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Sistema Digestivo

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Sistema Digestório
EMBRIOLOGIA
Aparelho Faríngeo – Relembrando
Aparelho faríngeo - formado por arcos, bolsas, sulcos e membranas faríngeas;
Contribuem para a formação da face e do pescoço
ESTOMODEU
O estomodeu ou boca primitiva inicialmente aparece como uma depressão do
ectoderma superficial;
A membrana bucofaríngea separa o estomodeu da cavidade da faringe primitiva;
Com 26 semanas a membrana se rompe;
O revestimento ectodérmico do primeiro arco forma o epitélio oral.
LÍNGUA
Próximo ao final da quarta semana - tumefação lingual mediana (broto da língua);
Em seguida, surgem dois tubérculos laterais • Os tubérculos laterais crescem mais que o
medial e formam o corpo da língua (2/3 anteriores);
A formação de 1/3 posterior da língua é indicada no feto por duas elevações
Durante o desenvolvimento da língua, a cópula é gradativamente coberta pela eminência
hipofaríngea;
O terço posterior da língua se desenvolve a partir da parte rostral da eminência
hipofaríngea;
• A cópula é formada pelo mesoderma do segundo par de arcos faríngeos;
• A eminência hipobranquial é formada pelo mesoderma do terceiro e de parte do quarto
arco;
As papilas linguais (mucosas especializadas) aparecem no final da oitava semana
Corpúsculos Gustativos da Língua
• Desenvolvem-se durante a 11ª e 13ª semanas;
• Interação indutiva - células epiteliais da língua e a invasão de células nervosas gustativas
a partir dos nervos da corda do tímpano, glossofaríngeo e vago;
• As respostas faciais fetais podem ser induzidas por substâncias de gosto amargo, com
26 a 28 semanas.
Inervação da Língua 
• Ramo lingual da divisão mandibular do nervo trigêmeo (NC V) - suprimento sensorial da
mucosa de quase dois terços da língua;
• Nervo facial (NC VII) - inerva os corpúsculos gustativos;
• As papilas circunvaladas - nervo glossofaríngeo (NC IX);
• O terço posterior da língua - nervo glossofaríngeo (NC IX);
• Nervo vago (NC X) - área da língua anterior à Epiglote;
• Todos os músculos da língua são inervados pelo nervo hipoglosso (NC XII), exceto o
Palatoglosso (nervo vago - NC X) 
Anquiloglossia (língua-presa): o freio é curto e estende-se até a ponta da língua;
Macroglossia: língua extremamente grande, é rara. Causada pela hipertrofia
generalizada da língua em desenvolvimento.
• Pode dificultar a amamentação;
• É frequentemente observada em crianças com síndrome de Down
Anomalias congênitas:
• São raras
• Fissura da língua: condição clínica benigna, usualmente está associada com Síndrome de
Down 
GLÂNDULAS SALIVARES
Surgem durante a sexta e sétima semanas;
Estruturas altamente ramificadas a partir de brotos epiteliais maciços da cavidade
oral primitiva;
As extremidades dos brotos crescem no mesênquima subjacente;
Tecido do parênquima (secretor) surge pela proliferação do epitélio oral. 
Glândulas parótidas
Início da sexta semana;
Surgem a partir de brotos do revestimento ectodérmico oral
próximo aos ângulos do estomodeu;
As extremidades arredondadas diferenciam-se em ácinos;
A atividade secretora começa com 18 semanas;
A cápsula e o tecido conjuntivo desenvolvem-se a partir do
mesênquima circundante;
Glândulas submandibulares
Aparecem no final da sexta semana;
Surgem de brotos endodérmicos no assoalho do
estomodeu;
Os ácinos começam a se formar com 12 semanas
e a atividade secretora inicia-se com 16 semanas;
Após o nascimento observa-se a formação de
ácinos mucosos;
O ducto submandibular se forma a partir do
fechamento de um sulco lateral à língua.
