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Amanda Lima - Turma XXVII Bioquímica INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA MEDICINA PROTEÍNAS (pp.) Capítulo 3 - Princípios de Bioquímica de Lehninger Introdução: ● macromoléculas + importantes do organismo; ● Estruturas complexas com inúmeras funções; ● Peptídeos (ligações peptídicas); ● 100 ou + resíduos [perda de H2O durante ligação] de AA. ● Algumas proteínas contêm outros grupos químicos além dos aminoácidos (grupo prostético) Funções: 1. Dinâmicas: transporte, defesa, catálise de reações, controle de metabolis e contrações musculares; 2. Estruturais: sustentação estrutural da célula e dos tecidos (colágeno e elastina) EXEMPLOS: Bioluminescência - lusciferina + luciferase (ATP); Transporte de gases - hemoglobina (eritrócitos); Nutrição do leite - caseína; Locomoção - cílios (paramécios); Teia de aranha - fibroína (estrutural); Defesa da planta - ricina; Regulação do ciclo celular - P-53. Aminoácidos (AA): ● Unidades estruturais básicas das proteínas. ● Há quase 300 AA na natureza, porém 20 fazem parte das pp. ● Hidrólise completa pode liberar praticamente todos os AA. ● Determinam a estrutura 3D e as propriedade biológicas da pp. (espécie e ordem) ● Além desses 20 AA, muitos outros desempenham funções no organismo. Estrutura química: ● Em todos os aminoácidos comuns, exceto na glicina, o carbono α está ligado a quatro grupos diferentes: um grupo carboxila, um grupo amino, um grupo R e um átomo de H. - Isomeria óptica: todos são quirais, menos a glicina (R=H). Apresentam 2 isõmeros ópticos [L (levo-esquerda) ou D (destro-direita), posição do grupo amino]; - obs.: célula fábrica somente L, para que a pp. tenha uma estrutura final previsível. Amanda Lima - Turma XXVII Classificação: Podem ser classificados pelo grupo R (polaridade e interação com ´H@O em pH biológico) Apolar (8) R= C+H (alquila); Hidrofóbicos; alanina, valina, leucina, prolina (anel imino), isoleucina, fenilalanina e triptofano (anel aromático), metionina (R c/S). Polar não carregado(7) R=hidroxilas/sulfidrila s/amidas; Hidrofílicos; glicina (+simples), serina e treonina (R alcóolica), cisteína (R sulfidrila), tirosina (R fenol), asparagina (R amida), derivado do aspartato), glutamina (R amida, derivado do glutamato) Polar + (3) Diamino e monocarboxílicos; lisina, arginina e histidina. Polar - (2) Monoamino e dicarboxílicos; àcido aspártico e ácido glutâmico (ionização do aspartato e do glutamato) ● O que diferencia as proteínas é o nº, a sequência e a natureza desses AA. ● Outros aminoácidos, menos comuns, também ocorrem, tanto como constituintes de proteínas (pela modificação de resíduos de aminoácidos comuns após a síntese proteica) quanto como metabólitos livres. ● Os aminoácidos variam em suas propriedades ácido básicas e têm curvas de titulação características. Ligação peptídica: ● Quando o número de aminoácidos que se ligam dessa maneira é pequeno, a estrutura é chamada de oligopeptídeo. Quando o número de aminoácidos que se ligam for maior, o produto é chamado de polipeptídeo. As proteínas podem ter milhares de resíduos de aminoácidos. Embora algumas vezes os termos “proteína” e “polipeptídeo” sejam usados de maneira intercambiável, as moléculas chamadas de polipeptídeos têm massas moleculares abaixo de 10.000, e as chamadas de proteínas têm massas moleculares mais elevadas. ● Na extremidade com um grupo α-amino livre é chamado de resíduo aminoterminal (ou N-terminal); o resíduo na outra extremidade, que tem um grupo carboxila livre, é o resíduo carboxiterminal (C-terminal). ● Proteínas simples produzem, por hidrólise, apenas aminoácidos. Proteínas conjugadas contêm, além Amanda Lima - Turma XXVII dos aminoácidos, outros componentes, como um