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Revisão Pneumologia AUSCULTA PULMONAR - Os sons normais à ausculta são: som traqueal, som brônquico, som broncovesicular e murmúrio vesicular: SOM TRAQUEAL mais audível na traqueia e no pescoço, componente expiratório mais forte e prolongado IE SOM BRONQUICO audível na zona de projeção dos brônquios próximos ao externo, semelhante ao som traqueal IE SOM BRONCOVESICULAR audível nas regiões esternais superiores e entre a terceira e quarta vertebras dorsais. Inspiração e expiração com mesma intensidade, duração e magnitude, menos intenso que o som brônquico. IE MURMURIO VESICULAR mais audível na periferia, mas não é tão homogêneo. IE - Os sons anormais por sua vez estão divididos em descontínuos (estertores) e contínuos (resto). ESTERTORES FINOS alto, agudo e de curta duração no final da inspiração. Mais audível em bases. Não modifica com tosse. Produzidos por acumulo de liquido. I ESTERTORES GROSSOS maior frequência e duração que os finos, início da inspiração e toda expiração. Ouvido em todas as regiões. Modifica com a tosse. Produzidos por acumulo de substancias mucoides, viscosas ou espessas. _IE RONCOS grave de baixa frequência, inspiração e expiração (predomínio). Produzido por estreitamento dos brônquios por espasmos, secreção. IE SIBILOS som agudo, inspiração e expiração. Disseminados. Produzidos por vibrações nas paredes dos brônquios por conteúdo gasoso. Quando bem localizados pensar em semi obstrução (CE? Neop?) IE ESTRIDORES semi obstrução da laringe ou traqueia por laringite, CA, estenose, difteria. Fica mais intenso quando há força para respirar. IE SOPROS auscultados na sétima vertebra cervical no dorso e na altura da traqueia. IE ATRITOS PLEURAIS deslizamento dos folhetos, mais comum abaixo das axilas. IE - Os sons vocais são representados pelo 33 e testados pela ressonância vocal. Normalmente são incompreensíveis, não se distinguem silabas pois o parênquima absorve muitos sons. As alterações coincidem com o FTV. BRONCOFONIA ausculta-se a voz sem nitidez AUMENTO ocorre quando há condensação: neoplasias, pericavidades, inflamações, TEP/infarto pulmonar, congestão PECTORILÓQUIA FÔNICA nitidez em voz falada PECTORILÓQUIA AFÔNICA nitidez em voz cochichada DIMINUIÇÃO derrames, atelectasia, hiperaeração e espessamento pleural EGOFONIA mudança da ausculta do som do 33 para som semelhante a balido de cabra. Pode ser por derrame parapneumônico. A RESPEITO DA ANATOMIA Vias aéreas centrais vão até a 16ª geração de brônquios e quanto mais gerações, mais periférico fica. Ácinos são bronquíolos respiratórios, ductos e sacos alveolares, de seis a oito ácinos temos lóbulos pulmonares. O parênquima são ductos e sacos alveolares. SEMIOLOGIA PULMONAR PATOLOGIAS PARENQUIMATOSAS são aquelas que se instalam no parênquima pulmonar, ou seja, nos alvéolos e bronquíolos terminais. Podem ser de hiperaeração (enfisema), atelectasia ou consolidação. PNEUMONIA tosse seca ou produtiva com expectoração mucoide que evolui para purulenta, dor torácica pleurítica lancinante com piora na inspiração e tosse, febre, dispneia, taquipneia, fraqueza, prostração | expansibilidade FTV – macicez ou submacicez – estertores finos, broncofonia, pectoriloquia | RX com consolidação, pode pedir exames complementares e USG PNM BRONCOASPIRATIVA tem cianose, bronco- espasmo, hipotensão, tosse rósea, hipoxemia | roncos e sibilos disseminados | infiltrados em lobos inferiores COVID 19 tosse, dispneia, desconforto respiratório, sintomas gastrointestinais, febre com ou sem calafrios, cianose, SARS, comprometimento renal, leucopenia ou linfopenia, neutrofilia, aumento de transaminases / lactato / PCR | estetores, chiados, sopros | consolidação em vidro fosco ABCESSOS PULMONARES dor pleurítica lancinante, tosse com escarro pútrido, hemoptise, febre, sudorese noturna, anorexia, perda de peso | achados de doença periodontal, hipocratismo digital | RX com lesão cavitaria + PCR e VHS , leucocitose EMBOLIA PULMONAR cianose, dor para respirar, dor precordial, taquicardia, dispneia, tosse seca, dor torácica repetina e gradual, palidez, ansiedade INFARTO PULMONAR dispneia súbita que se agrava com exercícios, dor torácica, tosse, hemoptise, edema e dor em MMII, febre, sudorese, taquicardia, tontura | expansibilidade FTV – macicez ou submacicez – estertores finos, broncofonia, pectoriloquia TUBECULOSE tosse produtiva, hemoptise, dor pleurítica, dispneia, febre vespertina, emagrecimento, sudorese noturna, inapetência, fraqueza, astenia – cavitações | expansibilidade FTV – timpanismo – RV, pectoriloquia ATELECTASIA pode ser assintomático, pode ter tosse, hemoptise, sibilos, dispneia, pneumonia de repetição, síndrome da veia cava superior. ENFISEMA PULMONAR dispneia que se agrava lentamente FTV | expansibilidade - som claro pulmonar ou hipersonoro – MV RV CONGESTÃO PASSIVA DOS PULMÕES dispneia aos esforços, DPN, tosse seca, sibilância | expansibilidade ou ok – FTV ou ok – submacicez em bases – estertores finos ESCAVAÇÃO PULMONAR tosse produtiva, vômica | expansibilidade - FTV - som claro pulmonar ou timpânico – MV com substituição por som brônquico, pode ter sopro – RV PATOLOGIAS INTERSTICIAIS subclassificação nas patologias parenquimatosas difusas que tem manifestações muito semelhantes e afeta globalmente interstício, alvéolos, vasculatura e pequenas vias respiratórias. FIBROSE PULMONAR IDIOPATICA tosse seca, dispneia, baqueteamento digital, sindorme de insuficiência cardíaca, hipoxemia | inspeção, palpação e percussão sem relevância – estertores finos PNEUMOCONIOSE dispneia progressiva, tosse | evolução para cor pulmonale e IRC PARACOCCIDIOIDOMICOSE lesões bucais e pulmonares com edema labial, erosão de comissuras e estomatite moriforme HISTOPLASMOSE PULMONAR pneumonia com linfonodomegalias hilares CANDIDIASE PATOLOGIAS BRONQUICAS são aquelas que se instalam nos brônquios ASMA tosse seca ou produtiva, dispneia com piora na expiração, de manha e a noite, chiado, aperto no peito | tiragem, musculatura acessória, tórax em posição de inspiração profunda - FTV ou ok - hipersonora ou ok - MV, sibilos difusos (tórax silencioso = piora por broncoespasmo) | RX e TC normais, solicitar espirometria DPOC tosse matinal crônica seca ou produtiva com muita ou pouca expectoração, dispneia progressiva | tórax tonel, expansibilidade - FTV – hipersonora ou ok - MV RV, roncos, sibilos, estertores | RX com aumento do diâmetro anteroposterior, diafragma rebaixado, coração verticalizado – TC com broquiectasias e bolhas moisaco, solicitar espirometria, polissonografia, oximetria e teste de exercício BRONQUIECTASIA tosse produtiva, expectoração purulenta e mal cheirosa, cianose, dispneia, hemoptise, broncoespasmo, dor torácica – sepse, febre, comprometimento de estado geral | expansibilidade – submacicez em base – estertores grossos , roncos, sibilos | RX normal e TC com espessamento de paredes brônquicas + irregularidades BRONQUITE AGUDA febre baixa, dor de garganta, cefaleia, chiado, mal estar, desconforto retroesternal, disfonia / rouquidão, expectoração mucosa ou mucopurulenta | palpação e percussão ok – estertores grossos roncos, sibilos | solicitar avaliação do escarro, espirometria e broncoscopia BRONQUITE CRONICA expectoração mucopurulenta por meses, períodos de melhora e piora, chiado, esforço para tossor | facies