Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Gestão da Qualidade Princípios da Qualidade Desenvolvimento do material Ricardo Célio Vieira de Souza Lima 1ª Edição Copyright © 2020, Afya. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Afya. Sumário Princípios da Qualidade Para início de conversa... ..................................................................... 3 Objetivos ........................................................................................... 3 1. Evolução do Conceito da Qualidade e Gestão da Qualidade ...... 4 2. Contribuição dos Gurus da Qualidade ........................................... 7 Referências .......................................................................................... 16 Gestão da Qualidade 2 Para início de conversa... O cenário atual revela uma crescente concorrência nacional e internacional, além de uma evolução contínua da tecnologia e do atendimento personalizado aos clientes. Crescentes exigências da sociedade requerem que as empresas não sejam instituições meramente econômicas, mas que apresentem um bom desempenho em questões ligadas à qualidade de suas operações e processos e aos seus produtos. Nossa disciplina abordará oito temas diferentes, os quais nos permitirão compreender e tratar questões envolvendo a cultura organizacional voltada à melhoria contínua de processos, produtos e serviços, por meio dos sistemas de gestão de qualidade e das ferramentas de qualidade com aplicações operacionais e gerenciais. Iniciaremos os estudos com os princípios da qualidade a fim de entender o contexto de surgimento da gestão da qualidade como ciência e os principais “gurus da qualidade” que contribuíram para isso. Em seguida, abordaremos os assuntos pertinentes à importância do gerenciamento da qualidade, pela aplicação do MASP – Método de Análise e Solução de Problemas –, os quais geram perdas e afetam a sobrevivência da empresa. Dedicaremos uma parte da nossa atenção à aplicação de ferramentas da qualidade que nos auxiliem na identificação, observação, análise e busca das causas-raízes, implementação de ações e verificação de resultados. É por esses caminhos, que iremos compartilhar com os “principais gurus da qualidade”, cientistas e gestores suas estimulantes descobertas e reflexões sobre como as organizações podem ser melhor preparadas para enfrentar os principais desafios da gestão da qualidade. Objetivos ▪ Reconhecer as contribuições de alguns gurus para o desenvolvimento das ideias sobre qualidade. ▪ Compreender como se deu a evolução da qualidade através das eras da qualidade. ▪ Conhecer alguns conceitos básicos de qualidade. Gestão da Qualidade 3 1. Evolução do Conceito da Qualidade e Gestão da Qualidade Por volta do século XIII a.C., os artesãos marcavam suas peças para que pudessem rastreá-las no futuro. Assim, até o século XVII, os artesãos detinham o domínio completo do próprio ciclo de produção: do atendimento ao cliente, passando pelo projeto, escolha dos materiais e da técnica a ser utilizada, construção do produto em si até a sua entrega. O crescimento do comércio no continente europeu originou as primeiras manufaturas, cujos donos –, quase sempre comerciantes –, contratavam artesãos que trabalhavam por salários, cada um participava de uma etapa do trabalho. O conceito atual de qualidade a define como sendo o conjunto de atributos que algum produto ou serviço possui e que o torna adequado para a finalidade a que se destina. Embora qualidade seja um conceito intuitivo e popular para o nosso escopo, deve ser bem compreendido. Estando cientes dessa importante relação, vários teóricos, ao longo das eras evolutivas da qualidade, apresentaram muitas definições para o tema. Para Deming: “Qualidade é a satisfação das necessidades do cliente, em primeiro lugar”. A famosa frase de Juran: “Qualidade é adequação ao uso” ficou destacada como a mais sintética e a mais abrangente, entendida, do ponto de vista do usuário ou consumidor, como o conjunto de características que ele considera necessárias ao preço que se dispõe a pagar e no prazo desejado. Ishikawa definiu que: “Qualidade é satisfazer radicalmente ao cliente, para ser agressivamente competitivo”. Crosby defendeu que: “Qualidade é conformidade às especificações” (CARPINETTI, 2012). Segundo Paladini (2012, p.26), a qualidade é um conjunto de características, propriedades, atributos ou elementos que compõem bens e serviços. Assim, diferentes consumidores poderão ter opiniões diversas quanto à qualidade de certo produto, em função das características que considerem importantes. Exemplo: Um usuário poderia valorizar o conforto de uma cadeira, enquanto outro apreciaria a sua durabilidade, estilo ou resistência. Modernamente, o conceito de qualidade envolve a satisfação total do consumidor. Conceitua-se controle da qualidade como o processo de verificação da conformidade de um produto em relação ao desejado, permitindo a tomada de ações corretivas. Esse processo é um instrumento gerencial que envolve quatro fases: 1. Determinação do padrão ou especificação, que é responsável pelo custo, desempenho e confiabilidade do produto. 