metal ou um grupo prostético. CLASSIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS: Composição ● simples: somente AA: ● conjugadas: AA + grupo prostético EXEMPLOS DE CONJUGADAS: Metaloproteínas; Hemeproteínas: ferro + grupo porfirina (mioglobina e hemoglobina); Lipoproteínas; Glicoproteínas. * Algumas proteínas contêm mais de um grupo prostético. Normalmente, o grupo prostético desempenha um papel importante na função biológica da proteína. Nº de cadeias: ● Monoméricas: 1 cadeia polipeptídica; ● Oligoméricas: +1 cadeia polipeptídica <100 (estrutura e funções + complexas); Forma ● Fibrosas: estrutura espacial + simples (estruturais: teia de aranha - FIBROÍNA) ● Globulares: estrutura espacial + complexas, 3D (dinâmicas) ESTRUTURAS: 1. Primária: ● sequência de AA. c/ ligações peptídicas (esqueleto covalente da molécula); ● + simples e + importante (define todo o arranjo espacial); ● amino terminal (+H3N) → Carboxyl terminal (COO-); ● Varia em nº, sequência e natureza de AA. 2. Secundária: ● Arranjo espacial de AA próximos na sequência primária; ● último nível para pp. fibrosas; ● ocorre pela rotação dos C∝’s com amina e carboxila; ○ Regular: Ângulo ligante dos C∝’s e seus ligantes são iguais e se repetem (∝-hélice e Folha-β - 50% das proteínas secundárias são uma mistura dos dois) ● ∝-hélice ○ Hélice em espiral (3,6 resíduos/volta) ○ cadeias laterais ( R ) distribuem-se p/ fora da hélice (evita impedimento estérico - diminuição da velocidade das reações químicas devido ao volume dos grupos ligados ao centro da reação) ○ estabilizados por ligação de H (fraca, porém numerosa). Amanda Lima - Turma XXVII ● Folha-β ○ envolve 2 ou + segmentos da mesma ou de diferentes moléculas, arranjando-os em paralelo ou no sentido anti-paralelo; ○ folha de papel dobrada em pregas; ○ estabilizada por ligações de H. ○ amino → Carbox ○ Carbox ← amino 3. Terciária: ● Arranjo especial de AA. distantes entre si na sequência polipeptídica; ● “como se enrola” ● pp. globulares + complexas estrutural e funcionalmente. (enzimas: proteínas ↑velocidade de catálise) ● Possuem relevo no exterior (saliências - sítios de interação); ● estabilizadas por: ○ resíduos de prolina: interrompem estrutura secundária, causam dobras, joelhos ○ impedimento estérico: cadeias laterais grandes que precisam acomodar-se; ○ pontes dissulfeto: ligação covalente radicais sulfidrila de resíduos de cisteína, formam CISTINA. ○ Ligações de H; ○ Interações hidrofóbicas: R apolar no interior, foge da H2O; ○ interações iônicas: R’s com cargas opostas se atraem. 4. Quaternária: ● Apenas em pp. oligoméricas; ● + de 1 cadeia polipept. no espaço (subunidades da molécula); ● Subunidades podem atuar de forma independente ou cooperativamente no desempenho da função bioquímica da proteína ● Estabilizadas por: ○ Forças covalentes; ○ Pontes dissulfeto; ○ Lig. não covalentes; ○ Lig. de H; ○ Interações hidrofóbicas exemplo: hemoglobina - tetramérica Desnaturação de proteínas: Uma perda na estrutura tridimensional que seja suficiente para causar a perda de função é chamada de desnaturação. O estado desnaturado não necessariamente corresponde ao desdobramento completo da proteína e à randomização da conformação. Na maioria das condições, Amanda Lima - Turma XXVII as proteínas desnaturadas existem como um conjunto de estados parcialmente enovelados. Agentes desnaturantes: detergente (anfifílico - interrompe interações estabilizadora), urea (faz ligação de hidrogênio). Renaturação de proteínas: Certas proteínas globulares desnaturadas por temperatura, extremos de pH ou agentes desnaturantes reassumem suas estruturas nativas e suas atividades biológicas se forem colocadas novamente nas condições nas quais a conformação nativa é estável. Esse processo é chamado de