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Microbiologi� � Doença� Infecci�a� Conceit� Básic� Patogenia: entendimento da relação entre parasita e hospedeiro. ❏ Habitat: Microbiota ou do meio ❏ Porta de Entrada: De acordo com o agente ❏ Patogenicidade: O dano causado após a entrada no hospedeiro nas células, o que leva lesões e sinais clínicos. ❏ Vias de eliminação: Como sai para infectar mais hospedeiros. ❏ Diagnóstico: A partir dele se descobre como proceder, descobrindo quem é o agente e sintomatologia comum. Relação parasita hospedeiro: Utilizado como prevenção, observando a suscetibilidade, e/ou curativa,observando a fonte de infecção. Geralmente os agentes precisam de coisas básicas,como amônia e O2. Por meio desta relação descobre-se também o diagnóstico,obtendo características estruturais e metabólicas como por exemplo: ❏ Bactérias: Procariota. ❏ Fungos: Eucariota,possuem parede celular que protege a célula, se alimenta de matéria orgânica viva ou morta, produz lesões específicas e de difícil tratamento. ❏ Vírus: Possui uma capa proteica com material genético,aumentam imunologia do corpo,não possui tratamento específico,necessita de outra célula para replicação,intracelular obrigatório. O caminho que o agente percorre também dá indícios de como ele é, ao ir pro trato urinário o agente precisa de amônia,ao respiratório de O2 e assim sucessivamente. Mei� d� cultur� É a formulação ofertada para o microrganismo visando a nutrição de suas necessidade metabólicas,sendo uma maneira artificial para a identificação destes e conhecimento de sua patogenia. A coloração do meio de cultura dá-se em função de qual nutriente está presente. É importante ter atenção a temperatura,O2,água,osmolaridade e pH (geralmente neutro) nos meios de cultura. Temperatura: É necessário que o microrganismo esteja em sua temperatura ótima/adequada, onde tem a maior taxa metabólica,variando de valor em cada indivíduo, gerando 3 classificações: ❏ Mesófilos: Temperatura ambiente/corpórea (25 à 38°). ❏ Psicrófilos: Temperatura de “geladeira” ( 4 à 10°). ❏ Termófilos: Temperatura acima de 55°. Somando-se 5 aos valores de temperatura obtém-se a temperatura ótima,subtraindo 10/20 tem-se a temperatura mínima. Oxigênio: É o receptor final de elétrons,fazendo ligações com o H+ até formar H2O e ATP. Além disso ele também aumenta o potencial de oxirredução. Podemos classificar os seres de acordo com as seguintes respirações: ❏ Respiração Aeróbica: O O2 é o receptor final de elétrons,formando espécies reativas de oxigênio pela passagem como o O3,H2O2,O- e etc. Além disso forma radicais 1 livres,sendo necessárias enzimas para a formação de H2O e degradação desses radicais,sem elas os microrganismos eucariontes têm lesões nas membranas e o procarionte morre. São chamados de microrganismos aeróbios estritos e são comumente encontrados na pele e pulmão. ❏ Respiração anaeróbica: Não possuem enzimas logo o mínimo contato com o O2 é fatal. Utiliza como receptor de elétrons o S,K e NH4, desenvolvendo-se mais lentamente em função da menor produção de atp e esses microrganismos anaeróbios estritos são encontrados usualmente no intestino grosso. ❏ Respiração aeróbica e sem O2 fermentação: São microrganismos facultativos encontrados da boca ao ânus que utilizam a glicose como fonte de energia. No caso da fermentação, a degradação chega ao piruvato e outras enzimas atuam,produzindo álcoois, CO2 e ácido lático. ❏ Microaerófilos: necessitam de respiração aeróbia contudo,possuem uma enzima deficiente, deixando o processo mais lento. Sobrevivem em locais com pouco O2 como o jejuno e crista do prepúcio. Placa bacteriana: Formada por organismos aeróbicos,seguido de microaerófilos e depois facultativo,ocasiona retração da gengiva, que ocasiona resposta inflamatória e perda do dente. Virologi� Vírus: São parasitas intracelulares obrigatórios, dependendo de outros seres vivos para realizar a replicação de seu material genético (RNA ou DNA). São muito pequenos e possuem alta especificidade, tendo uma alta plasticidade e capacidade de adaptação. Possuem um capsídeo, que é uma estrutura proteica que protege o material genético e proteínas,estruturais para sua formação e não estruturais para a replicação. ➔ Classificação: Os vírus podem ser classificados de acordo com o material genético que apresentam, sua transmissão (direta ou indireta),se é envelopado ou quanto ao formato do capsídeo (icosaédrico,helicoidal ou completo),podendo ser dividido em família,gênero e espécie. ❏ Envelopado: Lipídico devido a sua origem membranosa, é fácil de dissolver ocasionando a perda da proteína de ligação.Realizam transmissão direta e são menos viáveis no meio do que os vírus nu. Exemplos: vírus da HIV,COVID,herpes e cinomose. ❏ Não envelopado: O material genético é protegido por proteína, realizando uma transmissão indireta e alta 2 viabilidade no ambiente. Exemplo: parvovírus ❏ Icosaédrico: Proteínas que se ligam são múltiplas ❏ Helicoidal: Material genético se liga em alguns pontos a proteína. ❏ Complexa: Vírus bacteriófagos. . . ➔ Replicação Viral É o processo de multiplicação dos vírus que ocorre no interior das células hospedeiras com a finalidade de produzir progênie viral. Ocorre em 6 etapas: No vírus envelopado: ❏ 1- Adsorção: ligação específica (espículas e proteínas) entre os receptores localizados nas células das membranas ❏ 2- Penetração: Há a fusão do envelope com a membrana citoplasmática, deixando suas proteínas aparentes o que alerta o sistema imunológico ou ocorre por endocitose mediada por receptor. ❏ 3- Desnudamento: Proteínas do citoplasma degradam o capsídeo e liberam o material genético no citoplasma. No vírus não envelopado: ❏ 1- Adsorção: Ligação é feita por proteínas presentes no capsídeo entre proteína da membrana citoplasmática, que se modifica por endocitose forçada e gera um vacúolo fagocitário. ❏ 2- Penetração: Há a penetração direta ou por endocitose mediada por receptores. 3 ❏ 3- Desnudamento: No vacúolo fagocitário há a fusão de lisossomos e enzimas digestivas que digerem o capsídeo e liberam o material genético no citoplasma. Etapas comuns aos dois: ❏ 4- Síntese Viral: É a formação das proteÌnas estruturais e não estruturais a partir dos processos de transcrição e tradução. Vírus Dna: A replicação ocorre no núcleo, sendo que uma das fitas moldes formam novas fitas, sendo elas também o molde para a transcrição e para o RNAm. No RNAM há a ligação aos ribossomos, codificando a sÌntese das proteÌnas virais. Vírus Rna: A replicação ocorre no citoplasma da célula. Se houver RNA+ss o RNAm já produz partícula viral, que gera uma fita espelho e uma igual a ela. Se for RNASS- são necessárias enzimas RNA polimerase e RNA dependentes, sofrendo mais mutações. Por fim, se for da classe de RNA ss diplóide realiza a transcriptase reversa (síntese de DNA a partir de RNA) dependendo de enzimas, sendo que os retrovírus possuem esse RNA,sendo todos envelopados,possuem enzimas integrases que ligam o dna viral ao dna do hospedeiro,estando para sempre infectado.Todas as classes acima no RNAM há a ligação aos ribossomos e a codificação para sÌntese das proteÌnas virais. ❏ 5- Montagem: União da proteína viral com o material genético formando o capsídeo. Este processo, depende de enzimas tanto do vÌrus quanto da célula hospedeira, podendo ocorrer no citoplasma ou no núcleo da célula. De uma forma geral, os vÌrus que possuem genoma constituÌdo de DNA condensam as suas partes no núcleo, enquanto os de RNA, no citoplasma. ❏ 6- Liberação não envelopado: A proteína viral sai do citoplasma, vai para o núcleo, forma novos capsídeos onde a acumulação destes vírus, a célula não aguenta e sofre lise celular, liberando os agentes. ❏ 6.1- Liberação envelopados: Eles migram para a face interna da membrana celular e saem por brotamento, levando parte da membrana. 