Glândulas sublinguais
Aparecem durante a oitava semana;
Surgem a partir de múltiplos brotos epiteliais
endodérmicos que se ramificam e se canalizam para
formar entre 10 e 12 ductos.
DENTES
Surgem na sexta semana a partir de uma interação entre o epitélio oral e o
mesênquima derivado das células da crista neural;
A camada basal do revestimento epitelial da cavidade oral forma uma estrutura
com formato de “C” (lâmina dentária);
A lâmina dentária dá origem a inúmeros brotos dentários;
A superfície profunda dos brotos invagina - estágio de capuz do desenvolvimento
dentário;
O mesênquima forma a papila dentária;
As células mesenquimais da papila próximas à camada dentária interna se
diferenciam em odontoblastos (produtores de dentina);
O restante das células da papila dentária forma a polpa do dente;
Células epiteliais do epitélio dentário se diferenciam em ameloblastos
formadores de esmalte;
As camadas epiteliais penetram no mesênquima e formam a bainha epitelial
da raiz – formação das raízes dos dentes;
As células mesenquimais no lado de fora do dente e em contato com a dentina da
raiz se diferenciam em cementoblastos;
Fora da camada de cemento, o mesênquima origina o ligamento periodontal;
Brotos dos dentes permanentes são formados durante o terceiro mês do
desenvolvimento;
Permanecem quiescentes até por volta do sexto mês da vida pós-natal 
ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
O sistema digestório inicia com a cavidade oral (boca e faringe), que servem de
receptáculo para a comida. O alimento ingerido entra no trato gastrintestinal (trato
GI), que consiste em esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso.
A porção do trato GI que vai do estômago até o ânus também é chamada de intestino.
A digestão, a quebra química e mecânica do alimento, ocorre principalmente no
lúmen do intestino. Ao longo do caminho, secreções são adicionadas ao alimento por
células secretoras epiteliais e por órgãos glandulares acessórios, que incluem as
glândulas salivares, o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas. A mistura pastosa de
alimento e secreções é conhecida como quimo.
Os produtos da digestão são absorvidos através do epitélio intestinal e passam
para o líquido intersticial. De lá eles vão para o sangue ou para a linfa e são
distribuídos para todo o corpo. Qualquer resíduo remanescente no lúmen ao final do
trato GI deixa o corpo através de uma abertura, chamada de ânus.
O SISTEMA DIGESTÓRIO É UM TUBO
Na cavidade oral, os primeiros estágios da digestão iniciam com a mastigação e a
secreção da saliva por três pares de glândulas salivares: glândulas sublinguais
abaixo da língua, glândulas submandibulares abaixo da mandíbula (osso maxilar) e
glândulas parótidas encontradas perto da articulação da mandíbula.
O alimento deglutido passa pelo esôfago, um tubo estreito que atravessa o tórax até
o abdome.
 As paredes do esôfago são constituídas de músculo esquelético no terço
superior, mas sofrem transição para músculo liso nos dois terços inferiores. Logo
abaixo do diafragma, o esôfago termina no estômago, um órgão em forma de saco que
pode conter até dois litros de alimento e líquidos quando totalmente expandido.
O estômago tem três seções: o fundo superior, o corpo central e o antro inferior. 
O estômago continua a digestão que iniciou na boca, misturando o alimento com ácido
e enzimas para criar o quimo.
A abertura entre o estômago e o intestino delgado, ou piloro (porteiro), é protegida pela
válvula pilórica. Esta faixa espessa de músculo liso relaxa para permitir que apenas
pequenas quantidades de quimo entrem no intestino delgado simultaneamente.
A maior parte da digestão ocorre no intestino delgado, que possui três seções: o
duodeno, o jejuno e o íleo.
