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Manual de práticas da disciplina de Bioquímica Básica e Metabolismo 2019 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 2 Manual de práticas da disciplina de Bioquímica Básica e Metabolismo PRÁTICA 1 - TEMÁTICA: ROTINAS DE LABORATÓRIO – PRINCIPAIS MATE- RIAS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO E TÉCNICAS DE PIPETAGEM 1 Você conheceu os principais materiais utilizados em laboratório, po- rém existem outros equipamentos e vidrarias que não foram mencio- nadas. Faça uma pesquisa e escreva em que situações são utilizados materiais como: proveta, dessecador, cadinho, bastão de vidro, balão de fundo chato, capela. R.: Proveta: é um instrumento quase cilíndrico de medida para líquidos. Possui uma escala de volumes razoavelmente rigorosa. Dessecador: possibilita o uso de produtos químicos para secar ou preservar da umidade do ar substâncias ou utensílios recém-aquecidos; dessecante. Cadinho: para realizar certas operações químicas ou fisioquímicas que exigem altas temperaturas. Bastão de vidro: para misturar; agitar soluções. Balão de fundo chato: utilizado nas destilações químicas Capela: sua função é exaurir vapores, gases e fumos, mas serve também como uma barreira física entre as reações químicas e o ambiente de laboratório, ofe- recendo assim, uma proteção aos usuários e ao ambiente contra a exposição de gases nocivos, tóxicos, derramamento de produtos químicos e fogo. 2 Você utilizou nas técnicas de pipetagem, o pipetador e/oi a pera. Qual dos dois você considera mais fácil de utilizar? Existem vantagens na utilização de um ou de outro? R.: Geralmente os estudantes consideram mais fácil o uso do pipetador. Não existem vantagens de um sob o outro. Cabe a cada estudante perceber em qual dos dois equipamentos ele se sente mais seguro na utilização. 3 No início deste manual, são listadas algumas normas e condutas de laboratório. Qual a importância de seguir essas recomendações? Justi- fique sua resposta. R.: O laboratório é um lugar diferenciado de trabalho e requer cuidados espe- ciais durante sua utilização. Nesse sentido, é interessante conhecer as nor- mas de segurança individuais e coletivas durante as atividades experimentais 3 Manual de práticas da disciplina de Bioquímica Básica e Metabolismo PRÁTICA 2 - TEMÁTICA: ROTINAS DE LABORATÓRIO – TÉCNICAS DE TITULAÇÃO Explique por que a água foi fervida e porque foi novamente esfriada para utilização. R.: A água usada nas diluições contém, geralmente, certa quantidade de CO2 dissolvido, que pode ser removido ao se realizar a sua fervura por alguns mi- nutos. Após o aquecimento é conveniente resfriar a água até a temperatura ambiente antes do seu uso, para não alterar a velocidade das reações quando adicionado os próximos reagentes. PRÁTICA 3 - TEMÁTICA: MEIO ÁCIDO/BÁSICO – ANÁLISE DO pH UTILIZAN- DO O REPOLHO-ROXO COMO INDICADOR E O pHMETRO 1 O que são indicadores? R.: Indicadores de ácido-base são substâncias que devido às suas proprie- dades físico-químicas apresentam a capacidade de mudar de coloração em presença de um ácido ou uma base. Isto se deve ao fato destas substâncias apresentarem comportamentos químicos opostos. São utilizados para indicar o ponto de equivalência de uma reação (titulações) e/ou para identificar o caráter ácido ou básico de substâncias (como na parte II do nosso experimento). 2 Compare os resultados apresentados pela análise usando o indicador e pela análise utilizando o pHmetro. Qual resultado apresenta maior precisão? no laboratório, além dos conhecimentos da função e manuseio adequado dos equipamentos de laboratório, com o intuito de minimizar os riscos de aciden- tes e assegurar a integridade pessoal, dos equipamentos e das instalações. 