Buscar

Revisão Pneumologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Revisão Pneumologia 
AUSCULTA PULMONAR 
- Os sons normais à ausculta são: som traqueal, som brônquico, 
som broncovesicular e murmúrio vesicular: 
 SOM TRAQUEAL mais audível na traqueia e no pescoço, 
componente expiratório mais forte e prolongado IE 
 SOM BRONQUICO audível na zona de projeção dos 
brônquios próximos ao externo, semelhante ao som 
traqueal IE 
 SOM BRONCOVESICULAR audível nas regiões 
esternais superiores e entre a terceira e quarta vertebras 
dorsais. Inspiração e expiração com mesma intensidade, 
duração e magnitude, menos intenso que o som 
brônquico. IE 
 MURMURIO VESICULAR mais audível na periferia, mas 
não é tão homogêneo. IE 
 
- Os sons anormais por sua vez estão divididos em 
descontínuos (estertores) e contínuos (resto). 
 ESTERTORES FINOS alto, agudo e de curta duração no 
final da inspiração. Mais audível em bases. Não modifica 
com tosse. Produzidos por acumulo de liquido. I 
 ESTERTORES GROSSOS maior frequência e duração 
que os finos, início da inspiração e toda expiração. Ouvido 
em todas as regiões. Modifica com a tosse. Produzidos por 
acumulo de substancias mucoides, viscosas ou espessas. 
_IE 
 
 RONCOS grave de baixa frequência, inspiração e 
expiração (predomínio). Produzido por estreitamento dos 
brônquios por espasmos, secreção. IE 
 SIBILOS som agudo, inspiração e expiração. 
Disseminados. Produzidos por vibrações nas paredes dos 
brônquios por conteúdo gasoso. Quando bem localizados 
pensar em semi obstrução (CE? Neop?) IE 
 ESTRIDORES semi obstrução da laringe ou traqueia por 
laringite, CA, estenose, difteria. Fica mais intenso quando 
há força para respirar. IE 
 SOPROS auscultados na sétima vertebra cervical no 
dorso e na altura da traqueia. IE 
 ATRITOS PLEURAIS deslizamento dos folhetos, mais 
comum abaixo das axilas. IE 
 
- Os sons vocais são representados pelo 33 e testados pela 
ressonância vocal. Normalmente são incompreensíveis, não se 
distinguem silabas pois o parênquima absorve muitos sons. As 
alterações coincidem com o FTV. 
 BRONCOFONIA ausculta-se a voz sem nitidez 
 AUMENTO ocorre quando há condensação: neoplasias, 
pericavidades, inflamações, TEP/infarto pulmonar, 
congestão 
PECTORILÓQUIA FÔNICA nitidez em voz falada 
PECTORILÓQUIA AFÔNICA nitidez em voz 
cochichada 
 DIMINUIÇÃO derrames, atelectasia, hiperaeração e 
espessamento pleural 
 EGOFONIA mudança da ausculta do som do 33 para som 
semelhante a balido de cabra. Pode ser por derrame 
parapneumônico. 
 
A RESPEITO DA ANATOMIA 
 
Vias aéreas centrais vão até a 16ª geração de brônquios e 
quanto mais gerações, mais periférico fica. Ácinos são 
bronquíolos respiratórios, ductos e sacos alveolares, de seis a 
oito ácinos temos lóbulos pulmonares. O parênquima são 
ductos e sacos alveolares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMIOLOGIA PULMONAR 
PATOLOGIAS PARENQUIMATOSAS são aquelas que se 
instalam no parênquima pulmonar, ou seja, nos alvéolos e 
bronquíolos terminais. Podem ser de hiperaeração (enfisema), 
atelectasia ou consolidação. 
 PNEUMONIA tosse seca ou produtiva com expectoração 
mucoide que evolui para purulenta, dor torácica pleurítica 
lancinante com piora na inspiração e tosse, febre, 
dispneia, taquipneia, fraqueza, prostração |  
expansibilidade  FTV – macicez ou submacicez – 
estertores finos, broncofonia, pectoriloquia | RX com 
consolidação, pode pedir exames complementares e USG 
PNM BRONCOASPIRATIVA tem cianose, bronco-
espasmo, hipotensão, tosse rósea, hipoxemia | 
roncos e sibilos disseminados | infiltrados em lobos 
inferiores 
 