4 ➔ Diagnóstico dos Vírus O diagnóstico viral consiste-se na busca do agente infeccioso, verificando a “cicatriz” que o vírus deixou em caso de contágio prévio. Ele tem função preventiva,avaliando a disseminaçãoe monitorando a resposta vacinal. Além disso, é por meio dele que se certifica o status sanitário e a vigilância epidemiológica. Ele pode ser feito de três formas: ❏ Exame Direto: pesquisa vírus, pesquisa propriedades biológicas,pesquisa ag e pesquisa ácido nucleico. ❏ Exame Indireto: pesquisa a presença de anticorpos. ❏ Isolamento: por meio de animais, ovos embrionados ou cultura de células. ➔ Busca do Vírus A busca por este microorganismo dá-se de acordo com sinais clínicos ou pela detecção de genoma ou antígenos. Alguns métodos são: isolamento,hemaglutinação,elisa,pcr,detec ção imunológica ( IPX, IF) e microscopia eletrônica. ❏ PCR: Abreviação para reação em cadeia polimerase, este processo encontra a informação genética característica do microorganismo. Com essa informação é possível obter o DNA, que através do RNAm realizará a transcrição, passando pelos ribossomos, tradução genética e,enfim, obter a síntese proteica Este processo aumenta a quantidade de gene do vírus para estudo clínico,visualizando a quantidade de material genômico. O aparelho utilizado é o termociclador, tendo a desvantagem da possibilidade de contaminação cruzada. ❏ Isolamento Animal Laboratório Possui alta especificidade, replicando o vírus no animal. Contudo, enfrenta questões éticas a despeito desse método sendo substituído, se possível, por ovos embrionados . ❏ Cultura de Células É o processo pelo qual células são mantidas vivas e em multiplicação fora de seu tecido original, em condições controladas. Podem ser primárias, quando vem direto do animal, secundárias, quando são sobreviventes das primárias e se adequam às condições fornecidas e contínuas. 5 ➔ Patogenia Virus A patogenia viral está relacionada com a idade, estado nutricional,status imune e genética do hospedeiro (possuir ou não receptores). Além disso, a dose infectante,isto é, a quantidade de partículas virais que o hospedeiro entrou em contato e o ambiente também influenciam. Diante disso temos: ❏ Tropismo Celular: descoberta de quais células possuem a proteína mais favorável/específica para o vírus. ❏ Sintomas: consequência da patogenia, sendo o resultado da interação vírus-célula. ❏ Efeito Citopático: Alteração morfológica na célula,que perde sua função. Ocorre devido ao efeito que a colonização causa, sendo específica de cada vírus. ❏ Corpúsculo de Inclusão: Acúmulo de proteína viral dentro da célula. Está relacionada com a velocidade e local de replicação do vírus. Este processo patológico passa pelo período de incubação,isto é, o tempo entre o contato com o agente e o desenvolvimento de sintomas, podendo ser transmitido nesse período. A disseminação viral pode ocorrer: ❏ Localizada: No local onde entrou ou somente no órgão alvo. ❏ Disseminada: Se espalhar para o corpo todo. ❏ Congênita: Causadora de abortos e infertilidade. ❏ SNC: óbito. ➔ Vírus de interesse Veterinário Vírus DNA: Geralmente são os causadores tumorais pois vão para dentro do núcleo da célula e se ligam com o cromossomo do hospedeiro. Esta ligação pode se dar de forma aleatória (integração), onde o vírus se incorpora na região promotora do gene oncogênico ou na parte divisional da célula, estimulando sua multiplicação. Caso o vírus já seja oncogênico, ele entra na célula e já causa a multiplicação errônea. Vírus RNA: Os vírus RNA podem ser divididos em não defeituosos, quando possuem todos os genes para produzirem novas partículas virais e processos tumorais. Os vírus defeituosos entram no organismo, se incorporam ao DNA do hospedeiro, rouba o gene oncogênico e ocupa o lugar das estruturas virais, ficando na célula, que já se encontra em processo tumoral, até uma infecção complementar. Por fim, há o sarcoma, que é um vírus não defeituoso com ocoravidade, ocasionando processo tumoral muito rapidamente. Os principais vírus RNA causadores tumorais são: ❏ Leucose enzoótica bovina Este vírus é defeituoso, podendo demorar para apresentar sinal clínico e, enquanto isso, se espalha pelo rebanho. Ele fica incorporado no gene, sendo difícil de erradicar. As células alvo são os linfócitos e os linfonodos,tendo sinais clínicos diferentes em cada indivíduo devido a variedade de linfonodos e, por atacar os linfócitos, deixa o animal mais suscetível a outras doenças. 6 ➔ Encefalites Virais Sua transmissão dá-se por seringas contaminadas e vetores como os insetos. Os lentivírus são os retrovírus que não geram tumor mas afetam o sistema imunológico, sendo os principais: ❏ Anemia infecciosa Equina Trata-se de um vírus envelopado com alta capacidade mutagênica que tem como célula alvo os linfócitos. Sua transmissão pode ocorrer por seringas contaminadas mas principalmente pelo vetor “mutuca”. Este vetor possui uma picada dolorida, o que a leva a fazer o repasto em vários animais. Ao entrar no hospedeiro, o vírus se replica no linfócito e a proteína e partícula viral caem no sangue, que as leva às hemácias. As hemácias ficam sensibilizadas e são destruídas pelo próprio corpo, gerando a anemia. Esta doença tem alto impacto econômico e é possível fazer uma linha de precipitação ( contato anticorpo- antígeno) para melhor controle. ❏ Vírus da imunodeficiência felina Conhecido como “AIDS felina”, este vírus tem como célula alvo os linfócitos, sendo um imunossupressor, comprometendo os linfócitos e a resposta imunológica. Sua transmissão ocorre por seringas e agulhas contaminadas e por brigas entre eles devido ao contato com a unha. Pode causar anemia quando migra para a medula e compromete a formação de hemácias. ❏ Vírus da Artrite encefalite caprina Ocasiona uma doença crônica, estando infectado para sempre. Este vírus pode gerar má formação encefálica e pode ser transmitido via colostro, sendo uma solução não deixar o filhote mamar na mãe, somente em vacas. Este patógeno vai para a articulação, encontra o líquido sinovial, local onde se reproduz por não haver anticorpos e corrente sanguínea, ocasionando uma resposta inflamatória e calcificação do tecido. 