A digestão é realizada por enzimas intestinais, auxiliadas por secreções exócrinas de
dois órgãos glandulares acessórios: o pâncreas e o fígado. As secreções desses
dois órgãos entram na porção inicial do duodeno por ductos. Um esfincter tonicamente
contraído (o esfincter hepatopancreático, ou esfincter de Oddi) impede que o
líquido pancreático e a bile entrem no intestino delgado, exceto durante uma refeição.
A digestão termina no intestino delgado, e quase todos os nutrientes digeridos e os
fluidos secretados são absorvidos lá, deixando cerca de 1,5 litro de quimo por dia
passar para o intestino grosso. No colo – a secção proximal do intestino grosso – o
quimo aquoso transforma-se em fezes semissólidas à medida que a água e os
eletrólitos são absorvidos do quimo para o líquido extracelular (LEC).
Quando as fezes são propelildaspara a seção terminal do intestino grosso, conhecida
como reto, a distenção da parede retal desencadeia o reflexo de defecação. As fezes
deixam o trato GI pelo ânus, sendo que o esfincter anal externo, constituído de
músculo esquelético, está sob controle voluntário.
A PAREDE DO TRATO GASTRINTESTINAL POSSUI 4 CAMADAS
A parede intestinal é enrugada em dobras para aumentar a sua área de superfície. Essas
dobras são chamadas de pregas no estômago e de dobras no intestino delgado. 
A mucosa intestinal também se projeta para o lúmen em pequenas extensões similares
a dedos, denominadas vilosidades. 
Mais área de superfície é adicionada por invaginações tubulares da superfície, que se
estendem para dentro do tecido conectivo de sustentação. Essas invaginações são
denominadas glândulas gástricas no estômago e criptas no intestino. 
Algumas das invaginações mais profundas formam glândulas submucosas secretoras
que se abrem para o lúmen através de ductos.
A parede intestinal consiste em quatro camadas: (1) uma mucosa interna virada
para o lúmen, (2) uma camada conhecida como submucosa, (3) camadas de
músculo liso, conhecidas coletivamente como muscular externa, e (4) uma cobertura
de tecido conectivo, denominada serosa.
A mucosa, o revestimento interno do trato gastrintestinal, tem três camadas: uma
única camada de epitélio mucoso virado para o lúmen; a lâmina própria, tecido
conectivo subepitelial que segura o epitélio no lugar; e a muscular da mucosa, uma
fina camada de músculo liso. Várias modificações estruturais aumentam a área da
superfície da mucosa, a fim de aumentar a absorção.
A submucosa é a camada média da parede do intestino. Ela é composta de tecido
conectivo com grandes vasos sanguíneos e linfáticos passando por ela. A submucosa
também contém o plexo submucoso, uma das duas principais redes nervosas do
sistema nervoso entérico. O plexo submucoso (também chamado de plexo de
Meissner) inerva as células na camada epitelial, bem como o músculo liso da muscular
da mucosa.
A parede externa do trato gastrintestinal, a muscular externa, consiste primariamente
de duas camadas de músculo liso: uma camada interna circular e uma camada
externa longitudinal. A contração da camada circular diminui o diâmetro do lúmen. A
contração da camada longitudinal encurta o tubo. A segunda rede nervosa do sistema
nervoso entérico, o plexo mioentérico, situa-se entre as camadas musculares
longitudinal e circular. O plexo mioentérico (também chamado de plexo de Auerbach)
controla e coordena a atividade motora da camada muscular externa.
O revestimento exterior de todo o trato digestório, a serosa, é uma membrana de
tecido conectivo que é uma continuação da membrana peritoneal (peritônio) que
reveste a cavidade abdominal. O peritônio também forma o mesentério, que mantém o
intestino no lugar para que ele não fique enroscado quando se move.
Histologia do Sistema Digestório
transporte da água e dos alimentos ingeridos ao longo do canal alimentar;
secreção de líquidos, eletrólitos e enzimas digestivas;
digestão e a absorção dos produtos digeridos;
excreção dos remanescentes não digeríveis.
