SISTEMA CARDIO-RESPIRATÓRIO - Relatório de aula pratica

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
CAMPUS DE REALEZA
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
ANA JÚLIA PEREIRA DE MELO
CASSIO ANTONIO KLEIN
EDUARDA CAROLINE GOSTINSKI
FALCÃO SODRÉ BLACK
RELATÓRIO AULA PRÁTICA VII:
SISTEMA CARDIO-RESPIRATÓRIO
REALEZA 
2021
ANA JÚLIA PEREIRA DE MELO
CASSIO ANTONIO KLEIN
EDUARDA CAROLINE GOSTINSKI
FALCÃO SODRÉ BLACK
RELATÓRIO AULA PRÁTICA VII:
SISTEMA CARDIO-RESPIRATÓRIO
Trabalho apresentado para obtenção de nota, do CCR de Fisiologia Veterinária I, do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Fronteira Sul.
Orientador: Profª Dr.ª Denise Maria Sousa De Mello
Realeza
2021
INTRODUÇÃO
O ciclo cardíaco é o conjunto de eventos cardíacos que ocorrem entre o início de um batimento e o início do próximo. A duração total do ciclo cardíaco, incluindo a sístole e diástole, é a recíproca da frequência cardíaca. A frequência cardíaca é expressa em bpm (batimentos por minuto), podendo ser medida em repouso, durante um exercício, na recuperação, etc. 
A realização de qualquer exercício pressupõe o aumento da frequência cardíaca. Durante a atividade ocorre um aumento da necessidade de substâncias nutritivas e um aumento na necessidade de oxigênio para os músculos ativos, assim aumentando também a frequência respiratória.
Com a realização desses experimentos e a interpretação de seus resultados, buscamos entender os mecanismos das frequências cardíaca e respiratória durante os exercícios, assim como sua fisiologia.
METODOLOGIA
PROCEDIMENTOS DE MENSURAÇÃO DAS FREQUÊNCIAS RESPIRATÓRIA (FR) E CARDÍACA (FC) NO EXERCÍCIO FÍSICO
 1. Selecionar um voluntário, aferir a FR e a FC de repouso. Logo após, solicitar ao voluntário escolhido que realize 10 minutos de exercício físico [será indicado pela professora). Ao término do exercício o voluntário deverá permanecer sentado e deverá mensurar a FC e a FR imediatamente após e nos seguintes intervalos de tempo (3 e 5 min.) após o exercício físico. 
	Tipo de exercício
	Repouso
	Pós 
Exercício
	3 min
	5 min
	
	FR
	FC
	FR
	FC
	FR
	FC
	FR
	FC
	CORRIDA no lugar 
	16
	70
	42
	172
	28
	116
	20
	93
• Selecionar um voluntário, aferir a FR e a FC de repouso. Logo após, solicitar ao voluntário que realize o exercício reto abdominal durante um minuto de maneira mais rápida possível, contar o número de abdominais realizados. Ao término do exercício, o voluntário deverá permanecer deitado e o avaliador deverá mensurar a FR e a FC imediatamente após nos seguintes intervalos de tempo (3 e 5 min.) após o exercício físico. 
	Tipo de exercício
	Repouso
	Pós 
Exercício
	3 min
	5 min
	
	FR
	FC
	FR
	FC
	FR
	FC
	FR
	FC
	ABDOMINAL
	15
	70
	16
	72
	17
	85
	15
	72
• Selecionar um voluntário, aferir a FR e a FC de repouso. Logo após, solicitar ao voluntário escolhido que permaneça em posição estática de flexão de braço até a exaustão (prancha). O avaliador deverá cronometrar o tempo que o voluntário realizou o exercício estático e ao término do exercício o voluntário deverá permanecer deitado e o avaliador deverá mensurar a FR e a FC imediatamente após e nos seguintes intervalos de tempo (3 e 5 min.) após o exercício físico. 
	Tipo de exercício
	Repouso
	Pós 
Exercício
	3 min
	5 min
	
	FR
	FC
	FR
	FC
	FR
	FC
	FR
	FC
	APOIO ESTÁTICO
	
	
	
	
	
	
	
