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Sindromes Respiratórias na Infância

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28/03 – PROPEDÊUTICA PEDIÁTRICA Por Geovanna Costa 
Síndromes Respiratórias na Infância 
Introdução 
DIFERENÇAS ENTRE O SISTEMA RESPIRATÓRIO DA 
CRIANÇA E ADULTO 
FATORES ANATOMICO 
 LINGUA é relativamente maior, e a mandíbula 
um pouco menor 
 Cabeça nasce mais ou menos metade do que 
sera o adulto 
 OCCIPÍCIO PROEMINENTE; colocar coxim entre 
as escapulas – pois atrapalharia a ventilação 
 Ao crescer, via aéreas são retas e da criança é 
uma traqueia em forma de ‘’V’’; ocorre um 
estreitamento das vias aéreas ao nível cricoide 
logo abaix daas cordas vocais 
 Não se usa balonete para entubar a criança – 
machuca a via aérea 
 Tamanho é menor no geral 
 Vias aéreas periféricas em crianças de até 5 
anos de idade; a RESISTÊNCIA ao FLUXO de ar é 
4 – 16 vezes MAIOR 
 Lei de Poiseuille: 
 
 
 Pequenas obstruções podem causar muita 
dispneia 
 Cartilagem da criança é mais mole, se fizer mais 
pressão ela colaba – obstrui, do adulto é mais 
firme, tolera mais esforços 
 Menor quantidade de recido de sustenção 
plmonar 
 Diafragma da criança é mais retificado e desce 
menos, ou seja, menos eficaz 
 Contração leva as costelas inferiores para 
dentro 
 Tendencia a descer menos durante a 
inspiração 
 MAIOR COMPLACÊNCIA NA CAIXA TORÁCICA; 
costelas e esterno não totalmente ossificados, 
músculos intercostais mal desenvolvidos 
 Logo há um DESPERDÍCIO de uma parte da 
força do diafragma pela distorção da caixa 
torácica. 
 
 Apresenta MENOR DIÂMETRO dos ALVÉOLOS; o 
que leva a uma MAIOR TENDÊNCIA ao 
COLAPSO!! 
 MENOR NÚMEROS DE ALVÉOLOS; 
 RN: 20 mi sacos alveolares 
 8 anos: 300 mi alvéolos 
 O que causa uma MENOR ÁREA DE TROCAS 
GASOSA com metabolismo acelerado; levando 
a uma tendência a acidose respiratória 
 POROS DE KOHN: poros entre os alvéolos; 
formando canais – do bronquíolo para alvéolo 
- Importante pois 
- Desenvolvem-se entre os 2 a 6 anos de idade 
- Pouca capacidade de ventilar unidades 
obstruídas ou desfazer atelectasias 
FATORES FISOLÓGICOS 
 Pressão abdominal DIMINUI CRF em posição 
SUPINADA 
 POUCO CONTROLE dos MÚSCULOS 
ABDOMONAIS durante a fase REM DO SONO: 
ADULTO: 20%, Criança 3m: 38% e RN: 80% 
 APNÉA: pouca resposta a elevação do co2, 
hipoxemia deprime movimentos respiratórios 
 FADIGA MUSCULAR; devido a menor massa 
muscular, menos fibras do tipo I e frequencia 
respiratória aumentada 
CONCLUSÃO É MUITO MAIS FÁCIL UMA CRIANÇA ENRAR 
EM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA DO QUE UM ADULTO!!! 
 
REAÇÃO AOS AGRAVOS RESPIRATÓRIOS 
VOLUME MINUTO = VC x FR 
Sinal mais precoce de desconforto respiratório → 
TAQUIPNÉIA 
IDADE FR MÁX 
ATÉ 2M 60 
2 – 12M 50 
12M – 36M 40 
ATÉ 5 ANOS 30 
>5ANOS 30 
 
 
FR pode aumentar 10 ipm por grau de febre 
 
 
 
 
 
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Síndromes Clínicas 
LOCALIZAÇÃO 
 
Pulmonar Via aérea: 
sistema de condução do ar 
Parênquima (alvéolos) 
Interstício 
Superior 
Inferior 
Superior 
cavidade 
nasal 
Seios da 
fase ou 
seio 
paranasais 
Faringe 
Laringe 
Cordas 
vocais e 
glote 
Traqueia 
 
Inferior 
Brônquios 
direito e 
esquerdo 
 Brônquios 
lobares 
 Brônquios 
segmentares 
Bronquíolos 
Bronquíolos 
terminais 
 
