Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
OPTATIVA DE RADIOLOGIA I – Dr. Cláudio ABDOME RADIOGRAFIA SIMPLES A radiografia simples de abdome pode ser feito com o paciente em pé ou deitado. Conta com 5 densidades básicas: cálcica, ar, partes moles, gordura e metálica. Em caso de abdome agudo, deve-se solicitar RX de tórax e RX de abdome em AP deitado e em pé. Na radiografia em pé, a referência são as hemicúpula diafragmáticas, enquanto na deitada, é a sínfise púbica. A avaliação da radiografia simples de abdome deve abranger a análise da distribuição do gás nas alças intestinais, a presença de gás extra- luminal, espessamento da parede intestinal (> 3 mm), gás intramural, gás livre intramural, a análise de partes moles, a procura de calcifica- ções patológicas (cálculos, pancreáticas ou vasculares) e a conferência da integridade das estruturas ósseas. Na incidência de cúpulas diafragmáticas e na de tórax, os achados torácicos devem ser in- cluídos na análise. Faz-se ainda a avaliação do músculo psoas. A perda do contorno do mús- culo psoas indica inflamação próxima a ele, es- tando a gordura ao redor destacada. DISTRIBUIÇÃO DO GÁS INTRALUMINAL Ar em toda a extensão da alça intestinal nunca é normal. No RX abdominal em pé, é possível visualizar níveis hidroaéreos dentro da alça. É padrão da normalidade a presença de gás no estômago (na incidência ortostática), em dois a três segmentos de delgado e no reto e/ou sig- moide. Deve-se observar as partes moles tam- bém, na procura de aumentos de densidade. Além da distribuição, o calibre das alças tam- bém deve ser avaliado. Os calibres máximos esperados são de 3,5 cm para jejuno, de 2,5 cm para íleo, de 5,5 cm para colón transverso e de 9,0 cm para o ceco. As alças do intestino delgado são mais medi- ais e sua espessura normal é, em média, de 3 a 4 cm. O intestino grosso é mais lateral e su- perior, com calibre médio de 5 a 6 cm. A distinção entre intestino delgado e grosso pode ser difícil. Os padrões de imagem que os diferencia são os seguintes para: Alças de delgado: normalmente de lo- calização central. São alças menos ca- librosas e possuem válvulas coniven- tes que atravessam todo o calibre da alça (caracterizando o aspecto de em- pilhamento de moeda na radiografia). Podem apresentar ni ́vel líquido como padrão de benignidade. Cólon: de distribuição periférica (em moldura). Apresentam haustrações que envolvem parcialmente o calibre das alças. Podem apresentar massa fe- cal (com aspecto em miolo de pão na radiografia). Obstrução do intestino delgado Na obstrução do ID, achados de imagem in- cluem a dilatação de alças de intestino del- gado (sinal da pilha de moedas) com pouco gás/ausência de gás em cólon e reto. Causas de obstrução de intestino delgado incluem brida, hérnia encarcerada, volvo, íleo biliar e in- tussuscepção. O principal diagnostico diferen- cial é com íleo funcional localizado. Obstrução do intestino grosso Na obstrução de cólon, há dilatação a mon- tante do ponto de obstrução, pouco gás/au- sência de gás no reto e no sigmoide. Causas de obstrução de cólon incluem tumor, volvo, hérnia encarcerada, diverticulite e intussuscep- ção. Volvo Um volvo consiste na torção de uma víscera oca em torno de sua fixação. Pode acometer diversas porções do trato gastrointestinal, mais tipicamente o estômago, o delgado, o ceco e o sigmoide. Os achados de imagem são específicos para cada um desses segmentos, a saber: Volvo de ceco: caracteriza-se por dis- tensão do ceco fora de sua posição ha- bitual, estando localizado no hipocôn- drio esquerdo e simulando um estô- mago distendido. Há manutenção do padrão de haustrações. Quando a dis- tensão do ceco ultrapassa 9 cm, há grande risco de perfuração. Volvo de cólon sigmoide: são alças có- licas distendidas, paralelas e com perda das haustrações. Os sinais característi- cos dessa alteração são: sinal do grão de café́ (ou do “U” invertido), ausência de gás na ampola retal e sinal de Frie- mann-Dahl (caracterizado por três li- nhas densas, convergindo para o ponto de obstrução). Megacólon tóxico e pneumatose intestinal O megacólon tóxico é uma complicação po- tencialmente letal da colite caracterizada pela dilatação cólica não obstrutiva, segmentar ou total associada a toxicidade sistêmica. O intes- tino grosso ultrapassa a espessura de 8 cm de calibre e perfura em ¼ dos casos, sendo con- traindicada a realização de enema opaco. Caracteriza-se por: (1) níveis hidroaéreos, (2) aumento de calibre e (3) perda das haustra- ções e injúria vascular. Essa última culmina na formação de edema, que pode evoluir para ne- crose. A necrose faz com que forme-se ar na parede (intramural), que compreende a pneu- matose intestinal. Esse ar pode ir para os vasos mesentéricos e migrar para a veia porta. PRESENÇA DE GÁS EXTRALUMINAL