 COVID 19 tosse, dispneia, desconforto respiratório, 
sintomas gastrointestinais, febre com ou sem calafrios, 
cianose, SARS, comprometimento renal, leucopenia ou 
linfopenia, neutrofilia, aumento de transaminases / lactato 
/ PCR | estetores, chiados, sopros | consolidação em vidro 
fosco 
 
 ABCESSOS PULMONARES dor pleurítica lancinante, 
tosse com escarro pútrido, hemoptise, febre, sudorese 
noturna, anorexia, perda de peso | achados de doença 
periodontal, hipocratismo digital | RX com lesão cavitaria + 
PCR e VHS , leucocitose 
 
 EMBOLIA PULMONAR cianose, dor para respirar, dor 
precordial, taquicardia, dispneia, tosse seca, dor torácica 
repetina e gradual, palidez, ansiedade 
 
 INFARTO PULMONAR dispneia súbita que se agrava 
com exercícios, dor torácica, tosse, hemoptise, edema e 
dor em MMII, febre, sudorese, taquicardia, tontura |  
expansibilidade  FTV – macicez ou submacicez – 
estertores finos, broncofonia, pectoriloquia 
 
 TUBECULOSE tosse produtiva, hemoptise, dor pleurítica, 
dispneia, febre vespertina, emagrecimento, sudorese 
noturna, inapetência, fraqueza, astenia – cavitações |  
expansibilidade  FTV – timpanismo – RV, pectoriloquia 
 
 ATELECTASIA pode ser assintomático, pode ter tosse, 
hemoptise, sibilos, dispneia, pneumonia de repetição, 
síndrome da veia cava superior. 
 
 ENFISEMA PULMONAR dispneia que se agrava 
lentamente FTV  | expansibilidade  - som claro pulmonar 
ou hipersonoro – MV  RV  
 
 CONGESTÃO PASSIVA DOS PULMÕES dispneia aos 
esforços, DPN, tosse seca, sibilância | expansibilidade  
ou ok – FTV  ou ok – submacicez em bases – estertores 
finos 
 
 ESCAVAÇÃO PULMONAR tosse produtiva, vômica | 
expansibilidade  - FTV  - som claro pulmonar ou 
timpânico – MV  com substituição por som brônquico, 
pode ter sopro – RV  
 
PATOLOGIAS INTERSTICIAIS subclassificação nas 
patologias parenquimatosas difusas que tem 
manifestações muito semelhantes e afeta 
globalmente interstício, alvéolos, vasculatura e 
pequenas vias respiratórias. 
 FIBROSE PULMONAR IDIOPATICA tosse 
seca, dispneia, baqueteamento digital, sindorme 
de insuficiência cardíaca, hipoxemia | inspeção, 
palpação e percussão sem relevância – 
estertores finos 
 PNEUMOCONIOSE dispneia progressiva, tosse 
| evolução para cor pulmonale e IRC 
 PARACOCCIDIOIDOMICOSE lesões bucais e 
pulmonares com edema labial, erosão de 
comissuras e estomatite moriforme 
 HISTOPLASMOSE PULMONAR pneumonia 
com linfonodomegalias hilares 
 CANDIDIASE 
 
PATOLOGIAS BRONQUICAS são aquelas que se instalam 
nos brônquios 
 ASMA tosse seca ou produtiva, dispneia com piora na 
expiração, de manha e a noite, chiado, aperto no peito | 
tiragem, musculatura acessória, tórax em posição de 
inspiração profunda - FTV  ou ok - hipersonora ou ok -  
MV, sibilos difusos (tórax silencioso = piora por 
broncoespasmo) | RX e TC normais, solicitar espirometria 
 
