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Caso clínico: DPOC A.S.M., 65 anos, sexo masculino, com história de dispneia progressiva, com tosse produtiva e expectoração branca e sibilos há seis dias. Relata ter procurado o Pronto Socorro anteriormente e feito inalação. Alega ter bronquite e ter usado por um tempo Budesonida e Formoterol, os quais suspendeu por conta própria. Suas queixas principais são o cansaço aos médios esforços, a falta de energia, fraqueza e, muitas vezes, episódios de insônia. Antecedentes pessoais · Tabagista há 50 anos – 20 cigarros por dia · Hipertensão arterial sistêmica · Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) anterior · Em uso de ácido acetilsalicílico (AAS) 100m/g no almoço, captopril 75mg/dia, carvedilol 6,25 mg/dia e aminofilina 600 mg/dia Exame físico Encontra-se em regular estado geral. Apresenta-se desidratado, emagrecido, dispneico com respiração superficial, fazendo uso de musculatura acessória (tiragem intercostal e batimento de asa de nariz), desconfortável em decúbito inferior a 45 graus. · PA = 160x100mmHg; FC = 118 bpm; FR = 26 ipm; T = 36,7 o. C · Saturação parcial de O2 = 90% · Ausculta pulmonar: expiração prolongada com presença de sibilos difusos e roncos e murmúrios vesiculares diminuídos · Ausculta cardíaca: bulhas rítmicas, taquicárdicas, normofonéticas, sem sopro · Exame abdominal: plano, flácido e indolor à palpação Exame de imagem: · Radiografia de tórax: sinais de hiperinsuflação pulmonar, sem focos de consolidação (substituição do ar dos alvéolos por líquido, células ou a combinação destes dois) Diagnóstico: · Doença pulmonar obstrutiva crônica Questões: 1. Descreva a doença, e os sinais e sintomas característicos da doença que o paciente citado acima apresenta. A DPOC é uma reação inflamatória a gases e partículas que chegam até o pulmão, levando à obstrução das vias aéreas e dano ao tecido pulmonar. Os sinais e sintomas característicos da doença é a dispneia progressiva, com tosse produtiva e expectoração branca e sibilos, a falta de energia, perda de peso, a diminuição dos sons respiratórios e a ausculta de sibilos. 2. Pesquise sobre a patogênese da doença. A doença pulmonar obstrutiva crônica(DPOC) é uma condição lentamente progressiva, caracterizada por limitação do fluxo de ar, que é em grande parte irreversível. O tabagismo é o principal fator etiológico. Portanto, a patogênese da DPOC está fortemente relacionada aos efeitos do fumo do cigarro nos pulmões. 3. Qual o tratamento para a DPOC? Descreva. O tratamento é com broncodilatadores, corticoides e, se necessário, oxigênio e antibióticos. Utilizam-se procedimentos de redução do volume pulmonar ou transplante de pulmão na doença avançada. Cerca de 50% dos pacientes com DPOC grave morrem em até 10 anos após o diagnóstico. Além disso, a preferência são as drogas de longa ação, sendo os de curta ação reservados para broncoespasmo agudo. 4. Pesquise sobre os medicamentos que o paciente já fazia uso. Descreva a ação de cada um (os medicamentos estão sublinhados no texto). CAPTOPRIL tem como ação anti-hipertensivo, inibe competitivamente a ECA (Enzima Con- versora da Angiotensina). ASS evita a formação de trombos, Avc e infarto. Carvedilol é um medicamento que serve para o tratamento da insuficiência cardíaca congestiva, da angina do peito e da hipertensão arterial. A aminofilina está indicada para doenças caracterizadas por broncoespasmo, como a asma brônquica aguda ou o broncoespasmo associado com bronquite crônica e enfisema pulmonar. Formoterol e Budesonida está indicado no tratamento regular de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) moderada a grave, com sintomas frequentes e história de exacerbações. 5. Quais os fatores de risco para o desenvolvimento da DPOC? O DPOC acomete principalmente fumantes, apenas cerca de 1/3 das pessoas com a doença nunca fumaram. Além do tabagismo, a exposição a gases tóxicos são os principais fatores de risco. Além do cigarro, a inalação de fumaça significativa durante muitos anos também pode desenvolver a DPOC, fatores genéticos também podem influenciar o desenvolvimento da doença, além do contato com cigarro e fumaça, no geral. “Existem causas genéticas de enfisema pulmonar que podem manifestar sintomas em pacientes bem mais jovens e que nunca fumaram, porém isso é minoria nos casos de DPOC" 6. Defina 2 diagnósticos de enfermagem para o caso acima e quais as prescrições de enfermagem para cada diagnóstico. Risco de trombose