4 Manual de práticas da disciplina de Bioquímica Básica e Metabolismo R.: o uso do repolho-roxo como indicador ácido-base é um ótimo meio para de- terminar a faixa de pH de um determinado meio; já o uso do pHmetro informa o pH da solução com uma precisão de 0,1. Por exemplo, se uma dada solução ficou azulada utilizando o repolh-roxo como indicar, pode-se dizer que seu pH está entre 7 e 9; de outro modo, se for utilizado o pHmetro pode-se obter um resultado com muito mais precisão, pois será fornecido um valor fixo (8,2, por exemplo) e não uma faixa de pH. 3 Classifique as substâncias estudadas nessa prática de acordo com seu caráter neutro, ácido e básico. R.: A classificação do caráter ácido-básico de uma solução se dá de acordo com o seguinte critério: se pH < 7, então a solução é ácida; se pH > 7, então a so- lução é básica; se pH = 7, então a solução é neutra (podemos considerar que um pH maior que 6 e menor que 8 seja um pH relativamente neutro). Dessa forma, é provável que as respostas sejam: ácido clorídrico, ácido; hidróxido de sódio, básico; vinagre branco, ácido; xampu, ácido; limpador de vidro, relativa- mente neutro; leite, relativamente neutro; clara de ovo, relativamente neutro; de ácido a neutro (depende da formulação do detergente); solução de sabão em barra, de básico a neutro; refrigerante incolor, ácido; suco de limão, ácido; pasta de dentes, ; de ácido a neutro (depende da formulação); água destilada, relativamente neutro; água da torneira, relativamente neutro; cloreto de só- dio, relativamente neutro. 4 Por que não se deve experimentar, cheirar e até mesmo tocar em substâncias desconhecidas? R.: No nosso cotidiano existem substâncias que apresentam sabor “azedo”, (vi- nagre e suco de limão) e outras que apresentam sabor “adstringente” - que tra- va a língua-, (caju e caqui verde). Esses dois tipos de sabores caracterizam dois grandes grupos de substâncias: os ácidos e as bases. Porém, por uma questão de segurança (não podemos provar substâncias desconhecidas) e pelos perigos decorrentes desta ação (queimaduras, intoxicação e, em alguns casos, risco de vida), o método mais utilizado é o teste com indicadores ácido-base. 5 Manual de práticas da disciplina de Bioquímica Básica e Metabolismo PRÁTICA 4 - TEMÁTICA: MEIO ÁCIDO/BÁSICO ESCALA PADRÃO DE pH E SISTEMA TAMPÃO 1 Na escala padrão de pH, classifique as soluções dos tubos de ensaio 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 em ácidas, básicas ou neutras. Nesse experimen- to foi utilizado o azul de bromotimol como indicador ácido-base, cite outros exemplos de indicadores de pH. R.: Tubo 3, 4, 5 e 6: pH ácido. Tubo 7: pH neutro. Tubos 8, 9 e 10: pH alcalino (básico). Outros indicadores ácido-base que podem ser citados são: fenolftaleína, ver- de de bromocresol, alaranjado de metila, além da fita indicadora de pH. 2 O que é uma solução tampão? R.: Uma solução-tampão é uma mistura usada para evitar que o pH ou o pOH do meio sofra grandes variações quando for adicionado ácidos fortes ou ba- ses fortes à solução. 3 Quantas gotas a mais de HCI (0,1 M) foram adicionadas ao tubo 2 para saturar o tampão e se obter a mesma coloração do tubo 1? Justifique. R.: Geralmente são adicionadas de 8 a 12 gotas a mais. Na presença da solu- ção tampão, mesmo sendo adicionado o HCl, o pH se manteve estável por um período, pois essa é a função da solução tampão - manter o pH constante em uma solução. PRÁTICA 5 - TEMÁTICA: AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS – CARACTERIZAÇÃO DE AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS 1 Na reação com a ninidrina, o que aconteceu no tubo 1 e no tubo 2? Por quê? Justifique sua resposta. R.: No tubo 1, a solução ficou amarelada, pois a prolina não é um aminoácido. Ela é considerada um imonoácido, pois não possui o grupo Amina (CH2) livre. A prolina possui o grupo imina (CH). Como a Ninidrina é um marcador do grupo 6 Manual de práticas da disciplina de Bioquímica Básica e Metabolismo PRÁTICA 7 - TEMÁTICA: PROTEÍNAS – SOLUBILIDADE DE PROTEÍNAS - DESNATURAÇÃO 1 Explique detalhadamente as suas observações, de acordo com o pro- cedimento executado: a) Explique como podemos precipitar as proteínas. R.: Uma das maneiras de promover a precipitação de uma proteína é atingir seu ponto isoelétrico. Porém, existem outros fatores que influem de maneira im- portante nessapropriedade física das proteínas, como a ação de ácidos, bases, sais e solventes orgânicos. Além disso, podemos incluir a temperatura como um agente que pode ser utilizado para diminuir a solubilidade de uma proteína. CH2, somente o tubo 2, com triptofano, ficou na coloração violeta, pois a Nini- drina encontrou o grupo CH2 e reagiu. 