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Material de DPT II - Recursos Trabalhistas em Especie

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II – RECURSOS TRABALHISTAS EM ESPÉCIE
1 – RECURSOS PREVISTOS NA CLT
“Art. 893 - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos:
I - embargos;
II - recurso ordinário;
III - recurso de revista;
IV - agravo.
[...]
Art. 897-A Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso.
Parágrafo único. Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes.
§ 1o Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes.
§ 2o Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente poderá ocorrer em virtude da correção de vício na decisão embargada e desde que ouvida a parte contrária, no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 3o Os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de outros recursos, por qualquer das partes, salvo quando intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a sua assinatura.” (CLT)
OBS.: 
- Além dos recursos previstos na CLT, há recursos previstos no CPC que são utilizados no processo do trabalho, quais sejam: Agravo Interno, Recurso Extraordinário e Agravo para destrancar Recurso Extraordinário.
- Lembre-se que os recursos destinados aos órgãos com jurisdição trabalhista, com exceção dos embargos de declaração, tem o prazo de 08 (oito) dias para a sua interposição.
- Lembre-se que os recursos trabalhistas terão efeito meramente devolutivo.
2 – RECURSO ORDINÁRIO
2.1. – Prazo: 8 (oito) dias
2.2. – Hipóteses de Cabimento – Cabe Recurso Ordinário para a Instância Superior:
“Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior:
I - das decisões (SENTENÇAS) definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e;
II - das decisões (ACÓRDÃOS OU SENTENÇAS NORMATIVAS – AÇÕES DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DE TRT) definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos.” (CLT)
a) Das sentenças das Varas do Trabalho que extinguirem o processo com ou sem resolução do mérito
OBS.: A sentença homologatória de acordo não desafia recurso ordinário, sendo, pois, atacável, em tese, por ação rescisória (súmula nº 259 do TST), salvo quanto à Previdência Social (INSS) no que concerne às contribuições que a autarquia entender ser delas credora.
“Art. 244. O acordo judicial homologado no processo de dissídio coletivo, abrangendo a totalidade ou parte das pretensões, tem força de decisão irrecorrível para as partes.” (RITST)
“SUM-259 TERMO DE CONCILIAÇÃO. AÇÃO RESCISÓRIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Só por ação rescisória é impugnável o termo de conciliação previsto no parágrafo único do art. 831 da CLT.” (Sumulas do TST)
“Art. 832 - Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão.
[...]
§ 4o A União será intimada das decisões homologatórias de acordos que contenham parcela indenizatória, na forma do art. 20 da Lei no 11.033, de 21 de dezembro de 2004, facultada a interposição de recurso relativo aos tributos que lhe forem devidos.” (CLT)
b) Dos acórdãos dos Tribunais Regionais do Trabalho que julgar ações de competência originária, com ou sem resolução do mérito.
OBS.: 
1) Naquelas causas processadas e julgadas, originariamente, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, cabe recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, o qual, em seu Regimento Interno, esclarece quais são essas causas:
“Do Recurso Ordinário
Art. 245. Cabe recurso ordinário para o Tribunal das decisões definitivas proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho em processos de sua competência originária, no prazo legal, contado da publicação do acórdão ou de sua conclusão no órgão oficial.
Parágrafo único. O recurso é cabível em:
I - Ação anulatória;
II - Ação para obtenção de tutela provisória em caráter antecedente;
III - Ação declaratória;
IV - Agravo interno;
V - Ação rescisória;
VI - Dissídio coletivo;
VII - Habeas corpus;
VIII - Habeas data;
IX - Mandado de segurança;
X - Reclamação.” (RITST)
2) Inaplicabilidade do princípio da fungibilidade por “erro grosseiro”, em caso de a parte interpor recurso de revista (próximo recurso a ser estudado) contra acórdão de TRT em ação rescisória ou em mandado de segurança (que são ações de competência originária do TRT):
“OJ-SDI2-152 AÇÃO RESCISÓRIA E MANDADO DE SEGU-RANÇA. RECURSO DE REVISTA DE ACÓRDÃO REGIO-NAL QUE JULGA AÇÃO RESCISÓRIA OU MANDADO DE SEGURANÇA. PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE. INAPLI-CABILIDADE. ERRO GROSSEIRO NA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO (DEJT divulgado em 03, 04 e 05.12.2008)
A interposição de recurso de revista de decisão definitiva de Tribunal Regional do Trabalho em ação rescisória ou em mandado de segurança, com fundamento em violação legal e divergência jurisprudencial e remissão expressa ao art. 896 da CLT, configura erro grosseiro, insuscetível de autorizar o seu recebimento como recurso ordinário, em face do disposto no art. 895, “b”, da CLT.” (Orientação Jurisprudencial da SDI-2 do TST)
2.3. – Efeito devolutivo em profundidade
Como já mencionado no Capítulo da Teoria Geral, TODOS os recursos trabalhistas têm apenas o EFEITO DEVOLUTIVO. Isso significa dizer que o comando da sentença ou do acórdão poderá ser executado, provisoriamente, ainda que a parte vencida tenha recorrido à Instância Superior.