7 ❏ Raiva ( Rhabdoviridae) É um vírus rnass- helicoidal e envelopado que ocasiona uma zoonose fatal, possuindo uma alta capacidade mutagênica. Possui uma alta especificidade para neurônios,sendo neurotrófico e tem como alvo o tronco encefálico e a medula. Seu principal vetor é o morcego devido ao maior período de incubação nesse animal, que proporciona o ciclo urbano,rural e silvestre de propagação. A transmissão deste patógeno é feito de maneira direta, por meio de mordeduras e arranhaduras, Esta transmissão define o período de incubação do vírus, sendo que quanto mais longe do encéfalo maior o período de incubação. Seu ciclo ocorre da seguinte forma: Inoculação⇰axônio⇰medula ⇰replicação⇰ saída por brotamento ⇰atinge toda estrutura corpórea⇰ multiplicação glândula salivar⇰ encéfalo⇰ hipocampo (reproduz). A ida até a medula, onde há diversos corpos celulares,ocasiona um sintoma postural nos herbívoros, a ataxia. Ademais, ao chegar no hipocampo o vírus adquire um controle comportamental do hospedeiro, proporcionando a agressividade, a midríase, perda de função do músculo deglutinoide,compromete as células adjacentes e faz com que o hospedeiro só ande na sombra e beba pouca aula. ❏ Encefalopatia Espongiforme Conhecida como doença da vaca louca, é determinada por uma proteína infectante. Esta proteína é sintetizada por nós e está associada com o sono, sofrendo uma mutação pelo vírus de um aminoácido ou uma base, mudando a conformação e tornando-se infectante, não degenerando ao acordar e se acumulando a nível neuronal já que consegue estimular as proteínas no encéfalo para a replicação. Pode ser crônica, com período de incubação de 5 á 10 anos e é considerada uma zoonose. ❏ Influenza Vírus Trata-se de um vírus rna envelopado que possui 2 tipos de espículas, o que confere a esse vírus a diferenciação de tipos vacinais e do processo patogênico. Além disso, seu rna segmentado também facilita a recombinação,permitindo a infecção de mais de um tipo de influenza por célula, gerando uma alta variabilidade para qual não possuímosdefesa . 8 Os principais sintomas são a febre,olhos e nariz escorrendo e dificuldade de realizar suas funções. Em equinos há uma incapacidade de força e,em aves e suínos,queda de produção. ❏ Paramoxys virus Conhecido como vírus do resfriado comum pelos principais sintomas, ele é rnass- envelopado. Tem como principais patogenias: 1- Doença de newcastle: doença que está erradicada no Brasil que acomete aves, deixando como sintoma claro elas ficam em decúbito,podendo levar a óbito. 2- Tosse dos canis: mais comum em filhotes. 3-Cinomose: afeta desde o sistema respiratório ao digestório, podendo evoluir para o sistema nervoso. Tem como sintomas a hiperostose aguda das patas e lacrimação. ➔ Doenças Vesiculares São causadas por vírus que possuem como célula alvo a epiderme, possuindo uma sintomatologia comum. ❏ Febre Aftosa Acomete os suínos,ruminantes,bubalinos e caprinos, é um vírus pequeno rnass+ não envelopado icosaédrico,conhecido como picornavírus. Sua entrada ocorre por via oral e nasal. Já foi uma zoonose e hoje encontra-se controlada devido a obrigatoriedade de vacina anual contudo, ao detectar na carne o rebanho é condenado, gerando prejuízo econômico. Tem como célula alvo células com alta taxa de replicação metabólica,como o tecido epidérmico. No caso de filhotes sem contato prévio com esse agente este vírus acomete a musculatura cardíaca. Como sintomas tem-se a presença de vesículas no palato,língua e interdígitos,gerando lesões superficiais e vesiculares que condiciona a picos febris. Devido a seu formato icosaédrico esse vírus possui 4 proteínas: 1- VP1: Fração imunogênica e função estrutural. 2- VP2/VP3: Função estrutural 3- VP4: Adsorção na célula. Além disso possui diversos sorotipos, sendo o A/O/C o que acomete a américa e europa, o SAT 1/2/3 o que acomete a África e o ASIA 1 a ásia. 9 ❏ Ectima Contagioso Poxvirus DNA dupla fita envelopado helicoidal tem sua transmissão por intermédio de insetos e artrópodes,seringas e agulhas contaminadas. Ocasiona a formação de lesões secas em região de narina, lábio, orelha e olhos, não levando a óbito contudo há uma formação tumoral devido a multiplicação errônea da célula por estar se multiplicando no núcleo do vírus, atrapalhando o dia-a-dia. ❏ Varíola Bovina Possui como alvo as glândulas mamárias dos bovinos, ocasionando uma lesão superficial que compromete a ordenha,podendo ocasionar mastite. Pode passar para os humanos pelo contato direto, a exemplo da mão pela ordenha. ❏ Papilomavírus É um vírus DNA dupla fita não envelopado icosaédrico conhecido como vírus de HPV nos humanos.Possui uma alta especificidade para diversos animais, sendo o local definido de acordo com a espécie. Este vírus gera prejuízo econômico devido a estética e condenação da parte contaminada. ➔ Herpes Vírus São vírus DNA envelopados que não geram processo tumoral contudo geram infecção crônica,aparecendo com a baixa resistência do sistema imunológico. Geram vesículas aparentes que são as transmissoras quando estão produtivos e,quando não estão produtivas, fica em latência no material genético. Podem ser subdivididos em alfa,beta e gama vírus,sendo o gama os com sintomas mais agudo. ❏ Citomegalovírus suíno Acomete animais jovens, ocasionando a reabsorção e mumificação do leitão em fase uterina, do aborto ou de uma prole fraca. É conhecido também como Herpesvírus suíno 2. 10 ❏ Febre catarral maligna Vírus herpes gama, já foi erradicado do mundo. ❏ Rinotraqueíte infecciosa bovina Vírus alfa ocasionador de abortos e lesões comumente em região de narina,vulva e vagina. ❏ Mamilite Bovina Vírus alfa que gera um alto prejuízo econômico por potencializar a ocorrência de mastite. ❏ Encefalite viral Bovina Vírus alfa conhecido como Herpesvírus tipo 5 possui tipos específicos e,neste caso,destrói o tecido encefálico,gerando sintomas neuronais. ❏ Pseudo Raiva Vírus alfa antrópico que acomete com mais gravidade os suínos, realizando sua multiplicação viral no útero, gerando a mumificação do leitão, diminuição da ninhada e leitões fracos Tem sintomas cardíacos (multiplicação na musculatura cardíaca após nascimento),articulares como artrite e artrose, neurológicos,reprodutivos e dérmicos. Sua transmissão é feita por seringas contaminadas,contato direto e indireto e contaminação cruzada,tendo como solução o uso de vacinas. Em outras espécies há multiplicação na epiderme,gerando coceira e automutilação. ❏ Aborto Equino a Vírus É um vírus alfa que penetra por via nasal,oral ou vaginal, ocasionando o aborto no final da gestação. Além disso gera problemas respiratórios e nervosos. ❏ Laringotraqueíte infecciosa Acomete as aves e seu diagnóstico só é feito após o abate, detectando uma lesão característica em vesícula e célula estourada. Como sintomas tem-se o olho pequeno,lacrimejante,barbela caída e escorrimento nasal. ❏ Doença de Marek Exceção de herpes vírus pois condiciona processo tumoral nas aves. É um vírus de notificação obrigatória e tem como sintomas a dificuldade de locomoção e a cabeça baixa. 