 DPOC tosse matinal crônica seca ou produtiva com muita 
ou pouca expectoração, dispneia progressiva | tórax tonel, 
 expansibilidade -  FTV – hipersonora ou ok -  MV  
RV, roncos, sibilos, estertores | RX com aumento do 
diâmetro anteroposterior, diafragma rebaixado, coração 
verticalizado – TC com broquiectasias e bolhas moisaco, 
solicitar espirometria, polissonografia, oximetria e teste de 
exercício 
 
 BRONQUIECTASIA tosse produtiva, expectoração 
purulenta e mal cheirosa, cianose, dispneia, hemoptise, 
broncoespasmo, dor torácica – sepse, febre, 
comprometimento de estado geral |  expansibilidade – 
submacicez em base – estertores grossos , roncos, sibilos 
| RX normal e TC com espessamento de paredes 
brônquicas + irregularidades 
 
 BRONQUITE AGUDA febre baixa, dor de garganta, 
cefaleia, chiado, mal estar, desconforto retroesternal, 
disfonia / rouquidão, expectoração mucosa ou 
mucopurulenta | palpação e percussão ok – estertores 
grossos roncos, sibilos | solicitar avaliação do escarro, 
espirometria e broncoscopia 
 
 BRONQUITE CRONICA expectoração mucopurulenta por 
meses, períodos de melhora e piora, chiado, esforço para 
tossor | facies inchada (pletórica) -  expansibilidade,  
FTV, edema de MMII – hipersonoridade – estertores 
grossos, roncos, sibilos, pode ter  MV | TC com lesões 
centro lobulares 
 
 
PATOLOGIAS PLEURAIS são doençasdas pleurais visceral e 
parietal 
 DERRAME PLEURAL 
 PNEUMOTÓRAX 
CLÍNICA 
TABAGISMO considera-se uma doença com vários 
componentes, deve ser feita uma anamnese completa. No 
núcleo accubens ocorre interação com receptores nicotínicos e 
liberação de neurotransmissores como dopamina, que prolonga 
atividade excitatória e ativa circuito de recompensas (é 
acetilcolinico), isso que é mexido quando há abstinência. 
Indica-se para tratamento maiores de 18 anos, + 10 cigarros 
por dia. 
 NÃO MEDICAMENTOSO TCC, reabilitação física, 
reabilitação pulmonar, acompanhamento, kit fissura 
(verduras para mastigar, agua com gelo, sementes, 
canela, frutas secas, castanhas) 
 
 TRN em adesivo niquitin ou nicorette (21-14-7mg com 
redução mensal até 12s), gomas nicorette (10u/d com 
redução de dose por até 12s) ou pastilhas niquitin (10u/d 
com redução de dose por até 12s) – efeitos colaterais 
ADESIVO é o único do SUS 
 
 BUPROPRIONA inibe a recaptação de dopamina = 
diminuição de fissura + ação dopaminérgica no núcleo 
accubens. Associa-se com adesivo começando a Bup 7 
dias antes do dia D. CI: convulsão e problemas 
psiquiátricos. EA: insônia, cefaleia, boca seca 
150mg de manhã por 3 dias – 150mg 2x dia 
 
 CHAMPIX | CARENICLINA antagonista parcial de 
nicotina, libera pouca dopamina e diminui dependência 
0,5mg/d por 3d – 0,5mg 12/12h por +4d – 1mg 12/12h 
 
- Nenhum tratamento é indicado para gestantes que não 
tenham alta carga tabagica (adesivo). 
 
ESPIROMETRIA avaliação de volumes e capacidades 
pulmonares – para diagnosticar, monitorar, tratar e avaliar 
incapacidades. Existem algumas contra indicações como IAM 
recente, hiper ou hipotensão, IC, EPA/CP, histórico de sincope, 
aneurisma, cirurgias recentes, infecção respiratória suspeita. O 
exame deve ser reprodutível (diferença de CVF e VEF1 não 
pode ser menor que 150ml), aceitável (pelo menos 6s de 
expiração), apropriado (3 testes aceitáveis) e não pode estar 
com tosse, vazamento, valsalva+, ruídos glóticos; máximo de 
oito tentativas. 
 