2. Avaliação da conformidade do produto em relação ao padrão. 3. Adoção de medidas corretivas para as não conformidades e suas causas. 4. Melhoria dos padrões e especificações. Gestão da Qualidade 4 Dimensões da qualidade A Qualidade Total é avaliada pelas dimensões que englobam a satisfação das necessidades dos clientes, são elas: Desempenho: Refere-se às funções operacionais básicas de um produto. De outro modo, é tudo que o produto necessita para funcionar conforme o cliente deseja. Por exemplo, um carro deve ter aceleração, o manejo; a TV, som, nitidez da imagem, captação dos canais etc. Características: Adereços ou funções secundárias que suplementam o funcionamento básico do produto. As características não afetam o desempenho do produto, mas enobrecem o mesmo. Exemplos. Carro: desembaçador; central multimídia; TV: cabo HDMI, função sleep, recursos smart. Confiabilidade: Reflete a probabilidade de mau funcionamento ou não funcionamento de um produto ou de ele falhar em um determinado período. Conformidade: O grau em que o projeto e as características operacionais de um produto estão de acordo com padrões preestabelecidos. Durabilidade: Refere-se à medida de vida útil do produto ou o uso proporcionado de um produto até ele se deteriorar fisicamente. Exemplo: Lâmpada: horas de uso até a queima do filamento. Não há reparo. Atendimento: Refere-se a dois tópicos: Objetiva: qualidade de atendimento, rapidez, cortesia, facilidade de acesso às soluções desejadas ou reparo. Subjetiva: satisfação do cliente Estética: Relaciona-se à aparência de um produto, o que se sente com ele, qual o seu som, sabor, odor etc. Qualidade percebida: Ligada à marca do produto, fruto da imagem, propaganda, identificação, àquilo que o cliente percebe. Era da inspeção (1900 a 1930) Com o advento da produção em massa, cada operário passou a ter sua tarefa específica, desconhecendo os demais elos do processo, o produto deixou de ser personalizado, e os artesãos perderam a visão da qualidade ao final de todo o processo. A complexidade do produto e o aumento da quantidade produzida levaram a um aumento dos problemas e, com eles, a ideia de que alguém deveria responsabilizar-se pela qualidade. Como consequência, surgiu o cargo de inspetor de qualidade, o qual efetuava a inspeção de 100% dos produtos acabados. A distância entre o produtor e o consumidor, a partir desse momento, foi ampliada e, por causa disso, foram criados novos mecanismos para medir e controlar a qualidade. Foram criados os novos sistemas de Controle da Qualidade, e a inspeção ficou com o objetivo de decidir se produto atendia ou não a uma especificação pelaanálise de 100% do que foi produzido e, por isso, não produzia qualidade, apenas encontrava produtos defeituosos. Gestão da Qualidade 5 Era do controle estatístico (1930 a 1950) - Ênfase na localização dos defeitos Com o início das técnicas de controle estatístico da qualidade, por meio do trabalho de W. Shewhart, na década de 1930, surgiu a inspeção por amostragem. Entre 1940 e 1950, as empresas reconheceram que as avaliações da qualidade devem se executadas por inspetores independentes da produção. Durante a 2ª Guerra Mundial, o elevado índice de refugos, aliado ao rigor das especificações, teve como consequência a prevenção de defeitos. O “Controle Total da Qualidade”, de A. Feigenbaum, visando uma melhor estruturação das funções e independência do controle da qualidade, pois ele defendia a ideia da necessidade de mudar a ênfase da correção para a prevenção de defeitos, ideia sintetizada na frase “fazer certo da primeira vez”. Os programas motivacionais (zero defeito nos EUA a CCQ – Círculos de Controle da Qualidade no Japão) possibilitaram incorporar às técnicas de controle da qualidade aos testes de confiabilidade dos produtos. Os fundamentos da nova filosofia da qualidade começaram na concepção do produto que foi desenvolvida no Japão por meio da aplicação integral e sistemática da noção de qualidade – logo após a 1ª GM – diante do desafio de reconstruir o país das ruínas deixadas pelo conflito. Os japoneses aprenderam com os americanos a realizar o controle da qualidade e concluíram que só controlar depois do produzido não adiantava, mas sim se preocupar com a qualidade quando se começa a pensar no que se vai fazer, seja produto ou serviço, com o objetivo de decidir se o produto atende ou não a uma especificação através de técnicas de amostragem em uma