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Sistema Digestório EMBRIOLOGIA Aparelho Faríngeo – Relembrando Aparelho faríngeo - formado por arcos, bolsas, sulcos e membranas faríngeas; Contribuem para a formação da face e do pescoço ESTOMODEU O estomodeu ou boca primitiva inicialmente aparece como uma depressão do ectoderma superficial; A membrana bucofaríngea separa o estomodeu da cavidade da faringe primitiva; Com 26 semanas a membrana se rompe; O revestimento ectodérmico do primeiro arco forma o epitélio oral. LÍNGUA Próximo ao final da quarta semana - tumefação lingual mediana (broto da língua); Em seguida, surgem dois tubérculos laterais • Os tubérculos laterais crescem mais que o medial e formam o corpo da língua (2/3 anteriores); A formação de 1/3 posterior da língua é indicada no feto por duas elevações Durante o desenvolvimento da língua, a cópula é gradativamente coberta pela eminência hipofaríngea; O terço posterior da língua se desenvolve a partir da parte rostral da eminência hipofaríngea; • A cópula é formada pelo mesoderma do segundo par de arcos faríngeos; • A eminência hipobranquial é formada pelo mesoderma do terceiro e de parte do quarto arco; As papilas linguais (mucosas especializadas) aparecem no final da oitava semana Corpúsculos Gustativos da Língua • Desenvolvem-se durante a 11ª e 13ª semanas; • Interação indutiva - células epiteliais da língua e a invasão de células nervosas gustativas a partir dos nervos da corda do tímpano, glossofaríngeo e vago; • As respostas faciais fetais podem ser induzidas por substâncias de gosto amargo, com 26 a 28 semanas. Inervação da Língua • Ramo lingual da divisão mandibular do nervo trigêmeo (NC V) - suprimento sensorial da mucosa de quase dois terços da língua; • Nervo facial (NC VII) - inerva os corpúsculos gustativos; • As papilas circunvaladas - nervo glossofaríngeo (NC IX); • O terço posterior da língua - nervo glossofaríngeo (NC IX); • Nervo vago (NC X) - área da língua anterior à Epiglote; • Todos os músculos da língua são inervados pelo nervo hipoglosso (NC XII), exceto o Palatoglosso (nervo vago - NC X) Anquiloglossia (língua-presa): o freio é curto e estende-se até a ponta da língua; Macroglossia: língua extremamente grande, é rara. Causada pela hipertrofia generalizada da língua em desenvolvimento. • Pode dificultar a amamentação; • É frequentemente observada em crianças com síndrome de Down Anomalias congênitas: • São raras • Fissura da língua: condição clínica benigna, usualmente está associada com Síndrome de Down GLÂNDULAS SALIVARES Surgem durante a sexta e sétima semanas; Estruturas altamente ramificadas a partir de brotos epiteliais maciços da cavidade oral primitiva; As extremidades dos brotos crescem no mesênquima subjacente; Tecido do parênquima (secretor) surge pela proliferação do epitélio oral. Glândulas parótidas Início da sexta semana; Surgem a partir de brotos do revestimento ectodérmico oral próximo aos ângulos do estomodeu; As extremidades arredondadas diferenciam-se em ácinos; A atividade secretora começa com 18 semanas; A cápsula e o tecido conjuntivo desenvolvem-se a partir do mesênquima circundante; Glândulas submandibulares Aparecem no final da sexta semana; Surgem de brotos endodérmicos no assoalho do estomodeu; Os ácinos começam a se formar com 12 semanas e a atividade secretora inicia-se com 16 semanas; Após o nascimento observa-se a formação de ácinos mucosos; O ducto submandibular se forma a partir do fechamento de um sulco lateral à língua. Glândulas sublinguais Aparecem durante a oitava semana; Surgem a partir de múltiplos brotos epiteliais endodérmicos que se ramificam e se canalizam para formar entre 10 e 12 ductos. DENTES Surgem na sexta semana a partir de uma interação entre o epitélio oral e o mesênquima derivado das células da crista neural; A camada basal do revestimento epitelial da cavidade oral forma uma estrutura com formato de “C” (lâmina dentária); A lâmina dentária dá origem a inúmeros brotos dentários; A superfície profunda dos