Assim como no Processo Civil, no Processo do Trabalho, serão objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado, ou mesmo, quando a sentença acolher apenas um fundamento da parte, o recurso ordinário devolverá todos os outros para a apreciação do Tribunal.
“Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. 
§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. 
§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.”(CPC)
“SUM-393 RECURSO ORDINÁRIO. EFEITO DEVOLUTIVO EM PROFUNDIDADE. ART. 1.013, § 1º, do CPC DE 2015. ART. 515, § 1º, DO CPC de 1973 - (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 
I - O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1º do art. 1.013 do CPC de 2015 (art. 515, §1º, do CPC de 1973), transfere ao Tribunal a apreciação dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não renovados em contrarrazões, desde que relativos ao capítulo impugnado. [...]”(Súmulas do TST)
2.3.1. – Possibilidade de julgamento “direto” pelo Tribunal, ao aplicar a “teoria da causa madura”
Pelo princípio da primazia de julgamento de mérito, devem os Tribunais evitar a cassação da sentença ou do acórdão, quando a causa já estiver madura para julgamento pelo próprio Tribunal.
“Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. 
[...]
§ 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando: 
I - reformar sentença fundada no art. 485 ; 
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir; 
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; 
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação. 
§ 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal,se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau. 
§ 5º O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação.”(CPC)
“SUM-393 RECURSO ORDINÁRIO. EFEITO DEVOLUTIVO EM PROFUNDIDADE. ART. 1.013, § 1º, do CPC DE 2015. ART. 515, § 1º, DO CPC de 1973 - (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 
[...]
II - Se o processo estiver em condições, o tribunal, ao julgar o recurso ordinário, deverá decidir desde logo o mérito da causa, nos termos do § 3º do art. 1.013 do CPC de 2015, inclusive quando constatar a omissão da sentença no exame de um dos pedidos.”. (Súmulas do TST)
2.4. – Pressupostos de admissibilidade do recurso ordinário, em suas duas hipóteses de cabimento: Apenas os pressupostos “GERAIS OU GENÉRICOS” estudados no Capítulo da TEORIA GERAL DOS RECURSOS TRABALHISTAS
2.5. – Processamento do recurso ordinário
Interposição do recurso destinado ao Juízo ou Tribunal a quo
Ato ordinatório oportunizando a resposta da parte contrária
Primeiro Juízo de Admissibilidade realizado pelo Juízo ou no Tribunal a quo 
(OBS.: No processo do trabalho, ao contrário do processo civil, continua existindo o primeiro juízo de admissibilidade dos recursos ordinários pelo Juízo a quo, que é a verificação de preenchimento dos pressupostos de admissibilidade recursal pelo recorrente)
Decisão de recebimento ou não recebimento do recurso ordinário pelo Juízo ou no Tribunal a quo 
Se for de recebimento			 Se for de não recebimento
	Distribuição automática a um relator no Tribunal ad quem (arts. 929 e 920 do CPC)
	Possibilidade de interposição de agravo de Instrumento, se a parte prejudicada assim o entender
Distribuídos, os autos serão imediatamente conclusos ao relator, que, em 30 (trinta) dias, depois de elaborar o voto, restituí-los-á, com relatório, à secretaria (art. 931 do CPC), observando-se, se for o caso, as hipóteses do art. 932 do CPC.
Se não for a hipótese de decisão monocrática, o relator submeterá o processo à Turma para inclusão em pauta de julgamento, que pode ser a virtual ou a presencial (esta última se a parte se inscrever para sustentação oral ou se houver dissenso entre os julgadores). Isso em condições normais.
Agora, na pandemia, temos duas opções de pautas, as virtuais (para aqueles processos que não há previsão de sustentação oral, para aqueles processos em que não há inscrição para sustentação oral e para aqueles processos que não tenham divergência) e as telepresenciais (para os processos com inscrição para sustentação oral e para os processos com divergência entre os Desembargadores).
OBS.: 
- Nos recursos ordinários interpostos contra a sentença da Vara do Trabalho, em ações que tramitam pelo rito sumaríssimo, consta da CLT, algumas especificidades, a saber:
“Art. 895 [...]
[...]
§ 1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário.
I - (VETADO).
II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor;
III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão;
IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão.