VIA AÉREA SUPERIOR - IVAS 
➢ É a principal causa de consultas 
pediátricas no serviço de emergência 
➢ Doenças benignas e autolimitadas 
➢ Uma criança normal pode ter de 8 a 10 
episódios de IVAS por ano!!! – sai de uma 
entra em outra 
➢ Etiologia VIRAL ou BACTERIANA 
 
PRINCIPAIS 
➢ RINOFARINGITE AGUDA – resfriado comum 
➢ RINOSSINUSITE AGUDA 
➢ OTITE MÉDIA AGUDA 
➢ FARINGOTONSILITE 
➢ LARINGITE 
 
OTITE MÉDIA AGUDA 
 Dor no ouvido – estímulo do vestíbulo 
coclear 
 Irritabilidade; choro constante 
 Febre 
 Anorexia; falta de apetite – ao comer, 
movimenta o tímpano e sente dor, ai para 
de comer. 
 Náuseas e Vômitos; decorrente da dor 
 Otalgia 
 Otorreia 
 ‘’está vazando o ouvido’’; secreção 
purulenta, 
 
A: normal, tímpano esquerdo 
B: abaulamento, hiperemia 
C: 
D; 
 
Otite externa: inflamação do pavilhão externo – 
dor no ouvido muito intensa, doença típica da 
madrugada – saber se nadou recentemente 
(doença do nadador), mudanças drásticas de 
temperatura – apertar o TRAGUS, se tiver dor é 
otite externa 
 
FARINGOTONSILITE AGUDA 
Causada por vírus ou bactéria 
 
 
RINOSSINUSITE AGUDA 
DEFINIÇÃO; inflamação da mucosa de um ou mais 
seios paranasais 
 
Seios paranasais: Esfenodal, frontal, maxilar e 
etmoidal 
 
 
Diagnostico puramente clínico: 
 Nariz escorrendo prolongado e purulento; 
RINORRÉIA HIALINA a PURULENTA 
 Tosse diurna, com piora noturna – quando 
se deita 
 Obstrução nasal 
 Febre 
 Halitose; mal hálito 
 Cefalia 
3 
 
 
 
Sinal da vela: gotona de pus no fundo da boca., 
escorrendo do seios da face 
 
Fatores predisponentes 
 Alergias 
 Creche 
 Convívio com fumantes 
 Ar-condicionado 
 Imunodeficiências 
 
Diagnostico presuntivo 
• secreção nasal persistente, de qualquer tipo, 
em qualquer período do dia, ou tosse com 
duração maior de 10 dias, sem sinais de 
melhora; = resfriado se mantém 
• piora da evolução da doença, ou seja, recidiva 
da secreção nasal ou piora da tosse com 
aparecimento de febre depois de certa 
melhora; 
• instalação do quadro de forma mais grave, 
com febre elevada (T> 39°C), secreção nasal 
purulenta por mais de três dias consecutivos. 
 
História natural e tempo da doença 
 
 
LARINGITE VIRAL AGUDA 
- CRUPE 
 Mais comum em LACTENTES e PRÉ-
ESCOLARES; pico nos 2 anos de idade 
 Pródromo: coriza, obstrução nasal, tosse 
seca e febre baixa 
Evolução: 
- TOSSE ROUCA 
- CHORO ROUCO, DISFONIA E AFONIA 
- ESTRIDOR; faz uma espécie de guincho 
- TAQUIDISPNEIA 
 
 Inflamação SUBGLÓTICA da laringe 
 
Congestão + edema = obstrução variável da via 
aérea 
 
 Etiologia: 
- PARAINFLUENZA I e II, VSR 
ADENOVÍRUS, INFLUENCZA 
 
OUTRAS CAUSAS DE ESTRIDOE EM CRIANÇAS 
< 6 meses > 6 meses 
Laringotraqueomalácea; 
mais comum a noite 
Crupe 
Paralisia de corda vocal Epiglotite 
Estenose subglótica Traqueite bacteriana 
Hemangioma de vias 
aéreas 
Aspiração de corpo 
estranho; É SUBITA!!! – 
mais comum de dia 
Anel vascular Abcesso retrofaringeo 
 
Laringite viral x Corpo estranho 
 Laringite viral Corpo 
estranho 
Idade 6m – 3 anos < 3 anos 
Causa Parainfluenza Copo 
estranho 
Horário Noturno Durante o dia 
Início Lento Abrupto 
IVAS Sim Não 
Febre Baixa - 
Toxemia Não Não 
Disfagia Possível Não 
Estridor Inspiratório + 
expiratório 
Inspiratório + 
expiratório 
Posição Variável Variável 
Rouquidão Sim Não 
 