inchada (pletórica) - expansibilidade, FTV, edema de MMII – hipersonoridade – estertores grossos, roncos, sibilos, pode ter MV | TC com lesões centro lobulares PATOLOGIAS PLEURAIS são doençasdas pleurais visceral e parietal DERRAME PLEURAL PNEUMOTÓRAX CLÍNICA TABAGISMO considera-se uma doença com vários componentes, deve ser feita uma anamnese completa. No núcleo accubens ocorre interação com receptores nicotínicos e liberação de neurotransmissores como dopamina, que prolonga atividade excitatória e ativa circuito de recompensas (é acetilcolinico), isso que é mexido quando há abstinência. Indica-se para tratamento maiores de 18 anos, + 10 cigarros por dia. NÃO MEDICAMENTOSO TCC, reabilitação física, reabilitação pulmonar, acompanhamento, kit fissura (verduras para mastigar, agua com gelo, sementes, canela, frutas secas, castanhas) TRN em adesivo niquitin ou nicorette (21-14-7mg com redução mensal até 12s), gomas nicorette (10u/d com redução de dose por até 12s) ou pastilhas niquitin (10u/d com redução de dose por até 12s) – efeitos colaterais ADESIVO é o único do SUS BUPROPRIONA inibe a recaptação de dopamina = diminuição de fissura + ação dopaminérgica no núcleo accubens. Associa-se com adesivo começando a Bup 7 dias antes do dia D. CI: convulsão e problemas psiquiátricos. EA: insônia, cefaleia, boca seca 150mg de manhã por 3 dias – 150mg 2x dia CHAMPIX | CARENICLINA antagonista parcial de nicotina, libera pouca dopamina e diminui dependência 0,5mg/d por 3d – 0,5mg 12/12h por +4d – 1mg 12/12h - Nenhum tratamento é indicado para gestantes que não tenham alta carga tabagica (adesivo). ESPIROMETRIA avaliação de volumes e capacidades pulmonares – para diagnosticar, monitorar, tratar e avaliar incapacidades. Existem algumas contra indicações como IAM recente, hiper ou hipotensão, IC, EPA/CP, histórico de sincope, aneurisma, cirurgias recentes, infecção respiratória suspeita. O exame deve ser reprodutível (diferença de CVF e VEF1 não pode ser menor que 150ml), aceitável (pelo menos 6s de expiração), apropriado (3 testes aceitáveis) e não pode estar com tosse, vazamento, valsalva+, ruídos glóticos; máximo de oito tentativas. VOLUME CORRENTE volume respirado normalmente EI CAPACIDADE VITAL máximo que consegue inspirar e expirar forçadamente EI dura de 6 a 8 seg CAPACIDADE PULMONAR TOTAL máximo da inspiração forçada aos limites do volume residual EI CAPACIDADE VITAL FORÇADA VOLUME DE RESERVA EXPIRATORIO o tanto que consigo expirar forçadamente E sai 80% no primeiro segundo e isso se chama VEF1 VOLUME RESIDUAL o que fica no pulmão após expiração forçada CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL VRE + VR E CAPACIDADE INSPIRATORIA capacidade de inspirar a partir de uma expiração normal I VOLUME DE RESERVA INSPIRATORIO o máximo que consigo inspirar forçadamente I INDICE DE TIFFENEAU – VEF1/CVF para descobrir se há ou não obstrução do ar, para confirmar obstrução deve estar menor que 70% ou 0,7. O VEF1 é marcador de gravidade da doença, quanto menor, mais grave é o quadro - Caso atraso de liberação em VEF1: aprisionamento de ar, lesão potencialmente irreversível – medidor de gravidade de DPOC PROVA BRONCODILATADORA positiva em lesões reversíveis como asma, verifica se há hiper reatividade brônquica. INTERPRETAÇÕES: 1. Normal 2. Distúrbio ventilatório obstrutivo 3. Distúrbio ventilatório obstrutivo com CVF reduzida 4. Distúrbio sugestivo de restritivo 5. Distúrbio ventilatório combinado (misto de obstrução e restrição) ASMA reversibilidade com broncodilatador DPOC índice Tiffeneau reduzido mesmo após broncodilatador DISTUBIO RESTRITIVO doenças intersticiais, deformidades da caixa torácica, fraqueza