§ 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo.” (CLT)
- Cabe sustentação oral nos recursos ordinários, cuja inscrição para sustentação oral e o tempo em que o advogado da parte dispõe para a aludida sustentação oral, deverão ser previamente verificadas pelo advogado no regimento interno de cada Tribunal
- Entre a publicação da pauta de julgamento do recurso ordinário e a sessão de julgamento, deve haver, ao menos, 5 (cinco) dias de antecedência (art. 935 do CPC)
- A ordem no julgamento dos recursos na sessão de julgamentos deve ser verificada no regimento interno do Tribunal
- Caso o Relator julgue o recurso ordinário por decisão monocrática ou unipessoal, caberá a interposição de agravo interno (art. 1.021 do CPC) pela parte prejudicada
3 – RECURSO DE REVISTA
3.1. – Prazo: 8 (oito) dias
3.2. – Hipóteses de Cabimento – Cabe Recurso de Revista contra acórdãos de Tribunais Regionais do Trabalho lavrados em julgamentos de Recursos Ordinários que, por sua vez, foram interpostos contra sentenças de Varas do Trabalho:
“Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal;
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a;
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal.” (CLT)
a) Quando dissentirem da interpretação conferida por outro Regional, no seu Pleno ou Turma, ou pela SDI do TST, em relação à Lei Federal ou às hipóteses da alínea “b” do art. 896 da CLT, ou também, quando contrariarem súmula do TST ou vinculante do STF – DISSÍDIO OU DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL
- Assim impõe a CLT:
Art. 896 [...]
[...]
§ 7o A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se considerando como tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.
§ 8o Quando o recurso fundar-se em dissenso de julgados, incumbe ao recorrente o ônus de produzir prova da divergência jurisprudencial, mediante certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicada a decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado disponível na internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
- Assim ditam os entendimentos consolidados do C. TST:
“SUM-296 RECURSO. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. ESPECIFICIDADE (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 37 da SBDI-I) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - A divergência jurisprudencial ensejadora da admissibilidade, do prosseguimento e do conhecimento do recurso há de ser específica, revelando a existência de teses diversas na interpretação de um mesmo dispositivo legal, embora idênticos os fatos que as ensejaram.
II - Não ofende o art. 896 da CLT decisão de Turma que, examinando premissas concretas de especificidade da divergência colacionada no apelo revisional, conclui pelo conhecimento ou desconhecimento do recurso.” (Súmulas do TST)
“SUM-337 COMPROVAÇÃO DE DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCI-AL. RECURSOS DE REVISTA E DE EMBARGOS (incluído o item V) - Res. 220/2017 – DEJT divulgado em 21, 22 e 25.09.2017
I - Para comprovação da divergência justificadora do recurso, é necessário que o recorrente.
a) Junte certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigmaou cite a fonte oficial ou o repositório autorizado em que foi publicado; e
b) Transcreva, nas razões recursais, as ementas e/ou trechos dos acórdãos trazidos à configuração do dissídio, demonstrando o conflito de teses que justifique o conhecimento do recurso, ainda que os acórdãos já se encontrem nos autos ou venham a ser juntados com o recurso. 
II - A concessão de registro de publicação como repositório autorizado de jurisprudência do TST torna válidas todas as suas edições anteriores. 
III – A mera indicação da data de publicação, em fonte oficial, de aresto paradigma é inválida para comprovação de divergência jurisprudencial, nos termos do item I, “a”, desta súmula, quando a parte pretende demonstrar o conflito de teses mediante a transcrição de trechos que integram a fundamentação do acórdão divergente, uma vez que só se publicam o dispositivo e a ementa dos acórdãos.
IV – É válida para a comprovação da divergência jurisprudencial justificadora do recurso a indicação de aresto extraído de repositório oficial na internet, desde que o recorrente:
a) transcreva o trecho divergente;
b) aponte o sítio de onde foi extraído; e
c) decline o número do processo, o órgão prolator do acórdão e a data da respectiva publicação no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho.
V – A existência do código de autenticidade na cópia, em formato pdf, do inteiro teor do aresto paradigma, juntada aos autos, torna-a equivalente ao documento original e também supre a ausência de indicação da fonte oficial de publicação.” (Súmulas do TST)
“OJ-SDI1-111 RECURSO DE REVISTA. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. ARESTO ORIUNDO DO MESMO TRIBU-NAL REGIONAL. LEI Nº 9.756/1998. INSERVÍVEL AO CO-NHECIMENTO (nova redação) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
Não é servível ao conhecimento de recurso de revista aresto oriundo de mesmo Tribunal Regional do Trabalho, salvo se o recurso houver sido interposto anteriormente à vigência da Lei nº 9.756/1998.” (Orientação Jurisprudencial da SDI-1 do TST)
“OJ-SDI1-147 LEI ESTADUAL, NORMA COLETIVA OU NORMA REGULAMENTAR. CONHECIMENTO INDEVIDO DO RECURSO DE REVISTA POR DIVERGÊNCIA JURISPRU-DENCIAL (nova redação em decorrência da incorporação da Orientação Jurisprudencial nº 309 da SBDI-I) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - É inadmissível o recurso de revista fundado tão-somente em divergência jurisprudencial, se a parte não comprovar que a lei estadual, a norma coletiva ou o regulamento da empresa extrapolam o âmbito do TRT prolator da decisão recorrida.” (Orientação Jurisprudencial da SDI-1 do TST)
b) Quando proferidas com violação literal de disposição de Lei Federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal – VIOLAÇÃO DE LEI FEDERAL OU DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
OBS.: Nestes casos, assim ditam os entendimentos consolidados do C. TST:
‘SUM-221 RECURSO DE REVISTA. VIOLAÇÃO DE LEI. INDICA-ÇÃO DE PRECEITO (cancelado o item II e conferida nova redação na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) Res. 185/2012 – DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012.