2 Na reação com o biureto, o que aconteceu nos tubos 3, 4 e 5? Por quê? Justifique sua resposta. R.: Biureto é um marcador de ligações peptídicas e, portanto, indica a presença de proteínas. Apenas no tubo 3, tínhamos uma proteína (ovoalbumina), por- tanto, a solução ficou com uma coloração violeta. Os tubos 4 e 5, as soluções ficaram em tons de azul, pois não foi encontrada ligações peptídicas. PRÁTICA 6 - TEMÁTICA: PROTEÍNAS – DIGESTÃO DE PROTEÍNAS Qual mancha some primeiro? Por quê? R.: Irá sumir primeiro a mancha que foi utilizado sabão em pó com enzimas, pois uma das funções das enzimas é acelerar as reações químicas e assim, a mancha irá sumir primeiro. 7 Manual de práticas da disciplina de Bioquímica Básica e Metabolismo b) Cite três agentes desnaturantes. R.: Temperatura, pH e agentes químicos. 2 Dê um exemplo de processo de desnaturação que ocorre no nosso dia a dia. R.: Ao pingar gotas de limão no leite, o pH é alterado, causando a desnatu- ração das proteínas, que se precipitam na forma de coalho (Cf. queijo). Ao cozinhar um ovo, o calor modifica irreversivelmente a clara, que é formada pela proteína albumina e água. PRÁTICA 8 - TEMÁTICA: PROTEÍNAS, AMINOÁCIDOS E ENZIMAS – VERIFICAÇÃO DA ATIVIDADE PROTEOLÍTICA DE ENZIMAS ENCONTRADAS EM FRUTOS 1. Por que, inicialmente, todos os canudos atingiram o fundo dos cinco tubos? R.: Nessa etapa, não houve a formação de gel, o que implica que a viscosidade do meio é baixa, fazendo com que os canudos atinjam, inicialmente, o fundo dos tubos de ensaio em todas as amostras. É interessante, também nessa etapa, anotar as cores observadas para cada amostra: o tubo 1 (controle negativo) é incolor; os tubos 2, 3 e 4 apresentam as cores provenientes dos sucos das frutas (mamão, morango e abacaxi); e o tubo 5 (controle positivo) possui a cor do amaciante para carne. 2. O que ocorreu, em cada tubo, após o processo de gelificação (perío- do de 20 minutos na geladeira)? Quais as frutas utilizadas no experi- mento que apresentam enzima proteolítica? Explique como é possível obter essa conclusão. R.: No tubo 1 (controle negativo) houve gelificação, evidenciado pelo fato de que o canudo não tocou o fundo do tubo. A explicação para isso é que a proteína da gelatina não sofreu hidrólise, uma vez que não há uma enzima proteolítica no meio. Já para o tubo 5 (controle positivo), observa-se que, após o período de 20 min sob baixa temperatura, a amostra não gelificou, pois o 8 Manual de práticas da disciplina de Bioquímica Básica e Metabolismo canudo tocou o fundo do tubo, indicando que o meio tem baixa viscosidade. Para os tubos contendo suco de mamão e de abacaxi, observou-se que os canudos atingiram o fundo (similar ao observado para a amostra do contro- le positivo). Isso indica que para essas amostras houve a ação de enzimas proteolíticas, que induziram a degradação das macromoléculas da proteína presentes na gelatina, impedindo a formação do gel – de fato, o mamão e o abacaxi possuem uma enzima proteolítica em sua composição, a papaína e a bromelina, respectivamente. Por fim, para o tubo que contém o suco de morango, observou-se que o canu- do não tocou o fundo do tubo de ensaio (similar ao observado para a amos- tra do controle negativo). Assim, para essa amostra não houve hidrólise das proteínas da gelatina. Isso indica que as enzimas proteolíticas podem estar ausentes no fruto do morango ou existir em concentrações muito baixas. 