Canal alimentar possui estrutura para fazer a digestão e absorção;
Todos os componentes do sistema digestório apresentam certas características
estruturais comuns: ◦ Tubo oco (diâmetro variável) ◦ Parede possui 4 camadas: ▪
Mucosa ▪ Submucosa ▪ Muscular ▪ Serosa 
Funções:
 Canal alimentar
Mucosa:
◦ Composta por:
◦ Revestimento epitelial
◦ Lâmina própria
◦ Tecido conjuntivo frouxo – vasos sanguíneos e linfáticos, células musculares lisas.
◦ Muscular da mucosa
◦ Separa a camada mucosa da submucosa
◦ Músculo liso
 Principais funções da mucosa:
o Secreção: enzimas digestivas, ácido clorídrico, mucina e anticorpos;
o Absorção: O epitélio da mucosa absorve substratos metabólicos;
o Barreira: impede a entrada de substâncias nocivas, de antígenos e de microrganismos
patogênicos;
o Proteção imunológica: O tecido linfoide dentro da mucosa atua como primeira linha de
defesa imune do corpo.
Submucosa:
◦ Tecido conjuntivo – vasos sanguíneos e
linfáticos;
◦ Plexo nervoso – PLEXO NERVOSO
SUBMUCOSO (PLEXO DE MEISSNER).
Muscular:
◦ Células musculares lisas;
▪ Camada interna e camada externa;
▪ Entre as duas camadas: PLEXO NERVOSO MIOENTÉRICO (PLEXO DE AUERBACH);
▪ Tecido conjuntivo – vasos sanguíneos e linfáticos.
Serosa:
◦ Camada delgada de tecido
conjuntivo frouxo;
◦ Revestido por um epitélio
pavimentoso simples;
◦ Mesotélio.
CAVIDADE ORAL
o Revestida por epitélio Pavimentoso Estratificado
Queratinizado ou não.
o Camada queratinizada protege a mucosa oral de
agressões mecânicas durante a mastigação.
o Gengiva e palato duro.
 Epitélio pavimentoso não queratinizado:
o Palato mole;
o Músculo estriado esquelético e numerosas
glândulas mucosas e nódulos linfoides na
submucosa;
o Lábios – Se observa a transição de não
queratinizado para queratinizado da pele.
GLÂNDULAS SALIVARES
o Liberam um líquido chamado de saliva, formada por 99,5 % de água e 0,5 % de solutos;
o Atua na dissolução dos alimentos, possibilitando que estes possam ser degustados;
o Dá início ao processo de digestão dos alimentos através da amilase salivar, que é
responsável por começar o processo de digestão dos carboidratos na boca;
o Enzima: muito importante, presente na saliva é alisozima. 
o Combate às bactérias presentes na boca, protegendo contra infecções. 
o Evita a formação e desenvolvimento de cáries nos dentes; 
o A saliva ainda possibilita a umidificação dos lábios e da língua durante a fala. 
 Nervos 
o VII (Facial-Motor) – Glândulas Sublíngual e Submandibular; 
o IX (Glossofaríngeo - Motor) – Glândula Parótida. 
Glândula Parótida
o Acinar;
o Serosas;
o Ductos longos;
o Ducto parotídeo (de Stensen).
Glândula submandibular
o Túbulo-acinar;
o Serosa e mucosa;
o Ducto submandibular (de Wharton).
Glândula sublingual
o Tubulo-acinar;
o Mucosa;
o Pequenos ductos.
Glândulas salivares menores:
Tonsilas
Língua
o Localizadas na submucosa da cavidade oral.
o Desembocam diretamente na cavidade oral por meio de ductos curtos e são nomeadas
de acordo com a sua localização.
o Ex.:glândulas da bochecha, labiais, linguais e palatinas.
 o Agregações de nódulos linfáticos que estão agrupados ao redor da abertura posterior
das cavidades oral e nasais. 
o tonsilas palatinas; 
o tonsilas tubárias;
o tonsila faríngea ou adenoide; 
o tonsila lingual.
o Formada por tecido muscular estriado, recoberto por um mucosa cuja estrutura varia
conforme a região.
o Na face inferior a mucosa é lisa. 
o Na face superior o aspecto é irregular, presente papilas (pequenas saliências).
