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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA CAMPUS COLORADO DO OESTE DAMARES KLAINERT DIOGO BARBOSA CARVALHO EVELLYN DANYLA GUILHERME BARBOSA MATHEUS GENELHUD KRAUZE NIÉLISSA MELISSA FERREIRA DA SILVA ENZIMAS Colorado do Oeste – RO 2021 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA CAMPUS COLORADO DO OESTE DAMARES KLAINERT DIOGO BARBOSA CARVALHO EVELLYN DANYLA GUILHERME BARBOSA MATHEUS GENELHUD KRAUZE NIÉLISSA MELISSA FERREIRA DA SILVA ENZIMAS Relatório de aula prática apresentado à disciplina de Bioquímica, ministrada na turma EA 120 do Curso Superior de Engenharia Agronômica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia – Campus Colorado do Oeste, sob orientação do Professor Dr. Diego Soares Carvalho. Colorado do Oeste – RO 2021 SUMÁRIO Sumário 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4 2. OBJETIVOS ..................................................................................................................... 5 3. PARTE EXPERIMENTAL ............................................................................................. 5 3.1 Materiais e Reagentes ..................................................................................................... 5 3.1.1 Materiais ....................................................................................................................... 5 3.1.2 Reagentes ...................................................................................................................... 6 3.2 Procedimento experimental ........................................................................................... 7 4 CARACTERÍSTICAS DOS REAGENTES .................................................................... 9 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................. 10 6 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 11 7 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 12 4 1. INTRODUÇÃO As enzimas são, na grande maioria, de natureza proteica. Exceto um pequeno grupo de moléculas de RNA catalíticas, as ribozimas. As enzimas são catalisadores biológicos de alta especificidade, ou seja, aceleram a velocidade de determinadas reações químicas. Praticamente todas as reações que caracterizam o metabolismo celular são catalisadas por enzimas, as quais são consideradas como os catalisadores mais eficazes devido a sua alta especificidade. De acordo com o livro Princípios de Bioquímica de Lehninger, a catálise biológica foi reconhecida e descrita no final dos anos de 1700 em estudos da digestão de carne por secreções do estômago. A pesquisa continuou ao longo dos anos, e a partir do século XX, milhares de enzimas foram purificadas, suas estruturas elucidadas e seus mecanismos explicados. A catálise enzimática das reações é considerada essencial, as reações não catalisadas costumam ser mais lentas. Algumas reações, como aquelas necessárias para digerir os alimentos, enviar sinais nervosos ou contrair os músculos, não ocorrem em velocidades adequadas sem catálise. As enzimas proporcionam um ambiente específico e adequado para que determinada reação ocorra de forma mais rápida. Algumas não necessitam de outros grupos químicos além dos seus próprios resíduos de aminoácidos, outras atuam juntamente com cofatores ou coenzimas. As enzimas atuam diminuindo a energia de ativação da reação. Para catalisar uma reação, uma enzima irá se ligar à molécula, a qual é chamada de substrato. A parte da enzima em que o substrato se conecta é chamado de sítio de ativação, é onde a reação ocorre. O contorno da superfície do sítio ativo é delimitado por resíduos de aminoácidos com grupos nas cadeias laterais que ligam o substrato e que catalisam a sua transformação química.O conjunto de aminoácidos encontrado no sítio ativo, conferem a ele um tamanho, formato e comportamento químico muito específicos. Dessa forma, o sítio ativo de uma enzima encaixa-se unicamente num substrato específico e os ajuda a passar por uma reação química. Ao final das reações as enzimas retornam ao seu estado original, ou seja, elas não são alteradas pelas reações que catalisam. Quando terminam a catalisação de uma reação, liberam o produto e estão prontas para