 VOLUME CORRENTE volume respirado normalmente EI 
 CAPACIDADE VITAL máximo que consegue inspirar e 
expirar forçadamente EI dura de 6 a 8 seg 
 CAPACIDADE PULMONAR TOTAL máximo da 
inspiração forçada aos limites do volume residual EI 
CAPACIDADE VITAL FORÇADA 
 
 VOLUME DE RESERVA EXPIRATORIO o tanto que 
consigo expirar forçadamente E sai 80% no primeiro 
segundo e isso se chama VEF1 
 VOLUME RESIDUAL o que fica no pulmão após 
expiração forçada 
 CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL VRE + VR E 
 
 CAPACIDADE INSPIRATORIA capacidade de inspirar a 
partir de uma expiração normal I 
 VOLUME DE RESERVA INSPIRATORIO o máximo que 
consigo inspirar forçadamente I 
 
INDICE DE TIFFENEAU – VEF1/CVF para descobrir se há ou 
não obstrução do ar, para confirmar obstrução deve estar 
menor que 70% ou 0,7. O VEF1 é marcador de gravidade da 
doença, quanto menor, mais grave é o quadro 
- Caso atraso de liberação em VEF1: aprisionamento 
de ar, lesão potencialmente irreversível – medidor de 
gravidade de DPOC 
PROVA BRONCODILATADORA positiva em lesões 
reversíveis como asma, verifica se há hiper reatividade 
brônquica. 
 
INTERPRETAÇÕES: 
1. Normal 
2. Distúrbio ventilatório obstrutivo 
3. Distúrbio ventilatório obstrutivo com CVF reduzida 
4. Distúrbio sugestivo de restritivo 
5. Distúrbio ventilatório combinado (misto de obstrução e 
restrição) 
 
ASMA reversibilidade com broncodilatador 
DPOC índice Tiffeneau reduzido mesmo após broncodilatador 
DISTUBIO RESTRITIVO doenças intersticiais, deformidades 
da caixa torácica, fraqueza muscular, obesidade, idade 
avançada. Tiffeneau aumentada ou normal por CVF e VEF1 
diminuidos. 
 
GASOMETRIA ARTERIAL exame responsável por identificar 
distúrbios ácido-base Os parâmetros observados são pH (7,35-
7,45), SatO2 (+95%), PaO2 (80-100), PCO2 (35-45), HCO3 
(22-26) e Ânion GAP (6-12). -++- | hiper hipo hipo hiper 
 
Se HCO3 aumenta – aumenta pH | se PCO2 aumenta – 
diminui pH --- acidose  7,35 | alcalose  7,45 
 
 
ACIDOSE (pH  7,35): caso parâmetros de PCO2 (35-45) e 
HCO3 (22-26) estejam menores trata-se de acidose metabólica 
e caso parâmetros estejam maiores trata-se de acidose 
respiratória. 
ALCALOSE (pH  7,45): caso os parâmetros de PCO2 (35-45) 
e HCO3 (22-26) estejam maiores trata-se de uma alcalose 
metabólica e caso os parâmetros estejam menores trata-se de 
uma alcalose respiratória. 
 SatO2 +95% percentual de hemoglobina ligada à O2 no 
sangue 
 PaO2 80-100 pressão parcial de oxigênio que indica a 
fração de oxigênio livre no sangue, refletindo a hematose 
 PCO2 35-45 reflete a ventilação alveolar, sendo maiores 
valores maiores refletem hipoventilação e retenção de 
CO2 ao passo que valores menores demonstram 
hiperventilação 
 HCO3 22-26 bicarbonato 
 GAP 8-12 aníons não quantificáveis no sangue, sendo 
proteínas plasmáticas principais constituintes como 
albumina – corrigir de acordo com a albumina plasmática 
 