A presença de gás extraluminal é, na maioria das vezes, patológica, salvo em poucas exce- ções, como pós-operatório recente (até ́ o 5º ao 7º dia pós-operatório). O gás pode se localizar na parede das alças (pneumatose intestinal), na cavidade abdomi- nal (pneumoperitônio), dentro dos vasos, como na veia porta hepatica (aeroportia), ou dentro de estruturas especificas, como na árvore biliar (aerobilia). As principais causas de presença de gás extra- luminal incluem perfuração no trato gastroin- Volvo cecal Haustração RX simples de abdome, A em ortostase e B em decúbito. Presença de grande pneumoperitônio, mais evidente em A. Observando-se mais atentamente a imagem B, nota-se pneumatose intestinal sobretudo em alças delgadas, além de distensão dessas alças Volvo sigmoide Distensão de IG testinal, pós-operatório recente e isque- mia/sofrimento de alça intestinal. Este último pode cursar com pneumatose intestinal, pneu- moperitônio e aeroportia, como complicações. O pneumoperitônio é mais facilmente encon- trado logo abaixo do diafragma (sinal do cres- cente), no entorno da parede das alças (sinal de Riegler – visualização da parede intestinal externa) e no ligamento falciforme (sinal do li- gamento falciforme). Outros achados caracte- rísticos são: sinal da bola de futebol americano, sinal do “V” invertido e sinal do úraco. A presença de ar livre dentro da cavidade pode indicar um pneumoperitônio. Caso seja obser- vado no lado esquerdo, pode ser na realidade gás dentro da alça (flexura esplênica) ou a bu- lha gástrica. CALCIFICAÇÕES Calcificações no abdome e na pelve podem estar localizadas no ureter, vesícula, rins, vasos (p. ex. artéria esplênica), ovários, útero, pân- creas ou apêndice (apendicolito). Na pancreatite crônica, sobretudo a de origem alcoólica, é causa comum de calcificação da loja pancreática. Sinal do crescente Sinal do lig. falciforme Sinal de Riegler A visualização de calcificações na vesícula é difícil, pois os cálculos biliares são compostos de colesterol, com baixa composição da cálcio. Quando visíveis, localizam-se na região hepá- tica, apresentando um aspecto anelar. No íleo biliar, observa-se a presença de um cál- culo anela em fossa ilíaca esquerda e ar nas vias biliares. Ocorre por obstrução da valva ile- ocecal durante a migração do cálculo biliar. ESPESSAMENTO DA PAREDE Um baita dum apendicolito Calcificação dos cálices renais Cálculo ure- teral distal? Calcificações na loja pancreática – pancreatite crônica Ar nas vias biliares Cálculo PARTES MOLES Deve-se observar, principalmente o aumento de densidade dessas estruturas. O sinal do alvo indica um quadro obstrutivo causado por intussuscepção de alça. É comum em crianças, costumando ser idiopático. Em adultos, sugere neoplasia. ESTUDOS CONTRASTADOS São radiografias realizadas em série depois que o paciente ingere uma certa quantidadede contraste, onde documenta-se sua progres- são. Com isso é possível o estudo da degluti- ção (deglutograma); do esôfago, estômago e duodeno (seriografia); e do intestino delgado (trânsito intestinal). Para avaliação do cólon, o contraste é injetado através de uma sonda retal (enema opaco), se- guido ou não da distensão do cólon também com ar (técnica de duplo contraste). O enema opaco também é um possível tratamento para volvo. O esofagograma e a seriografia do esôfago, estômago e duodeno (SEED) são exames complementares à endoscopia digestiva alta indicados especialmente para a investigação de: suspeita de distúrbios da motilidade esofá- gica, disfagia, estenose esofágica, neoplasia de esôfago, hérnias, etc. O trânsito intestinal é o estudo contrastado do intestino delgado e pode ser útil no diagnós- tico de doenças inflamatórias intestinais, subo- clusão intestinal, síndrome da má absorção, Imagino que seja um aneurisma de aorta abdominal Sinal do alvo Volvo de sigmoide neoplasias e avaliação pós-operatória abdomi- nal. O exame é realizado como continuidade da SEED, demonstrando a progressão do meio de contraste pelas alças de intestino delgado até o cólon, permitindo avaliação de todo o TGI. Na pesquisa de obstrução do intestino del- gado utiliza-se contraste solúvel. Se o con- traste demorar mais que 4 horas para atingir o ceco, sugere obstrução mecânica do ID. Esse exame é capaz de demonstrar o local da obs- trução, comi, por exemplo, uma hérnia. No estudo de obstruções do intestino grosso, também utiliza-se contraste solúvel, geral- mente demonstrando a lesão obstrutiva. São exemplos a diverticulite e carcinoma. Na colite isquêmica, a parede se mostra extremamente espessada. Os estudos contrastados também são usados na investigação de perfurações, pois podem demonstrar o local da perfuração. Deve-se sempre pensar em TC. ULTRASSOM É um exame vantajoso por não emitir radiação e ser móvel, além de permitir