11 ➔ Vírus Cães e Gatos Dentre os citados acima, os paramixovírus cinomose e tosse dos canis também entram nessa classificação. ❏ Hepatite infecciosa Canina É um adenovírus DNAds não envelopado, sendo grande e possuindo diversas espículas,o que facilita o controle vacinal. Tem como órgão alvo o fígado, levando a sintomas como a icterícia,não eliminação de bile, síndrome do olho azul (deposição complexo antígeno anticorpo na córnea do animal). ❏ Parvovírus Canino Tem origem pelos felinos, é um vírus icosaédrico, DNAss não envelopado. É muito pequeno, multiplicando-se nas células basais das células absortivas do intestino,destruindo-as. Como sintomas tem-se a gastroenterite hemorrágica,pico febril e óbito. OBS: no caso dos suínos ele vai para o útero,afetando a fecundidade e natalidade do animal. ❏ Coronavírus Canino Vírus icosaédrico rnass+ envelopado com espículas tem como alvo as células apicais das células absortivas intestinais,gerando um efeito diarreico. ❏ Rotavírus Canino Vírus rnads não envelopado possui como célula alvo as células intermediárias das células absortivas intestinais, gerando um efeito diarreico. ❏ Peritonite infecciosa felina Abaixa severamente a resposta imunológica,ocasionando um acúmulo de líquido no abdômen tendo controle vacinal. ❏ Panleucopenia Felina Ocasiona imunossupressão em adultos e em filhotes reduz o cerebelo, gerando o nascimento de filhotes natimortos,fracos e sem coordenação motora. ❏ Retrovírus Subdividido em: 1- oncornavirus: realizam processo tumoral como o vírus da leucose felina e o vírus da leucemia felina. 2- Lentivírus: vírus da imunodeficiência felina. ❏ Vírus respiratórios de felinos Possui como representantes o calicivírus felino sendo um vírus RNA ss+ não envelopado e a rinotraqueíte infecciosa felina, que é um herpes vírus. Resp�t� Imun� A resposta imune atua em decorrência da infecção por algum corpo estranho que entra no hospedeiro. Essa infecção, que é o contato íntimo entre o agente e o hospedeiro, pode ser aguda,latente,crônica e aguda ocasionalmente crônica. ❏ Aguda: alta infecção no ínicio e depois some. ❏ Latente: de tempos em tempos ressurge com a queda de imunidade. ❏ Crônica: patógeno constantemente ativo. 12 ❏ Aguda ocasionalmente crônica: alta infecção,fica ativa, mas depois some. O corpo possui diversas formas de combater essa entrada, sendo por barreiras para impedir a entrada,pela imunidade inata,adquirida e adaptativa. ➔ Barreiras naturais Para conseguir entrar no corpo, o antígeno depara com barreiras que se opõe a sua entrada. As barreiras são classificadas como barreiras mecânicas, microbiológicas e químicas. Como barreira mecânica possuímos o epitélio e mucosas,além de nossa pele,como microbiológicos temos a nossa microbiota natural e, quimicamente,temos as enzimas. Além disso,processos fisiológicos e reflexos auxiliam na barreira de entrada para os patógenos. . ➔ Imunidade Inata Essa resposta é a primeira linha de ação que nosso corpo tem para responder à entradade um antígeno e possui este nome porque o termo inata significa natural, ou seja, que nasce com a pessoa. As principais células que participam desta ação são os neutrófilos, os macrófagos e as células naturais killer (NK). Além delas há o sistema complemento, células dendríticas e as células granulares mastócitos, basófilos e eosinófilos. ❏ Neutrófilos: possui um núcleo segmentado e é a primeira célula que vai para o local lesionado e fagocita. ❏ Macrófagos: também chamado de monócito quando está na corrente sanguínea,possui o núcleo arredondado, realiza também a fagocitose e é a partir dele que surge a imunidade adquirida. ❏ Células natural killer: não são específicas, possuindo receptores que captam elementos estranhos e os eliminam, sendo muito importante para células infectadas pois as reconhece e destrói. ❏ Sistema complemento:é uma sequência de moléculas fragmentadas com função de destruir o agressor.Possui diversas vias,a clássica ativada pela imunidade adquirida, a lectina pela resposta inflamatória e a alternativa,quando vê o patógeno. Além disso, realiza a opsonização,que é a ligação ao patógeno para favorecer o 13 processo fagocitário/reconhecimento e realiza a lise,onde um pedaço dele se infiltra no agressor. ❏ Células Dendríticas: células fagocitárias do sistema nervoso que, a partir dela, surge a imunidade adquirida. ❏ Mastócitos, basófilos e eosinófilos: são mediadores inflamatórios que informam e comunicam as células para uma resposta imune rápida, sendo comuns em processos alérgicos e infecções por parasitas. O processo de inflamação ocorre também devido a esta imunidade inata,sendo constituído de 5 fases: ❏ 1- Calor: ativação de todas as células na tentativa de matar o agente. Há febre em caso de infecção. ❏ 2- Avermelhado: devido ao aumento da permeabilidade da célula e da temperatura. ❏ 3- Inchaço: pela abertura dos vasos,que leva a entrada de componentes na corrente sanguínea e a criação de edemas. ❏ 4- Dor: devido a ruptura do tecido e também como forma de proteção pelo reflexo. ❏ 5- Perda de função: processo cicatricial e reconstrução do tecido. ➔ Imunidade Adquirida Pode ser ativa,quando já houve um primeiro contato,estando mais resistente para o segundo, ou passiva artificial, quando pega a resposta imune pronta de outro hospedeiro, a exemplo do soro antiofídico ou passiva natural, como na amamentação do colostro. Neste caso, os mácrófagos irão apresentar o antígeno em sua membrana para o linfócito T. O linfócito T aumenta de quantidade,ficando um para ser a célula de memória e voltar a ativar mais macrófagos e reiniciar o ciclo e outros ativam os linfócitos B,que irão produzir anticorpos. ➔ Resposta imune adaptativa Resposta altamente específica e diversa, possui especializações e é dividida em humoral e celular. ❏ Celular: Participa-se dela as células T e as auxiliares delas, que produzem linfocinas, que são mediadores para lise celular, e potencializam a ação das outras células do sistema imune, visando a destruição dos patógenos. 14 ❏ Humoral: Previne a entrada e difusão de patógenos, constituindo se dos anticorpos e todas as outras estruturas presentes no citoplasma. Esta resposta imune demora no mínimo 21 dias para a conclusão posto que há o reconhecimento do antígeno,expansão clonal,diferenciação,ativação do linfócito,eliminação do antígeno, apoptose e,por fim,criação da memória imunológica. Neste processo, os linfócitos B possuem a função de neutralização do microorganismo,estímulo da fagocitose e ativação do sistema complemento. O linfócito T auxiliar ativa os macrófagos e os linfócitos T e B. O linfócito T citotóxico destruição da célula infectada. ➔ Citocinas Durante a realização desses processos de combate, às células de defesa liberam as citocinas e quimiocinas, que são proteínas que se ligam a outras células que possuem receptores específicos para essas proteínas, sendo então uma forma de comunicação entre as células do sistema imune. Estas proteínas também aumentam a permeabilidade do capilar sanguíneo no local para que haja a vinda de mais células. ➔ Origem das Células do sistema imune As células imune surgem na medula óssea,sendo uma célula