PASSO 1: analisar o pH e ver se está normal, em acidose ou 
alcalose; 
PASSO 2: verificar se é metabólico ou respiratório; 
PASSO 3: verificar compensação: 
ACIDOSE MET – compensação deve ser 
hiperventilação, mas pode estar maior que deveria; 
ACIDOSE RESP – hipoventilação + retenção de 
CO2 com resposta renal de excreção e elevação de 
HCO3 na gasometria 
ALCALOSE MET – hipoventilação afim de reter CO2 
ALCALOSE RESP – hiperventilando na tentativa de 
expulsar CO2, resposta de excreção de HCO3 na 
urina 
 
PNEUMONIAS pode ser PAC, nasocomial (associada ou não a 
ventilação) ou aspirativa. Pode ser broncopneumonia, lobar ou 
intersticial. As manifestações são típicas ou atípicas (tosse 
seca, afebril, parece gripe, influenza-like). A inoculação do 
patógeno pode ser por gotículas, hematogênica, traumas ou 
contiguidade. Sepse, arritmia, descompensação de 
cardiopatias, descompensação de pneumopatias, derrame 
pleural, empiema, abcesso, endocardite, meningite, pneumonia 
necrosante e bronquiectasia são possíveis complicações. 
Necessário solicitar kit sepse para busca de disfunções: cultura, 
HC, gasometria, eletrólitos, glicose, procalcitonina (marcador 
para bactérias), ureia, creatina e hepatograma – pode ter 
leucocitose ou leucopenia (+ comum viral). Diagnósticos 
diferenciais: infecção de trato respiratório superior, CA, IC, 
intersticiais, TEP, atelectasia, DPOC, DRGE causando hiper-
reatividade das vias aéreas. Sugere-se completar esquema 
vacinal. 
Pode apresentar uma dor abdominal que ocorre por 
acometimento de lobos inferiores que causam uma inflamação 
em nódulos linfáticos do mesentério cursando com a irradiação. 
 
Para avaliar gravidade usa-se CURB65 em classes (idade +65y 
| confusão mental | ureia  50 | FR  30 irpm | PAS  90 PAD  
60), sendo I e II ambulatorial, III ambulatorial com avaliação de 
internação e IV e V hospitalar. 
Para avaliar UTI usa-se SCAP – sepse, ventilação e risco de 
falência terapêutica. 
 
Solicitar RX PA e Perfil e repetir de controle em 48h. Para 
escolha do antibiótico levar em consideração o patógeno, 
fatores de risco, doenças associadas e epidemiologia pessoal. 
 
 
 
Sugere-se corticoterapia associada, como Prednisona 20mg 
(máximo por dia 60mg). 
 
DPOC quadro de enfisema (PE PP: dilatação de espaço aéreo 
distal> hipercapnia) + bronquite crônica (PB BB: brônquios com 
hipertrofia e hiperplasia > aprisionamento > hipoxemia). 
Causado por inalação de nocivos que gera uma inflamação 
global pulmonar com NO, MO e LT liberadores de mediadores 
lesantes que levam a destruição e reparo, ou seja, limitação 
crônica do fluxo aéreo com destruição de leito capilar. O fator 
genético mais importante é a falta de alfa-1-antitripsina 
(antiproteinase). Pode complicar com edema e hipertensão 
pulmonar (hipoxia – vasoconstricção – HP – edema – morte), 
pneumotórax, bolhas, pneumonia, arritmia, doenças 
coronarianase distúrbios de sono. 
Sintomatologia de tosse e expectoração crônica, dispneia 
progressiva, opressão torácica, sibilância, emagrecimento, 
redução de apetite, redução da mobilidade pulmonar. Exame 
físico apresenta taquipneia, respiração com lábios semiabertos, 
uso de musculatura acessória, turgência jugular, aumento do 
diâmetro anteroposterior do tórax,  expansibilidade, 
hepatomegalia, hipertimpanismo,  FTV,  MV, sibilos e bulhas 
hipofonéticas. Considera-se exacerbação o paciente que tem 
piora aguda quando há infecção (muda qualidade e quantidade 
do escarro) com necessidade de internação. Investigações: 
pneumonia (RX, PCR); pneumotórax (RX, US); DP (RX, US); 
embolia pulmonar (Dímero D, TC); edema pulmonar (ECG, Eco, 
enzimas cardíacas); arritmia (ECG). 
Diagnostico fechado por espirometria onde VEF1 é marcador 
de gravidade, menor = pior (VEF1/CVF  0,7 = padrão 
obstrutivo sem resposta a broncodilatador). A partir disso, tem 
classificações: 1 leve ou GOLD1, 2 moderado ou GOLD2, 3 
grave ou GOLD3 e 4 muito grave ou GOLD4. Para outra escala 
de avaliações em sintomatologia tem-se colunas para poucos 
ou muitos sintomas e linhas para muitas ou poucas 
exacerbações: A (poucos sintomas e poucas exacerbações), B 
(muitos sintomas e poucas exacerbações), C (poucos sintomas 
e muitas exacerbações) e D (muitos sintomas e muitas 
exacerbações). Exemplos de pacientes: pcte GOLD1A, o mais 
leve, ou pcte GOLD4D sendo o mais grave. 
 