a visualização em tempo real (peristaltismo) e apresentar exce- lente contraste entre estruturas com nível lí- quido (p. ex. vesícula biliar). Todavia, é operador dependente, além de limitado em pacientes obesos e pela presença de gás intestinal (dis- tensão abdominal). Suas indicações são: Colecistite/cálculo biliar Icterícia obstrutiva Diferenciação entre apendicite aguda e patologias ginecológicas, em mulheres Sepse ou coleções intrabdominais Insuficiência renal aguda Grávidas ou jovens com sintomas ab- dominais Hérnia inguinal obstruída Colite isquêmica Apendicite aguda O ultrassom é útil na investigação de dores ab- dominais localizadas, como as presentes na diverticulite e apendicite agudas. Todavia, mesmo nessas situações, a TC é superior. O US não é útil em casos de dor difusa. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Apresenta alta resolução espacial e alta acurá- cia diagnóstica e não possui restrições com pacientes obesos ou com distensão gasosa. Suas desvantagens são a alta radiação (cerca 200 vezes mais que a radiografia), os efeitos colaterais do contraste (reação anafilática) e fato de não ser portátil, como o RX e o US. Por uma questão de custo-benefício (alta radi- ação + contraste), necessita sempre de indica- ção para ser realizado. Suas indicações são: Trauma Abdome agudo cirúrgico (planeja- mento) Isquemia, perfuração ou obstrução in- testinais Pancreatite aguda Patologia vascular (p. ex. pseudoaneu- risma, trombose de veia porta) Pacientes obesos Casos complicados ao RX e USG 24 a 48h do início dos sintomas de pancreatite aguda Diverticulite aguda Perfuração esofágica (Sínd. de Boerhaave) Colite neu- tropênica Isquemia de ID RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Raramente é utilizada, apesar de ser superior a radiografia. É empregada na avalição da transi- ção tóraco-abdominal. RESUMO Para a avaliação do abdome, podemos dividi- lo segundo o melhor método de imagem a ser empregado: Andar superior: USG Andar médio: TC Pelve (sobretudo mulheres): USG FÍGADO, PÂNCREAS E VIAS BILIARES FÍGADO O conhecimento da segmentação hepática é importante por essas partes possuírem menor agregação na cirurgia. A veia porta é a referên- cia na avaliação de imagem do fígado. O padrão de imagem nas doenças hepáticas pode ser focal, multifocal ou difuso. Uma lesão focal pode ser um tumor benigno, uma metás- tase única ou um abscesso. Hérnia incisio- nal obstruída Volvo de ceco Cisto hepático Lesões multifocais podem representar metás- tases ou abscessos múltiplos. As metástases são mais comuns, apresentando distribuição randômica de lesões hipoecogênicas, aspecto em “olho de boi”, sobretudo os originários de cânceres de TGI. Lesões difusas podem ser de origem metabólica (esteatose) ou cirrótica. RADIOGRAFIA SIMPLES É um exame pouco sensível e específico. Em geral, é um exame ruim para o andar superior do abdome. É possível localizar os contornos do fígado, que, em condições fisiológicas, nunca ultra- passam a borda renal. O lobo direito faz con- tato com o diafragma, rim direito e flexura he- pática do cólon. O esquerdo com o diafragma, bolha gástrica e baço. ULTRASSOM É um método com ótima relação custo-benefí- cio. Permite diferenciar lesões císticas e sóli- das. Pode-se ainda usar o Doppler para estu- dar a vascularização das lesões. Lesões hiperecogênicas costumam indicar Hemangiomas hepáticos. Metástases hipere- cogênicas múltiplas são raras, mas podem ocorrer, sobretudo em câncer de ovário. Metástases hepáticas Baço US hepá- tico normal Hemangiomas hepáticos TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Ótimo método para avaliação hepática, porém com uso de radiação ionizante e contraste EV e VO. Permite ótima avaliação de lesões fo- cais. As helicoidais possuem a vantagem da rapidez e apresentam 4 fases. A fase sem con- traste permite a avaliação de calcificações e serve de parâmetro para determinar o nível de realce ao contraste. A fase arterial é vista 30 segundos após inje- ção do contraste e permite avaliar a vasculari- zação do nódulo. O carcinoma hepatocelular (CHC) possui vascularização hepática. Um nó- dulo de constrastação globular e lenta sugere um hemangioma. A fase portal é vista 80 segundos após a inje- ção do contraste e permite ver os ramos por- tais. A fase venosa, ou tardia, ocorre após 3 mi- nutos. Nela, o contraste já se distribui homoge- neamente no fígado sadio. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA É o melhor método para a avaliação hepática, com a vantagem de não utilizar radiação ioni- zante. É capaz de fornecer informações meta- bólicas. Seu contraste é o gadolíneo, realizado sempre em T1. Em T2, o LCR fica branco Tam- bém apresenta fases arterial, portal e venosa. Imagem com hipersinal em T2, T1 com discreto realce periférico e realce mais importante na fase portal e tardia é indicativo de hemangi- oma. O hipersinal em T2, simulando uma lesão cística, ocorre por se tratar de uma lesão muito rica em vasos. Hemangiomas são caracteriza- dos, principalmente, por um contraste lento crescente (arterial < portal < tardio). Doppler hepático Cisto simples No caso de uma mulher jovem, em uso de an- ticoncepcional oral, a imagem de nódulo hipo- ecogênico ao USG, discreto em T2, com hiper- sinal na fase arterial e não visível em fase por- tal é indicativo de adenoma. Metástases assumem hipersinal em T2 e hi- possinal em T1 e o realce arterial é mantido na fase portal. Tanto a RMN quanto a TC permitem a caracte- rização de lesões focais, avaliação de doenças difusas e estadiamento de neoplasias. VESÍCULA E VIAS BILIARES As vias biliares intra-hepáticas consistem nos ductos biliares e os ductos hepáticos direito e esquerdo. As extra-hepáticassão o ducto he- pático comum e o ducto biliar comum (colé- doco), esse último formado após a junção do ducto cístico, proveniente da vesícula biliar. O colédoco passa no interior da cabeça do pâncreas e se exterioriza na segunda porção do duodeno. A vesícula biliar é dividida em fundo, corpo, infundíbulo e ducto cístico. Hemangioma Adenoma Metástase (mama) T1 sem contraste T2 Fase arterial Fase portal T2 Fase arterial T1 sem contraste Fase portal T2 T1 SC Fase arterial Fase portal PADRÕES DE IMAGEM 1. Falha de enchimento: cálculo ou tumor intraluminal 2. Compressão extrínseca 3. Dilatação ductal RADIOGRAFIA SIMPLES É um método pouco utilizado, quando muito, permite a visualização de calcificações anela- res na silhueta hepática. É visto ar na topogra- fia do fígado, que, quando mais central, indica ar nas vias biliares (aerobilia) e, quando mais periférico, ar na veia porta. Colangiografia retrógrada A colangiopancreatografia retrógrada endos- cópica (CPRE) associa raios-X e endoscopia e permite avaliar os canais biliares, canais pan- creáticos e vesícula biliar, que drenam para o duodeno, ao nível da papila de Vater. Quando é atingido o duodeno e localizada a papila de Vater, é introduzido um cateter atra- vés do duodenoscópio que injeta o contraste nos canais biliares e pancreáticos. Posterior a isso se obtém a imagem por radiografia. ULTRASSOM É o exame de escolha para a avaliação inicial das vias biliares. Normalmente apresentam com o interior hipoecogênico, uma vez que o líquido se mostra escuro ao USG. As medidas normais da vesícula são: Longitudinal: < 10 cm Transverso: < 4 cm Parede: < 0,4 cm Permite visualizar aumento de calibre das vias biliares e a presença de lesões obstrutivas (ne- oplasias e calcificações). Cálculos geram uma sombra acústica posterior. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Utilizada principalmente se dúvida ao USG e na suspeita de neoplasias. Permite a visualiza- ção de vias biliares dilatadas, lesões expansi- vas, calcificações intra-ductal e biliar, aerobilia (ar na vesícula) e outras lesões associadas. USG normal Colecistopatia litiásica Colecistite litiásica Litíase intra- hepática Aerobilia RESSONÂNCIA MAGNÉTICA É o melhor método para avaliação das vias bi- liares. Também permite a visualização de vias biliares dilatadas, lesões expansivas e outras lesões associadas. A colângio-RM permite me- lhor avaliação das vias biliares. PÂNCREAS O pâncreas é dividido em cabeça, colo, corpo e cauda. Possui o ducto pancreático principal, ou de Wirsung, e o ducto pancreático acessório, ou de Santonini. Colângio-RM normal Colecistopatia litiásica Coledocolitíase Tumor de papila Colangite esclerosante primária LESÕES PANCREÁTICAS Focal: neoplasia, abscesso ou pseudo- cisto Multifocal: metástases ou abscessos Difusa: atrofia ou lesão metabólica (he- mocromatose) RADIOGRAFIA SIMPLES Método pouco específico e pouco utilizado. Permite ver apenas calcificações. ULTRASSOM É o método inicial de escolha. O paciente ne- cessita estar de jejum, pois o ar intestinal difi- culta a execução. É melhor em paciente ma- gros. Pode apresentar Sinal hipoecoico a hipe- recoico, dependendo da idade (substância gor- durosa). TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Possui melhor definição que o USG e permite a identificação de lesões expansivas e inflama- tórias, bem como identificação de lesões asso- ciadas e dilatação das vias biliares. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Permite a identificação de lesões expansivas e inflamatórias, bem como identificação de le- sões associadas. Pode-se realizar colângio- RM para identificação de alterações do colé- doco e ductos pancreáticos. Cisto pancreático Atrofia pancreática Pseudocisto pancreático ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO INTRODUÇÃO Podemos dividir o quadro de abdome agudo segundo suas diferentes etiologias: Inflamatório: apendicite aguda, colecis- tite aguda, pancreatite aguda, diverticu- lite do cólon, doença inflamatória pél- vica, abscessos intracavitários, peritoni- tes primárias e secundárias, febre do Mediterrâneo Traumático Obstrutivo: obstrução pilórica, hérnia estrangulada, bridas, áscaris, corpo es- tranhos, cálculo biliar, volvo, intussus- cepção intestinal Perfurante: úlcera péptica, câncer gas- trintestinal, febre tifoide, amebíase, di- vertículos de cólons, perfuração do apêndice, perfuração da vesícula biliar Isquêmico: trombose da artéria mesen- térica, torção do grande omento, torção do pedículo de cisto ovariano, infarto esplênico Hemorrágico: gravidez ectópica, rotura de aneurisma abdominal, cisto hemor- rágico de ovário, rotura de baço, endo- metriose, necrose tumoral APENDICITE AGUDA É a inflamação aguda do apêndice por obstru- ção luminal (por apendicolito, hiperplasia lin- foide) e consequentes distensão, infecção as- sociada e perfuração. Trata-se da condição ci- rúrgica mais comum no abdome, com 250 mil casos ao ano nos Estados Unidos. Sua clínica é classicamente descrita como dor periumbilical que migra para fossa ilíaca direita, associada a anorexia, náuseas, vômitos e diar- reia. O auxílio do diagnóstico com imagem re- duz o número de falsos-positivos. ULTRASSONOGRAFIA A USG é um excelente método de triagem ini- cial, sobretudo em pacientes jovens, magros e grávidas. Suas limitações são os casos de apêndice retrocecal e apêndices de variados tamanhos (alteração da topografia). Sua sensi- bilidade é inferior a 90% e especificidade de 80 a 85%. À imagem, o apêndice encontra-se distendido (distância entre uma parede a outra > 6-7 mm) e não compressível, de paredes espessadas (> 3 mm) e com aumento de realce. Há borra- mento da gordura adjacente (hiperecogenici- dade dos planos gordurosos adjacentes), acú- mulo de líquido periapendicular, espessa- mento da base cecal e presença de coleções. Pode ser visto ou não um apendicolito. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA A TC é o melhor método, com sensibilidade de 98% e especificidade de 95%. Apesar disso, por questões de custo-benefício, só é realizada em casos de USG inconclusivo, pacientes obesos, suspeita de perfuração, abscesso, massa pal- pável, suspeita de tumor e sintomas subagu- dos. Pode ser realizada sem contraste, com contraste EV, VO (positivo ou neutro) ou retal. Critérios diagnósticos 1. Anormalidades do apêndice a. Aumento de calibre: > 6 mm b. Espessamento parietal c. Apendicolito 2. Alt. inflamatórias periapendiculares a. Densificação da gordura b. Líquido c. Abscesso d. Adenopatia 3. Alterações da base do ceco a. Espessamento focal b. Sinal da cabeça de seta (TC) Imagens do slide Imagens auxiliares Apendicite com abscesso TC com apêndice normal DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS Colecistite Colites Diverticulite (sigmoide, cecal e ileal) Isquemia intestinal (adultos) Doença de Crohn Adenite mesentérica Apendagite epiplóica Infarto omental Tiflite Neoplasias Doença inflamatória pélvica, cistos ou massas ovarianas, Pielonefrite, litíase ureteral DIVERTICULTE CÓLICA Inflamação e/ou infecção secundária à perfu- ração de divertículos. Ocorre impactação fecal em divertículo, crescimento bacteriano, infec- ção, inflamação, perfuração, abcesso, perito- nite. Acomete 10 a 20% dos indivíduos com di- verticulose. Ocorre mais em lado esquerdo (95% envolvimento de sigmoide). ULTRASSONOGRAFIA Mais empregada em casos de dor localizada, servindo mais para exclusão de diagnósticos diferenciais. Mostra sinais inflamatórios, como borramento da gordura adjacente (hiperecoge- nicidade) e líquido ao redor do divertículo aco- metido. Fem., 50a, apendicite aguda.Espessamento do ceco (seta), borra- mento da gordura periapendicular e espessamento do apêndice. Masc., 60ª, apendicite aguda. Sinal da ponta da seta (seta). Fem., 42a, apendicite. Grande distensão líquida do apêndice na FID, espessamento parietal e borramento da gordura adjacente Diverticulose TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA É o melhor método para o diagnóstico de di- verticulite, com sensibilidade de 90%. Utiliza- se contrate via retal (enema opaco). Permite a visualização de sinais inflamatórios e do pró- prio divertículo. Critérios diagnósticos 1. Espessamento inflamatório da parede do cólon 2. Alterações inflamatórias pericólicas a. Densificação b. Líquido c. Coleções d. Sinais de perfuração 3. Divertículos Hiperecogenicidade dos planos gordurosos adjacentes Não tenho ideia de onde tá o divertículo aqui Espessamento parietal Espessamento parietal Divertículo Estadiamento tomográfico Estádio Patologia Achados 0 Inflamação até a serosa Espessamento mural com poucas alterações inflamató- rias da gordura paracólica I Abscesso ou flegmão < 3 cm Espessamento mural com al- terações inflamatórias proemi- nentes na gordura paracólica II Extensão além do mesocólon sigmoide Abscessos ≤ 15 cm III Extensão além da cavidade pélvica Processo inflamatório com ex- tensão além da cavidade pél- vica IV Material fecal na cavidade peritoneal Semelhantes ao grau III DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS Adenocarcinoma o Espessamento irregular e assi- métrico o Espessamento > 2 cm o Segmento curto (< 10 cm) o Linfadenomegalias o Metástases Colite isquêmica Colite actínica Colite pseudomembranosa APENDAGITE EPIPLOICA Os apêndices epiploicos são estruturas pe- dunculadas adiposas relacionadas à superfície serosa do cólon e que se projetam da face ex- terna da alça para a cavidade peritoneal, distri- buídos em duas fileiras longitudinais desde o ceco até a transição retossigmóidea. Estágio 0 Estágio I Abscesso Adenocarcinoma? Estão sujeitos a torção ou trombose venosa, pois possuem pedículo estreito por onde pas- sam um ou dois ramos arteriais terminais, além de uma veia tortuosa. Esses eventos geram in- flamação, caracterizando a apendagite epi- ploica. Mais da metade (5&%) dos casos acometem a junção retossigmóidea. A junção ileocecal é acometida em 26% das vezes, colón ascen- dente 9%, transverso 6% e descendente 2%. Visualiza-se nodulação paracólica com densi- ficação da gordura adjacente (densificação em “dedo de luva”) e espessamento ou compres- são parietal do cólon. A veia trombosada é vista como um hiperatenuante no centro do apêndice epiploico. O espessamento do peri- tônio visceral geral realce anelar em torno do apêndice epiploico. COLECISTITE AGUDA ULTRASSONOGRAFIA A USG é o método de escolha para o diagnós- tico radiológico de colite aguda. Possui sensi- bilidade superior a 95% e especificidade supe- rior a 85%. Os achados incluem: Cálculo impactado no infundíbulo ou ducto cístico Parede > 0,4 cm Diâmetro transverso > 4 cm Diâmetro longitudinal > 10 cm Coleção perivesicular Sinal de Murphy ultrassonográfico po- sitivo: dor à compressão TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Utilizada nos casos atípicos, com suspeita de disseminação peritoneal do processo inflama- tório. Mostra sinais equivalentes aos do US, com alterações perfusionais inflamatórias do fígado adjacente e densificação da gordura pe- rivesicular. Densificação em dedo de luva Parede espessada Cálculo Coleção? COLITE Pode ser classificada segundo a etiologia: in- fecciosa, inflamatória (retocolite ulcerativa e doença de Crohn), isquêmica, pseudomembra- nosa e neutropênica. A TC é o exame diagnóstico de escolha, pois a presença de ar nas alças intestinais inviabiliza a USG. Os sinais de colite são: espessamento parietal, aumento da vascularização da alça acometida, borramento da gordura adjacente e presença de nível líquido, por estase do peris- taltismo. Colite infecciosa C. pseudomembranosa C. por tuberculose A colite de origem inflamatória pode ser cau- sada por retocolite ulcerativa ou doença de Crohn, que diferem quanto a sua topografia. A DC pode acometer qualquer parte do TGI, da boca ao ânus, enquanto a RCU é restrita ao có- lon e ao reto. C. neutropênica RCU RCU RCU RCU PANCREATITE AGUDA Processo inflamatório agudo da glândula pan- creática, secundário à ativação de enzimas di- gestivas no interior das células acinares, que induzem à lesão e necrose do parênquima. É DC DC DC DC DC DC Apendicite de Crohn? responsável por complicações locais (necrose pancreática [estéril ou infectada], pseudocisto e abscesso) e sistêmicas (SRIS, sepse e disfun- ção orgânica). Etilismo e litíase biliar, juntos, são a causa de 80% dos casos de pancreatite aguda. Outras causas, como viral, traumática, metabólica, por drogas e parasitária, compõe 10%. Os 10% res- tantes são idiopática. Seu diagnóstico é primordialmente clínico e la- boratorial, não devendo ser aguardada a TC. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Na suspeita de pancreatite aguda, deve-se sempre investigar as vias biliares com USG, mesmo na presença de história de etilismo im- portante. A tomografia só será útil após 24 a 72h do início do quadro clínico, pois antes não apresentará alterações significativas. As funções de imagem são: Confirmar o diagnóstico Classificar o Leve a moderada ou grave o Índice tomográfico (Balthazar) Localizar o Extensão do proc. inflamatório o Sinais de infecção o Complicações vasculares o Complicações tardias Classificação conforme a gravidade A pancreatite leve corresponde de 70 a 80% dos casos, possuindo evolução benigna e au- tolimitada. O restante corresponde aos casos de pancreatite grave, com evolução ruim e alta incidência de complicações. A mortalidade dessa última varia de 2 a 10%. Índice tomográfico de severidade Avalia o grau de alterações do pâncreas, asso- ciado a presença ou não de necrose e sua por- centagem de acometimento pancreático. Pontuação Descrição 0 Grupo A: pâncreas normal 1 Grupo B: aumento volumétrico 2 Grupo C: alt. da gordura peripancreática 3 Grupo D: coleção única 4 Grau E: múltiplas lesões ou com conte- údo gasoso 0 Ausência de necrose 2 Necrose < 30% 4 Necrose de 30 a 50% 6 Necrose > 60% ÍNDICE DE BALTHAZAR Pontuação Morbidade Mortalidade 0 a 2 8% 3% 3 a 6 35% 6% 7 a 10 92% 17% Pâncreas normal Apenas aumento volumétrico Alteração da gor- dura peripancreática Múltiplas lesões? Coleção? Conteúdo gasoso Conteúdo gasoso? Coleções? 