muscular, obesidade, idade avançada. Tiffeneau aumentada ou normal por CVF e VEF1 diminuidos. GASOMETRIA ARTERIAL exame responsável por identificar distúrbios ácido-base Os parâmetros observados são pH (7,35- 7,45), SatO2 (+95%), PaO2 (80-100), PCO2 (35-45), HCO3 (22-26) e Ânion GAP (6-12). -++- | hiper hipo hipo hiper Se HCO3 aumenta – aumenta pH | se PCO2 aumenta – diminui pH --- acidose 7,35 | alcalose 7,45 ACIDOSE (pH 7,35): caso parâmetros de PCO2 (35-45) e HCO3 (22-26) estejam menores trata-se de acidose metabólica e caso parâmetros estejam maiores trata-se de acidose respiratória. ALCALOSE (pH 7,45): caso os parâmetros de PCO2 (35-45) e HCO3 (22-26) estejam maiores trata-se de uma alcalose metabólica e caso os parâmetros estejam menores trata-se de uma alcalose respiratória. SatO2 +95% percentual de hemoglobina ligada à O2 no sangue PaO2 80-100 pressão parcial de oxigênio que indica a fração de oxigênio livre no sangue, refletindo a hematose PCO2 35-45 reflete a ventilação alveolar, sendo maiores valores maiores refletem hipoventilação e retenção de CO2 ao passo que valores menores demonstram hiperventilação HCO3 22-26 bicarbonato GAP 8-12 aníons não quantificáveis no sangue, sendo proteínas plasmáticas principais constituintes como albumina – corrigir de acordo com a albumina plasmática PASSO 1: analisar o pH e ver se está normal, em acidose ou alcalose; PASSO 2: verificar se é metabólico ou respiratório; PASSO 3: verificar compensação: ACIDOSE MET – compensação deve ser hiperventilação, mas pode estar maior que deveria; ACIDOSE RESP – hipoventilação + retenção de CO2 com resposta renal de excreção e elevação de HCO3 na gasometria ALCALOSE MET – hipoventilação afim de reter CO2 ALCALOSE RESP – hiperventilando na tentativa de expulsar CO2, resposta de excreção de HCO3 na urina PNEUMONIAS pode ser PAC, nasocomial (associada ou não a ventilação) ou aspirativa. Pode ser broncopneumonia, lobar ou intersticial. As manifestações são típicas ou atípicas (tosse seca, afebril, parece gripe, influenza-like). A inoculação do patógeno pode ser por gotículas, hematogênica, traumas ou contiguidade. Sepse, arritmia, descompensação de cardiopatias, descompensação de pneumopatias, derrame pleural, empiema, abcesso, endocardite, meningite, pneumonia necrosante e bronquiectasia são possíveis complicações. Necessário solicitar kit sepse para busca de disfunções: cultura, HC, gasometria, eletrólitos, glicose, procalcitonina (marcador para bactérias), ureia, creatina e hepatograma – pode ter leucocitose ou leucopenia (+ comum viral). Diagnósticos diferenciais: infecção de trato respiratório superior, CA, IC, intersticiais, TEP, atelectasia, DPOC, DRGE causando hiper- reatividade das vias aéreas. Sugere-se completar esquema vacinal. Pode apresentar uma dor abdominal que ocorre por acometimento de lobos inferiores que causam uma inflamação em nódulos linfáticos do mesentério cursando com a irradiação. Para avaliar gravidade usa-se CURB65 em classes (idade +65y | confusão mental | ureia 50 | FR 30 irpm | PAS 90 PAD 60), sendo I e II ambulatorial, III ambulatorial com avaliação de internação e IV e V hospitalar. Para avaliar UTI usa-se SCAP – sepse, ventilação e risco de falência terapêutica. Solicitar RX PA e Perfil e repetir de controle em 48h. Para escolha do antibiótico levar em consideração o patógeno, fatores de risco, doenças associadas e epidemiologia pessoal. Sugere-se corticoterapia associada, como Prednisona 20mg (máximo por dia 60mg). DPOC quadro de enfisema (PE PP: dilatação de espaço aéreo distal> hipercapnia) + bronquite crônica (PB BB: brônquios com hipertrofia e hiperplasia > aprisionamento > hipoxemia). Causado