 
No tratamento objetivamos reduzir sintomas (melhorar 
qualidade de vida) e riscos (prevenir exacerbações, que a 
doença progrida e mortalidade). Para todos os grupos é 
essencial cessar tabagismo, incluir tratamento farmacológico e 
se necessário reabilitação pulmonar. Não esquecer de 
completar calendário vacinal. O tratamento tem muitos 
fármacos inalatórios. 
 GRUPO A SABA (fenoterol, salbutamol 6/6) ou SAMA 
(ipratrópio 8/8) em crises, pode unir caso piora. 
 GRUPO B LABA (formoterol 12/12, salmeterol) ou LAMA 
(tiotrópio) em uso continuo. 
 GRUPO C LAMA (tiotrópio) pois pioram mais. Pode usar 
IPD4 + LABA (fenoterol, salbutamol) 
 GRUPO D LAMA (tiotrópio 24/24) com ou sem LABA 
(formoterol, salmeterol) ou LAMA + corticoide inalatório. 
Pode usar IPD4. 
 
OBS1: os que interferem em B2 são agonistas, pois o sistema 
simpático já causa dilatação brônquica (SABA ou LABA). Os 
que interferem em receptor muscarínico são antagonistas, pois 
o sistema parassimpático faz contrição da musculatura lisa 
(SAMA ou LAMA). Sempre broncodilatadores. 
OBS2: IPD4 são inibidores seletivos de fosfodiesterase-4 (anti 
inflamatório que reduz exacerbação). REFLUMILASTE 
OBS3: usa-se corticoide inalatório quando há muita 
exacerbação ou pouca exacerbação com eosinofilia ( 100 ou 
 300). BECLOMETASONA 
OBS4: pode usar azitromicina em exacerbadores (C e D) 
500mg/dia 3x/sem em dias alternados por três meses. Ex: seg, 
qua, sex tomar 1cp de 500mg por três meses. 
OBS5: em caso de exacerbação, tto hospitalar com antibióticos, 
corticoides e inalatórios. O2 caso saturação  88%. 
 
ASMA doença inflamatória crônica que causa obstrução de vias 
aéreas (broncoconstricção) por atopia reversível com 
broncodilatadores, também há concomitantemente edema, 
congestão vascular e obstrução intraluminal por exsudato. 
Pode ocorrer remodelamento. Os fatores desencadeantes são 
alérgenos, infecções virais, exercícios, hiperventilação, ar frio, 
dióxido de enxofre, fármacos como betabloq e AAS, estresse, 
tintas, perfumes. 
Alérgenos quando inalados podem ativar mastócitos e IgEs 
provocando liberação de broncoconstrictores | vírus acentuam 
inflamação e chamam EO e NO | fármacos causam 
broncoconstricção colinérgica | exercícios cursam com 
hiperventilação que liberam MO e causam vasoconstricção | 
agravamento pré menstrual está relacionado com estrógeno ou 
gonadotrofinas | fatores psicológicos podem cursar com 
broncoconstricção. 
Sintomas se agravam a noite. Há tosse com muco espesso e 
de difícil expectoração, aperto no peito, dispneia, taquipneia, 
sudorese, fadiga. Ao EF:  expansibilidade, uso de musculatura 
acessória, hiperventilação, sibilos. Prodrômicos: prurido no 
queixo, medo inexplicável, desconforto entre as escapulas. 
À espirometria observa-se redução de VEF1, de VEF1/CVF e 
FEP – dificuldade expiratória. Só pode fazer em maiores de seis 
anos. Também é possível realizar testes cutâneos. 
Para tratamento é necessário controle ambiental e educação 
medicamentosa: 
 