indiferenciada chamada célula hematopoiética. A partir dela há a formação,principalmente, neutrófilos,macrófago,linfocito,células dendríticas e dos anticorpos. ❏ Neutrófilos: produzido na medula óssea,cai na corrente sanguínea e vai para o tecido. Não se reproduz no tecido, logo quando há neutrófilos jovens é sinal de lesão grave pois a medula não está conseguindo produzir o suficiente. ❏ Macrófagos: se forma no tecido e produz antígenos. Realiza a fagocitose,onde captura,forma vacúolo fagocitário e destrói. Produz e libera O2 reativos. Incorpora os resíduos do processo 15 para apresentação do antígeno ao linfócito T. ❏ Células dendríticas: nas superfícies mucosas,levando a apresentação e produção de resposta imune adquirida. ❏ Linfócitos: após o macrófago ativá-los,eles iniciam o processo de expansão clonal,onde uma célula retorna para o tecido linfóide como memória e as outras regulam a resposta e ativam os linfócitos b. Os linfócitos B fazem expansão clonal e gera os plasmócitos, células produtoras de anticorpo. ❏ Anticorpos: possuem como estrutura básica uma fração variável que se altera de acordo com o antígeno. É subdividido em IGg,IGm,IGe,IGd e IGa. - IGg: possuem um fragmento mutante para se ligar a um antígeno específico,auxilia nas células não específicas,realiza o processo de opsonização,aglutinação,neutraliza ção do patógeno e ativação do sistema complemento. - IGm: anticorpo não específico, é solúvel e possui 5 pontes de ligação,sendo o primeiro que aumenta. - IGe: ativa os mastócitos, tendo função em alergias e infecção por parasitas. - IGd: ativação e opsonização das células. - IGa: proteção de mucosas,impede a ligação do vírus. Bactéria� As bactérias são seres procariontes que possuem uma única organela,os ribossomos. Sua respiração é feita através da membrana citoplasmática em função da sua dupla camada lipídica. Esses microrganismos possuem como formação base: DNA + ribossomos + membrana, sendo as bactérias mais simples, pertencentes a família mollicutes mycoplasmas,que colonizam as membranas serosas.Algumas bactérias conseguem aderir plasmídeo em sua constituição, ajudando na degradação de compostos,produção de toxinas e resistência a antibióticos,conferindo a elas uma vantagem seletiva. Possuem outras estruturas também,tais como: ❏ Parede celular: Estrutura composta por peptidoglicanos,lipídeos,carboidrat os e proteínas, é uma estrutura rígida responsável por dar forma e resistência a bactéria. Possui como unidade funcional os peptídeos glicanos, que se subdividem em ácido urônico e ácido glicosamina. Para realizar a adesão dessa unidade funcional 16 existe uma sequência peptídica. Além disso a parede celular possui poros que proporcionam uma permeabilidade seletiva na célula. Para a diferenciação perante esta parede celular das bactérias existe uma classificação: Classificação Gram: Coloração que diferencia grupos de bactérias de mesma composição mas em quantidades e distribuição diferentes,podendo ser classificadas em negativas e positivas. ❏ Positivas: Possuem uma parede mais espessa,com apenas proteoglicanas contudo em alta quantidade,ficando na coloração gram azul/roxa. ❏ Negativas: Possuem menor quantidade de proteoglicanas,possuindo muitos lipídios, o que facilita a dissolução e confere uma parede mais fina.Além disso possuem uma coloração gram vermelha.Possui lipopolissacarídeo (LPS) LPS: É uma camada externa das gram negativas conhecida como endotoxina, podendo atuar como veneno,causando febre,diarréia,destruição de hemácias e choque. Possui duas partes: 1- Lipídeo A: Imerso na parede com função estrutural e endotoxina. Ao haver a morte destas bactérias este lipídeo A vai para o sangue, se liga às proteínas plasmáticas e há degradação descontroladas das células inflamatórias, gerando vasoconstrição e vasodilatação em alguns pontos,alterandoo débito cardíaco,liberando toxinas no sangue e.por fim,levando a óbito. 2- Antígeno O: É a imunogenicidade do agente, que é mais facilmente reconhecido pelo sistema imune do hospedeiro contudo dificulta os processos fagocitários do mesmo. ➔ Classificação quanto à forma As bactérias podem ser cocos ciliadas,bastonetes,espiraladas e vibrião. ➔ Componentes Bactérias ❏ Mesossomos: Responsáveis pela fixação do material genético,estão no centro da célula e é o resultado da invaginação de membrana. ❏ Flagelos: Grandes estruturas proteicas possuidoras da proteína flagelina que garantem a movimentação bacteriana,auxiliando também na resposta antigênica. Seu funcionamento é melhor em ambientes úmidos/líquidos,realizando sua ancoragem na membrana plasmática da célula pela presença de ATP. Pode ser dividido em: Monotríquio: flagelo único. Peritríquio: vários flagelos, principais bactérias do interesse veterinário possuem. Anfitríquio: Nas duas extremidades, a exemplo da leptospira. Lofotríquio: Vários de uma extremidade. 17 ❏ Fímbrias: De natureza proteica,são mais curtos que os flagelos e garantem a aderência da bactéria na célula alvo,gerando uma especificidade de ligação. ❏ Plasmídeo: Dna extracromossomal que garante a diversidade bacteriana e adaptações seletivas vantajosas. ❏ Pili: Canal proteico onde a bactéria passa seu material genético para outra durante a conjugação ,compartilhando sua resistência. ❏ Cápsula: Polímero viscoso e gelatinoso situado externamente à parede celular, composto de polissacarídeo e/ou polipeptídeo. Responsável pela proteção contra desidratação, aderência e proteção contra fagocitose pois dificulta o reconhecimento,aumentando a virulência. ❏ Esporo: Estruturas altamente diferenciadas e possuem pouca quantidade de água. São uma vantagem patogênica,sendo uma ação de sobrevivência em ambientes não favoráveis, sendo resistentes ao calor, desidratação, valores extremos de pH, radiação Esporulação: Bactéria com taxa metabólica baixa,não havendo reprodução. Há a replicação do material genético cromossomal⇰ Vai para outro local da célula⇰ Forma uma nova membrana e parede celular ao redor para proteção⇰ Cobertura por ácido dipicolínico e Ca conferindo resistência⇰ Célula mãe sofre lise e libera o esporo que só entra em germinação quando o ambiente estiver favorável. 18 ➔ Divisão Celular Bacteriana ❏ Fissão Binária: Uma célula mãe gerando 2 filhas. Há a duplicação do material cromossomal ⇰Formação de membrana e parede ⇰ Divisão em duas células idênticas a mãe (clonagem bacteriana,não gera diversidade). ➔ Curva de Crescimento Possui 4 fases: 1) Fase lag: Não há divisão celular,está se adaptando ao meio. 2) Fase log: Divisão celular se inicia,há a fissão binária e gera o dobro de crescimento. 3) Fase estacionária: Taxa de divisão celular = taxa de morte devido a queda de alimento,mudança de pH e etc. 4) Fase de morte: Taxa de morte > taxa de divisão celular. Ambiente está inviável. ➔ Patogênese Bacteriana Ao saber a patogênese, há um melhor controle,reduzindo prejuízos como os econômicos pela morte do hospedeiro. É necessário o entendimento da evolução do caso clínico e a sintomatologia de cada hospedeiro. A patogenicidade ocorre seguindo as seguintes etapas: 1)Confronto: Encontro agente-hospedeiro. 