renaturação. Amanda Lima - Turma XXVII ● Explica como proteínas citoplasmáticas vão para o núcleo, já que, enoveladas, não passariam pelos poros. EXEMPLOS IMPORTANTES: Insulina: no início +100 AA, processamento diminui as cadeias (51) e o arranjo ∝-hélice e estabilizados por 2 lig. de sulfeto entre cadeias (quartenária). [pp. que funciona como hormônio regulador da glicemia] Filamentos de actina e miosina: sofrem mudança conformacional p/ ativação e contração muscular. Imunoglobina (IGM) ENZIMAS Capítulo 6 - Princípios de Bioquímica de LehningerComponentes de uma reação enzimática: Substrato + enzima + cofator (ás vezes) ● cofator= componente químico adicional requerido para o desenvolvimento da enzima ○ inorgânico: Fe, Mn e Zn ○ orgânico: coenzima (derivados de vitaminas). ● apoenzima (parte proteica) +coenzima= holoenzima; ● Algumas enzimas são modificadas covalentemente por fosforilação, glicosilação ou outros processos. Muitas dessas modificações estão envolvidas na regulação da atividade enzimática; ● Geralmente, a apoenzima aparece ligada covalente a um cofator, o grupo prostético. Amanda Lima - Turma XXVII ● Proteínas globulares: superfícies com saliências. ○ região que se liga ao substrato = sítio ativo; ○ algumas são oligoméricas quartenárias; ● A propriedade característica das reações catalisadas por enzimas é que a reação acontece confinada em um bolsão da enzima, denominado sítio ativo. A molécula que se liga no sítio ativo e sobre a qual a enzima age é denominada substrato. ● A função do catalisador é aumentar a velocidade da reação. A catálise não afeta o equilíbrio da reação. Mecanismos para acelerar reações: 1. Catálise Àcido-Base: ocorre com a participação de AA com cadeias laterais ionizáveis, capazes de doar ou liberar prótons durante a catálise. A histidina, a cisteína, a tirosina e os AA ácidos são importantes nestes processos. 2. Torção do substrato: depende da torção do substrato induzida pela ligação do mesmo com o sítio de lig. da enzima, alcançando o estado de transição e estimulando sua conversão em produto. 3. Catálise covalente: resulta do ataque nucleofílico ou eletrofílico de um radical do sítio catalítico sobre o substrato, ligando-o covalentemente à enzima e induzindo a sua transformação em Amanda Lima - Turma XXVII produto. Envolve com frequência a participação de coenzimas. 4. Efeito de diminuição da entropia: As enzimas ajudam no posicionamento e na definição da estequiometria correta da reação, facilitando-a. - Constante de Michaelis-Menten: mede afinidade da enzima pelo substrato. Temperatura e pH ● As enzimas proteicas desnaturam-se com aumento da temperatura; ● pH ótimo: faixa de pH em que a atividade é máxima, depende: a) dos grupos funcionais dos AA do centro ativo; b) da ionização dos grupos funcionais dos AA fora do centro ativo; c) da ionização do cofator quando este for ionizável EXEMPLOS: Pepsina - pH ótimo = 1,5 Hidrolisa certas ligações peptídicas de proteínas na digestão Atividade enzimática pode ser bloqueada por: INIBIDOR ( ↓ ): provoca alteração na conformação da enzima e consequentemente sua desativação. Amanda Lima - Turma XXVII ● Inibição Competitiva: inibidor compete com substrato no sítio ativo (depende da afinidade e da concentração de inibidor/substrato) ● Inibição incompetitiva: há outro sítio na enzima; inibidor se liga mesmo depois do ES, o que diminui a velocidade catalítica ou impede catálise. Enzimas alostéricas: Tem no mínimo 2 sítios (catalítico e regulatório). ● Maiores e + complexas; ● reguladas por ligação não covalente do modulador: negativo (inibidor), positivo (estimulador); ● enzimas reguladas covalentemente não são chamadas alostéricas. Ex.: fosforilase do glicogênio.
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