base estatística. A era do controle estatístico iniciou-se com a produção em massa e teve seu auge durante a Segunda Guerra Mundial. Era da qualidade total (1950 aos dias atuais) Abordagem preventiva - A Garantia da Qualidade e o Controle da Qualidade Total surgiram no início da era nuclear espacial, pois, com a fabricação dos mísseis espaciais, o simples “controle da qualidade” tornou-se ineficiente em virtude dos altos riscos. Nessa era, a qualidade não acontece, ela é construída com a responsabilidade e o empenho de todos e como fruto de um trabalho participativo em que todos os níveis se envolvem na busca dos resultados de alta qualidade, por isso, ocorre o deslocamento da ênfase da qualidade total para o “Sistema da Qualidade”, não considerando apenas o produto ou serviço ou a responsabilidade do departamento de qualidade. A qualidade passou a ser uma responsabilidades de todos os funcionários, abrangendo todos os aspectos da operação da empresa, adquirindo uma visão sistêmica e envolvendo todos os aspectos de operação da empresa, a garantia da qualidade de produtos e serviços e a filosofia de qualidade assegurada entre fornecedores e clientes. A partir de 1990, surgiu a “Era das certificações” apresentando inicialmente o “Sistema da Qualidade” Gestão da Qualidade 6 norma ISO 9000, que prevê a verificação formal de todas as atividades que afetam os processos e a qualidade do produto iniciando com a etapa de planejamento, passando pela fabricação até o uso final, uma vez que o mais eficiente controle de qualidade tradicional não assegurava eficazmente que o produto teria um bom desempenho no uso, pois as etapas críticas do desenvolvimento do produto (especificação da qualidade a projeto do produto) não eram verificadas. O sistema de gestão da qualidade visa a obter um produto com garantia da qualidade, pois todas as atividades que afetam a qualidade são avaliadas, especialmente, quanto ao planejamento, controle de processos e inspeção, planejamento acurado, controle dos processos e atitudes de diagnose. Cada organização passou buscar a definição de qualidade para os seus produtos e serviços, tendo como entrada os requisitos dos clientes para que possa desenvolver um complexo de atividades que possa privilegiar este cliente. Dessa maneira, ao tratar a qualidade de maneira estratégica, toda a organização estará envolvida na sua gestão que consiste no conjunto de atividades e procedimentos relacionados ao seu atingimento, tornando-se uma filosofia de sobrevivência (PALADINI, 2012). 2. Contribuição dos Gurus da Qualidade De acordo com Carpinetti (2012, p.15), a partir da década de 1950, a prática de gestão de qualidade ganhou uma nova dimensão, expandindo- se para as etapas mais a jusante e a montante do ciclo de produção, envolvendo toda a organização. Contribuíram para isso, as teorias os gurus da qualidade como Juran, Feigenbaum, Deming e Ishikawa. Segundo Deming, a qualidade de um produto ou serviço apenas pode ser definida pelo cliente como um termo relativo que vai mudando de significado à medida que as necessidades dos clientes evoluem. Para corresponder ou exceder as expectativas dos clientes os gestores têm de compreender a importância das pesquisas junto aos consumidores, as teorias e o pensamento estatístico e a aplicação dos métodos estatísticos aos processos. Ênfase nos métodos quantitativos, cujos resultados resultarão em: 1. Grau previsível de uniformidade devido a uma reduzida variabilidade. 2. Adequação ao mercado. 3. Custos menores. Deming enunciou os 14 princípios aos quais a gestão deve obedecer. São eles: 1. Criar constância de propósitos, ou seja, recursos permanentes para a melhoria dos produtos e serviços, de forma a que a organização seja competitiva. Gestão da Qualidade 7 2. Cessar com a dependência da inspeção como forma de atingir a qualidade. Deve-se prevenir e investir na eliminação dos defeitos colocando a qualidade do produto em primeiro lugar e controlar por amostragem. 3. Adotar uma nova filosofia. Os atrasos, os erros e a falta de uma política de formação já não podem ser tolerados, sendo necessária uma transformação na gestão. 4. Instituir a liderança. Estabelecer novas formas de dirigir com base em relatórios sobre a qualidade. 5. Acabar com a prática da escolha dos fornecedores através do preço. O preço é apenas um custo que deve ser avaliado com a qualidade do fornecimento. O importante é minimizar os custos totais. 6. Melhorar constante e permanentemente o sistema de produção. Instituir a formação usando métodos modernos. 7. A direção da organização deve dar prioridade às suas preocupações de longo prazo e investir em uma caminhada inovadora para satisfazer às necessidades dos clientes. 