por inalação de nocivos que gera uma inflamação global pulmonar com NO, MO e LT liberadores de mediadores lesantes que levam a destruição e reparo, ou seja, limitação crônica do fluxo aéreo com destruição de leito capilar. O fator genético mais importante é a falta de alfa-1-antitripsina (antiproteinase). Pode complicar com edema e hipertensão pulmonar (hipoxia – vasoconstricção – HP – edema – morte), pneumotórax, bolhas, pneumonia, arritmia, doenças coronarianase distúrbios de sono. Sintomatologia de tosse e expectoração crônica, dispneia progressiva, opressão torácica, sibilância, emagrecimento, redução de apetite, redução da mobilidade pulmonar. Exame físico apresenta taquipneia, respiração com lábios semiabertos, uso de musculatura acessória, turgência jugular, aumento do diâmetro anteroposterior do tórax, expansibilidade, hepatomegalia, hipertimpanismo, FTV, MV, sibilos e bulhas hipofonéticas. Considera-se exacerbação o paciente que tem piora aguda quando há infecção (muda qualidade e quantidade do escarro) com necessidade de internação. Investigações: pneumonia (RX, PCR); pneumotórax (RX, US); DP (RX, US); embolia pulmonar (Dímero D, TC); edema pulmonar (ECG, Eco, enzimas cardíacas); arritmia (ECG). Diagnostico fechado por espirometria onde VEF1 é marcador de gravidade, menor = pior (VEF1/CVF 0,7 = padrão obstrutivo sem resposta a broncodilatador). A partir disso, tem classificações: 1 leve ou GOLD1, 2 moderado ou GOLD2, 3 grave ou GOLD3 e 4 muito grave ou GOLD4. Para outra escala de avaliações em sintomatologia tem-se colunas para poucos ou muitos sintomas e linhas para muitas ou poucas exacerbações: A (poucos sintomas e poucas exacerbações), B (muitos sintomas e poucas exacerbações), C (poucos sintomas e muitas exacerbações) e D (muitos sintomas e muitas exacerbações). Exemplos de pacientes: pcte GOLD1A, o mais leve, ou pcte GOLD4D sendo o mais grave. No tratamento objetivamos reduzir sintomas (melhorar qualidade de vida) e riscos (prevenir exacerbações, que a doença progrida e mortalidade). Para todos os grupos é essencial cessar tabagismo, incluir tratamento farmacológico e se necessário reabilitação pulmonar. Não esquecer de completar calendário vacinal. O tratamento tem muitos fármacos inalatórios. GRUPO A SABA (fenoterol, salbutamol 6/6) ou SAMA (ipratrópio 8/8) em crises, pode unir caso piora. GRUPO B LABA (formoterol 12/12, salmeterol) ou LAMA (tiotrópio) em uso continuo. GRUPO C LAMA (tiotrópio) pois pioram mais. Pode usar IPD4 + LABA (fenoterol, salbutamol) GRUPO D LAMA (tiotrópio 24/24) com ou sem LABA (formoterol, salmeterol) ou LAMA + corticoide inalatório. Pode usar IPD4. OBS1: os que interferem em B2 são agonistas, pois o sistema simpático já causa dilatação brônquica (SABA ou LABA). Os que interferem em receptor muscarínico são antagonistas, pois o sistema parassimpático faz contrição da musculatura lisa (SAMA ou LAMA). Sempre broncodilatadores. OBS2: IPD4 são inibidores seletivos de fosfodiesterase-4 (anti inflamatório que reduz exacerbação). REFLUMILASTE OBS3: usa-se corticoide inalatório quando há muita exacerbação ou pouca exacerbação com eosinofilia ( 100 ou 300). BECLOMETASONA OBS4: pode usar azitromicina em exacerbadores (C e D) 500mg/dia 3x/sem em dias alternados por três meses. Ex: seg, qua, sex tomar 1cp de 500mg por três meses. OBS5: em caso de exacerbação, tto hospitalar com antibióticos, corticoides e inalatórios. O2 caso saturação 88%. ASMA doença inflamatória crônica que causa obstrução de vias aéreas (broncoconstricção) por atopia reversível com broncodilatadores, também há concomitantemente edema, congestão vascular e obstrução intraluminal por exsudato. Pode