 Face superior:
o Linha em forma de “V”, que a divide em uma região anterior e posterior. 
o Na posterior presença pequenos nódulos linfáticos, chamados de tonsilas linguais. 
o Epitélio pseudoestratificado queratinizado. 
 Papilas linguais
◦ Elevações do epitélio oral e lâmina própria
◦ Diferentes formas e funções
◦ 4 tipos:
◦ Filiformes
◦ Fungiformes
◦ Foliadas
◦ Circunvaladas
Papilas Filiformes
◦Cônicas e alongadas; 
◦ Mais frequentes; 
◦Função mecânica de fricção;
◦Não contém corpúsculos gustativos; 
◦ Possui queratina. 
◦ Epitélio estratificado queratinizado.
Papilas Fungiformes
o Assemelham-se a cogumelos;
o Base estreita e parte apical mais dilatada;
o Poucos corpúsculos gustativos;
o Centro da papila é formado por um eixo de tecido
conjuntivo
altamente vascularizado;
o Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado – camada
muito fina
Papilas Foliadas
o Margem lateral da língua;
o Contém muitos corpúsculos gustativos;
o Epitélio estratificado pavimentoso não
queratinizado.
DENTE
Esmalte
o Os dentes são estruturas cônicas, duras, fixadas nos alvéolos da mandíbula e maxila que
são usados na mastigação e na assistência à fala. 
o V–Trigêmeo 
o Motor: Controle dos músculos da mastigação; 
o Sensitivo: Percepções sensoriais dos dentes. 
o Crianças = 20 dentes decíduos (primários ou de leite).
o Adultos = 32 dentes secundários.
o Tecido mais rígido do corpo e é constituídode: 
96% de matriz inorgânica composta de cristais de hidroxiapatita de cálcio;
4% de matriz orgânica composta principalmente da proteína enamelina.
Papilas Circunvaladas
o Achatadas;
o 8 a 12 pares;
o Possuem um sulco que a circunda;
o Na parede lateral contém grande nº
corpúsculos gustativos;
o Glândulas de von Ebner (Sulco);
o Fluxo contínuo de líquido sobre os botões
gustativos;
o Remoção das partículas;
Epitélio estratificado pavimentoso– pode ou
não conter queratina.
Botões gustativos:
◦ Forma de cebola; 
◦ 50-100 células; 
◦ Células gustativas – microvilosidades; 
◦ Células de suporte; 
◦ Células basais indiferenciadas.
Dentina
Cemento 
o Segundo tecido mais rígido do corpo;
o 65 a 70% de cristais de hidroxiapatita de cálcio;
o 30 a 35% de fibras de colágeno tipo I, proteoglicanos, glicoproteínas e água de
solvatação.
o Matriz de dentina não calcificada – a pré-dentina
o Produzida por células conhecidas como odontoblastos, que permanecem em sua
posição na polpa e continuam a produzi-la ao longo de toda a existência do dente.
o Rigidez é comparável à dos ossos; 
o 45 a 50% de matriz inorgânica composta de cristais de hidroxiapatita de cálcio; 
o50 a 55% de fibras de colágeno tipo I, glicosaminoglicanos, proteoglicanos e água
de solvatação; 
o Produzido pelos cementoblastos, que continuam a produzi-lo ao longo de toda a
existência do dente;
o Acréscimo de cemento compensa a erosão do esmalte;
o Mantém o comprimento do dente de forma a assegurar a oclusão adequada. 