8. Eliminar o medo. Evitar um estilo autoritário de gestão. Encorajar a comunicação e dar liberdade aos funcionários para questionar, propor e reportar dificuldades. 9. Derrubar as barreiras entre os departamentos. As pessoas devem trabalhar em equipe, e a comunicação entre os serviços é indispensável. 10. Eliminar slogans e metas numéricas. A maioria dos problemas de qualidade tem a ver com os processos e sistemas que são criados pelos gestores. 11. Abandonar a gestão por objetivos com indicadores quantitativos. Usar métodos estatísticos para melhoria contínua da qualidade e da produtividade. 12. Não classificar nem ordenar o desempenho dos trabalhadores. 13. Instituir um programa de educação e automelhoramento. 14. Estruturar a gestão de forma a levar a cabo os 13 pontos anteriores. Obter o empenho de todos os trabalhadores no sentido da mudança. Joseph M. Juran define Qualidade como adequação ao uso. A palavra produto (bem ou serviço) refere-se ao output de um processo e é necessário encontrar o equilíbrio entre as características positivas do produto e a não existência de deficiências no mesmo. Essas características positivas não se referem a componentes luxuosos, mas sim a características técnicas de um produto que foi desenhado para corresponder às necessidades dos clientes. As deficiências causam problemas aos clientes e, portanto, provocam a sua não satisfação.O cliente é qualquer pessoa que lida com o produto, incluindo os que o desenvolvem, os clientes internos, e os que lidam com o produto acabado, os clientes externos. Para Juran, a Gestão da Qualidade tem três pontos fundamentais, a famosa trilogia Juran: O planejamento da qualidade: Identificar os clientes, determinar as suas necessidades, criar características de produto que satisfaçam a Gestão da Qualidade 8 essas necessidades, criar os processos capazes de satisfazer a essas necessidades e transferir a liderança desses processos para o nível operacional. A melhoria da qualidade: Reconhecer as necessidades de melhoria, transformar as oportunidades de melhoria em uma tarefa de todos os trabalhadores, criar um conselho de qualidade que selecione projetos de melhoria, promover a formação em qualidade, avaliar a progressão dos projetos, premiar as equipes vencedoras, publicar os resultados, rever os sistemas de recompensa para aumentar o nível de melhorias e incluir os objetivos de melhoria nos planos de negócio da empresa. O controle da qualidade: Avaliar o nível de desempenho atual, comparar com os objetivos fixados, tomar medidas para reduzir a diferença entre o desempenho atual e o previsto. A abordagem de Crosby baseia-se na prevenção. A ideia de que os erros são inevitáveis é falsa. Compete aos gestores, por meio das suas atitudes e práticas, nomeadamente pelo reconhecimento, desenvolver o compromisso com a prevenção e eleger como objetivo principal “zero defeitos”. Se, por exemplo, for privilegiado o prazo de execução em relação à qualidade, então, o trabalho vai focar nesse parâmetro. Para Crosby, a Qualidade está associada aos seguintes conceitos: “zero defeitos”, “fazer certo de primeira”, “os quatro absolutos da qualidade”, “o processo de prevenção”, “a vacina da qualidade” e os 6 C’s. “Zero defeitos” não significa que o produto tenha de ser perfeito. Significa que todos os indivíduos, na organização, estão comprometidos em satisfazer aos requisitos. O dia “zero defeitos” permite à gestão de topo reafirmar o seu compromisso com a qualidade. Os quatro absolutos: 1. A prevenção deve ser a linha de conduta generalizada. 2. Os custos de qualidade servem como ferramenta de gestão para avaliar e atribuir recursos. 3. O padrão “zero defeitos” deve ser a filosofia do trabalho. 4. A conformidade com as especificações deve ser a linguagem padronizada em relação ao nível de qualidade que se pretende obter. Crosby vê os problemas como bactérias da não conformidade, daí a necessidade de vacinas com anticorpos que sirvam para prevenir a existência de problemas. A sua “vacina da qualidade” consiste em três ações da gestão: determinação, formação e implementação. A responsabilidade da administração contínua da vacina pertence à gestão de topo. ▪ Compreensão ou a importância de perceber o que significa Qualidade. ▪ Correção baseada na prevenção e desempenho. ▪ Continuação que enfatiza o processo de melhoria da qualidade como uma “forma de estar” da organização. Gestão da Qualidade 9 ▪ Compromisso da gestão de topo que começa por definir a política de Qualidade. ▪ Comunicação para que todos na organização adquiram uma cultura corporativa da qualidade. ▪ Competência, resultado de um plano de formação e crítico para a implantação do movimento de melhoria da qualidade de forma metódica. Para Crosby, qualidade significa conformidade com os requisitos. A qualidade deve ser definida em termos quantitativos para ajudar a