ocorrer remodelamento. Os fatores desencadeantes são alérgenos, infecções virais, exercícios, hiperventilação, ar frio, dióxido de enxofre, fármacos como betabloq e AAS, estresse, tintas, perfumes. Alérgenos quando inalados podem ativar mastócitos e IgEs provocando liberação de broncoconstrictores | vírus acentuam inflamação e chamam EO e NO | fármacos causam broncoconstricção colinérgica | exercícios cursam com hiperventilação que liberam MO e causam vasoconstricção | agravamento pré menstrual está relacionado com estrógeno ou gonadotrofinas | fatores psicológicos podem cursar com broncoconstricção. Sintomas se agravam a noite. Há tosse com muco espesso e de difícil expectoração, aperto no peito, dispneia, taquipneia, sudorese, fadiga. Ao EF: expansibilidade, uso de musculatura acessória, hiperventilação, sibilos. Prodrômicos: prurido no queixo, medo inexplicável, desconforto entre as escapulas. À espirometria observa-se redução de VEF1, de VEF1/CVF e FEP – dificuldade expiratória. Só pode fazer em maiores de seis anos. Também é possível realizar testes cutâneos. Para tratamento é necessário controle ambiental e educação medicamentosa: AGONISTAS B2 podem causar midríase, arritmia, taquicardia, lipólise, retenção vesical e obstipação. Auxiliam na diminuição de degranulação de mastócitos e relaxam o musculo liso. SABA salbutamol | fenoterol – 6/6. LABA salmetamol | formoterol – 12/12. SAMA ipratópio (atrovent) – 8/8. LAMA tiotrópio – 24/24. ANTI LEUCOTRIENOS agem paralisando os cílios epiteliais que acumulam muco e estimulam células mucosas, vasodilatação e permeabilidade. Bons anti inflamatórios. Accolate CORTICOIDES auxilia na produção de lipocortinas, lipomodulinas e macrocortinas bloqueando acido araquidônico e diminuindo prostaglandinas e leucotrienos (reação inflamatória). Sem danos gástricos e renais. - Corticoides inalatórios (cuidar dos colaterais: candidíase orofaríngea): Alenia 200mcg Clenil 250mcg Oximax 200mcg - Sistêmicos (melhor horário para tomar de manhã): Prednisona Prednisolona TUBERCULOSE causada pelo bacilo BAAR | Koch (as menores são Wells) da Mycobacterium tuberculosis (que gosta de locais sem sol e pouca ventilação, população carcerária de risco) ou outros patógenos complexos que tenham parede celular rica em lipídeos que diminuam a permeabilidade a ATB e aumentem a sobrevivência no interior de MO (difícil eliminação). A transmissão é por via aérea. Na fisiopatologia a bactéria consegue inibir fagossomos dos MO, permitindo multiplicação descontrolada enquanto está latente (disseminação oculta) – até 5% irão desenvolver (em dois anos) por causa da defesa do organismo em até treze semanas. Locais com elevada tensão de O2 são os mais propícios a desenvolver M. Tuberculosis. Os estágios da doença são primário (logo em seguida do contato, mais comum em crianças), pós primário (tosse seca ou produtiva mucoide purulenta, hemoptoica ou não, mais comum em adolescentes e jovens) ou miliar (padrão específico de acometimento pulmonar, podendo ocorrer nas formas primária e secundária, sendo mais comum em pacientes imunossuprimidos). 1ª – manifesta-se pulmonar, quadro clássico de irritação, febre baixa, sudorese noturna, inapetência, tosse 2ª – febre vespertina, tosse seca ou produtiva, queda do estado geral, perda de peso, sem calafrios, anorexia. Reativação comum em alcoólatras, imunodeprimidos e desnutridos. Miliar – apresenta-se como aguda ou subaguda, clinica típica, pode ter hepatomegalia, SNC alterado, alterações cutâneas. As apresentações clinicas são: tuberculose pulmonar, com sintomas de febre vespertina, tosse, sudorese noturna, emagrecimento. 