A admissibilidade do recurso de revista por violação tem como pressuposto a indicação expressa do dispositivo de lei ou da Constituição tido como violado.” (Súmulas do TST)
“SUM-459 RECURSO DE REVISTA. NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. (atualizada em decorrência do CPC de 2015) - Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017
O conhecimento do recurso de revista, quanto à preliminar de nulidade, por negativa de prestação jurisdicional, supõe indicação de violação do art. 832 da CLT, do art. 489 do CPC de 2015 (art. 458 do CPC de 1973) ou do art. 93, IX, da CF/1988.” (Súmulas do TST)
“OJ-SDI1-257 RECURSO DE REVISTA. FUNDAMENTAÇÃO. VIOLAÇÃO DE LEI. VOCÁBULO VIOLAÇÃO. DESNECES-SIDADE (alterada em decorrência da redação do inciso II do art. 894 da CLT, incluído pela Lei n.º 11.496/2007) – Res. 182/2012, DEJT divulgado em 19, 20 e 23.04.2012
A invocação expressa no recurso de revista dos preceitos legais ou constitucionais tidos como violados não significa exigir da parte a utilização das expressões "contrariar", "ferir", "violar", etc.” (Orientação Jurisprudencial da SDI-1 do TST)
3.3. – Hipóteses que LIMITAM a interposição de recurso de revista pelas partes
OBS.: 
- O recurso de revista nas execuções trabalhistas se limita à hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal, exceto se se tratar da hipótese do §10 do art. 896 da CLT.
- O recurso de revista nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo se limita à contrariedade a súmula do TST ou vinculante do STF e por violação direta da CF/88. 
“Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:
[...]
§ 2o Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal.
[..]
§ 9o Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal.
§ 10. Cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência jurisprudencial e por ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de execução que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), criada pela Lei no 12.440, de 7 de julho de 2011.” (CLT)
3.4. – Pressupostos de admissibilidade do recurso de revista:
3.4.1. – Todos os pressupostos GERAIS ou GENÉRICOS estudados no Capítulo da Teoria Geral dos Recursos Trabalhistas
3.4.2. – Específicos do recurso de revista
a) Prequestionamento: O ponto objeto da irresignação recursal deve ter sido analisada pelo Tribunal a quo. Caso não tenha sido, cabe à parte, antes, opor embargos de declaração buscando o prequestionamento da matéria ou do dispositivo de Lei Federal ou da Constituição Federal
- Na CLT:
“Art. 896 [...]
[...]
§ 1o-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte.
I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista;
II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional;
III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte;
IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de nulidade de julgado por negativa de prestação jurisdicional, o trecho dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão.”(CLT)
- Em entendimentos consolidados do C. TST:
“SUM-297 PREQUESTIONAMENTO. OPORTUNIDADE. CONFIGU-RAÇÃO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
I. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. 
II. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão. 
III. Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração.” (Súmulas do TST)
“OJ-SDI1-62 PREQUESTIONAMENTO. PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADEEM APELO DE NATUREZA EXTRA-ORDINÁRIA. NECESSIDADE, AINDA QUE SE TRATE DE INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA (republicada em decorrência de erro material) - DEJT divulgado em 23, 24 e 25.11.2010
É necessário o prequestionamento como pressuposto de admissibilidade em recurso de natureza extraordinária, ainda que se trate de incompetência absoluta.” (Orientação Jurisprudencial da SDI-1 do TST)
“OJ-SDI1-118 PREQUESTIONAMENTO. TESE EXPLÍCITA. IN-TELIGÊNCIA DA SÚMULA Nº 297 (inserida em 20.11.1997) 
Havendo tese explícita sobre a matéria, na decisão recorrida, desnecessário contenha nela referência expressa do dispositivo legal para ter-se como prequestionado este.” (Orientação Jurisprudencial da SDI-1 do TST)
“OJ-SDI1-119 PREQUESTIONAMENTO INEXIGÍVEL. VIOLA-ÇÃO NASCIDA NA PRÓPRIA DECISÃO RECORRIDA. SÚ-MULA Nº 297. INAPLICÁVEL (inserido dispositivo) - DEJT divulgado em 16, 17 e 18.11.2010) 
É inexigível o prequestionamento quando a violação indicada houver nascido na própria decisão recorrida. Inaplicável a Súmula n.º 297 do TST.” (Orientação Jurisprudencial da SDI-1 do TST)
“OJ-SDI1-151 PREQUESTIONAMENTO. DECISÃO REGIONAL QUE ADOTA A SENTENÇA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIO-NAMENTO (inserida em 27.11.1998) 
Decisão regional que simplesmente adota os fundamentos da decisão de primeiro grau não preenche a exigência do prequestionamento, tal como previsto na Súmula nº 297.” (Orientação Jurisprudencial da SDI-1 do TST)
“OJ-SDI1-256 PREQUESTIONAMENTO. CONFIGURAÇÃO. TE-SE EXPLÍCITA. SÚMULA Nº 297 (inserida em 13.03.2002) 
Para fins do requisito do prequestionamento de que trata a Súmula nº 297, há necessidade de que haja, no acórdão, de maneira clara, elementos que levem à conclusão de que o Regional adotou uma tese contrária à lei ou à súmula.” (Orientação Jurisprudencial da SDI-1 do TST)
b) Transcendência: O recurso de revista deve veicular questão “relevante” para a apreciação pelo C. TST, sob pena de denegação monocrática de seguimento pelo Relator.
“Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica.
§ 1o São indicadores de transcendência, entre outros:
I - econômica, o elevado valor da causa;
II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal;
III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucionalmente assegurado;
IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação trabalhista.
§ 2o Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo agravo desta decisão para o colegiado.
§ 3o Em relação ao recurso que o relator considerou não ter transcendência, o recorrente poderá realizar sustentação oral sobre a questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão.
§ 4o Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do recurso, será lavrado acórdão com fundamentação sucinta, que constituirá decisão irrecorrível no âmbito do tribunal.
§ 5o É irrecorrível a decisão monocrática do relator que, em agravo de instrumento em recurso de revista, considerar ausente a transcendência da matéria.
§ 6o O juízo de admissibilidade do recurso de revista exercido pela Presidência dos Tribunais Regionais do Trabalho limita-se à análise dos pressupostos intrínsecos e extrínsecos do apelo, não abrangendo o critério da transcendência das questões nele veiculadas.” (CLT)
c) Impugnação especificada dos fundamentos da decisão recorrida – Princípio da Dialeticidade: É pressuposto de admissibilidade do recurso de revista que a parte impugne, especificamente, os fundamentos da decisão recorrida, sob pena de não conhecimento do recurso.
“Art. 932. Incumbe ao relator:
[...]
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;”(CPC)
“Art. 896 [...]
[...]
§ 14. O relator do recurso de revista poderá denegar-lhe seguimento, em decisão monocrática, nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco ou intrínseco de admissibilidade.”(CLT)
SUM-422 RECURSO. FUNDAMENTO AUSENTE OU DEFICIENTE. NÃO CONHECIMENTO (redação alterada, com inserção dos itens I, II e III) - Res. 199/2015, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.06.2015. Com errata publicada no DEJT divulgado em 01.07.2015
I – Não se conhece de recurso para o Tribunal Superior do Trabalho se as razões do recorrente não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que proferida.” (Súmulas do TST)
3.5. – Julgamento de recursos de revista repetitivos
“Art. 896-B. Aplicam-se ao recurso de revista, no que couber, as normas da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), relativas ao julgamento dos recursos extraordinário e especial repetitivos.
Art. 896-C. Quando houver multiplicidade de recursos de revista fundados em idêntica questão de direito, a questão poderá ser afetada à Seção Especializada em Dissídios Individuais ou ao Tribunal Pleno, por decisão da maioria simples de seus membros, mediante requerimento de um dos Ministros que compõem a Seção Especializada, considerando a relevância da matéria ou a existência de entendimentos divergentes entre os Ministros dessa Seção ou das Turmas do Tribunal.
§ 1o O Presidente da Turma ou da Seção Especializada, por indicação dos relatores, afetará um ou mais recursos representativos da controvérsia para julgamento pela Seção Especializada em Dissídios Individuais ou pelo Tribunal Pleno, sob o rito dos recursos repetitivos.
§ 2o O Presidente da Turma ou da Seção Especializada que afetar processo para julgamento sob o rito dos recursos repetitivos deverá expedir comunicação aos demais Presidentes de Turma ou de Seção Especializada, que poderão afetar outros processos sobre a questão para julgamento conjunto, a fim de conferir ao órgão julgador visão global da questão.