organização a agir com base em metas tangíveis. A qualidade deve ser medida regularmente e para ajudar os gestores na avaliação dos custos dos erros, ele desenvolveu a seguinte fórmula: Custo Qualidade = Preço Conformidade (POC) + Preço Não Conformidade (PONC). POC - refere-se ao custo por fazer bem à primeira; PONC - fornece informação à gestão acerca dos custos perdidos e uma indicação do progresso à medida que a organização melhora. Crosby definiu a política de qualidade como o estado de espírito dos funcionários de uma organização sobre a forma como devem fazer o trabalho. Se não existir uma política formal estabelecida pela gestão, cada um estabelece a sua. Veja, no Quadro 1, como realizar um programa de melhoria da Qualidade: Compromisso da gestão de topo em relação à qualidade - A Direção da organização deve estar convencida da necessidade da melhoria da qualidade e exprimi-lo claramente por meio de um documento escrito que defina a política de qualidade da organização. Deve exprimir o que cada um precisa fazer para responder às necessidades dos clientes. Equipes de melhoria da qualidade - A Direção deve estabelecer uma equipe para supervisionar a melhoria da qualidade em todos os departamentos. O papel da equipe é avaliar o que é necessário em cada departamento e levar a cabo tudo o que respeita à política geral da qualidade da organização. Medida da qualidade - Os indicadores de qualidade devem ser introduzidos de forma a identificar as necessidades de melhoria. Avaliação do custo da não qualidade - As equipes da melhoria da qualidade deverão fazer uma estimativa dos custos da não qualidade de forma a identificar zonas prioritárias em que as ações serão imediatamente rentáveis. Tomada de consciência das necessidades da qualidade - Os funcionários deverão compreender a importância do respeito pelas especificações e o custo das não conformidades. Ações corretivas - As ações corretivas são desencadeadas nas etapas 3 e 4. Planejar um programa “zero defeitos” - Uma comissão deve ser constituída na equipe da melhoria da qualidade. Essa comissão deverá desencadear um programa “zero defeitos” apropriado às necessidades da organização e à sua cultura. Formação dos responsáveis e inspetores - Desde o início do programa, aos diferentes níveis de responsabilidade, os dirigentes devem ser formados para implementar o que lhes compete no programa global de melhoria da qualidade. Gestão da Qualidade 10 Instituir “um dia zero defeitos” - Para que o conjunto dos funcionários da organização seja sensibilizado nas novas normas de desempenho. Definição de objetivos - Para transformar os compromissos em ação, os indivíduos e os grupos devem ser encorajados a estabelecerem metas de aperfeiçoamento. Para isso, cada responsável define, com os membros da sua equipe, os objetivos específicos a atingir cujos resultados sejam mensuráveis. Esses objetivos podem ser do conhecimento de todos, e o seu progresso pode ser avaliado em reuniões regulares. Eliminar as causas dos erros - Os empregados devem ser encorajados a comunicar às dificuldades que têm em atingir as suas metas de aperfeiçoamento e na remoção das causa de erros. Reconhecimento - Deve ser manifestado publicamente (mas não financeiramente) o reconhecimento àqueles que atingem os seus objetivos de forma regular. Círculos de qualidade - Os especialistas em Qualidade e as pessoas particularmente motivadas pelo progresso da melhoria da qualidade devem se encontrar regularmente, a fim de trocarem ideias e experiências. Recomeçar e progredir sempre - O conjunto de passos anteriores deve ser iniciado com regularidade, o que renova o compromisso dos antigos funcionários e introduz os novos no processo. Quadro 1: Sequência de passos para um programa de melhoria da Qualidade. Adaptado de Crosby (s.d). Para Feigenbaum, a Qualidade é uma filosofia de gestão e um compromisso com a excelência. Nos anos 1950, ele definiu que o conceito de controle da qualidade total: “um sistema eficiente para a integração do desenvolvimento da qualidade, da manutenção da qualidade e dos esforços de melhoramento da qualidade dos diversos grupos numa organização, para permitir produtos e serviços mais econômicos que levem em conta a satisfação total do consumidor”. A Qualidade: 1. É o único objetivo da organização. 2. É determinada pelos clientes. 3. Pressupõe trabalho em grupo (círculos de qualidade). 4. Exige o compromissoda gestão de topo. 5. Exige o empowerment (aumento da capacidade de decisão dos trabalhadores e redução dos níveis hierárquicos). 6. O Sistema de Qualidade deve ser estruturado e planejado e não desenvolvido de forma casual. 