2)Entrada: Agente entra no hospedeiro. 3)Disseminação: A partir do ponto de entrada. 4)Multiplicação: Aumento do número de microorganismos. 5)Lesão: Dano tecidual,dependente da dose infectante,do agente e da resposta do hospedeiro. 6)Resultado: Pode ser positivo,negativo ou indiferente. A produção de sideróforo é um fator de aumento da patogenicidade pois ele rouba o Fe do hospedeiro,deixando ele livre.Além disso há as endotoxinas,conhecidas como lipídeos A as quais não há resposta vacinal e as exotoxinas,que são sintetizadas pelas bactérias e liberam no meio,possuindo um mecanismo de ação diverso e uma estrutura proteica,permitindo a vacinação. A presença das fímbrias,flagelos,plasmídeo,cápsula e antígeno O também aumentam a patogenicidade. 19 ➔ Invasão Bacteriana Possuem microorganismos extracelulares obrigatórios,intracelulares obrigatórios e facultativos. Os facultativos realizam sua entrada geralmente pela quebra da resistência da membrana mucosa pela enzima hialuronidase. Enzima coagulase: Forma coágulo a partir da fibrina,impedindo o processo fagocitário.Após detectar que os macrófagos saíram ela desfaz o coágulo e torna-se bem invasiva. ❏ Portas de entrada: Pode ser pelo trato respiratório,gastrointestinal,genituri nário, membranas mucosas, conjuntivas,pele,via parietal. ❏ Porta de saída: Pode ser por secreções,excreções e descamações de tecido, igual a porta de entrada. Para que haja sucesso na patogenicidade o microrganismo deve adquirir gene de virulência e ligá los/desligá-los,sentir o ambiente, deslocar-se para local de infecção,conseguir nutrientes,evitar sistema imune,provocar lesões no tecido do hospedeiro,interferir com sistema de sinalização e citoesqueleto das células do hospedeiro e se dispersar para os órgãos. ➔ Bactérias de importância na saúde pública ❏ Brucella Bactéria bastonete gram negativa intracelular facultativa, possui baixa resistência a condições ambientais. É responsável pela doença chamada brucelose, esse microorganismo, em humanos, gera problemas de fertilidade,aborto,artrite,artrose e febre e, em animais, um problema de fertilidade e infecções no útero, o que resulta em um aumento no intervalo de partos.Existem 5 genêros da brucella que possuem proteínas específicas em sua parede: 1- Abortus bovino: Alta adesão em bovinos, sendo a causadora da zoonose mais frequente. Portadora da proteína A em maior quantidade e da proteína M. 2-melitensis caprin: Acomete principalmente os caprinos e é a zoonose mais patogênica.Portadora da proteína M em maior quantidade e da proteína A. 3-suis: acomete suínos.Portadora da proteína A e M em igual quantidade. 4-canis: acomete cães. Portadora da proteína R. 5:ovis: acomete ovinos.Portadora da proteína R. Dependendo do gênero e qual espécie acometeu,pode passar despercebida no rebanho. Porta de entrada: Sua entrada dá-se por via nasal e oral, sendo fagocitada por linfonodos regionais e causa uma infecção nas gônadas devido a atratividade pelos hormônios sexuais. Nos cães, encontra-se a bactéria também em vias sacrais e próximas à medula, sendo que a inflamação pode comprimir nervos e dificultar a locomoção. Em ruminantes, ela vai até o útero quando a 20 vaca está prenha pela atração por eritol, vai para os movimentos cartileicos e placentarios, realiza a necrose da artéria fetal, há a perda dos anexos placentários e, por consequência o aborto. Em machos compromete o testículo. Transmissão: É feita pela monta (maior tempo maior a chance) e por contaminação do ambiente pelos resíduos e anexos placentários. Diagnóstico: Soroaglutinação, uso do antígeno rosa bengala acidificado tamponado (aat) que favorece a ligação do IGg. Solução: Descarte animal contaminado e vacinação de 3 a 8 meses. ❏ Listeria É uma bactéria pequena, gram positiva flagelar (até entrar no hospedeiro) intracelular facultativa, sendo encontrada no ambiente devido a sua alta resistência e alta taxa de divisão celular. É causadora de uma alta taxa de hospitalização e de óbitos, estando associada com a infecção alimentar em decorrência de mal processamento de leites e carnes e condições sanitária além da silagem, que também ajuda na sobrevivência desta bactéria. Porta de entrada: Trato digestório. Patogenia: 1- Forma nervosa: Traumatismo na mucosa da orofaringe⇰ Atinge nervo trigêmio⇰ Tronco encefálico⇰ Meningoencefalite. 2- Aborto: Traumatismo na mucosa da orofaringe⇰ Via hematógena⇰ Útero⇰ Infecção intra uterina⇰ Edema e necrose da placenta⇰ Aborto. 3- Forma septicêmica: Traumatismo na mucosa da orofaringe e transplacentária no neonato⇰ Mucosa intestinal ⇰ Invade o epitélio intestinal por endocitose forçada,multiplicando-se na submucosa⇰ Vasos sanguíneos⇰ Abcesso no fígado,baço e outros órgãos⇰ Septicemia. Sintomas:Andar em círculos,hemiparalisia facial associada a meningoencefalite. Diagnóstico: Em funçao do sintoma, podendo pegar o produto do aborto,principalmente conteúdo estomacal, e em SN através do liquor,isolando a bactéria,além de fragmento de órgãos. ❏ Campylobacter Bactéria emergente vibrião, gram positiva flagelada e microaerófila (não vive em O2 atmosférico). Possui como células alvos as do final do intestino delgado, do intestino grosso e da região prepucial. Patogenia: 1-Reprodutiva: Causada pela campylobacter fetus fetus e fetus venerealis é causadora da vibriose bovina. A contaminação dá-se pela colonização delas nas cristas prepuciais, onde por meio da cópula há a transmissão para a fêmea, ela se fixa no endométrio, produz resposta inflamatória criando uma inaptidão de fixar o embrião, que é reabsorvido ou sofre o processo 21 abortivo. Pode ir também para a vagina,causando vaginite ou para o cérvix,causando cervicite. Pode ser feita a contaminação por rota fecal também. 2- Intoxicação alimentar: Causada pela campylobacter jejuni,coli e lari. A contaminação se dá por via fecal-oral, tendo predileção pelas células do intestino delgado e início do grosso. Sintomas: Como reprodutivo tem-se a retardação do cio e abortos, já no alimentar, devido a toxinas que atrapalham a absorção de nutrientes, condiciona processo diarreico,eliminando água. Em humanos, pode causar dores de cabeça,fadiga,febre,dores abdominais,náusea,vômitos e diarreia sanguinolenta. Solução: No caso reprodutivo, deixar a fêmea sozinha de 3 á 4 meses para que haja a limpeza natural do útero. ❏ Leptospira Bactéria espiroqueta gram negativa flagelada (bipolar) aeróbia estrita, possui uma bainha constituída de proteínas imunogênicas que conferem a classificação dos diferentes tipos de leptospira. Suas extremidades são dobradas ou em formato de gancho,sendo possível a visualização somente por microscópio de campo escuro e tintura com prata. Fazem a utilização dos ácidos graxos como fonte energética. É pouco resistente ao ambiente, sobrevivendo em locais úmidos/aquosos com alta temperatura. Variedade de leptospiras: Existem 8 genomoespécies patogênicas além das leptospiras saprófitas,que se localizam no intestino e logo vai para o ambiente. 