Polpa
Cavidade pulpar
Raiz
o Tecido conjuntivo frouxo gelatinoso profundamente vascularizado;
o Preenche a cavidade pulpar conhecida como câmara pulpar da coroa do dente e canal
radicular da raiz dentária;
o Camada periférica da polpa é composta de odontoblastos;
o Uma camada acelular conhecida como zona acelular;
o Camada de fibroblastos e células mesenquimais conhecida como zona hipercelular.
o Constituída de tecido conjuntivo propriamente dito;
o Rica em vasos sanguíneos e linfáticos, além de fibras nervosas; 
◦ Existem dois tipos de fibras nervosas: 
◦ fibras autônomas, que inervam os vasos sanguíneos; 
◦ fibras sensitivas encarregadas de transmitir estímulos dolorosos da polpa. 
o Suspensa em sua cavidade óssea (alvéolo) por um ligamento de tecido conjuntivo
denso colagenoso: 
o Ligamento periodontal → Fibras de Sharpey. 
o O colo de cada dente é circundado pela gengiva, cujo epitélio forma um colar → epitélio
juncional; 
o Inserção ao esmalte cervical forma junções de oclusão;
o Isolam o tecido conjuntivo gengival da cavidade oral. 
FISIOLOGIA DIGESTÓRIA
A função primária do sistema digestório é levar os nutrientes, a água e os
eletrólitos do ambiente externo para o ambiente interno corporal. Para alcançar
esse objetivo, o sistema usa quatro processos básicos: digestão, absorção, secreção
e motilidade. 
A digestão é a quebra, ou degradação, química e mecânica dos alimentos em unidades
menores que podem ser levadas através do epitélio intestinal para dentro do corpo. 
A absorção é o movimento de substâncias do lúmen do trato GI para o líquido
extracelular. 
A secreção no trato GI possui dois significados. Ela pode significar o movimento de água
e íons do LEC para o lúmen do trato digestório (o oposto da absorção), mas pode
também significar a liberação de substâncias sintetizadas pelas células epiteliais do GI
tanto no lúmen quanto no LEC. 
A motilidade é o movimento de material no trato GI como resultado da contração
muscular.
Cerca de 2 litros de líquido por dia entram no trato GI pela boca. Outros 7 L de água, íons
e proteínas são secretados pelo corpo. Para manter o balanço de massas, quase todo
esse volume é reabsorvido.
Muitas enzimas digestórias são secretadas como zimogênios inativos para prevenir a
autodigestão.
Para defesa contra invasores, o trato GI contém a maior coleção de tecido linfoide do
corpo, o tecido linfoide associado ao intestino (GALT). 
As células musculares lisas do trato GI despolarizam espontaneamente e são
eletricamente conectadas por junções comunicantes. 
Alguns segmentos do intestino são tonicamente contraídos, mas outros exibem
contrações fásicas. 
O músculo liso intestinal exibe potenciais de ondas lentas espontâneos que se originam
em células intersticiais de Cajal. (p. 661);
Quando uma onda lenta alcança o limiar, ela dispara potenciais de ação, e o músculo
contrai. (p. 663)
Entre as refeições, o complexo motor migratório move o alimento restante do trato GI
proximal para as regiões distais. (p. 663);
As contrações peristálticas são ondas progressivas de contração que ocorrem
principalmente no esôfago. As contrações segmentares são contrações mistas. (p.
663).