brotos invagina - estágio de capuz do desenvolvimento dentário; O mesênquima forma a papila dentária; As células mesenquimais da papila próximas à camada dentária interna se diferenciam em odontoblastos (produtores de dentina); O restante das células da papila dentária forma a polpa do dente; Células epiteliais do epitélio dentário se diferenciam em ameloblastos formadores de esmalte; As camadas epiteliais penetram no mesênquima e formam a bainha epitelial da raiz – formação das raízes dos dentes; As células mesenquimais no lado de fora do dente e em contato com a dentina da raiz se diferenciam em cementoblastos; Fora da camada de cemento, o mesênquima origina o ligamento periodontal; Brotos dos dentes permanentes são formados durante o terceiro mês do desenvolvimento; Permanecem quiescentes até por volta do sexto mês da vida pós-natal ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO O sistema digestório inicia com a cavidade oral (boca e faringe), que servem de receptáculo para a comida. O alimento ingerido entra no trato gastrintestinal (trato GI), que consiste em esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso. A porção do trato GI que vai do estômago até o ânus também é chamada de intestino. A digestão, a quebra química e mecânica do alimento, ocorre principalmente no lúmen do intestino. Ao longo do caminho, secreções são adicionadas ao alimento por células secretoras epiteliais e por órgãos glandulares acessórios, que incluem as glândulas salivares, o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas. A mistura pastosa de alimento e secreções é conhecida como quimo. Os produtos da digestão são absorvidos através do epitélio intestinal e passam para o líquido intersticial. De lá eles vão para o sangue ou para a linfa e são distribuídos para todo o corpo. Qualquer resíduo remanescente no lúmen ao final do trato GI deixa o corpo através de uma abertura, chamada de ânus. O SISTEMA DIGESTÓRIO É UM TUBO Na cavidade oral, os primeiros estágios da digestão iniciam com a mastigação e a secreção da saliva por três pares de glândulas salivares: glândulas sublinguais abaixo da língua, glândulas submandibulares abaixo da mandíbula (osso maxilar) e glândulas parótidas encontradas perto da articulação da mandíbula. O alimento deglutido passa pelo esôfago, um tubo estreito que atravessa o tórax até o abdome. As paredes do esôfago são constituídas de músculo esquelético no terço superior, mas sofrem transição para músculo liso nos dois terços inferiores. Logo abaixo do diafragma, o esôfago termina no estômago, um órgão em forma de saco que pode conter até dois litros de alimento e líquidos quando totalmente expandido. O estômago tem três seções: o fundo superior, o corpo central e o antro inferior. O estômago continua a digestão que iniciou na boca, misturando o alimento com ácido e enzimas para criar o quimo. A abertura entre o estômago e o intestino delgado, ou piloro (porteiro), é protegida pela válvula pilórica. Esta faixa espessa de músculo liso relaxa para permitir que apenas pequenas quantidades de quimo entrem no intestino delgado simultaneamente. A maior parte da digestão ocorre no intestino delgado, que possui três seções: o duodeno, o jejuno e o íleo. A digestão é realizada por enzimas intestinais, auxiliadas por secreções exócrinas de dois órgãos glandulares acessórios: o pâncreas e o fígado. As secreções desses dois órgãos entram na porção inicial do duodeno por ductos. Um esfincter tonicamente contraído (o esfincter hepatopancreático, ou esfincter de Oddi) impede que o líquido pancreático e a bile entrem no intestino delgado, exceto durante uma refeição. A digestão termina no intestino delgado, e quase todos os nutrientes digeridos e os fluidos secretados são absorvidos lá, deixando cerca de 1,5 litro de quimo por dia passar para o intestino grosso. No colo – a secção proximal do intestino grosso – o quimo aquoso transforma-se em fezes semissólidas à medida que a água e os eletrólitos são absorvidos do quimo para o líquido