AGONISTAS B2 podem causar midríase, arritmia, taquicardia, 
lipólise, retenção vesical e obstipação. Auxiliam na diminuição 
de degranulação de mastócitos e relaxam o musculo liso. 
 SABA salbutamol | fenoterol – 6/6. 
 LABA salmetamol | formoterol – 12/12. 
 SAMA ipratópio (atrovent) – 8/8. 
 LAMA tiotrópio – 24/24. 
 
ANTI LEUCOTRIENOS agem paralisando os cílios epiteliais 
que acumulam muco e estimulam células mucosas, 
vasodilatação e permeabilidade. Bons anti inflamatórios. 
 Accolate 
 
CORTICOIDES auxilia na produção de lipocortinas, 
lipomodulinas e macrocortinas bloqueando acido araquidônico 
e diminuindo prostaglandinas e leucotrienos (reação 
inflamatória). Sem danos gástricos e renais. 
- Corticoides inalatórios (cuidar dos colaterais: candidíase 
orofaríngea): 
 Alenia 200mcg 
 Clenil 250mcg 
 Oximax 200mcg 
- Sistêmicos (melhor horário para tomar de manhã): 
 Prednisona 
 Prednisolona 
 
TUBERCULOSE causada pelo bacilo BAAR | Koch (as 
menores são Wells) da Mycobacterium tuberculosis (que gosta 
de locais sem sol e pouca ventilação, população carcerária de 
risco) ou outros patógenos complexos que tenham parede 
celular rica em lipídeos que diminuam a permeabilidade a ATB 
e aumentem a sobrevivência no interior de MO (difícil 
eliminação). A transmissão é por via aérea. Na fisiopatologia a 
bactéria consegue inibir fagossomos dos MO, permitindo 
multiplicação descontrolada enquanto está latente 
(disseminação oculta) – até 5% irão desenvolver (em dois anos) 
por causa da defesa do organismo em até treze semanas. 
Locais com elevada tensão de O2 são os mais propícios a 
desenvolver M. Tuberculosis. Os estágios da doença são 
primário (logo em seguida do contato, mais comum em 
crianças), pós primário (tosse seca ou produtiva mucoide 
purulenta, hemoptoica ou não, mais comum em adolescentes e 
jovens) ou miliar (padrão específico de acometimento 
pulmonar, podendo ocorrer nas formas primária e secundária, 
sendo mais comum em pacientes imunossuprimidos). 
 1ª – manifesta-se pulmonar, quadro clássico de irritação, 
febre baixa, sudorese noturna, inapetência, tosse 
 2ª – febre vespertina, tosse seca ou produtiva, queda do 
estado geral, perda de peso, sem calafrios, anorexia. 
Reativação comum em alcoólatras, imunodeprimidos e 
desnutridos. 
 Miliar – apresenta-se como aguda ou subaguda, clinica 
típica, pode ter hepatomegalia, SNC alterado, alterações 
cutâneas. 
As apresentações clinicas são: tuberculose pulmonar, com 
sintomas de febre vespertina, tosse, sudorese noturna, 
emagrecimento. 20% dos pacientes desenvolverão TB extra 
pulmonar: pleural (coinfecção com HIV, astenia, anorexia, 
perda ponderal, febre, tosse seca, dispneia, exsudato), 
ganglionar periférica (coinfecção com HIV, aumento indolor 
dos linfonodos), pericárdica (dor torácica, tosse seca, 
dispneia, sudorese, emagrecimento, tontura, congestão), 
óssea (dor lombar, dor a palpação, sudorese) e 
gastrointestinal (febre, dor abdominal obstrução, 
sangramento). 
Diagnóstico bacteriológico: exame microscópico direto por 
pesquisa de BAAR | teste rápido molecular para tuberculose 
que identificará o DNA dos bacilos | cultura de micobactérias. 
Diagnostico radiológico: TB1ª (Koch no parênquima promove 
inflamação granulomatosa que fica opaca ao RX, pode ter 
derrame pericárdico) | TB2ª e TBM (predileção por lobos 
superiores, granulomas múltiplos, cavidades, calcificações).Diagnostico histopatológico: granulomas com necrose e 
caseificações. 
Outros métodos: diagnostico de infecção latente pelo MT por 
prova tuberculínica que mede a resposta imune da bactéria 
inoculada no subcutâneo | IGRA que são ensaios de liberação 
de interferon gama. 
O tratamento divide-se em fases intensiva e de manutenção, 
com antibióticos, de 4 a 9 meses de tratamento. 
 
