometer o duodeno. alças intestinais central e valvas coniventes – empilhamento de moedas. Intestino delgado Volvo do ceco: 4 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 5°P MEDICINA Caracteriza-se por distensão do ceco fora de sua posição habitual, estando localizado no hipocôndrio esquerdo e simulando um estomago distendido. Há manutenção do padrão de haustrações. Quando a distensão do ceco ultrapassa 9cm, há grande risco de perfuração. Passou de nove cm é porque a válvula é potente. O ceco está quase no hipocôndrio e não na fossa. Volvo do ceco mantem as haustrações. Alça bem dilatada. Volvo de cólon sigmóide: São alças cólicas distendidas, paralelas e com perda das haustrações. Os sinais característicos dessa alteração são: • Sinal do grão de café (ou do U invertido) • Ausência de gás na ampola retal • Sinal de Friemann-Dahl – caracterizado por três linhas densas, convergindo para o ponto de obstrução. Presença de gás extraluminal: A presença de gás extraluminal é, na maioria das vezes, patológica, salvo em poucas exceções, como pós-operatório recente. O gás pode se localizar na parede das alças (pneumatose intestinal), na cavidade abdominal (pneumoperitônio), dentro dos vasos, como na veia porta hepática (aeroportia), ou dentro de estruturas específicas, como na árvore biliar (aerobilia). As principais causas são perfuração no trato gastrointestinal, pós-operatório recente e isquemia/sofrimento de alça intestinal. 5 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 5°P MEDICINA Presença de gás na parede da alça intestinal. Duplo contorno. Pneumoperitônio. Pneumoperiônio e bolha gástrica. Pct tem que estar em pé para esse diagnóstico. Desenhou as vias biliares. Aeróbilia e nível hidroaéreo Nível hidroaéreo (linhas) – depois da obstrução acumula gás na região. Partes moles: Em relação às estruturas com densidade de partes moles, geralmente é possível avaliar a topografia, as 6 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 5°P MEDICINA dimensões, os contornos e outras alterações como calcificações, cálculos e corpos estranhos. A atenção deve estar focada nas seguintes estruturas e suas alterações: • Rins • Trajetos uretrais • Bexiga • Bordas do músculo psoas • Flancos • Parede abdominal • Fígado • Vesícula biliar • Vias biliares • Baço • Região pancreática Calcificações abdominais: As calcificações abdominais incluem as que ocorrem nas estruturas vasculares, os cálculos no trato urinário ou biliar, as calcificações prostáticas e as pancreáticas, o apendicolito, os corpos estranhos, os linfonodos mesentéricos calcificados e o leiomioma uterino, principalmente. Identificação de corpo estranho – crianças e psiquiátricos. Cuidado com bateria que tem risco de corroer as alças. Endoscopia tira. Se passou e já tá no intestino grosso pode ser colonoscopia. Moeda não vale a pena tirar, pode deixar. Moeda de frente fica toda branca e de lado fica uma linha. A bateria de lado fica parecendo um dente e de frente fica com duplo contorno. Um brinco. Um copo. Uma pulseira. Diferença entre moeda e bateria: a bateria apresenta duplo contorno e degrau. 7 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 5°P MEDICINA Bateria Calcificações em pelve renal Calculo renal. Mioma calcificado Diferencio do aneurisma pois fechou o arco. Se não visse o fechamento seria aneurisma (calibre maior) ou calcificação da aorta. Colecistolitiase Vesícula em porcelana Observa a parede da vesícula e os cálculos lá dentro.Aumenta a chance de desenvolver câncer. Nefrocalcinose: 8 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 5°P MEDICINA Calcificação da pelve renal e ducto carenciais. Litíase vesical: Pedra formanda na bexiga (regular, opacidade ok), mas pode ser mioma, calcificação da próstata. Pedrinhas. Mioma: Opacidade heterogênea. Calcificações pancreáticas: Pancreatite crônica. Ateromatose em aorta abdominal e em artérias ilíacas Miomas Calcificação da parede na aorta e miomas. Aneurisma em aorta abdominal: Aneurisma. Bebe apresentação cefálica: 9 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 5°P MEDICINA Bebe apresentação pélvica: Ossos: A avaliação das estruturas ósseas (costelas inferiores, vértebras, ossos da bacia e fêmur proximal) deve fazer parte da análise da radiografia de abdome, na procura ativa por possíveis doenças osteoarticulares, como tumores primários, metástases ósseas, fraturas, doença de Paget, entre outras. Observar estruturas ósseas. Pct com alterações degenerativas na coluna. Áreas escleróticas na pelve (metástase), processos líticos.
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