extracelular (LEC). Quando as fezes são propelildaspara a seção terminal do intestino grosso, conhecida como reto, a distenção da parede retal desencadeia o reflexo de defecação. As fezes deixam o trato GI pelo ânus, sendo que o esfincter anal externo, constituído de músculo esquelético, está sob controle voluntário. A PAREDE DO TRATO GASTRINTESTINAL POSSUI 4 CAMADAS A parede intestinal é enrugada em dobras para aumentar a sua área de superfície. Essas dobras são chamadas de pregas no estômago e de dobras no intestino delgado. A mucosa intestinal também se projeta para o lúmen em pequenas extensões similares a dedos, denominadas vilosidades. Mais área de superfície é adicionada por invaginações tubulares da superfície, que se estendem para dentro do tecido conectivo de sustentação. Essas invaginações são denominadas glândulas gástricas no estômago e criptas no intestino. Algumas das invaginações mais profundas formam glândulas submucosas secretoras que se abrem para o lúmen através de ductos. A parede intestinal consiste em quatro camadas: (1) uma mucosa interna virada para o lúmen, (2) uma camada conhecida como submucosa, (3) camadas de músculo liso, conhecidas coletivamente como muscular externa, e (4) uma cobertura de tecido conectivo, denominada serosa. A mucosa, o revestimento interno do trato gastrintestinal, tem três camadas: uma única camada de epitélio mucoso virado para o lúmen; a lâmina própria, tecido conectivo subepitelial que segura o epitélio no lugar; e a muscular da mucosa, uma fina camada de músculo liso. Várias modificações estruturais aumentam a área da superfície da mucosa, a fim de aumentar a absorção. A submucosa é a camada média da parede do intestino. Ela é composta de tecido conectivo com grandes vasos sanguíneos e linfáticos passando por ela. A submucosa também contém o plexo submucoso, uma das duas principais redes nervosas do sistema nervoso entérico. O plexo submucoso (também chamado de plexo de Meissner) inerva as células na camada epitelial, bem como o músculo liso da muscular da mucosa. A parede externa do trato gastrintestinal, a muscular externa, consiste primariamente de duas camadas de músculo liso: uma camada interna circular e uma camada externa longitudinal. A contração da camada circular diminui o diâmetro do lúmen. A contração da camada longitudinal encurta o tubo. A segunda rede nervosa do sistema nervoso entérico, o plexo mioentérico, situa-se entre as camadas musculares longitudinal e circular. O plexo mioentérico (também chamado de plexo de Auerbach) controla e coordena a atividade motora da camada muscular externa. O revestimento exterior de todo o trato digestório, a serosa, é uma membrana de tecido conectivo que é uma continuação da membrana peritoneal (peritônio) que reveste a cavidade abdominal. O peritônio também forma o mesentério, que mantém o intestino no lugar para que ele não fique enroscado quando se move. Histologia do Sistema Digestório transporte da água e dos alimentos ingeridos ao longo do canal alimentar; secreção de líquidos, eletrólitos e enzimas digestivas; digestão e a absorção dos produtos digeridos; excreção dos remanescentes não digeríveis. Canal alimentar possui estrutura para fazer a digestão e absorção; Todos os componentes do sistema digestório apresentam certas características estruturais comuns: ◦ Tubo oco (diâmetro variável) ◦ Parede possui 4 camadas: ▪ Mucosa ▪ Submucosa ▪ Muscular ▪ Serosa Funções: Canal alimentar Mucosa: ◦ Composta por: ◦ Revestimento epitelial ◦ Lâmina própria ◦ Tecido conjuntivo frouxo – vasos sanguíneos e linfáticos, células musculares lisas. ◦ Muscular da mucosa ◦ Separa a camada mucosa da submucosa ◦ Músculo liso Principais funções da mucosa: o Secreção: enzimas digestivas, ácido clorídrico, mucina e anticorpos; o Absorção: O epitélio da mucosa absorve substratos metabólicos; o Barreira: impede a entrada de substâncias nocivas, de antígenos e de microrganismos patogênicos; o Proteção imunológica: O tecido linfoide dentro da mucosa atua como primeira linha