VIA AÉREA INFERIORES - IVAF 
 
BRONQUILITE VIRAL CRISE 
Bronquilite: episódio de sibilância induzido por 
infecção viral em lactentes 
1ª episodio de sibilancia 
 
Quadro clinico 
 Pacientes menores de 2 anos – 
tipicamente menores de 6 meses 
 Febre baixa 
 Coriza 
 Tosse seca 
APÓS 3 – 4 DIAS 
 PIORA da TOSSE 
 Desconforto respiratório de graus variados 
 Sibilância e expiração prolongada 
 Cianose, agitação, letargia e insuficiência 
respiratória 
 
4 
 
 
 
Retendo o ar 
Retificação do diagrfma 
Atelectasia 
Herniação de parênquima 
 
FISIOLPATOLOGIA 
 Edema 
 Descamação epitelial bronquiolar 
 Obstrução por plugs mucosos 
 NÃO HÁ BRONCOESPASMO 
 
Maior causa: VRS VÍRUS SINSICIAL RESPIARATORIO 
• CAUSA 80% das bronquiolites 
• Praticamente 100% das crianças se infecta 
ate os 2 anos 
• 1% necessitara de internação 
• At´40% dos que vem ao hospital entre o 3º 
e 5º dia acabam sendo internados 
 
TRATAMENTO 
 
ASMA 
EPIDEMIOLOGIA 
DOENÇA CRONICA MAIS FREQUENTE NA 
INFÂNCIA!!! 20% DOS ESCOLARES 
BRASIL: 8ª incidência mundial 
3ª causa de internação no Brasil 
 
 
Faz parte de inflamações,é crônico, recorrente 
Vias aéreas; parênquima – canal 
Obstrução variável ao fluxo, tem hora que tem ou não 
– como se fosse uma câimbra, variável!!! Hora melhora 
hora piora e é REVERSÍVEL 
 
QUANDO SUSPEITAR? 
 CHIADO FREQUENTE mais que 1x ao mês 
 TOSSE ou CHIADO após atividade física ou após 
rir; comum em mais recém-nascidos 
 TOSSE NOTURNA na ausência de IVAS 
 Piora com desencadeantes típicos 
 Melhora com medicações de asma 
 Outros sintomas atópicos: rinite ate 80%, e 
eczema atópico - dermatites 
 IgE precocemente elvada 9m 
 Eosinofilia > 4% 
 Parentes atópicos 
 
 
INFLAMAÇÃO NÃO TRATADA 
Mudanças estruturais: fibrose subepitelial hiperplasia e 
hipertrofia muscular, neovascularização, hipersecreção 
mucososa 
⇩ 
REMODELAMENTO 
Ou seja, vira algo irreversível 
 
Como diferenciar a obstrução de vias aéreas 
SUPERIORES e ou INFERIORES? 
 
SUPERIORES INFERIORES 
Estridor Sibilos 
INSPIRATÓRIO EXPIRATÓRIO 
Expiração normal Expiração 
prolongada 
 
PNEUMONIA 
 
PARENQUIMA PULMONAR 
 
SINAIS E SINTOMAS 
DEFINIÇÃO: Doença inflamatória crônica das vias 
aéreas, caracterizada por episódios recorrentes de 
chiado, falta de ar e tosse, geralmente associados a 
obstrução variável ao fluxo aéreo, parcial ou 
completamente reversível com tratamento ou 
espontaneamente 
5 
 
PRÓDROMO: coriza, tosse seca, obstrução nasal e febre 
baixa 
 
EVOLUÇÃO 
 Febre 
 Tosse: 
- Seca/produtiva 
- Coqueluchoide 
 Prostração/Gemencia (muito preocupante!!!) 
 Dispneia 
 Taquipneia, pelo menos em 30 seguntos – 1 
minuto, criança tranquila 
 Dor abdominal (importantíssimo) 
 
Tosse coqueluchoide: 
https://www.youtube.com/watch?v=2IRCvyLk6tI 
 
SINAIS CLINICOS 
 Estertores 
 Respiração soprosa 
 Sinais de DP 
- Frêmito, MV e ausculta da voz abolidos 
- Signorelli 
- Dor torácica 
 AUSCULTAR A REGIÃO ANTERIOR E POSTERIOR 
 
ESTERTORES FINOS 
• Ruídos suave, finas bolhas 
• Dentro do alvéolo 
• No final da INSPIRAÇÃO 
 
ESTERTORES GROSSOS 
• Inspiratórios e expiratórios 
• Mobilizam-se com a tosse ou fisioterapia 
• Secreção em brônquios e bronquíolos de 
pequeno calibre

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