§ 3o O Presidente do Tribunal Superior do Trabalho oficiará os Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho para que suspendam os recursos interpostos em casos idênticos aos afetados como recursos repetitivos, até o pronunciamento definitivo do Tribunal Superior do Trabalho.
§ 4o Caberá ao Presidente do Tribunal de origem admitir um ou mais recursos representativos da controvérsia, os quais serão encaminhados ao Tribunal Superior do Trabalho, ficando suspensos os demais recursos de revista até o pronunciamento definitivo do Tribunal Superior do Trabalho.
§ 5o O relator no Tribunal Superior do Trabalho poderá determinar a suspensão dos recursos de revista ou de embargos que tenham como objeto controvérsia idêntica à do recurso afetado como repetitivo.
§ 6o O recurso repetitivo será distribuído a um dos Ministros membros da Seção Especializada ou do Tribunal Pleno e a um Ministro revisor.
§ 7o O relator poderá solicitar, aos Tribunais Regionais do Trabalho, informações a respeito da controvérsia, a serem prestadas no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 8o O relator poderá admitir manifestação de pessoa, órgão ou entidade com interesse na controvérsia, inclusive como assistente simples, na forma da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil).
§ 9o Recebidas as informações e, se for o caso, após cumprido o disposto no § 7o deste artigo, terá vista o Ministério Público pelo prazo de 15 (quinze) dias.
§ 10. Transcorrido o prazo para o Ministério Público e remetida cópia do relatório aos demais Ministros, o processo será incluído em pauta na Seção Especializada ou no Tribunal Pleno, devendo ser julgado com preferência sobre os demais feitos.
§ 11. Publicado o acórdão do Tribunal Superior do Trabalho, os recursos de revista sobrestados na origem.
I - terão seguimento denegado na hipótese de o acórdão recorrido coincidir com a orientação a respeito da matéria no Tribunal Superior do Trabalho; ou
II - serãonovamente examinados pelo Tribunal de origem na hipótese de o acórdão recorrido divergir da orientação do Tribunal Superior do Trabalho a respeito da matéria.
§ 12. Na hipótese prevista no inciso II do § 11 deste artigo, mantida a decisão divergente pelo Tribunal de origem, far-se-á o exame de admissibilidade do recurso de revista.
§ 13. Caso a questão afetada e julgada sob o rito dos recursos repetitivos também contenha questão constitucional, a decisão proferida pelo Tribunal Pleno não obstará o conhecimento de eventuais recursos extraordinários sobre a questão constitucional.
§ 14. Aos recursos extraordinários interpostos perante o Tribunal Superior do Trabalho será aplicado o procedimento previsto no art. 543-B da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), cabendo ao Presidente do Tribunal Superior do Trabalho selecionar um ou mais recursos representativos da controvérsia e encaminhá-los ao Supremo Tribunal Federal, sobrestando os demais até o pronunciamento definitivo da Corte, na forma do § 1o do art. 543-B da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil).
§ 15. O Presidente do Tribunal Superior do Trabalho poderá oficiar os Tribunais Regionais do Trabalho e os Presidentes das Turmas e da Seção Especializada do Tribunal para que suspendam os processos idênticos aos selecionados como recursos representativos da controvérsia e encaminhados ao Supremo Tribunal Federal, até o seu pronunciamento definitivo.
§ 16. A decisão firmada em recurso repetitivo não será aplicada aos casos em que se demonstrar que a situação de fato ou de direito é distinta das presentes no processo julgado sob o rito dos recursos repetitivos.
§ 17. Caberá revisão da decisão firmada em julgamento de recursos repetitivos quando se alterar a situação econômica, social ou jurídica, caso em que será respeitada a segurança jurídica das relações firmadas sob a égide da decisão anterior, podendo o Tribunal Superior do Trabalho modular os efeitos da decisão que a tenha alterado.” (CLT)
3.6. – Processamento do recurso de revista
Interposição do recurso destinado ao Presidente do Tribunal a quo
Primeiro Juízo de Admissibilidade realizado pelo Presidente do Tribunal a quo
(OBS.: No primeiro Juízo de Admissibilidade o Presidente ou o Vice-Presidente irá analisar se houve o preenchimento de todos os pressupostos gerais e específicos de admissibilidade do recurso de revista pelo recorrente, com exceção do pressuposto da transcendência, que é de análise exclusiva do Relator do recurso de revista, conforme já transcrito)
Decisão de admissibilidade ou de inadmissibilidade 
do recurso de revista
	Se for de admissibilidade, o Presidente do Tribunal determinará que a parte contrária apresente a resposta ao recurso de revista, para posterior remessa ao TST
	Se for de inadmissibilidade total ou parcial
	Distribuição automática a um relator no TST (arts. 929 e 920 do CPC)
	Primeiro deve a parte analisar se não é a hipótese de opor embargos de declaração, consoante impõe a Instrução Normativa nº 40 do TST[footnoteRef:1], bem assim, o RITST. [1: “Art. 1° Admitido apenas parcialmente o recurso de revista, constitui ônus da parte impugnar, mediante agravo de instrumento, o capítulo denegatório da decisão, sob pena de preclusão.