de defesa imune do corpo. Submucosa: ◦ Tecido conjuntivo – vasos sanguíneos e linfáticos; ◦ Plexo nervoso – PLEXO NERVOSO SUBMUCOSO (PLEXO DE MEISSNER). Muscular: ◦ Células musculares lisas; ▪ Camada interna e camada externa; ▪ Entre as duas camadas: PLEXO NERVOSO MIOENTÉRICO (PLEXO DE AUERBACH); ▪ Tecido conjuntivo – vasos sanguíneos e linfáticos. Serosa: ◦ Camada delgada de tecido conjuntivo frouxo; ◦ Revestido por um epitélio pavimentoso simples; ◦ Mesotélio. CAVIDADE ORAL o Revestida por epitélio Pavimentoso Estratificado Queratinizado ou não. o Camada queratinizada protege a mucosa oral de agressões mecânicas durante a mastigação. o Gengiva e palato duro. Epitélio pavimentoso não queratinizado: o Palato mole; o Músculo estriado esquelético e numerosas glândulas mucosas e nódulos linfoides na submucosa; o Lábios – Se observa a transição de não queratinizado para queratinizado da pele. GLÂNDULAS SALIVARES o Liberam um líquido chamado de saliva, formada por 99,5 % de água e 0,5 % de solutos; o Atua na dissolução dos alimentos, possibilitando que estes possam ser degustados; o Dá início ao processo de digestão dos alimentos através da amilase salivar, que é responsável por começar o processo de digestão dos carboidratos na boca; o Enzima: muito importante, presente na saliva é alisozima. o Combate às bactérias presentes na boca, protegendo contra infecções. o Evita a formação e desenvolvimento de cáries nos dentes; o A saliva ainda possibilita a umidificação dos lábios e da língua durante a fala. Nervos o VII (Facial-Motor) – Glândulas Sublíngual e Submandibular; o IX (Glossofaríngeo - Motor) – Glândula Parótida. Glândula Parótida o Acinar; o Serosas; o Ductos longos; o Ducto parotídeo (de Stensen). Glândula submandibular o Túbulo-acinar; o Serosa e mucosa; o Ducto submandibular (de Wharton). Glândula sublingual o Tubulo-acinar; o Mucosa; o Pequenos ductos. Glândulas salivares menores: Tonsilas Língua o Localizadas na submucosa da cavidade oral. o Desembocam diretamente na cavidade oral por meio de ductos curtos e são nomeadas de acordo com a sua localização. o Ex.:glândulas da bochecha, labiais, linguais e palatinas. o Agregações de nódulos linfáticos que estão agrupados ao redor da abertura posterior das cavidades oral e nasais. o tonsilas palatinas; o tonsilas tubárias; o tonsila faríngea ou adenoide; o tonsila lingual. o Formada por tecido muscular estriado, recoberto por um mucosa cuja estrutura varia conforme a região. o Na face inferior a mucosa é lisa. o Na face superior o aspecto é irregular, presente papilas (pequenas saliências). Face superior: o Linha em forma de “V”, que a divide em uma região anterior e posterior. o Na posterior presença pequenos nódulos linfáticos, chamados de tonsilas linguais. o Epitélio pseudoestratificado queratinizado. Papilas linguais ◦ Elevações do epitélio oral e lâmina própria ◦ Diferentes formas e funções ◦ 4 tipos: ◦ Filiformes ◦ Fungiformes ◦ Foliadas ◦ Circunvaladas Papilas Filiformes ◦Cônicas e alongadas; ◦ Mais frequentes; ◦Função mecânica de fricção; ◦Não contém corpúsculos gustativos; ◦ Possui queratina. ◦ Epitélio estratificado queratinizado. Papilas Fungiformes o Assemelham-se a cogumelos; o Base estreita e parte apical mais dilatada; o Poucos corpúsculos gustativos; o Centro da papila é formado por um eixo de tecido conjuntivo altamente vascularizado; o Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado – camada muito fina Papilas Foliadas o Margem lateral da língua; o Contém muitos corpúsculos gustativos; o Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado. DENTE Esmalte o Os dentes são estruturas cônicas, duras, fixadas nos alvéolos da mandíbula e maxila que são usados na mastigação e na assistência à fala. o V–Trigêmeo o Motor: Controle dos músculos da mastigação; o Sensitivo: Percepções sensoriais dos dentes. o Crianças = 20 dentes decíduos (primários ou de leite). o Adultos = 32 dentes secundários. o Tecido mais rígido do corpo e é constituídode: 96% de matriz inorgânica composta