	
DISCUSSÃO
a) Descreva os fatores responsáveis pelo controle da FC e FR durante o exercício. 
A frequência cardíaca é controlada pelos nervos simpáticos e parassimpáticos que atuam nas células marca-passo agindo sobre a liberação de catecolaminas e afetando a permeabilidade ao sódio e ao cálcio no músculo cardíaco e na resistência periférica vascular. 
A norepinefrina ativa os receptores β-adrenérgicos na membrana celular das células marca-passo, e essa ativação acelera as mudanças do canal iônico que é responsável pela despolarização espontânea dessas células, assim elas atingem o limiar mais rapidamente, tendo intervalos mais curtos entre os batimentos cardíacos, assim a frequência cardíaca é elevada acima de seu nível espontâneo ou intrínseco.
Já a acetilcolina tem efeito oposto, ativando os receptores colinérgicos muscarínicos na membrana das células marca-passo, que retarda as mudanças de canal iônico, levando mais tempo para atingir o limiar, assim há um intervalo mais longo entre os batimentos cardíacos.
Quando submetida a um exercício, a dinâmica respiratória se modifica, com taquipneia (aumento na frequência respiratória) e hiperpneia (aumento na amplitude respiratória) com o objetivo de satisfazer as necessidades de O2 durante a atividade física. Com o aumento da respiração, aumenta a necessidade de O2 e aumenta a concentração de dióxido de carbono, esse aumento de concentração é responsável por excitar o Centro Respiratório no Bulbo, e isso faz com que a pessoa respire mais rápida e profundamente, aumentando a expiração de dióxido de carbono e removendo o excesso desse gás do sangue e dos líquidos teciduais. Esse processo vai continuar até que a concentração volte ao normal. 
Acredita-se também que o encéfalo, durante a transmissão de impulsos nervosos para os músculos participantes da atividade física, transmita ao mesmo tempo impulsos colaterais para o tronco cerebral, para estimular o centro respiratório. Isso é análogo à estimulação do centro vasomotor do tronco cerebral durante a atividade física indutora de aumento simultâneo na pressão arterial. É provável que a maior parte do aumento da respiração se origina de sinais neurogênicos, transmitidos diretamente ao centro respiratório do tronco cerebral ao mesmo tempo que sinais neurais se dirigem aos músculos corporais para promoção da contração muscular.	Comment by Eduarda Gostinski: coloca mais esse paragrafo no doc falcão
b) Através de gráficos explique o comportamento da frequência cardíaca durante as 3 condições de exercício. 
	
	As frequências cardíacas (FC) e respiratórias (FR) são estimuladas de acordo com cada indivíduo, o tipo de exercício físico realizado e o grau de intensidade deste. Logo após a corrida, se observou um aumento bem considerável, tanto da FC, quanto da FR, isso se deve ao fato da atividade -corrida- ser um exercício aeróbico, recrutando o corpo inteiro e necessitando de um aporte de oxigênio e sangue muito grande.
	Os abdominais, por serem uma atividade mais anaeróbica, recrutando menos do corpo, houve sim um aumento da FR e FC, porém, com menor intensidade em comparação a corrida.
Já na prancha, houve um significativo aumento tanto da FR quanto da FC, mesmo se tratando de um exercício ainda mais anaeróbico, necessitando um menor aporte sanguíneo e respiratório, por ser uma atividade mais concentrada que as demais acima. Porém, é necessário avaliarmos parâmetros mais amplos que apenas os exercícios realizados, como idade dos indivíduos, se a pessoa é mais ativa ou sedentária, o peso corporal, o aporte muscular, o sexo daquele indivíduo, vícios como o tabagismo, entre outros fatores que podem resultar em diferenças do esperado com o que pudemos ver no trabalho realizado.
c) Compare as respostas da FC e FR durante os exercícios. Explique quais fatores foram os responsáveis pelas respostas encontradas. 
	A partir dos resultados obtidos, foi possível observar que a frequência cardíaca aumentou significativamente no começo dos exercícios, de acordo com a intensidade da atividade praticada e após os minutos esperados a FC obteve novos valores. O débito cardíaco aumentou por causa do volume sistólico, da alteração do fluxo sanguíneo e do oxigênio dos músculos que estão em ação. A pressão arterial também aumentou proporcionalmente ao consumo de O2 pelo miocárdio. A postura de execução da atividade física também pode ter influência nos resultados.
	A respiração, devido ao aumento da frequência provocada pelos exercícios, resultou em uma taquipneia e uma dispneia, com o objetivo de levar O2 até os tecidos e eliminar o CO2. Para produzir a pressão e o volume na cavidade torácica, ela pode ser dividida em duas partes: externa e interna. Sendo a primeira dessascompostas por três etapas, entre elas, a ventilação pulmonar que indica o aumento na frequência provocada pelos exercícios físicos. A frequência respiratória é regulada pelo tronco encefálico (bulbo) e possui quimiorreceptores para controlar a sua frequência e sua profundidade, por essas razões, o aumento da FR causa o aumento da temperatura corporal e também alterações químicas no organismo.
CONCLUSÃO
	Após essa explanação dos fatores de alteração das frequências cardíaca e respiratória, pudemos compreender de que modo o exercício físico interfere fisiologicamente, bem como entender que os mecanismos de sua regulação estão presentes no sistema nervoso e em componentes sanguíneos. Conhecer essas mudanças e seus fatores são de extrema importância para explicar a necessidade da mensuração desses parâmetros em nossos pacientes e como iremos dirigir nossos atendimentos após isso. 
	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
HALL, John E.;GUYTON, Arthur C. Tratado de Fisiologia Médica [recurso eletrônico] / John E. Hall; [tradução Alcides Marinho Junior … et al.]Rio de Janeiro: Elsevier Health Sciences,2011. Recurso Digital: il. Disponível em: https://cssjd.org.br/imagens/editor/files/2019/Abril/Tratado%20de%20Fisiologia%20Médica. pdf. Acesso em: 10 de maio. 2021.
SANDOVAL, Armando E. Pancorbo. Medicina do esporte: princípios e prática. ArtMed, 2005. [recurso eletrônico] Disponível em: > https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5972/introducao_a_fisiologia_do_exercicio_principais_mecanismos.htm Acesso em 10 de maio de 2021.