250 sorogrupos: Icterohaemorrhagiae – roedores. Hardjo – bovinos.Pomona- suínos.Canicola e Bratislava – cães. Grippotyphosa - várias. A icterohaemorrhagiae é a mais importante dentre os soros grupos pois, no roedor,é assintomática. Porta de entrada: Pele e mucosas. Durante enchentes o ambiente fica mais favorável para o microrganismo, a pele do hospedeiro fica mais suscetível e mais roedores,um dos transmissores,estão fora de seu habitat. Patogenia: Depende do hospedeiro,região e da variedade de leptospira. Em hospedeiros adaptados ocasiona sintomas reprodutivos mais brandos,causando menos danos pela facilidade de infecção e quantidade de receptores. Em hospedeiros não adaptados o sintoma é mais severo,causando lesões até chegar no túbulo renal,local alvo dessa bactéria. Leptospiuria: Fase de grande dispersão do microorganismo. A leptospira invade o rim, atravessa o parênquima destruindo as células,chega ao néfron e túbulos renais,condicionando sintomatologia renal. O sistema imune não é muito efetivo pois entende que o microorganismo está fora do corpo, então o indivíduo contaminado elimina pela urina os microorganismos, gerando uma grande contaminação do meio. Pode vir a causar icterícia. Transmissão: Pela urina,sangue,leite,sêmen e saliva. Possuem três mecanismos que auxiliam na infecção: 22 1-Hialuronidase: Destrói cemento intracelular facilitando a penetração. 2- Enzimas Lipolíticas: Atuam sobre ácidos graxos insaturados da pele. 3- Movimento de saca rolha: Facilita penetração. Sintomas: São progressivos, incluindo a presença de mucosa amarelada,úlcera,mau hálito, perda da ponta da língua. Por inicialmente ser sintomas comuns,o diagnóstico é dificultado. Diagnóstico: Coleta do estômago do feto abortado,uso de imunofluorescência (microaglutinação com antígeno vivo pela bainha que a leptospira possui), testagem dos 25 sorogrupos. Especificidades de casos de leptospira: Em algumas espécies, a leptospira condiciona alguns casos,tais como: Bovinos: Redução na fertilidade do rebanho,aumento do período de cio e de pariação. Se for para o úbere pode gerar mastite, sendo identificada pela presença de sangue no leite pois a leptospira atravessa o endotélio,gerando lesões e pelo úbere flácido. Equinos: Maioria assintomático, podendo causar febre, sintomas entéricos durante a febre e anorexia. Em caso de sintomatologia severa pode causar problemas oftalmológicos como uveíte,cegueira,opacidade da córnea,iridociclite e etc. Suínos: Apresentam um longo período sem sintomas e.após 20 a 30 dias, começam a eliminar elevadas quantidades de leptospira no ambiente. Em leitões podem apresentar icterícia,inapetência,sangue na urina e óbito. Em porcas altamente afetadas pode causar febre,depressão e inapetência. Contudo, os sintomas mais comuns em suínos é a mumificação do feto,natimortos e abortos. Felinos: Muito resistentes devido ao hábito de predação de roedores, o que ocasionou um favorecimento evolutivo, tal como a não presença de proteínas de fixação da leptospira.Para se contaminarem a dose infectante ter que ser elevadíssima. ❏ Gênero Brachyspira ou Serpulina Inclui várias espiroquetas intestinais comensais e patogênicas principalmente para suínos mas também para aves (sendo comum a espiroquetose intestinal aviária), outras espécies animais e para o homem. Costumam causar disenteria ❏ Borrelia Grupo de bactérias que possuem baixa resistência no ambiente, sendo transmitida por vetores,especialmente os carrapatos. Existem dois subtipos principais: 1-Borrelia Anserina: Acomete aves, onde a bactéria se multiplica no interior do intestino do carrapato argas, que transmite para as aves,causando problemas reprodutivos e óbito. 2-Borrelia Burgdorferi: Bactéria grande sendo transmitida pelo carrapato amblyomma e seu ciclo nos cervídeos, ocasionando a doença de lyme no homem. Esta doença possui um tratamento muito longo,gerando dores articulares, resposta inflamatória,artrite com evolução para artrose, febre e dores no corpo. 23 ❏ Helicobacter Pylori Bactéria gram negativa,flagelada,espiroqueta,urease, produz exotoxinas,pill e enzimas que a remodelam.Colonizam naturalmente nossa microbiota estomacal. Está associada a gastrite crônica, perfurando a mucosa estomacal,criando túneis que as protegem do Hcl. Podem vir a gerar úlceras. ➔ Bactérias Piogênicas São bactérias formadoras/ geradoras de pus, que saíram de seu tecido normal e invadiram outro, estando correlacionado com a patogenicidade. OBS: O que é pus? Pus é uma secreção de cor amarelada, ou amarelo-esverdeada, frequentemente mal cheirosa, produzida em consequência de um processo de infecção bacteriana extracelular e constituída por glóbulos brancos em processo de degeneração, sangue, bactérias, proteínas, e elementos orgânicos. ❏ Gênero Staphylococcus Bactéria não esporulada, esférica, gram positiva, com arranjo em agrupamentos irregulares como um cacho de uva são imóveis, não formam endósporos e habitam a microbiota comum da superfície corpórea dos vertebrados. Para ser patogênica depende de uma porta de entrada para invasão do tecido, sendo que, se for coagulase positiva, é um indício de patogenicidade posto que é um mecanismo de escape para o microorganismos pois o coágulo o protege do sistema imune, posteriormente quando o coágulo se desfaz a bactéria invade o tecido. Possui em sua constituição enzimas e toxinas que desorganizam os tecidos, formando o pus. Enzimas: Lipases, que confere uma capacidade invasiva e proliferativa, desoxirribose, que é uma base nucleotídica para multiplicação, estafiloquinase,que quebram a fibrina e depois digerem os coágulos formados pelo hospedeiro para controlar a infecção, hialuronidase,que acaba com a matriz celular e as fosfolipases,que atuam na membrana citoplasmática. Toxinas: Hemolisinas, responsávelpor roubar ferro, leucocidinas que possuem capacidade de destruir os leucócitos, esfoliatinas responsável pela invasão a nível da derme,enterotoxinas (A-H), que é produzida quando a bactéria está no alimento, resultando em enese e intoxicação alimentar. Estas toxinas podem causar intoxicações e foliculite pela invasão direta. ↪ Foliculite: Infecção e inflamação do folículo piloso decorrente de obstrução (espinha ou pelo encravado) que pode evoluir para abscesso. Fatores hormonais e muito banho alteram a microbiota natural e aumentam a predisposição para o surgimento de foliculite. ↪ Síndrome do choque tóxico: Ação sistêmica provocada por linhagens produtoras da toxina da síndrome do choque tóxico 24 1 ( TSST-1),um superantígeno. Está associada ao consumo de alimentos ou multiplicação errônea no organismo, causando sintomas como febre alta, eritema difuso,descamação da pele. Em alguns casos ocasiona destruição das células endoteliais, gerando hipotensão, vasoconstrição periférica e vasodilatação central e o óbito por falência múltipla de órgãos. Outras enfermidades: Pode causar mastite, sendo necessário prumos na ordenha e avaliação primária do leite,podendo evoluir para atrofia da glândula mamária e perda da função. Ocasiona também inflamações em feridas e, em