de cristais de hidroxiapatita de cálcio; 4% de matriz orgânica composta principalmente da proteína enamelina. Papilas Circunvaladas o Achatadas; o 8 a 12 pares; o Possuem um sulco que a circunda; o Na parede lateral contém grande nº corpúsculos gustativos; o Glândulas de von Ebner (Sulco); o Fluxo contínuo de líquido sobre os botões gustativos; o Remoção das partículas; Epitélio estratificado pavimentoso– pode ou não conter queratina. Botões gustativos: ◦ Forma de cebola; ◦ 50-100 células; ◦ Células gustativas – microvilosidades; ◦ Células de suporte; ◦ Células basais indiferenciadas. Dentina Cemento o Segundo tecido mais rígido do corpo; o 65 a 70% de cristais de hidroxiapatita de cálcio; o 30 a 35% de fibras de colágeno tipo I, proteoglicanos, glicoproteínas e água de solvatação. o Matriz de dentina não calcificada – a pré-dentina o Produzida por células conhecidas como odontoblastos, que permanecem em sua posição na polpa e continuam a produzi-la ao longo de toda a existência do dente. o Rigidez é comparável à dos ossos; o 45 a 50% de matriz inorgânica composta de cristais de hidroxiapatita de cálcio; o50 a 55% de fibras de colágeno tipo I, glicosaminoglicanos, proteoglicanos e água de solvatação; o Produzido pelos cementoblastos, que continuam a produzi-lo ao longo de toda a existência do dente; o Acréscimo de cemento compensa a erosão do esmalte; o Mantém o comprimento do dente de forma a assegurar a oclusão adequada. Polpa Cavidade pulpar Raiz o Tecido conjuntivo frouxo gelatinoso profundamente vascularizado; o Preenche a cavidade pulpar conhecida como câmara pulpar da coroa do dente e canal radicular da raiz dentária; o Camada periférica da polpa é composta de odontoblastos; o Uma camada acelular conhecida como zona acelular; o Camada de fibroblastos e células mesenquimais conhecida como zona hipercelular. o Constituída de tecido conjuntivo propriamente dito; o Rica em vasos sanguíneos e linfáticos, além de fibras nervosas; ◦ Existem dois tipos de fibras nervosas: ◦ fibras autônomas, que inervam os vasos sanguíneos; ◦ fibras sensitivas encarregadas de transmitir estímulos dolorosos da polpa. o Suspensa em sua cavidade óssea (alvéolo) por um ligamento de tecido conjuntivo denso colagenoso: o Ligamento periodontal → Fibras de Sharpey. o O colo de cada dente é circundado pela gengiva, cujo epitélio forma um colar → epitélio juncional; o Inserção ao esmalte cervical forma junções de oclusão; o Isolam o tecido conjuntivo gengival da cavidade oral. FISIOLOGIA DIGESTÓRIA A função primária do sistema digestório é levar os nutrientes, a água e os eletrólitos do ambiente externo para o ambiente interno corporal. Para alcançar esse objetivo, o sistema usa quatro processos básicos: digestão, absorção, secreção e motilidade. A digestão é a quebra, ou degradação, química e mecânica dos alimentos em unidades menores que podem ser levadas através do epitélio intestinal para dentro do corpo. A absorção é o movimento de substâncias do lúmen do trato GI para o líquido extracelular. A secreção no trato GI possui dois significados. Ela pode significar o movimento de água e íons do LEC para o lúmen do trato digestório (o oposto da absorção), mas pode também significar a liberação de substâncias sintetizadas pelas células epiteliais do GI tanto no lúmen quanto no LEC. A motilidade é o movimento de material no trato GI como resultado da contração muscular. Cerca de 2 litros de líquido por dia entram no trato GI pela boca. Outros 7 L de água, íons e proteínas são secretados pelo corpo. Para manter o balanço de massas, quase todo esse volume é reabsorvido. Muitas enzimas digestórias são secretadas como zimogênios inativos para prevenir a autodigestão. Para defesa contra invasores, o trato GI contém a maior coleção de tecido linfoide do corpo, o tecido linfoide associado ao intestino (GALT). As células musculares lisas do trato GI despolarizam espontaneamente e são eletricamente conectadas por junções comunicantes. Alguns segmentos do intestino são tonicamente