os próximos ciclos de catálise. Essa importante característica já havia sido observada, citado no livro Princípios de Bioquímica de Lehninger, em 1897, Eduard Buchner descreveu que extratos de levedura podiam fermentar açúcar em álcool, 5 provando que a fermentação era feita por moléculas que continuavam ativas mesmo após serem removidas das células. Os fatores que podem afetar o sítio ativo e a função da enzima incluem: temperatura, onde o aumento ou a diminuição da temperatura fora dos limites tolerados podem afetar as ligações químicas no sítio ativo, tornando-os menos compatíveis para se conectar ao substrato. Temperaturas muito elevadas podem causar a desnaturação de determinadas enzimas, que irão perder seu formato e sua atividade; as diferentes enzimas atuam em valores de pH variados, valores extremos de pH (ácidos ou básicos) podem causar desnaturação enzimática. O experimento foi realizado com o intuito de observar a ação enzimática nas reações químicas biológicas em diferentes meios, e também compreender os fatores que podem influenciar nos processos de desnaturação e consequentemente inativação enzimática. 2. OBJETIVOS • Observar a ação enzimática nas transformações químicas e biológicas; • Analisar os fatores que influenciam a desnaturação e inibição enzimática. 3. PARTE EXPERIMENTAL 3.1 Materiais e Reagentes 3.1.1 Materiais • 1 faca de corte • 1 colher de sopa • 1 par de luvas • 3 recipientes de vidro com tampa • 3 xícaras transparentes • 3 copos • 3 mangueiras flexíveis • 1 termômetro • 1 chapa de aquecimento https://pt.khanacademy.org/science/biology/macromolecules/proteins-and-amino-acids/a/orders-of-protein-structure 6 Figura 1 - Material utilizado Fonte: Arquivo pessoal (2021) 3.1.2 Reagentes • Batata crua e fresca • 2 folhas de couve frescas • 50 g de fígado cru e fresco • 1 frasco de água oxigenada 40 volumes • 500 mL de água mineral • 200 mL de solução ácida (ácido muriático - HCl comercial) • 200 mL de solução básica (soda cáustica - NaOH comercial) 7 Figura 2 - Reagentes Fonte: Arquivo pessoal (2021) 3.2 Procedimento experimental Inicialmente, preparou-se uma solução ácida à base de HCl (ácido muriático comercial), dissolvida em 200 mL de água mineral, devido à falta de água destilada. Posteriormente, outra solução, básica, foi preparada à base de NaOH (diabo verde), acrescido de 200 mL de água. Em seguida, um furo foi aberto em cada tampa dos dois recipientes, de modo que cada mangueira se encaixasse e permanecesse vedada à entrada de ar. A batata, a couve e o fígado foram cortados em pequenos pedaços, separou-se uma porção de batata e fígado, que foram cozidas em recipientes de aço inox por cerca de quatro minutos. Após o cozimento, a batata e o fígado, foram adicionados separadamente em dois frascos com tampa, adicionou-se também água mineral em ambos até submergir cada material no interior do frasco, realizados esses processos, com auxílio de uma seringa plástica, adicionou-se cerca de 1 ml de água oxigenada 40 volumes à mistura, e os frascos foram tampados com as tampas perfuradas e a mangueira inserida, a outra parte terminal da mangueira foi imergida em uma xícara com água. Foram aguardados aproximadamente 10 minutos e anotado o ocorrido. 8Figura 3 - Esquema de reação da batata e fígado cozidos. Fonte: Arquivo pessoal (2021) Após a realização da primeira parte do experimento, os materiais foram descartados e os recipientes lavados com detergente neutro, para uma nova utilização, onde adicionou-se uma porção de fígado cru, uma porção de batata crua e uma porção de couve, também crua em três frascos idênticos, o volume foi completado com água mineral até a encobrir os materiais no interior do recipiente. Com a assistência de uma seringa plástica, adicionou-se 1 ml de água oxigenada 40 volumes em cada mistura e agitou-se vagarosamente o frasco com movimentos giratórios, os recipientes foram tampados com o sistema tampa-mangueira, que teve uma extremidade imergida em água. Aguardou-se cerca de 10 minutos e anotou-se o ocorrido. Esses métodos foram adotados de maneira idêntica para experimentação com a solução ácida à base de HCl (ácido muriático comercial) e solução básica à base de NaOH (diabo verde). 