1 Necrose < 30% Necrose < 30% 2 3 As imagens numeradas de 1 a 5 correspondem ao mesmo exame em cortes distintos. Eu sou péssima com pâncreas, anotei pouca coisa dessa parte na aula (passou rápido pelas ima- gens) e no slide não tinha nenhuma legenda, então nada que pus nas imagens é muito con- fiável. Avisem se acharem algum erro nelas, por favor. - Eduarda TRAUMA ABDOMINAL FECHADO INTRODUÇÃO É a 1ª causa de morte até a 4ª década de vida e a 2ª principal causa de morte no Brasil, sendo responsável, já em 2004, por 150 mil óbi- tos/ano. Suas principais origens nos centros urbanos são os acidentes automobilísticos (40 a 50%), agressões, quedas, atropelamentos e acidentes de trabalho. Os mecanismos de trauma abdominal fe- chado são compressão e desaceleração. A fre- quência de lesão visceral é: Baço: 40 a 55% Fígado: 25 a 45% Retroperitônio: 15% O baço possui grande importância, pois, além da alta frequência, também possui ruptura em 2 tempos. Desse modo, a cápsula se mantém íntegra, fazendo com que o paciente chegue estável ao serviço, até que se rompe por dis- tensãoexcessiva, levando ao choque. Pseudocistos? 4 5 Líquido peri-hepático As imagens acima referem-se à TC de um pa- ciente masculino, 17 anos, vítima de um aci- dente com kart, com líquido peri-hepático e na cavidade pélvica e laceração hepática. MODALIDADES RADIOGRAFIA O raio-X simples é o exame da urgência, no qual deve-se avaliar estruturas ósseas, coluna vertebral, articulação sacrilíacas, bacias e sín- fise púbica. As linhas da bacia devem sempre ser simétricas, a assimetria indica lesão, sem- pre um quadro grave. Na radiografia simples, é possível ver ainda hérnia diafragmática, comumente causada por ruptura da hemicúpula diafragmática decor- rente de traumas na linha média envolvendo tanque de lavar roupa solto e crianças. Líquido na ca- vidade pélvica Laceração hepática Fase pré-contraste Laceração hepática Fase arterial Laceração hepática Fase portal O RX contrastado é indicado quando for no- tada a presença de sangue na uretra, estando indicada a realização de uretrocistografia retró- grada. Esse exame permite avaliar lesões de uretra ou bexiga. ULTRASSOM O método FAST (Focused Abdominal/Asses- sment Sonography for Trauma) realiza a pes- quisa sistemática de hemorragia oculta (> 250 a 500 ml), avaliando pontos específicos: saco pericárdico, fossa hepatorrenal (de Morisson), goteiras parieto-cólicas e pelve. Não é capaz de detectar hematomas retroperi- toniais. Possui sensibilidade de 85% e especi- ficidade de 95%. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA É o método ideal para a avaliação de trauma abdominal fechado, pois proporciona uma vi- são geral extremamente rápida de tudo. LÍQUIDO PERITONEAL (Pitfalls) PELVE FEMININA Pacientes do sexo feminino em idade reprodu- tiva com traumatismo contuso, pequenas quantidades de fluido anecoico isoladas no fundo de saco de Douglas e/ou recessos pél- vicos adjacentes devem ser consideradas fisi- ológicas (ovário sangra um pouco e há reação inflamatório à ovulação – “dor do meio”). Este fluido não requer avaliação ou intervenção adi- cional na ausência de outros achados radioló- gicos ou clínicos. Por outro lado se: (a) o fluido mede pelo menos 3 cm de profundidade, contém ecos internos, se estende até o espaço supravesical ou é lo- culado anteriormente à bexiga; (b) a paciente tiver passado dos seus anos reprodutivos ou (c) o estado reprodutivo do paciente é desco- nhecido, o líquido na pélvis deve ser conside- rado com suspeita. PELVE MASCULINA Dificilmente coleções líquidas na pelve mascu- lina são fisiológicas. SANGRAMENTO ATIVO Presente em 10 a 20% dos traumas fechados, com indicação de até 75% deles. Seja por em- bolização ou cirurgia. Aparece na TC com blush vascular (vasos “inchados”) e extracasa- mento de contraste. LESÕES ASSOCIADAS Frequentemente se associa a fraturas costais e/ou de bacia. A observação dessas estruturas na janela óssea da TC aumenta a sensibilidade do exame. Na imagem abaixo, há extravasa- mento de contrate, apontado pela seta, e grave fratura bilateral de bacia. US longitudinal abdominal da pelve de paciente feminina, 24a, evidenciando pequena quantidade de fluido ane- coico