contraídos, mas outros exibem contrações fásicas. O músculo liso intestinal exibe potenciais de ondas lentas espontâneos que se originam em células intersticiais de Cajal. (p. 661); Quando uma onda lenta alcança o limiar, ela dispara potenciais de ação, e o músculo contrai. (p. 663) Entre as refeições, o complexo motor migratório move o alimento restante do trato GI proximal para as regiões distais. (p. 663); As contrações peristálticas são ondas progressivas de contração que ocorrem principalmente no esôfago. As contrações segmentares são contrações mistas. (p. 663). REGULAÇÃO DA FUNÇÃO GASTRINTESTINAL O sistema nervoso entérico pode integrar informações sem entradas do SNC. Os neurônios intrínsecos estão completamente dentro do SNE. (p. 664) Os reflexos curtos originam-se e são integrados no SNE. Os reflexos longos podem se originar no SNE ou fora dele, mas são integrados no SNC. (p. 664; Fig. 21.5) Em geral, a inervação parassimpática é excitatória, e a inervação simpática é inibidora para a função GI. (p. 665) Os peptídeos GI estimulam ou inibem a motilidade e a secreção. A maioria dos estímulos para a secreção de peptídeos GI vem da ingestão dos alimentos. (p. 665) Os hormônios GI são divididos na família da gastrina (gastrina, colecistocinina), família da secretina (secretina, peptídeo inibidor gástrico, peptídeo similar ao glucagon 1) e hormônios que não se encaixam em nenhuma dessas duas famílias (motilina). (p. 665, 667; Tab. 21.1) A FASE CEFÁLICA A visão, o gosto ou o cheiro do alimento inicia um reflexo GI na fase cefálica da digestão. (p. 668; Fig. 21.8) A digestão mecânica inicia com a mastigação, ou mastigamento. A saliva umedece e lubrifica o alimento. A amilase salivar digere os carboidratos. (p. 668) A saliva é uma secreção exócrina que contém água, íons, muco e proteínas. A secreção salivar está sob controle autonômico. (p. 668) Engolimento, ou deglutição, é um reflexo integrado por um centro medular. (p. 668; Fig. 21.7) O estômago armazena o bolo alimentar, inicia a digestão de proteínas e gorduras e protege o corpo contra patógenos deglutidos. (p. 669) O estômago secreta muco e bicarbonato pelas células mucosas, pepsinogênio pelas células principais, somatostatina pelas células D, histamina pelas células ECL e gastrina pelas células G. (p. 670, 672; Fig. 21.9a, b; Fig. 21.10) As células parietais nas glândulas gástricas secretam ácido clorídrico e fator intrínseco. (p. 670; Fig. 21.9c) A função gástrica é integrada com as fases cefálica e intestinal da digestão. (p. 670; Fig. 21.8, Fig. 21.20) A FASE GÁSTRICA A maior parte da absorção dos nutrientes ocorre no intestino delgado. O intestino grosso absorve água e íons. (p. 673) A maior parte dos nutrientes vai diretamente para o fígado via sistema porta- hepático antes de entrar na circulação sistêmica. (p. 673; Fig. 21.12) As enzimas intestinais são parte da borda em escova. As células caliciformes secretam muco. (p. 673) As células intestinais secretam uma solução isotônica de NaCl usando o canal de cloreto CFTR. A água e o Na+ seguem o Cl- a favor dos gradientes osmótico e eletroquímico. (p. 674; Fig. 21.13) O pâncreas secreta uma solução aquosa de NaHCO3 pelas células dos ductos e enzimas digestórias inativas pelos ácinos (p. 674; Fig. 21.14) A bile produzida pelos hepatócitos contém sais biliares, bilirrubina e colesterol. A bile é armazenada e concentrada na vesícula biliar (p. 675; Fig. 21.15) A digestão de gorduras é facilitada pelos sais biliares. Conforme a digestão prossegue, as gotículas de gordura formam micelas. (p. 675; Fig. 21.16) A digestão de gorduras requer a enzima lipase e o cofator colipase. (p. 678; Fig. 21.16) A absorção de gorduras ocorre principalmente por difusão simples. O colesterol é transportado ativamente. (p. 676; Fig. 21.16) Os quilomícrons, feitos de monoacilgliceróis, de ácidos graxos, de colesterol e de proteínas, são absorvidos para a linfa. (p. 678;Fig. 21.16) A amilase digere amido em maltose. As dissacaridases digerem dissacarídeos em monossacarídeos. (p. 