3. Qual a importância das enzimas proteolíticas para o fruto? R.: A presença de enzimas proteolíticas é importante para auxiliar no processo de digestão de proteínas e, consequentemente, na melhor absorção destas pelo organismo.base inorgânica origina um sal orgânico e álcool. A reação de saponificação também é conhecida como hidrólise alcalina, através dela é que se torna possível o feitio do sabão. Falando quimicamente, seria a mistura de um éster (proveniente de um ácido graxo) e uma base (hidróxido de sódio) para se obter sabão (sal orgânico). PRÁTICA 9 - TEMÁTICA: ENZIMAS – CATALISADORES E INIBIDORES DE REAÇÃO QUÍMICA 1 Em qual dos experimentos a reação ocorreu com maior velocidade? Existe alguma causa que justifique a diferença nas velocidades de reação? R.: A reação ocorreu com maior velocidade para a amostra com batata e fígado crus, devido à ação da enzima como catalisador na degradação do peróxido de hidrogênio. Quando adicionamos a água oxigenada na batata e fígado cozidos é capaz que não se observe a reação acontecer, pois, nesse caso, a elevação da temperatura durante o cozimento acarretou modificações na estrutura da enzima, provocando a desnaturação da proteína e inviabilizando sua ação. 9 Manual de práticas da disciplina de Bioquímica Básica e Metabolismo 2 O que ocorreu nos tubos contendo fígado cru, com adição do suco de limão natural e a posterior adição de peróxido de hidrogênio? R.: Quando se adiciona o suco de limão na amostra há mudança do pH do fígado, fazendo com que a reação de degradação do peróxido de hidrogênio não aconteça. Isso porque a catalase, assim como todas as enzimas, tem um espectro específico de ação, ou seja, funciona melhor em um determinado pH. Variações extremas de pH provocam modificações estruturais nas enzimas, fazendo com que elas percam seu potencial de ação. 3 Por que o mesmo desprendimento gasoso é observado ao adicionar água oxigenada em ferimentos? R.: A solução água oxigenada apresenta peróxido de hidrogênio, com as mais diversas finalidades, especialmente como antisséptico. Tratando de aspectos químicos, o peróxido de hidrogênio se caracteriza pela reatividade da ligação entre os dois átomos de oxigênio, a chamada ligação peróxido. A decomposição do peróxido de hidrogênio libera água, oxigênio molecular e calor, conforme pode ser evidenciado na equação abaixo: Observa-se que, os béqueres que continham o peróxido de hidrogênio com- preendem um controle ou um branco (H2O2), padrão positivo (H2O2 + tubérculo cru) e padrão negativo (H2O2 + tubérculo cozido). Neste último béquer houve desnaturação e consequente inativação enzimáti- ca. Na ausência de enzimas, essa reação não ocorre, pois, a decomposição do peróxido de hidrogênio é demasiadamente lenta sem a atuação destas. Pode-se relacionar esta questão ao fato da ocorrência do desprendimento ga- soso ocorrido ao se utilizar H2O2 sobre ferimentos. Este resultado se dá em vir- tude da ação da enzima catalase, presente nas células sanguíneas e em tecidos animais e vegetais (RODRIGUES E BARBONI, 1998 apud NOVAES et al. 2013). PRÁTICA 10 - TEMÁTICA: CARBOIDRATOS – CARACTERIZAÇÃO, IDENTIFICAÇÃO E PODER REDUTOR DE CARBOIDRATOS 1 Na reação de Benedict, comente o que você observou nos tubos de ensaio 1, 2 e 3. 10 Manual de práticas da disciplina de Bioquímica Básica e Metabolismo R.: Tubo 1 (Glicose): A presença de um precipitado vermelho tijolo ou solução amarelo esverdeada indica a redução do cobre, possibilitando um resultado positivo. Tubo 2 (Sacarose): Não há mudança do reativo, a cor permanece azul, indi- cando resultado negativo. Tubo 3 (Água): Não há mudança do reativo, a cor permanece azul, indicando resultado negativo. 2 Na reação de Molisch, os monossacarídeos presentes em solução são submetidos à ação de um forte agente desidratante (ácido sulfú- rico concentrado) originando hidroximetilfurfurais e furfurais a partir de hexoses e pentoses, respectivamente. O que você observou no tubo de ensaio que foi submetido a reação de Molisch? Conceitue o termo “açúcar redutor”. R.: Foi observado a formação de um anel violeta, quando Molisch foi adiciona- do a uma solução com glicose(Hexose). Um açúcar redutor é qualquer açúcar que, em solução básica, apresenta um grupo carbonílico livre aldeído. Sua capacidade de redução se dá pela presen- ça de um grupo aldeído ou cetona livre. Percebemos que no tubo 1, não houve reação alguma, pois a solução que estava presente era a água. Já no tubo 2, a reação foi positiva, pois houve a formação de precipitado avermelhado do óxido cuproso. 