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NORMAN FAIRCLOUGH

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NORMAN FAIRCLOUGH
ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO
ESTUDOS LINGUÍSTICOS II
Professora Paula Domingos
 Acadêmicas: Bruna Caroline Moreira
 	 Jenny M. Yoshioka
	Norman Fairclough, nasceu em 1941 e foi professor emérito de linguística na Universidade de Lancaster. Ele é um dos fundadores da análise crítica do discurso (ACD).
As teorias de Fairclough têm sido influenciadas por Mikhail Bakhtin e Michael Halliday, Antonio Gramsci, Louis Althusser, Michel Foucault e Pierre Bourdieu.
	Desde o início de 1980, a pesquisa de Fairclough centrou-se na análise crítica do discurso - uma área que estuda o lugar da linguagem nas relações sociais de poder e ideologia, e a linguagem como parte integrante de processos de mudança social. 
A investigação dele baseia-se na alegação de que o discurso teórico é um elemento da vida social que é dialeticamente interligado com outros elementos, e pode ter efeitos construtivos e transformadores. Ele também faz a alegação de que o discurso tem muitas maneiras de tornar-se um elemento mais saliente e potente da vida social no mundo contemporâneo, e que os processos mais gerais de mudança social atual muitas vezes parecem ser iniciados e conduzidos por mudanças no discurso. 
Desenvolvimento teórico da análise crítica do discurso para reforçar a sua capacidade de contribuição para esta área de investigação social;
Desenvolvimento de abordagens para a análise linguística de textos e interações, adaptadas à pesquisa social;
A aplicação desta teoria e método na pesquisa dos aspectos da mudança social contemporânea.
As três principais contribuições: 
DISCURSO: uso da linguagem falada ou escrita, e também de informações impressas e comunicação não-verbal. Uma forma de prática social.
LINGUAGEM: é um modo de ação (socialmente reprodutiva) e também constitutiva (criativa, socialmente transformadora).
ACD explora a tensão entre os dois lados do uso da linguagem, a forma social e a constitutiva. A linguagem é sempre constitutiva de identidades sociais, relações sociais e sistemas de conhecimentos e crenças. 
TEXTO: linguagem escrita ou falada produzida em um evento discursivo, é heterogêneo em suas formas e significados.
ORDEM DO DISCURSO: totalidade das práticas discursivas de uma instituição, e as relações entre elas (complementaridade, inclusão / exclusão, oposição).
Obras:
Conceitos chave:
Analisando o discurso: análise textual para a pesquisa social (2003);
Discurso e Mudança social (2001);
Discurso da Mídia (1995);
Análise crítica do discurso: o estudo crítico da linguagem (1995);
Discurso na modernidade tardia - repensando análise crítica do discurso (1999);
Obras:
	O livro é uma coleção de dez artigos sobre análise crítica do discurso que foram escritos entre 1983 e 1992 e publicados entre 1985 e 1993.
Análise crítica do discurso
Análise crítica do discurso
1 – Objetivos críticos e descritivos na análise do discurso:
	O autor vê as instituições sociais como contendo diversas formações ideológicas discursivas (FID) associadas a diferentes grupos da sociedade e geralmente há uma FID que é claramente dominante. Esta tem a capacidade de "naturalizar" ideologias, para ganhar aceitação como não-ideológica, senso comum. 
	O objetivo da ACD é a de "desnaturalizar" os discursos. Essa desnaturalização envolve mostrar como as estruturas sociais determinam as propriedades do discurso e como, por sua vez, o discurso determina as estruturas sociais.
SEÇÃO 1: LINGUAGEM, IDEOLOGIA E PODER
	As instituições sociais são pluralistas e isso leva a lutas institucionais que estão ligados à luta de classes.
	As ideologias estão localizadas principalmente no "não dito" (proposições implícitas). 
2 - Representação do discurso no discurso da mídia:
	
	Baseia-se na análise de artigos que apareceram em cinco jornais britânicos em 24 de maio de 1985, todos acerca de um relatório sobre abuso de drogas, escrito pelas autoridades. 