TOSSE investigar de acordo com a suspeita, sendo que o 
tratamento também varia de acordo com a causa – frequencia, 
intensidade, duração, tonalidade, expectoração, relação com 
decúbito, horários frequentes, sintomas associados | se seca 
investigar causa, se produtiva investigar quantidade, aspecto, 
cheiro, vômica, hemoptise. Deve encaminhar ao pneumo 
quando investigação ineficaz e ausência de respostas a 
tratamentos empíricos. A tosse serve para eliminar secreções 
e proteger contra aspirações, secreções, corpos estranhos – 
mecanismo efetivo de depuração com os cílios. Causas 
temidas: 
 
 
TOSSE AGUDA autolimitada a três semanas – infecção de via 
área superior, DPOC, asma, insuficiência cardíaca crônica, 
exposição ambiental e ocupacional. 
 
 
 
TOSSE SUBAGUDA entre três a oito semanas – doença pós 
infecciosa, STVAS, DRGE. 
 STVAS ou sd da tosse de vias aéreas superiores | sd do 
gotejamento pós nasal tem rinite e sinusite como 
etiologias, suspeita-se quando há gotejamento em faringe, 
rinorreia e pigarro. Trata-se empiricamente com 
corticoides inalatórios, efeito em duas semanas, manter 
por três meses se resposta positiva ao tratamento. 
Budesonida 50 mcg: 1 jato em cada narina 1 vez ao dia 
 DRGE pirose ou gosto amargo na boca, tratamento de 
acordo 
 
 
TOSSE CRONICA mais que oito semanas – STVAS, asma, 
DRGE, bronquite crônica, tabagismo ativo, uso de inibidores da 
enzima conversora da angiotensina (IECA), tuberculose, 
neoplasia pulmonar ou laringe, inalação de corpo estranho, 
bronquite eosinofílica, bronquiectasias, doenças intersticiais e 
tosse psicogênica. 
 TABAGISMO provoca tosse como resposta inflamatória à 
fumaça, cessa quatro semanas após parar de fumar 
 BRONQUITE CRONICA solicitar exames para 
diagnostico 
 IECA ocorre na primeira semana de uso mas pode 
pendurar até seis meses, para com quatro semanas após 
cessar medicação 
 TB exames 
 NEOP observar sinais de alerta como hemoptise, 
emagrecimento, tabagismo, exames 
 
 
 
 
 
TRATAMENTOS 
GOSTO: Koide (betametasona, corticoide ótimo para 
inflamações, 5ml 4x/dia) | Expec (oxomemazina + iodeto de 
potássio + benzoato de sódio + guaifenesina, expectorante, 
antialérgico e antitussígeno 5ml 6x/dia). 
Antitussígenos ou sedativos da tosse: 
 Dextrometorfano 
Expectorantes: 
 Ambroxol 5ml 3x/dia 
Mucolíticos: 
 Acetilcisteína 7ml 2x/dia 
 Carbocisteína 
PS: iodeto de potássio diminui a viscosidade do muco | 
acetilcisteina reduz viscosidade | ambroxol reduz viscosidade e 
estimula surfactante

Outros materiais