no fundo de saco de Douglas (seta curva), adja- cente ao intestino hiperecoico (bo) Algum fluido se es- tende superiormente sobre o fundo uterino e a cúpula da bexiga e para o recesso supravesical (setas retas). Os vetores de força do trauma costumam indi- car a lesão de determinadas estruturas a de- pender de onde se direcionam, segundo a ta- bela abaixo: TRAUMA ESPLÊNICO É a lesão parenquimatosa do baço, com ou sem rotura capsular, decorrente de trauma. O trata- mento conservador é feito em 91% dos casos. Essa lesão pode ser do tipo hematoma, lace- ração, fratura ou desvascularização (lesão de pedículo). A fase pré-contraste pode revelar um hema- toma sentinela, indicado trauma esplênico sem ruptura de cápsula. CLASSIFICAÇÃO TOMOGRÁFICA CLASSIFICAÇÃO DA AAST (Cirurgia) TRAUMA HEPÁTICO É a lesão parenquimatosa do fígado, com ou sem rotura capsular, decorrente de trauma. Acomete o lobo direito em 75% das vezes. Pré-contraste Pós-contraste Pode ser do tipo hematoma, laceração e des- vascularização (fratura também). CLASSIFICAÇÃO TOMOGRÁFICA CLASSIFICAÇÃO DA AAST (Cirurgia) TRAUMA PANCREÁTICO É a lesão parenquimatosa do pâncreas decor- rente de trauma. Pode ocorrer em acidentes automobilísticos, acidentes de bicicleta ou aci- dentes com tanque solto (aparentemente acontece mais do que imaginava). Apresenta baixa incidência (0,2 a 12%), porém alta morta- lidade (10 a 30% em 48h). Líquido peri-hepá- tico pré-contraste Líquido peri-hepá- tico pós-contraste Laceração hepá- tica, fase portal Laceração hepá- tica, fase tardia As complicações tardias são frequentes, ocor- rendo em 30ª 62% dos casos. Entre elas pode- mos citar: fístula, abscesso, pancreatite, pseu- docisto e estenoses ductais . CLASSIFICAÇÃO TOMOGRÁFICA CLASSIFICAÇÃO DA AAST (Cirurgia) TRAUMA DE ALÇA INTESTINAL Corresponde a 5% das lesões. Os mecanismos de lesão são: compressão, desaceleração e aumento da pressão. Geralmente ocorrem no ligamento de Treitz e na válvula ileocecal, pois são estes os locais de fixação dos intestinos. À imagem, existem dois tipos de sinais: Laceração parcial do pâncreas Laceração total do pâncreas TC axial contrastada de paciente envolvido em acidente automobilístico, que necessitou de amputação bilateral de MMII e reposição volêmica vigorosa. Fluido peripan- creático claramente evidente (setas) e pode ser simples resultado da reposição, já que paciente não apresentou dor abdominal e conduzido clinicamente com sucesso. Específicos o Descontinuidade da parede: 7% o Contraste extraluminal: 6% o Ar extraluminal: 20% (melhor vi- sualizado na janela pulmonar) Inespecíficos o Espessamento da parede: 55% o Aumento ou redução do realce parietal: 13% TRAUMA DO MESENTÉRIO Sinais específicos Extravasamento de contraste: 17% Alteração do calibre de vasos mesen- téricos: 39% o Padrão “em rosário”: como se fosse um blush vascular Interrupção dos vasos mesentéricos: 35% Sinais inespecíficos Líquido (69%) Hematoma (39%) Perfuração jejunal Perfuração jejunal distal Setas brancas: ar intraperitoneal Seta preta: ar intramural TC axial mostra jejuno com espessamento hipervascular com um defeito suspeito (seta curva) e com fluido focal, encordoamento de gordura e ar extraluminal (seta reta) adjacente às alças jejunais. Imagem de TC coronal mostra um segmento do intestino delgado com hipossinal, uma característica consistente com um infarto intestinal (seta) Seta: extravasamento mesentérico de contraste Asteriscos: espessamento e hipervascularização de je- juno proximal. TRAUMA RENAL São indicações de realização de TC para inves- tigação de trauma renal: Hematúria macroscópica Hematúria microscópica + PAS < 90 Hematúria microscópica + lesões asso- ciadas Seta: hematoma mesentérico Asteriscos: espessamento e hipervascularização de je- juno proximal. Lesões mesentéricas por acidente automobilístico Setas: mudança de calibre de alguns vasos mesentéricos Lesões mesentérica e intestinais, homem, 23ª, ejetado do carro em acidente automobilístico. SMV: veia mesentérica superior Cabeça de seta: interrupção abrupta de tributárias C: espessamento parietal de cólon descendente Cabeças de seta: borramento de gordura pericolônica Setas: grande quantidade de fluido adjacente no espaço pararrenal anterior esquerdo H: hematomas triangulares entre as alças de ID (SB) As lesões renais podem ser do tipo contusão, hematoma, laceração ou vascular. CLASSIFICAÇÃO TOMOGRÁFICA(Federle) Categoria I CONTUSÃO HEMATOMA SUBCAPSULAR LACERAÇÃO INFARTO SUBSEGMENTAR Categoria II LACERAÇÃO Categoria III LACERAÇÃO OCLUSÃO ARTERIAL Categoria IV LACERAÇÃO JUP TRAUMA VESICAL CLASSIFICAÇÃO TOMOGRÁFICA Rotura vesical intraperitoneal Rotura vesical intersticial Hematoma ESPAÇO PARA AS LÁGRIMAS Aguardo meus agradecimentos, bjus Rotura vesical extraperitoneal Rotura vesical combinada
Compartilhar