REGULAÇÃO DA FUNÇÃO GASTRINTESTINAL
O sistema nervoso entérico pode integrar informações sem entradas do SNC. Os
neurônios intrínsecos estão completamente dentro do SNE. (p. 664)
Os reflexos curtos originam-se e são integrados no SNE. Os reflexos longos podem se
originar no SNE ou fora dele, mas são integrados no SNC. (p. 664; Fig. 21.5)
Em geral, a inervação parassimpática é excitatória, e a inervação simpática é
inibidora para a função GI. (p. 665)
Os peptídeos GI estimulam ou inibem a motilidade e a secreção. A maioria dos
estímulos para a secreção de peptídeos GI vem da ingestão dos alimentos. (p. 665)
Os hormônios GI são divididos na família da gastrina (gastrina, colecistocinina),
família da secretina (secretina, peptídeo inibidor gástrico, peptídeo similar ao glucagon 1)
e hormônios que não se encaixam em nenhuma dessas duas famílias (motilina). (p. 665,
667; Tab. 21.1)
A FASE CEFÁLICA
A visão, o gosto ou o cheiro do alimento inicia um reflexo GI na fase cefálica da
digestão. (p. 668; Fig. 21.8)
A digestão mecânica inicia com a mastigação, ou mastigamento. A saliva umedece
e lubrifica o alimento. A amilase salivar digere os carboidratos. (p. 668)
 A saliva é uma secreção exócrina que contém água, íons, muco e proteínas. A
secreção salivar está sob controle autonômico. (p. 668)
Engolimento, ou deglutição, é um reflexo integrado por um centro medular. (p.
668; Fig. 21.7)
O estômago armazena o bolo alimentar, inicia a digestão de proteínas e
gorduras e protege o corpo contra patógenos deglutidos. (p. 669)
O estômago secreta muco e bicarbonato pelas células mucosas, pepsinogênio
pelas células principais, somatostatina pelas células D, histamina pelas células
ECL e gastrina pelas células G. (p. 670, 672; Fig. 21.9a, b; Fig. 21.10)
As células parietais nas glândulas gástricas secretam ácido clorídrico e fator
intrínseco. (p. 670; Fig. 21.9c)
A função gástrica é integrada com as fases cefálica e intestinal da digestão. (p. 670; Fig.
21.8, Fig. 21.20)
A FASE GÁSTRICA
A maior parte da absorção dos nutrientes ocorre no intestino delgado. O
intestino grosso absorve água e íons. (p. 673)
A maior parte dos nutrientes vai diretamente para o fígado via sistema porta-
hepático antes de entrar na circulação sistêmica. (p. 673; Fig. 21.12)
As enzimas intestinais são parte da borda em escova. As células caliciformes
secretam muco. (p. 673)
As células intestinais secretam uma solução isotônica de NaCl usando o canal de
cloreto CFTR. A água e o Na+ seguem o Cl- a favor dos gradientes osmótico e
eletroquímico. (p. 674; Fig. 21.13)
O pâncreas secreta uma solução aquosa de NaHCO3 pelas células dos ductos e
enzimas digestórias inativas pelos ácinos (p. 674; Fig. 21.14)
A bile produzida pelos hepatócitos contém sais biliares, bilirrubina e colesterol.
A bile é armazenada e concentrada na vesícula biliar (p. 675; Fig. 21.15)
A digestão de gorduras é facilitada pelos sais biliares. Conforme a digestão
prossegue, as gotículas de gordura formam micelas. (p. 675; Fig. 21.16)
A digestão de gorduras requer a enzima lipase e o cofator colipase. (p. 678; Fig.
21.16)
A absorção de gorduras ocorre principalmente por difusão simples. O colesterol é
transportado ativamente. (p. 676; Fig. 21.16)
Os quilomícrons, feitos de monoacilgliceróis, de ácidos graxos, de colesterol e de
proteínas, são absorvidos para a linfa. (p. 678;Fig. 21.16)
A amilase digere amido em maltose. As dissacaridases digerem dissacarídeos em
monossacarídeos. (p. 680; Fig. 21.17)
A absorção da glicose usa o transportador por simporte SGLT Na+-glicose e o
transportador GLUT2. A frutose usa os transportadores GLUT5 e GLUT2. (p. 680;
Fig. 21.17)
As endopeptidases (também chamadas de proteases) quebram proteínas em
peptídeos menores. As exopeptidases removem aminoácidos dos peptídeos. (p.
681; Fig. 21.18)
Os aminoácidos são absorvidos via cotransporte dependente de Na+ ou de H+.