§ 1º Se houver omissão no juízo de admissibilidade do recurso de revista quanto a um ou mais temas, é ônus da parte interpor embargos de declaração para o órgão prolator da decisão embargada supri-la (CPC, art. 1024, § 2º), sob pena de preclusão.
§ 2º Incorre em nulidade a decisão regional que se abstiver de exercer controle de admissibilidade sobre qualquer tema objeto de recurso de revista, não obstante interpostos embargos de declaração (CF/88, art. 93, inciso IX e § 1º do art. 489 do CPC de 2015).
§ 3º No caso do parágrafo anterior, sem prejuízo da nulidade, a recusa do Presidente do Tribunal Regional do Trabalho a emitir juízo de admissibilidade sobre qualquer tema equivale à decisão denegatória. É ônus da parte, assim, após a intimação da decisão dos embargos de declaração, impugná-la mediante agravo de instrumento (CLT, art. 896, § 12), sob pena de preclusão.
§ 4º Faculta-se ao Ministro Relator, por decisão irrecorrível (CLT, art. 896, § 5º, por analogia), determinar a restituição do agravo de instrumento ao Presidente do Tribunal Regional do Trabalho de origem para que complemente o juízo de admissibilidade, desde que interpostos embargos de declaração.”] 
Caso não seja hipótese de embargos de declaração ou o seja e o Presidente ou Vice-Presidente já o decidira, a parte recorrente poderá:
Interpor agravo de Instrumento, se assim o entender.
Distribuídos, os autos serão imediatamente conclusos ao relator, que, em 30 (trinta) dias, depois de elaborar o voto, restituí-los-á, com relatório, à secretaria (art. 931 do CPC), observando-se, se for o caso, as hipóteses do art. 921 do CPC.
Se não foi a hipótese de decisão monocrática ou unipessoal de negativa de seguimento, provimento ou desprovimento do recurso de revista, o relator submeterá o processo à Turma para inclusão em pauta de julgamento, que pode ser a virtual ou a presencial (esta última se a parte se inscrever para sustentação oral ou se houver dissenso entre os julgadores)
OBS.: 
- Cabe sustentação oral nos recursos de revista, cuja inscrição para sustentação oral e o tempo em que o advogado da parte dispõe para a aludida sustentação, deverá ser previamente verificado no regimento interno do TST
- Entre a publicação da pauta de julgamento do recurso de revista e a sessão de julgamento, deve haver, ao menos, 5 (cinco) dias de antecedência (art. 935 do CPC e RITST)
- A ordem no julgamento dos recursos de revista consta do regimento interno do TST
- A CLT prevê que quando o recurso tempestivo contiver defeito formal que não se repute grave, o Tribunal Superior do Trabalho poderá desconsiderar o vício ou mandar saná-lo, julgando o mérito (§ 11 do art. 896 da CLT)
- Caso o Relator julgue o recurso de revista por decisão monocrática ou unipessoal, caberá a interposição de agravo interno (art. 1.021 do CPC) pela parte prejudicada
4 – EMBARGOS DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
4.1. – Prazo – 8 (oito) dias
4.2. – Hipóteses de Cabimento e demais peculiaridades– Em que pese a CLT não traga título distintivo em relação aos dois tipos de EMBARGOS que prevê em seu art. 894, a doutrina, jurisprudência e o regimento interno do TST (este em relação aos embargos “infringentes”) o fazem.
Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias:
I - de decisão não unânime de julgamento que:
a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e
[...]
II - das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal.
a) Embargos “infringentes”: Recurso de natureza ordinária, de competência da Seção de Dissídios Coletivos julgar e visam impugnar decisão não unânime proferida em dissídio coletivo de competência originária do TST (ex.: dissídios coletivos envolvendo empresas que exercem suas atividades econômicas em base territorial que extrapole a jurisdição de um TRT) 
“Dos Embargos Infringentes
Art. 262. Cabem embargos infringentes das decisões não unânimes proferidas pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos, no prazo de 8 (oito) dias úteis, contados da publicação do acórdão no Órgão Oficial, nos processos de Dissídios Coletivos de competência originária do Tribunal.
Parágrafo único. Os embargos infringentes serão restritos à cláusula em que há divergência, e, se esta for parcial, ao objeto da divergência.