	Objetivo - identificar tendências na representação dos discursos oral e escrito nos jornais e sugerir como essas tendências corroboram ideologias que estão implícitas nas práticas de produção de textos jornalísticos. 
Os setores da sociedade cujas visões são representadas na mídia são os setores socialmente dominantes, posicionados como se fossem as vozes do 'senso comum’.
O texto jornalístico reflete as estruturas sociais e as relações de poder dentro das quais a mídia opera, e tem efeitos ideológicos ao mistificar as relações de dominação, sustentando a visão de que a linguagem e prática públicas são transparentes.
3 – Linguagem e Ideologia:
	As ideologias residem na linguagem, nos textos, mas não é possível ler apenas uma ideologia a partir dos textos porque os significados são produzidos através de interpretações e os textos estão abertos a diversas interpretações. Além disso, a ideologia não está refletida somente no conteúdo, mas também na forma.
	É sobre a mudança discursiva, e sua relação com mudança ideológica e com luta social num sentido mais amplo, que deve ser colocada a ênfase, e é lá que deve ser confrontado o problema da relação linguagem/ideologia. 
	Uma aparente democratização do discurso está diretamente ligada a uma democratização política, que envolveria a redução da desigualdade do poder entre pessoas de diferentes classes.
4 – Discurso, mudança e hegemonia: 
	Nesse capítulo, o autor aborda a questão da hegemonia com a tecnologização discursiva. Esta sendo um importante recurso utilizado pelas forças sociais dominantes para mudar as práticas discursivas e reestruturar as hegemonias dentro das ordens de discurso. 
	A tecnologização do discurso envolve a combinação de: (a) pesquisa das práticas discursivas das instituições e organizações sociais, (b) replanejamento dessas práticas, de acordo com estratégias e objetivos particulares e (c) treinamento do quadro profissional da instituição nas novas práticas.
Seção 2: discurso e mudança sociocultural
5 – O que podemos dizer por “discurso empresarial/empreendedor”?: 
	O autor apresenta o discurso empresarial/empreendedor presente nos discursos políticos de um ministro do governo de Thatcher, Lord Young of Graffham, e de um texto informativo produzido por seu ministério, o Ministério da Indústria e do Comércio.
	 Este tipo de discurso, de acordo com o autor, não pode ser localizado em nenhum texto, pois contém uma natureza muito difusa no que diz respeito às mudanças nas práticas discursivas. O enfoque deve estar nos processos de produção textual em diferentes momentos e espaços sociais, e nas estratégias maiores que envolvem a produção textual. Também deve ser considerada a função da distribuição textual, que enfatiza a multiplicidade de leitores e de leituras possíveis.
6 - A Análise de Discurso Crítica e a mercantilização do discurso público - as universidades: 
	Nesse artigo, Fairclough analisa o discurso no processo de mercantilização do ensino superior na Bretanha, com amostras discursivas de artigos de propaganda para cargos acadêmicos, materiais de uma conferência, etc. 
	Discorre sobre o papel do discurso em uma série de importantes mudanças culturais contemporâneas, que têm sido temas da recente análise sociológica: mudanças para formas 'pós-tradicionais' de vida social, formas mais reflexivas de vida social e uma 'cultura promocional'. 
	Nesse ponto, Fairclough ressalta a importância da ADC como recurso para as pessoas que tentam lidar com os efeitos alienantes e incapacitantes das mudanças que lhe são impostas. 
7 – Ideologia e mudança de identidade na televisão política
 	Analisa a mídia discursiva, especificamente, uma seção de um programa político noturno transmitido durante a campanha das eleições gerais britânicas de abril de 1992. Fairclough argumenta que a prática discursiva do programa efetua uma reestruturação entre as ordens do discurso nos âmbitos político, vida privada e entretenimento, por meio de uma mistura de alguns de seus gêneros e discursos constituintes. 