Os dipeptídeos e tripeptídeos são absorvidos via cotransporte dependente de H+. Alguns
peptídeos maiores são absorvidos intactos via transcitose. (p. 682; Fig. 21.18)
Os ácidos nucleicos são digeridos e absorvidos como bases nitrogenadas e
monossacarídeos. (p. 682)
As vitaminas lipossolúveis são absorvidas junto com as gorduras. As vitaminas
hidrossolúveis são absorvidas por transporte mediado. A absorção da vitamina
B12 requer o fator intrínseco secretado pelo estômago. (p. 682)
A absorção mineral geralmente ocorre via transporte ativo. Algum cálcio se move
pela via paracelular. Íons e água movem-se pela via paracelular, bem como por
proteínas de membrana. (p. 682; Fig. 21.19)
Ácido no intestino, CCK e secretina retardam o esvaziamento gástrico. (p. 684;
Fig. 21.20)
O material não digerido no colo se move para a frente por movimento de massa. O
reflexo de defecação é desencadeado por distensão repentina do reto. (p. 686;
Fig. 21.21)
As bactérias colônicas usam a fermentação para digerir material orgânico. (p.
686)
As células do colo podem absorver e secretar líquido. A secreção excessiva de
líquido ou a diminuição da absorção causam diarreia. (p. 686)
A FASE INTESTINAL
FUNÇÕES IMUNES DO TRATO GASTRINTESTINAL
Os mecanismos protetores do trato GI incluem a produção de muco e ácido,
vômitos e diarreia. (p. 687)
As células M coletam o conteúdo do trato GI e apresentam antígenos para as
células do GALT. (p. 687)
O vômito é um reflexo protetor integrado no bulbo. (p. 687)
METABOLISMO E EQUILÍBRIO ENERGÉTICO
O equilíbrio energético no corpo significa que a entrada de energia é igual à sua
saída. O mesmo princípio de equilíbrio se aplica ao metabolismo e ao controle de
temperatura. A quantidade de nutrientes em cada compartimento do organismo
depende da manutenção constante da ingestão e gasto. 
A homeostasia da glicose é um dos mais importantes objetivos das regulações do
metabolismo, uma vez que a inadequada oferta de glicose compromete as funções
cerebrais. O fluxo de substratos para vias metabólicas bioquímicas depende das
interações moleculares entre os substratos e as enzimas.
APETITE E SACIEDADE
O hipotálamo contém um centro ativo de alimentação, o qual é inibido pelo
centro de saciedade. (p. 694)
A concentração de glicose plasmática (teoria glicostática) e o conteúdo de gordura
corporal (teoria lipostática) influenciam a ingestão de alimentos. (p. 694)
A ingestão de alimentos é influenciada por uma variedade de peptídeos, incluindo a
leptina, o neuropeptídeo Y e a grelina. (p. 694; Fig. 22.1)
EQUILÍBRIO ENERGÉTICO
Para manter constante a quantidade de energia no organismo, a energia ingerida deve
ser ao menos igual à quantidade de energia perdida. (p. 696; Fig. 22.2)
O corpo utiliza energia para transporte, movimento e trabalho químico. Em
média, a metade dessa energia é gasta na geração de calor. (p. 696)
A calorimetria direta mensura o conteúdo de energia dos alimentos. (p. 697) 
A taxa de consumo de oxigênio é o método mais comum de se estimar o gasto
energético. (p. 697) 
O quociente respiratório (QR) ou taxa de troca respiratória (RER) representa a
taxa de CO2 produzido para o O2 consumido. O QR varia com a dieta. (p. 697) 
A taxa metabólica basal (TMB) é a taxa metabólica de valor mais baixo. Taxa
metabólica (kcal/dia) = L de O2 consumido/dia x kcal/L de O2. (p. 698) 
A termogênese induzida pela dieta é um aumento na produção de calor após uma
refeição. (p. 698)
Glicogênio e gordura são as duas formas primárias de armazenamento de
energia no corpo humano. (p. 698)
METABOLISMO

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