9 Figura 4 - Esquema de reação da batata, fígado e couve em meio ácido e meio básico. Fonte: Arquivo pessoal (2021) 4 CARACTERÍSTICAS DOS REAGENTES Tabela 1 - Reagentes e suas características Substância Molaridade (g/mol) Densidade (g/cm3) Ponto de fusão (°C) Ponto de ebulição (°C) Solubilidade NaOH Hidróxido de Sódio 39.997 2.13 318 1.388 Água, etanol, metanol. HCl Ácido clorídrico 36,458 1,194 108,58 (azeotrópico, solução 20%) -85 Água, etanol, éter, benzeno. H2O2 Água oxigenada (30%) 34 1,11 -26 106 Água, solventes orgânicos polares 10 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES TUBOS AMOSTRAS MEIO DE REAÇÃO H2O2 (1 ml) RESULTADOS 1 Batata Água Água Oxigenada Reagiu 2 Fígado Reagiu 3 Couve Não houve reação 4 Batata Solução Ácida Não houve reação 5 Fígado Não houve reação 6 Couve Não houve reação 7 Batata Solução Básica Não houve reação 8 Fígado Pouco reagente 9 Couve Não houve reação 10 Batata Cozida Água Não houve reação 11 Fígado Cozido Não houve reação As reações procedidas nos diferentes meios, neutro em água mineral, ácido em HCl, e básico em NaOH apresentaram resultados diferentes para degradação da água oxigenada pela catalase. As reações mais intensas, ocorreram em meio neutro, com a batata e o fígado, esses dois alimentos contém altas concentrações de catalase, e com o pH neutro da água mineral, a ação da catalase dos alimentos sobre o H2O2 adicionado a mistura foi bastante efetiva, podendo ser visualizado a formação de bolhas e uma espuma branca sobre a mistura. O centro metálico da catalase, o Fe3+ se liga ao H2O2, quebrando as moléculas de água oxigenada transformando-as em H2O e O2. a reação ocorre em duas etapas: Etapa 1: (H2O2 )(aq) + Fe 3+-E(aq) → H2O(l) + O=Fe 4+-E(aq) Etapa 2: (H2O2 )(aq) + O=Fe 4+-E(aq) → H2O(l) + Fe 3+-E(aq) + O2 (g) Equação global: 2(H2O2 )(aq) → 2H2O(l)+ O2 (g) Fe-E significa o átomo ferro ligado a um grupo hemo da enzima. 11 Figura 5 - Reação da catalase sob batata e fígado em meio neutro. Fonte: Arquivo pessoal (2021) Nas amostras de fígado e batata cozida não houve reação, pois o calor empregado para cozer os materiais desnaturou a enzima catalase, transformando-a em outra substância, incapaz de catalisar a decomposição do H2O2. O mesmo ocorre nos meios muito ácido e muito básico, o potencial hidrogeniônico muito distante da neutralidade também propicia a desnaturação da catalase. 6 CONCLUSÃO Com o presente trabalho realizado, pôde-se observar como é a ação da catalase sobre a água oxigenada, e como os diferentes meios, ácido, neutro e básico influenciam na transformação do H2O2 em água e gás oxigênio. Não foi possível observar todos os processos objetivados, uma vez que em a enzima catalase só tem ação sobre a água oxigenada em meios neutros, onde foi possível visualizar a formação de bolhas e espuma branca sobre a mistura. Essas reações não ocorreram nos meios ácidos e básicos. Este trabalho foi de suma importância para o aprofundamento do nosso conhecimento sobre a enzima catalase, visto que foi possível compreender de que maneira a ação enzimática ocorre em diferentes meios biológicos. 12 7 REFERÊNCIAS ÁCIDO CLORÍDRICO. Disponível em: <https://www.oswaldocruz.br/download/fichas/%C3%81cido%20clor%C3%ADdrico2003. pdf>. Acesso em: 29 de abr. 2021. Nelson, David L.. Princípios de bioquímica de Lehninger [recurso eletrônico] / David L. Nelson, Michael M. Cox ; [tradução: Ana Beatriz Gorini da Veiga ... et al.] ; revisão técnica: Carlos Termignoni ... [et al.]. – 6. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: Artmed, 2014. ENZIMAS - UNIP (Universidade Paulista). Disponível em: <https://adm.online.unip.br/img_ead_dp/36160.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2021. Enzimas e o sítio ativo - Khan Academy. Disponível em: <https://pt.khanacademy.org/science/biology/energy-and-enzymes/introduction-to- enzymes/a/enzymes-and-the-active-site>. Acesso em: 24 abr. 2021. PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO E SOLUÇÕES AQUOSAS. Disponível em: <https://cloud.cnpgc.embrapa.br/igu/category/s12-administracao/c42- gestao/administracao/srh/fispq/laboratorios/Per%C3%B3xido%20de%20hidrog%C3%AAn io.pdf> Acesso em: 25 de abr. de 2021. https://adm.online.unip.br/img_ead_dp/36160.pdf
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