20% dos pacientes desenvolverão TB extra pulmonar: pleural (coinfecção com HIV, astenia, anorexia, perda ponderal, febre, tosse seca, dispneia, exsudato), ganglionar periférica (coinfecção com HIV, aumento indolor dos linfonodos), pericárdica (dor torácica, tosse seca, dispneia, sudorese, emagrecimento, tontura, congestão), óssea (dor lombar, dor a palpação, sudorese) e gastrointestinal (febre, dor abdominal obstrução, sangramento). Diagnóstico bacteriológico: exame microscópico direto por pesquisa de BAAR | teste rápido molecular para tuberculose que identificará o DNA dos bacilos | cultura de micobactérias. Diagnostico radiológico: TB1ª (Koch no parênquima promove inflamação granulomatosa que fica opaca ao RX, pode ter derrame pericárdico) | TB2ª e TBM (predileção por lobos superiores, granulomas múltiplos, cavidades, calcificações).Diagnostico histopatológico: granulomas com necrose e caseificações. Outros métodos: diagnostico de infecção latente pelo MT por prova tuberculínica que mede a resposta imune da bactéria inoculada no subcutâneo | IGRA que são ensaios de liberação de interferon gama. O tratamento divide-se em fases intensiva e de manutenção, com antibióticos, de 4 a 9 meses de tratamento. TOSSE investigar de acordo com a suspeita, sendo que o tratamento também varia de acordo com a causa – frequencia, intensidade, duração, tonalidade, expectoração, relação com decúbito, horários frequentes, sintomas associados | se seca investigar causa, se produtiva investigar quantidade, aspecto, cheiro, vômica, hemoptise. Deve encaminhar ao pneumo quando investigação ineficaz e ausência de respostas a tratamentos empíricos. A tosse serve para eliminar secreções e proteger contra aspirações, secreções, corpos estranhos – mecanismo efetivo de depuração com os cílios. Causas temidas: TOSSE AGUDA autolimitada a três semanas – infecção de via área superior, DPOC, asma, insuficiência cardíaca crônica, exposição ambiental e ocupacional. TOSSE SUBAGUDA entre três a oito semanas – doença pós infecciosa, STVAS, DRGE. STVAS ou sd da tosse de vias aéreas superiores | sd do gotejamento pós nasal tem rinite e sinusite como etiologias, suspeita-se quando há gotejamento em faringe, rinorreia e pigarro. Trata-se empiricamente com corticoides inalatórios, efeito em duas semanas, manter por três meses se resposta positiva ao tratamento. Budesonida 50 mcg: 1 jato em cada narina 1 vez ao dia DRGE pirose ou gosto amargo na boca, tratamento de acordo TOSSE CRONICA mais que oito semanas – STVAS, asma, DRGE, bronquite crônica, tabagismo ativo, uso de inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA), tuberculose, neoplasia pulmonar ou laringe, inalação de corpo estranho, bronquite eosinofílica, bronquiectasias, doenças intersticiais e tosse psicogênica. TABAGISMO provoca tosse como resposta inflamatória à fumaça, cessa quatro semanas após parar de fumar BRONQUITE CRONICA solicitar exames para diagnostico IECA ocorre na primeira semana de uso mas pode pendurar até seis meses, para com quatro semanas após cessar medicação TB exames NEOP observar sinais de alerta como hemoptise, emagrecimento, tabagismo, exames TRATAMENTOS GOSTO: Koide (betametasona, corticoide ótimo para inflamações, 5ml 4x/dia) | Expec (oxomemazina + iodeto de potássio + benzoato de sódio + guaifenesina, expectorante, antialérgico e antitussígeno 5ml 6x/dia). Antitussígenos ou sedativos da tosse: Dextrometorfano Expectorantes: Ambroxol 5ml 3x/dia Mucolíticos: Acetilcisteína 7ml 2x/dia Carbocisteína PS: iodeto de potássio diminui a viscosidade do muco | acetilcisteina reduz viscosidade | ambroxol reduz viscosidade e estimula surfactante
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