7. Defende que a qualidade deve ser projetada e embutida nos produtos e não obtida somente a partir da inspeção dos mesmos. Para tal, é preciso que a empresa estruture um Sistema de Qualidade, combinando a estrutura operacional de trabalho de toda a organização, documentada em procedimentos de gestão e documentos técnicos, efetivos e integrados, para o direcionamento das ações coordenadas de mão de obra, máquinas e informações da organização. Gestão da Qualidade 11 Os seus princípios devem incluir: 1. Orientação ao cliente. 2. Integração de atividades por toda a organização. 3. Atribuições claras ao pessoal, tendo em vista a obtenção da qualidade. 4. Atividades específicas para controle de fornecedores. 5. Identificação total dos equipamentos de qualidade. 6. Conscientização de toda a organização. 7. Eficácia real das ações corretivas. 8. Auditoria periódica das atividades do sistema. 9. Controle contínuo do sistema, incluindo previsão e realimentação da informação. Feigenbaum sugere uma série de partes componentes ou subsistemas básicos que deve estar baseada em procedimentos documentados, tendo como macro referência o Manual de Qualidade: ▪ Avaliação da qualidade antes do início da produção ▪ Planejamento da qualidade e do processo. ▪ Planejamento, avaliação e controlo da qualidade dos materiais adquiridos. ▪ Avaliação e controle da qualidade do produto e do processo. ▪ Realimentação da informação da qualidade. ▪ Equipamento da informação da qualidade. ▪ Formação e orientação para a qualidade e desenvolvimento do pessoal. ▪ Qualidade na assistência técnica. ▪ Gestão da função controle da qualidade. ▪ Estudos especiais sobre a qualidade. Kaoru Ishikawa criou o conceito de “Círculos de Qualidade”, que são formados por pequenas equipes, geralmente, da mesma área de trabalho, que voluntária e regularmente se reúnem para identificar, investigar, analisar e resolver os problemas que surgem no trabalho. Nos círculos de qualidade, são destacadas as seguintes características: Voluntarismo: Os círculos devem ser criados em bases voluntárias e não por ordens superiores. Autodesenvolvimento: Os membros do círculo devem ter vontade de estudar. Desenvolvimento mútuo: Os membros do círculo precisam aspirar a expandir os seus horizontes e a cooperar com outros círculos. Eventual participação total: Os círculos precisam estabelecer como seu objetivo a participação total de todos os colaboradores do mesmo local de trabalho. Gestão da Qualidade 12 As ideias básicas subjacentes às atividades do círculo da qualidade são: Figura 1: Círculo da Qualidade. Elaborado pelo autor. Ishikawa sistematizou os sete instrumentos para o controle da qualidade: ▪ Análise de Pareto. ▪ Diagramas causa-efeito. ▪ Histogramas. Respeitar a humanidade e criar um local de trabalho animado e bom para se conviver. Contribuir para o melhoramento e desenvolvimento da organização. Exercitar integralmente as capacidades humanas ▪ Folhas de controle. ▪ Diagramas de escada. ▪ Gráficos de controle. ▪ Fluxogramas. Ishikawa preconiza que uma das bases do TQC (Total Quality Control) é a gestão funcional cruzada e que a garantia da qualidade não é somente responsabilidade do departamento de qualidade. Crosby: Conformidade com requisitos. Deming: Um grau previsível de uniformidade e confiança por um baixo custo e que seja adequado ao mercado. Juran: Adequação ao uso. Ishikawa: Produtos e serviços que são econômicos, mas úteis e sempre satisfatórios ao consumidor. Feigenbaum: Atender às expectativas do cliente. ISO 9000: Grau em que um conjunto de características inerentes satisfazem aos requisitos. Definição da Qualidade Comparativo dos Conceitos de Qualidade Crosby: Satisfazer ao cliente do começo ao fim. Deming: O cliente deve ser ouvido. Juran: Organização voltada para o mercado; destaca o papel dos clientes internos e externos. Ishikawa: Vendas devem captar as tendências e necessidades do mercado; o consumidor é o “rei”, mas muitos reis são cegos. Feigenbaum: Programa abrangendo fornecedores e clientes; quem define a qualidade é o cliente. ISO 9000: Foco total no cliente. Cliente2 1 Gestão da Qualidade 13 Crosby: O gestor é o responsável pela qualidade. Deming: A supervisão é a responsável pela maioria dos problemas da qualidade; importância do gestor. Juran: Destaca o comprometimento e o envolvimento da administração no planejamento e na melhoria. Ishikawa: Sem a liderança da alta direção, não há TQC. Feigenbaum: Enfatiza a importância da administração; liderança centralizada por departamento. ISO 9000: A gerência é a responsável pela gestão dos processos. Liderança3 Crosby: Prevenção, não inspeção. Deming: Reduzir a variabilidade por meio de contínuos melhoramentos em massa; controle estatístico. Juran: Abordagem do gerenciamento geral da qualidade. Ishikawa: Controle da Qualidade Total. Feigenbaum: Controle da Qualidade Total por um departamento. Responsabilidade para com a sociedade; ênfase