680; Fig. 21.17) A absorção da glicose usa o transportador por simporte SGLT Na+-glicose e o transportador GLUT2. A frutose usa os transportadores GLUT5 e GLUT2. (p. 680; Fig. 21.17) As endopeptidases (também chamadas de proteases) quebram proteínas em peptídeos menores. As exopeptidases removem aminoácidos dos peptídeos. (p. 681; Fig. 21.18) Os aminoácidos são absorvidos via cotransporte dependente de Na+ ou de H+. Os dipeptídeos e tripeptídeos são absorvidos via cotransporte dependente de H+. Alguns peptídeos maiores são absorvidos intactos via transcitose. (p. 682; Fig. 21.18) Os ácidos nucleicos são digeridos e absorvidos como bases nitrogenadas e monossacarídeos. (p. 682) As vitaminas lipossolúveis são absorvidas junto com as gorduras. As vitaminas hidrossolúveis são absorvidas por transporte mediado. A absorção da vitamina B12 requer o fator intrínseco secretado pelo estômago. (p. 682) A absorção mineral geralmente ocorre via transporte ativo. Algum cálcio se move pela via paracelular. Íons e água movem-se pela via paracelular, bem como por proteínas de membrana. (p. 682; Fig. 21.19) Ácido no intestino, CCK e secretina retardam o esvaziamento gástrico. (p. 684; Fig. 21.20) O material não digerido no colo se move para a frente por movimento de massa. O reflexo de defecação é desencadeado por distensão repentina do reto. (p. 686; Fig. 21.21) As bactérias colônicas usam a fermentação para digerir material orgânico. (p. 686) As células do colo podem absorver e secretar líquido. A secreção excessiva de líquido ou a diminuição da absorção causam diarreia. (p. 686) A FASE INTESTINAL FUNÇÕES IMUNES DO TRATO GASTRINTESTINAL Os mecanismos protetores do trato GI incluem a produção de muco e ácido, vômitos e diarreia. (p. 687) As células M coletam o conteúdo do trato GI e apresentam antígenos para as células do GALT. (p. 687) O vômito é um reflexo protetor integrado no bulbo. (p. 687) METABOLISMO E EQUILÍBRIO ENERGÉTICO O equilíbrio energético no corpo significa que a entrada de energia é igual à sua saída. O mesmo princípio de equilíbrio se aplica ao metabolismo e ao controle de temperatura. A quantidade de nutrientes em cada compartimento do organismo depende da manutenção constante da ingestão e gasto. A homeostasia da glicose é um dos mais importantes objetivos das regulações do metabolismo, uma vez que a inadequada oferta de glicose compromete as funções cerebrais. O fluxo de substratos para vias metabólicas bioquímicas depende das interações moleculares entre os substratos e as enzimas. APETITE E SACIEDADE O hipotálamo contém um centro ativo de alimentação, o qual é inibido pelo centro de saciedade. (p. 694) A concentração de glicose plasmática (teoria glicostática) e o conteúdo de gordura corporal (teoria lipostática) influenciam a ingestão de alimentos. (p. 694) A ingestão de alimentos é influenciada por uma variedade de peptídeos, incluindo a leptina, o neuropeptídeo Y e a grelina. (p. 694; Fig. 22.1) EQUILÍBRIO ENERGÉTICO Para manter constante a quantidade de energia no organismo, a energia ingerida deve ser ao menos igual à quantidade de energia perdida. (p. 696; Fig. 22.2) O corpo utiliza energia para transporte, movimento e trabalho químico. Em média, a metade dessa energia é gasta na geração de calor. (p. 696) A calorimetria direta mensura o conteúdo de energia dos alimentos. (p. 697) A taxa de consumo de oxigênio é o método mais comum de se estimar o gasto energético. (p. 697) O quociente respiratório (QR) ou taxa de troca respiratória (RER) representa a taxa de CO2 produzido para o O2 consumido. O QR varia com a dieta. (p. 697) A taxa metabólica basal (TMB) é a taxa metabólica de valor mais baixo. Taxa metabólica (kcal/dia) = L de O2 consumido/dia x kcal/L de O2. (p. 698) A termogênese induzida pela dieta é um aumento na produção de calor após uma refeição. (p. 698) Glicogênio e gordura são as duas formas primárias de armazenamento de energia no corpo humano. (p. 698) METABOLISMO
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