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Resenha Critica

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No filme "O Sorriso de Mona Lisa", estrelado por Julia Roberts, Katherine Watson é uma recém-formada da UCLA que foi contratada, em 1953, para lecionar História da Arte na prestigiosa Wellesley College, uma escola só para mulheres. Determinada a confrontar valores ultrapassados da sociedade e da instituição, Katherine inspira suas alunas tradicionais a mudarem a vida das pessoas como futuras líderes que serão.
 A escola onde Katherine chega para lecionar era voltada para educação feminina, onde as jovens eram instruídas a serem cultas esposas e mães dedicadas. Nas primeiras cenas do filme podemos identificar que a proposta pedagógica que rege o colégio é o modelo tradicional, onde o compromisso da escola é com a cultura e os problemas sociais pertencem a sociedade, na sala de aula o que predomina é a autoridade do professor que exige atitude receptiva dos alunos e impede qualquer comunicação entre eles no decorrer da aula, a aprendizagem assim é receptiva e mecânica, para que o recorrer frequentemente a coação caracterizado, dentre outros pontos, por não privilegiar a livre expressão dos alunos, por desconsiderar as vivências pessoais e emocionais, bem como incentivar a reprodução do conhecimento. 
 Tal afirmação pode ser observada na cena em que a profª Watson, ao chegar para ministrar sua primeira aula na classe, é surpreendida por todas as alunas que apresentam a lição previamente decorada da apostila, como prova de que o conhecimento foi absorvido. Ao se deparar com essa situação, a professora decide criar uma estratégia de ensino-aprendizagem que condiz com sua prática enquanto docente, que visa despertar nos alunos a consciência crítica, considerando-os sujeitos ativos no processo de construção do conhecimento, pois: O planejamento do ensino significa, sobretudo, pensar a ação docente refletindo sobre os objetivos, os conteúdos, os procedimentos metodológicos, a avaliação do aluno e do professor. O que diferencia é o tratamento que cada abordagem explica o processo a partir de vários fatores: o político, o técnico, o social, o cultural e o educacional. (LEAL, 2005, p. 02)
 Após a professora se posicionar contrária à proposta didática tradicional que o colégio a impõe, passando a atuar de acordo com a prática, na qual acreditava ser adequada à realidade da turma que era a pedagogia progressista, ela é advertida pela direção para que suas aulas sejam ministradas dentro dos padrões exigidos e perpetuados há mais de 100 anos pela instituição.
 Mas chega um momento no filme em que a professora precisa romper tradições, estagnação e ideologias que lhe são impostas. No decorrer do filme a intervenção pedagógica que a professora usa junto com à didática realizada contribui para despertar o pensamento reflexivo das alunas em relação à sociedade, fazendo com que as mesmas se reconhecessem como integrantes do processo de aprendizagem, e que poderiam sim serem mulheres, mães donas de casa e esposas, mas que além disso elas poderiam ser também uma faculdade e excelentes profissionais. Essa afirmativa podemos comprovar na cena em que a professora apresenta um conteúdo que não estava na apostila, incentivando a classe a formular perguntas e a emitir opinião sobre o que lhes era exibido.
 Apesar de as alunas reconhecerem e aprovarem o trabalho desenvolvido pela profª Watson no final do ano letivo, e a professora atingir seu objetivo de ter feito a diferença como ela mesmo afirmou no início do filme, ao ser contratada para ministrar aulas naquela instituição - "estou indo para fazer a diferença" -, sua permanência na mesma nos próximos anos só seria concretizada se submetesse sua didática a avaliação prévia e aprovação da diretoria escolar.
 O filme se encerra com a decisão da professora em não continuar a ministrar aulas no Wellesley College depois da proposta que a diretoria escolar lhe apresentou. Houve grande comoção entre as ex-alunas durante a sua partida.
e foi ai neste momento que a profª Watson teve a certeza de que a sua prática contribuiu para que houvesse de fato aprendizado significativo, transformando a turma feminina da disciplina de História da Arte, em cidadãs com capacidade para desenvolver posicionamento crítico-reflexivo perante a sociedade.

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