na prevenção. ISO 9000: Gerenciamento por processos. Abordagem4 Crosby: Grupos de melhoramento da qualidade; a participação e a conscientização são importantes; reconhecimento financeiro para o desempenho. Deming: Participação do funcionário na tomada de decisão; a motivação é muito importante; demolir as barreiras entre os departamentos; treinar várias vezes. Juran: Abordagem de grupos e círculos da qualidade; não dá importância à motivação. Ishikawa: Participação ativa por meio dos círculos de controle da qualidade; respeito ao ser humano. Feigenbaum: Participação de todos os empregados. ISO 9000: Total envolvimento das pessoas Pessoas5 Crosby: Programa dos 14 passos. Deming: Estruturar a gestão para manter os demais 13 pontos. Juran: Trilogia. Ishikawa: Gestão funcional. Feigenbaum: Enfoca a abordagem sistêmica da qualidade. ISO 9000: Aumento da eficácia pela abordagem sistêmica. Sistema6 Crosby: Um processo, não um programa; metas de melhorias; programa dos 14 passos. Deming: Melhoria contínua para reduzir variações; eliminar metas sem métodos. Juran: Abordagem de grupo projeto a projeto; estabelecer metas. Ishikawa: Melhorias das áreas de trabalho pelos grupos de CCQ. Feigenbaum: Evolução dos grupos. ISO 9000: Contínua. Melhoria7 Crosby: - Deming: Controle estatístico. Juran: Uso da estatística; uso de dados para a tomada de decisão. Ishikawa: Uso da estatística; gestão baseada em fatos e dados. Feigenbaum: Uso da estatística. ISO 9000: Uso de dados para tomada de decisão. Dados8 Crosby: Avaliações necessárias para fornecedores e compradores; inspeção no fornecimento. Deming: Não crítico para os sistemas. Juran: Deve haver avaliações e ajuda para o fornecedor melhorar seu trabalho. Ishikawa: Envolvimento dos fornecedores e clientes no controle de qualidade. Feigenbaum: TQC para especialistas. ISO 9000: Relação de benefício mútua (parceria). Fornecedores9 Gestão da Qualidade 14 Paladini (2012) comenta que muitos dos fracassos cometidos pela implantação de um TQM (Total Quality Management) são decorrentes de equívocos no conceito de qualidade, dificuldades originadas pelo confronto entre teoria e prática (muitas palavras (princípios) e pouca ação), falta de confiabilidade nos resultados do programa, resistência à mudança e grande dificuldade de os gerentes se adaptarem à democracia da qualidade. Crosby: Custo da não conformidade; a qualidade não tem custo. Deming: Não existe o ótimo; o melhoramento é contínuo. Juran: - Ishikawa: - Feigenbaum: - ISO 9000: - Custo10 Crosby: Zero defeito; 14 passos para o melhoramento da qualidade. Deming: Métodos estatísticos; crítica, slogan e exortações; crítico do zero defeito;14 pontos para o gerenciamento; treinamento PDCA. Juran: Trilogiacrítica; slogans de qualidade; 10 passos para o melhoramento; TQC para chão de fábrica. Ishikawa: Metodologia de solução de problemas; diagrama de causa e efeito; 7 ferramentas; treinamento CCQ. Feigenbaum: TQC para especialistas ISO 9000: Implementação do sistema de qualidade. Programas11 Neste capítulo, vimos que a qualidade existe desde sempre, pois, ao longo da história, o homem procurou o que mais se adequasse às suas necessidades, fossem elas de ordem material, intelectual, espiritual ou social. Na verdade, a noção de qualidade sempre existiu no seio familiar, entre amigos, nas organizações de trabalho, escola e na sociedade em geral. Conhecemos o conceito de qualidade, as eras da qualidade e as contribuições teóricas dos chamados “gurus da qualidade” (Deming, Juran, Crosby, Feigenbaum e Ishikawa) quanto às teorias administrativas voltadas para a qualidade, no século XX, e seus antecedentes históricos que deixaram um legado muito importante para o movimento da qualidade total. Compreendemos que a qualidade é um dos principais fatores competitivos no mundo atual e consiste em entender, interpretar e implementar os desejos dos consumidores e clientes por meio de diversas ferramentas, técnicas e metodologias desenvolvidas na área da qualidade. Por fim, vimos a importância da qualidade na estratégia de sobrevivência, competitividade e crescimento das empresas que precisam adquirir uma visão ampla de qualidade, das modernas técnicas e abordagens na área, permitindo, assim, a compreensão de conceitos que poderão gerar um diferencial positivo na visão dos clientes. Gestão da Qualidade 15 Referências CARPINETTI, L. C. R. Gestão da Qualidade: conceitos e técnicas. 2 ed. São Paulo: ATLAS, 2012. PALADINI, E. P. Gestão da Qualidade: teoria e prática. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2012. Gestão da Qualidade 16 _benuzkbfml5t _ojdx747zrnn6 _xh66fjh28xhd _b95l3sdui7nr _9l2apye2ezyc _4vem6vnt582h Referências 4. Os Métodos Específicos de Gestão 4.1 Círculos de Controle da Qualidade 4.2 Seis Sigma 4.3 Benchmarking 4.4 Análise do Modo e do Efeito da Falha (FMEA) 4.5 Método de Análise e Solução de Problemas (MASP) 3. Apresentação das Ferramentas Quantitativas 3.1 Gráfico de Pareto 3.2 Diagrama de Dispersão 3.3 Histograma 3.4 Carta de Controle 2. Apresentação das Ferramentas Qualitativas 2.1 Brainstorming 2.2 Folha de Verificação 2.3 Diagrama de Causa e Efeito 2.4 Matriz GUT 2.5 Fluxograma 2.6 5W-2H-1S 1. Definindo as Ferramentas de Qualidade Objetivos Para início de conversa... Princípios da Qualidade Para início de conversa... Objetivos 1. Evolução do Conceito da Qualidade e Gestão da Qualidade 2. Contribuição dos Gurus da Qualidade Referências Modelos de Gestão e Melhoria da Qualidade Para início de conversa… Objetivos 1. Custos da Qualidade 2. O Princípio do Controle de Processos 2.1. Controle do Processo 3. Diagnóstico Organizacional dos Processos e Ferramenta MASP 3.1. Método de Análise e Solução de Problemas Referências Gestão Estratégica da Qualidade Para início de conversa… Objetivos 1. Princípios Operacionais da Qualidade 2. Fundamentos da Gestão Estratégica da Qualidade 3. Qualidade Estratégica como Base para o Sucesso nos Negócios Referências O Sistema de Gestão da Qualidade Norma NBR ISO 9001 Para início de conversa… Objetivos 1. Visão Geral da Norma ISO 9001 2. Requisitos do Sistema da Qualidade ISO 9001 3. Certificação do Sistema da Qualidade ISO 9001 Referências Ferramentas para Controle e Melhoria da Qualidade Para início de conversa... Objetivos 1. Definindo as Ferramentas de Qualidade 2. Apresentação das Ferramentas Qualitativas 2.1 Brainstorming 2.2 Folha de Verificação 2.3 Diagrama de Causa e Efeito 2.4 Matriz GUT 2.5 Fluxograma 2.6 5W-2H-1S 3. Apresentação das Ferramentas Quantitativas 3.1 Gráfico de Pareto 3.2 Diagrama de Dispersão 3.3 Histograma 3.4 Carta de Controle 4. Os Métodos Específicos de Gestão 4.1 Círculos de Controle da Qualidade 4.2 Seis Sigma 4.3 Benchmarking 4.4 Análise do Modo e do Efeito da Falha (FMEA) 4.5 Método de Análise e Solução de Problemas (MASP) Referências FMEA – Análise do Modo e do Efeito da Falha Para início de conversa… Objetivos 1. Definindo o FMEA 2. Etapas do Método FMEA 3. Critérios para Pontuação do FMEA 3.1 Índice de Severidade 3.2 Causa Potencial da Falha 3.3 Ocorrência 3.4 Controles Atuais 3.5 Detecção 3.6 Campo NPR ou RPN 4. Benefícios e Dificuldades na Implantação do FMEA Referências QFD – Desdobramento da Função Qualidade Para início de conversa… Objetivos 1. Definindo o QFD 1.1 Tabela de Requisitos dos Clientes 2. A Matriz da Qualidade 3. A Metodologia do QFD 3.1 As Diferentes Versões de QFD 3.1.1 Versão das 4 Fases 4. Aplicações e Benefícios do QFD Referências Seis Sigma Para início de conversa… Objetivos 1. Definindo o Seis Sigma 2. Estrutura Organizacional do Seis Sigma 3. O Método DMAIC 3.1 Define (Definir) 3.2 Measure (Medir) 3.3 Analyze (Analisar) 3.4 Improve (Melhorar) 3.5 Control (Controlar) 4. Aplicação do Seis Sigma Referências Princípios da Qualidade Para início de conversa... Objetivos 1. Evolução do Conceito da Qualidade e Gestão da Qualidade 2. Contribuição dos Gurus da Qualidade Referências Modelos de Gestão e Melhoria da Qualidade Para início de conversa… Objetivos 1. Custos da Qualidade 2. O Princípio do Controle de Processos 2.1. Controle do Processo 3. Diagnóstico Organizacional dos Processos e Ferramenta MASP 3.1. Método de Análise e Solução de Problemas Referências Gestão Estratégica da Qualidade Para início de conversa… Objetivos 1. Princípios Operacionais da Qualidade 2. Fundamentos da Gestão Estratégica da Qualidade 3. Qualidade Estratégica como Base para o Sucesso nos Negócios Referências O Sistema de Gestão da Qualidade Norma NBR ISO 9001 Para início de conversa… Objetivos 1. Visão Geral da Norma ISO 9001 2. Requisitos do Sistema da Qualidade ISO 9001 3. Certificação do Sistema da Qualidade ISO 9001 Referências FMEA – Análise do Modo e do Efeito da Falha Para início de conversa… Objetivos 1. Definindo o FMEA 2. Etapas do Método FMEA 3. Critérios para Pontuação do FMEA 3.1 Índice de Severidade 3.2 Causa Potencial da Falha 3.3 Ocorrência 3.4 Controles Atuais 3.5 Detecção 3.6 Campo NPR ou RPN 4. Benefícios e Dificuldades na Implantação do FMEA Referências QFD – Desdobramento da Função Qualidade Para início de conversa… Objetivos 1. Definindo o QFD 1.1 Tabela de Requisitos dos Clientes 2. A Matriz da Qualidade 3. A Metodologia do QFD 3.1 As Diferentes Versões de QFD 3.1.1 Versão das 4 Fases 4. Aplicações e Benefícios do QFD Referências Seis Sigma Para início de conversa… Objetivos 1. Definindo o Seis Sigma 2. Estrutura Organizacional do Seis Sigma 3. O Método DMAIC 3.1 Define (Definir) 3.2 Measure (Medir) 3.3 Analyze (Analisar) 3.4 Improve (Melhorar) 3.5 Control (Controlar) 4. Aplicação do Seis Sigma Referências
Compartilhar