Art. 263. Registrado o protocolo na petição a ser encaminhada à Secretaria do órgão julgador competente,esta juntará o recurso aos autos respectivos e abrirá vista à parte contrária, para impugnação, no prazo legal. Transcorrido o prazo, o processo será remetido à unidade competente, para ser imediatamente distribuído.
Art. 264. Não atendidas as exigências legais relativas ao cabimento dos embargos infringentes, o relator denegará seguimento ao recurso, facultada à parte a interposição de agravo interno.”(RITST)
OBS.: 
- Pressupostos de admissibilidade: Gerais (todos os estudados na Teoria Geral dos Recursos Trabalhistas) e Específico (impugnação especificada à cláusula em que há a divergência).
- O processamento está descrito nos artigos do RITST, acima transcritos.
- Por ser um recurso de natureza ordinária, aplica-se o princípio do efeito devolutivo em profundidade, no que pertine à cláusula em que não tenha havido o julgamento unânime.
b) Embargos “de Divergência”: O recurso de embargos de divergência, assim como o recurso de revista, tem natureza extraordinária. Há, inclusive, alguns pontos de similitude entre essas duas espécies recursais, na medida em que um dos objetivos da revista é uniformizar a jurisprudência, superando as divergências entre os Tribunais Regionais, enquanto o escopo dos embargos de divergência reside na uniformização jurisprudencial interna no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho.
“Dos Embargos para a Subseção I da Seção Especializada em Dissídios Individuais
Art. 258. Cabem embargos das decisões das Turmas do Tribunal que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Subseção I da Seção Especializada em Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula, a orientação jurisprudencial ou a precedente normativo do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal, no prazo de 8 (oito) dias úteis, contados de sua publicação, na forma da lei.
Parágrafo único. Além dos casos já previstos na jurisprudência sumulada do Tribunal, também cabem embargos das decisões de suas Turmas proferidas em agravos internos e agravos de instrumento que contrariarem precedentes obrigatórios firmados em julgamento de incidentes de assunção de competência ou de incidentes de recursos repetitivos.
Art. 259. O recorrente provará a divergência com certidão, cópia ou citação de repositório oficial ou credenciado de jurisprudência, inclusive em mídia eletrônica, em que foi publicado o acórdão
divergente, ou com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, indicando a respectiva fonte, e mencionará as circunstâncias que identificam ou assemelham os
casos confrontados.
Parágrafo único. A divergência apta a ensejar os embargos deve ser atual, não se considerando tal a ultrapassada por súmula, orientação jurisprudencial ou precedente normativo do Tribunal Superior do Trabalho ou por súmula do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.
Art. 260. Compete ao Presidente da Turma exercer o juízo de admissibilidade dos embargos à Subseção I da Seção Especializada em Dissídios Individuais previsto no art. 93, VIII, deste Regimento.
Art. 261. Incumbe ao Ministro relator:
I - denegar seguimento aos embargos:
a) se a decisão recorrida estiver em consonância com tese fixada em julgamento de casos repetitivos ou de repercussão geral, com entendimento firmado em incidente de assunção de competência, súmula, orientação jurisprudencial ou precedente normativo do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula do Supremo Tribunal Federal, ou com iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, cumprindo-lhe indicá-la;
b) nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco de admissibilidade, se o recorrente, após ser intimado
para sanar o vício ou complementar a documentação exigível, na forma da legislação aplicável, não o fizer no prazo concedido para tanto.
II - dar provimento aos embargos, se a decisão recorrida estiver contrária à tese fixada em julgamento de casos repetitivos ou de repercussão geral, com entendimento firmado em incidente de assunção de competência, súmula, orientação jurisprudencial ou precedente normativo do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal, ou com iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, cumprindo-lhe
indicá-la.
Parágrafo único. Da decisão denegatória dos embargos caberá agravo interno, no prazo de 8 (oito) dias úteis.” (RITST)
OBS.: 
1) Os embargos de divergência são cabíveis das decisões:
- Divergentes entre a SBDI-1 e SBDI-2 a respeito da aplicação de norma prevista em lei federal ou na Constituição;
- Divergentes entre duas e mais Turmas;
- de uma ou mais Turmas que divergirem de Orientação Jurisprudencial (da SDI ou da SDC);
- de uma ou mais Turmas que divergirem de Súmula do TST.
2) Pressupostos de admissibilidade: Gerais (todos os estudados na Teoria Geral dos Recursos Trabalhistas) e Específicos (Com exceção da transcendência, os mesmos do recurso de revista, em sua hipótese de cabimento pela divergência jurisprudencial, ou seja, demonstração analítica da divergência, que não pode ter sido ultrapassada por iterativa e atual jurisprudência do TST; prequestionamento e impugnação especificada dos fundamentos do acórdão embargado).
3) O processamento está descrito nos artigos do RITST, acima transcritos.
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