	A esfera política é então reestruturada por meio deuma redefinição de seus limites, com a abertura da mídia no cotidiano. O resultado é que tem havido mudança nas crenças, nos conhecimentos, nas práticas e representações políticas, nas identidades e nas relações políticas.
8 – Discurso e texto: análise linguística e intertextual dentro da análise do discurso
	De acordo com os estudos da ADC, a análise de textos deve ser parte significante da análise científica social de um todo de práticas e processos socioculturais. A análise do discurso tem que levar em consideração os aspectos culturais e sociais, bem como as formas linguístico-discursivas de dominação e exploração. Além disso, a consciência crítica é um fator de dominação que deve ser desenvolvido e propagado. O autor expõe também as razões pelas quais a análise textual acaba ganhando um maior reconhecimento na metodologia da ciência social, elas são de caráter teórico, metodológico, histórico e político. 
O que a ADC preza no texto não só a sua importância para a análise, mas também considera o que está por trás deste, omisso. 
seção C: Análise textual na pesquisa social
9 – Consciência linguística crítica e auto identidade na educação
	Posiciona a educação dentro da problemática social geral de linguagem e poder na sociedade contemporânea. A necessidade do trabalho de Consciência Lingüística Crítica surge dessa problemática, uma vez que as relações de poder funcionam cada vez mais a um nível implícito por meio da linguagem, e uma vez que as práticas linguísticas são cada vez mais alvos de intervenção e controle, uma consciência crítica da linguagem é fundamental para a cidadania efetiva e democrática. Fala do papel das instituições educacionais nessa questão relacionado à linguagem e poder, pois 1) as práticas educacionais constituem o cerne da esfera do poder linguístico-discursivo, 2) várias dessas esferas são mediadas e transmitidas por essas instituições e 3) estas estão envolvidas em educar os indivíduos sobre a ordem sociolinguística. 
	A ADC também tem um importante papel na “consciência crítica da linguagem”, além de o texto se voltar para uma aplicação particular da Consciência Lingüística Crítica na análise reflexiva das relações de poder implícitas nas convenções e práticas do discurso acadêmico, e nas lutas pelos alunos para contestar e transformar tais práticas.
Seção D: Consciência Linguística Crítica
10 – A propriedade da ‘adequação’ 
	Esse artigo retrata o conceito de “adequação” linguística, com a visão geral de que as variedades de uma língua diferem por serem adequadas para diferentes propósitos e situações. Os modelos de variação linguística da 'adequação' fundamentam a prática e política atual da educação linguística na Grã-Bretanha, incluindo as abordagens não-críticas da consciência linguística. O capítulo critica esses modelos e argumenta que são obstáculos ideológicos para o desenvolvimento da CLC.
	Fairclough conclui o capítulo enfatizando a utilidade da CLC no sentido de equipar os alunos com capacidade e conhecimento, essenciais para que possam optar pela adoção ou não de determinadas práticas linguísticas, exercendo efetivamente, assim, a sua cidadania no domínio da linguagem. 
 
	Fairclough prega uma educação que leve os alunos a terem consciência crítica sobre a linguagem, equipando-os com as capacidades e compreensões dos poderes e hegemonia envolvidos e para emancipa-los na luta contra a alienação de mercantilização e dar-lhes uma escolha significativa para serem cidadãos eficazes e democráticos.
Em suma:
https://lancaster.academia.edu/NormanFairclough;
https://www.academia.edu/7847143/Critical_Discourse_Analysis_Norman_Fairclough;
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-44502005000200007;
Faircioush, Norman. Crítical discourse analysis: the criticai study of language. London and New York: Longman, 1995,265 páss. RESENHADO POR: ERIKA FRANÇA DE S. VASCONCELOS;
https://docs.google.com/document/d/1uA8M46-QyB4UMnlF4VdFQyvTcBgd2LxR2ypb7LRGXD0/edit?hl=en_US&pli=1 by Ignasi Capdevila.
Referências bibliográficas:

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