3 Na reação de Fehling o cobre presente em solução é reduzido pela ação de açúcares redutores. O que você observou no tubo 1 e no tubo 2? R.: Um açúcar redutor é qualquer açúcar que, em solução básica, apresenta um grupo carbonílico livre aldeído. Sua capacidade de redução se dá pela presen- ça de um grupo aldeído ou cetona livre. Percebemos que no tubo 1, não houve reação alguma, pois a solução que estava presente era a água. Já no tubo 2, a reação foi positiva, pois houve a formação de precipitado avermelhado do óxido cuproso. 4 A reação de Seliwanoff tem como objetivo identificar o grupo cetose nos carboidratos. O que aconteceu nesse experimento? Diferencie ce- tose de aldose. R.: Seliwanoff é um importante marcador do grupo cetose dos carboidratos. No tubo de ensaio 1, que estava na solução a frutose, após ser aquecido, for- mou-se um precipitado na cor do tijolo, indicando a presença do grupo cetose 11 Manual de práticas da disciplina de Bioquímica Básica e Metabolismo nesse carboidrato. Já no tubo 2, onde tínhamos a glicose, a solução ficou com uma coloração azulada, pois a glicose possui o grupo aldose. Uma ALDOSE é um monossacarídeo que apresenta um grupamento aldeído em uma extremi- dade, por exemplo, a glicose. Já a CETOSE é um monossacarídeo que tem um grupo cetona, normalmente no carbono 2, como exemplo temos a frutose. 5 Os monossacarídeos podem ser classificados de acordo com o número de átomos de carbono em: trioses, tetroses, pentoses e hexoses. A reação de Bial é um teste específico para as pentoses. O que aconteceu nesse experimento? Cite exemplos de pentoses. R.: Nesse experimento observamos que no tubo de ensaio 2, onde tínhamos a xilose, surgiu um precipitado vermelho, o que indica a presença de uma pentose. Existem outros exemplos de pentose como: ribose e desoxirribose. PRÁTICA 11 - TEMÁTICA: ÁCIDOS NUCLEICOS – EXTRAÇÃO DO DNA DO MORANGO 1 Qual o objetivo de macerar os morangos nesse experimento? R.: Macerando os morangos, as células ficam mais expostas aos reagentes, possibilitando assim uma melhor extração do DNA. 2 Qual a função dos reagentes cloreto de sódio, detergente e álcool durante o processo de extração do DNA do morango? R.: cloreto de sódio: desnaturação das proteínas presentes no material genético. Detergente: rompe a dupla camada fosfolipídica que forma a membrana plas- mática e a membrana nuclear, liberando o material genético. Álcool: permite a precipitação do DNA e consequentemente conseguimos visu- alizá-lo. 12 Manual de práticas da disciplina de Bioquímica Básica e Metabolismo PRÁTICA 12 - TEMÁTICA: LIPÍDIOS – SOLUBILIDADE E INSATURAÇÃO EM LIPÍDIOS 1 Qual a semelhança e a diferença entre óleos de gorduras? R.: Tanto os óleos como as gorduras são constituídos por triglicerídeos (ou seja, um tipo de lipídio formado entre a reação de uma molécula de glicerol e três moléculas de ácido graxo). A diferença entre os óleos e gorduras se dá pelo seu aspecto à temperatura ambiente: os óleos são líquidos a temperatu- ra ambiente, enquanto que as gorduras são sólidas. 2 O que foi observado nos testes de solubilidade? Explique R.: O teste de solubilidade serve para identificar a presença de lipídios nas amostras, além de caracterizar o meio como polar ou apolar. Sabendo que os lipídios são moléculas apolares e sabendo do princípio de solubilidade que "semelhante dissolve semelhante", as amostras que contêm lipídios formarão soluções de apenas uma fase em meios apolares (ou seja, solubiliza), enquan- to que em meios polares serão observadas duas fases (ou seja, não solubili- za). Dessa forma, os resultados esperados são: • Em água (solvente polar): duas fases (pois os lipídios são insolúveis) • Em éter etílico (solvente apolar): uma fase (pois os lipídios são solúveis) • Em solução de hidróxido de sódio (solvente pouco polar): duas fases, po- rém é possível observa uma pequena porção solúvel (pois os lipídios são parcialmente solúveis) • Em solução de ácido clorídrico (solvente pouco polar): duas fases, porém é possível observa uma pequena porção solúvel (pois os lipídios são par- cialmente solúveis) 3 O que foi observado no teste de insaturação? Explique. R.: O teste de insaturação identifica a presença de ácido graxos insaturados (ou seja, que contém ligações duplas em suas cadeias), devido a reação do iodo presente no lugol com as insaturações, fazendo com que haja mudança de coloração no meio. Dessa forma, os resultados esperados são: • Óleo vegetal (girassol, soja ou milho): esses óleos apresentam altas quan- tidades de ácidos graxos insaturados (como o oleico, o linoleico e o linolê- nico), portanto, nesses casos é provável que haja mudança de coloração; 13 Manual de práticas da disciplina de Bioquímica Básica e Metabolismo PRÁTICA 13 - TEMÁTICA: LIPÍDIOS - SAPONIFICAÇÃO DE LIPÍDEOS 1. O que foi verificado no processo de saponificação? R.: Observamos uma hidrólise alcalina dos triglicerídeos presentes no óleo, formando uma mistura de sais de ácidos graxos (que compõem os sabões) e glicerol. Esse experimento permite observar um mecanismo reacional empre- gado industrialmente, fazendo uso de reagentes de baixo custo e de proce- dimentos simples. 2. Como acontece o mecanismo da reação de saponificação? R.: Reação de saponificação ocorre quando um éster em solução aquosa de base inorgânica origina um sal orgânico e álcool. A reação de saponificação também é conhecida como hidrólise alcalina, através dela é que se torna pos- sível o feitio do sabão. Falando quimicamente, seria a mistura de um éster (proveniente de um ácido graxo) e uma base (hidróxido de sódio) para se obter sabão (sal orgânico). 3. Como você pode explicar o processo de solubilização dos lipídios. R.: São substâncias cuja característica principal é a insolubilidade em sol- ventes polares e a solubilidade em solventes orgânicos (apolares), apresen- tando natureza hidrofóbica, ou seja, aversão à molécula de água. Essa ca- racterística é de fundamental importância mesmo que o organismo possua considerável concentração hídrica. Isso porque a insolubilidade permite uma interface mantida entre o meio intra e extracelular. • Manteiga: os ácidos graxos da manteiga são insaturados, por isso a mu- dança de coloração não deve ser observada; • Gordura animal (banha de porco): essencialmente, os ácidos graxos de gorduras animais são saturados, porém existem pequenas quantidades de ácidos graxos insaturados; dessa forma, é possível que seja observada uma pequena mudança da coloração. 14 Manual de práticas da disciplina de Bioquímica Básica e Metabolismo PRÁTICA 14 - TEMÁTICA: METABOLISMO – DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE ÁCIDO ASCÓRBICO 1 Explique o que é uma titulação R.: A titulação é uma técnica para determinar a quantidade de uma determi- nada espécie química em uma amostra. O processo é realizado por meio da adição gradual de um reagente (cuja concentração é devidamente conhecida) à amostra, o qual deve reagir completamente com a substância de interesse. Geralmente, utiliza-se um indicador, que serve para indicar o ponto de vira- gem da titulação O volume exato para se completar a reação é chamado de ponto de equivalên- cia ou estequiométrico, este é detectado através de modificação física, poden- do ela ser intrínseca da equação ou proveniente de um indicador adicionado (mudança de cor/turbidez). Para que seja possível realizar a titulação existem alguns requisitos mínimos que as reações devem atender: o titulado deve reagir em proporção estequio- métrica ou equivalente com o titulante; a reaçãodeve ser rápida; e no ponto de viragem deve haver alteração física ou química da solução que seja perceptível. Existem vários tipos de titulação, destacando-se a titulação ácido-base, titula- ção de oxidação-redução e titulação de complexação. 2. Por que a dosagem de ácido ascórbico no suco fervido difere daquela realizada sem este tratamento? R.: O ácido ascórbico pode ser reduzido pela ação do calor, impossibilitando sua reação com o iodo e, consequentemente, não sendo titulado. 3 Por que os alimentos que contém vitamina C não são vendidos em embalagens transparentes? R.: Porque o ácido ascórbico pode sofrer degradação por influência da luz, en- tão embalagens mais escuras preservam a concentração de ácido ascórbico presente nos alimentos.