suínos de até 7 semanas, a Epidermite exsudativa suína, causada pela staphylococcus hyicus, que possui uma alta quantidade de esfoliatina, ocasionando a perda da superfície da derme e a alta taxa de mortalidade. Staphylococcus Aureus: É o patógeno mais importante do gênero, é coagulase positiva, capaz de produzir enterotoxinas,possuindo diversos fatores de virulência e estratégias de evasão do sistema imune. Suas colônias são amarelas-douradas, sendo o principal local de prevalência as mucosas nasais, que contamina a mão e realiza a infecção por contato. Em casos graves a staphylococcus aureus pode causar sepse. ❏ Gênero Streptococcus Bactéria gram positiva, esférica, com arranjo em cadeia, possui uma sensibilidade ao ambiente, coloniza mucosa (oral e genitalurinária). Pode ser classificada taxonomicamente de acordo com o padrão hemolítico em ágar no sangue, sendo dividida em alfa hemólise(parcial), beta hemólise (completa) e gama hemólise (não hemolíticos). Tem uma alta importância em equinos posto que provoca a garrotilho, que afeta principalmente o potro e pode evoluir para uma pneumonia. Porta de entrada: Dá-se por via nasal oral, sendo muito contagiosa. Multiplicação: Se multiplica nos linfonodos regionais,formando abscessos. Prevenção: Vacinação via nasal oral Outro ponto é que, ao mamar, o potro passa para a glândula mamária da égua, ocasionando mastite oportunista. Ademais, o streptococcus pode vir a causar inflamação superficial corpórea e, da mucosa oral, pode penetrar no vaso e depois ir para mitral, desenvolvendo insuficiência congestiva. 25 ❏ Gênero Rhodococcus equi São bactérias intracelulares, gram positivas bastonetes. Ocasionam infecção do trato respiratório inferior de equinos de qualquer idade, comprometendo os pulmões. Nos pulmões é possível encontrar piogranulomas multifocais. ❏ Corynebacterium Bactérias bastonetes gram positivas muito sensíveis ao ambiente, sendo pertencentes á microbiota da mucosa oral. Seu grau de patogenicidade está associado a nível de infecção urinária e uréter. Pode causar mastite. Corynebacterium Pseudotuberculosis: Exceção dentre as corynebacterium, é muito resistente e gera linfadenite em pequenos ruminantes. Sua porta de entrada é por via nasal oral, onde é fagocitada e drenada para os linfonodos, ocasiona inflamação dos linfonodos, aumento de tamanho e compressão de órgãos adjacentes. Produz um pus caracterizadamente esverdeado. ➔ Mycobacterium São bactérias do trato respiratório que necessitam do hospedeiro para concluir seu ciclo. É a principal causadora da pseudotuberculose e da tuberculose. ❏ Pseudotuberculose Também conhecida como doença de Jhones, forma granulomas que gera retardação de tecido. Ademais, ocasiona diarréia pela diminuição de eritrócitos,diminuindo a absorção e aumentando a pressão intestinal. Como a lesão é a nível de mucosa, a pseudotuberculose diminui o tamanho da luz intestinal, transformando em granuloma. ❏ Tuberculose Bactéria aeróbica estrita gram positiva intracelular facultativa pode ser subdivida em mycobacterium tuberculosis, que acomete humanos, e bovis, que acomete bovinos. São pouco patogênicas contudo produzem uma resposta excessiva de hipersensibilidade tardia. Essa hipersensibilidade tardia é ocasionada pelo grande estímulo para resposta inflamatória, causada pela parede celular da bactéria que possui alta concentração de ácido láctico (garante sobrevivência). Além disso, são patógenos crônicos devido a baixa velocidade de crescimento e comprometem a capacidade pulmonar, produzindo uma área de silêncio pulmonar. Transmissão: Por ser muito contagiosa, pode ocorrer de um bovino tuberculoso para outro bovino dá-se por via da respiração,principalmente via entérica. Para outros animais ocorre também por via entérica, principalmente por leite e produtos lácteos crus. Para humanos a transmissão pode ocorrer 26 por via da respiração,contudo é incomum e o contrário também é válido. Além disso, por contato focinho a focinho, ou seja, por via nasal, também pode ocorrer. Diagnóstico: É feito por provas intra dérmica, extraindo a proteína tuberculina em laboratório, utilizando-a como antígeno. Após isso há a realização da prova da prega caudal, que não é muito específica. Se positivo, passar por PPD para medir espessura, onde se mamífera da menor espessura é sinal de tuberculose, se a aviária tem maior espessura é somente hipersensibilidade a outro microorganismo. Outras formas de diagnóstico é a Stormont. Patogenia: A formação do granuloma ocasiona uma hipersensibilidade, onde a parede pulmonar determina uma resposta inflamatória muito alta,sobrecarregando o sistema imune, não destruindo a bactéria, que consegue destruir o tecido formando uma área degenerada e fibroblastos na periferia. Este granuloma pode vir a se calcificar. Tuberculose Miliar : Quando há disseminação da bactéria e produção de granuloma em outros tecidos que não o pulmão. Em cães, que não são adaptados contudo muito suscetíveis, causa infecção sistêmica. Controle: Descarte animal contaminado,fiscalização sanitária posto que é uma zoonose transmitida pelo consumo de leite e carnes contaminadas. ❏ Nocardia Bactéria bastonete de alta resistência, é filamentosa e está presente no ambiente (produz “cheiro de chuva). Determina granulomas e está associada a mastite devido a proximidade da glândula mamária com a terra. Trata-se de uma zoonose ao inalá-la, conferindo sintomatologia semelhante à tuberculose. ➔ Enterobactérias Bactérias gram negativas bastonetes,aeróbias facultativos,grande maioria móveis,oxidase negativos,catalase positivos que parasitam a nível trato intestinal ( boca ao ânus). Classificação: Quanto à presença de LPS (antígeno O), se são produtoras de fimbrinas (proteína de adesão às células do hospedeiro também chamadas de antígeno F), se possuem flagelo (antígeno H) e cápsula (antígeno K). No total, há 42 gêneros. ↪ Permite achar fórmula antigênica,detectando a origem da bactéria e da contaminação. Além disso, ajuda na produção de vacinas Ex: O45:H7:F1:K8. ↪ Podem ser coliformes totais (35°), que possuem uma baixa sobrevivência, indicando que a contaminação foi recente, avaliando o grau de contaminação. Ou podem ser caliciformes fecais (45°), que mostram que o produto por exemplo está impróprio para consumo. ❏ Escherichia spp Considerada um “padrão” das enterobactérias pela quantidade de patologias que produz e sua classificação é feita pelos gens também, de acordo com o processo patogênico. 27 Escherichia coli enterotoxigênica(ETEC): Contágio: Se dá por via fecal oral. Esta bactéria se fixa nos enterócitos sintetizando 2 toxinas, STa e STb, que interferem na bomba de sódio e potássio, inibindo a absorção de cloro,sódio e a saída de bicarbonato ou, se sintetizama LTI LT II, há uma inibição absorção Na e Cl e secreção ativa de Cl . Patogenia: Diarreia neonatal, pelo aumento da pressão osmótica. Esta diarreia contamina o ambiente. Em bezerros o gene que acomete é o F5K99 e em suínos F4K88. Solução:Colostragem. A Escherichia coli enteropatogênica(EPEC): Se fixa na mucosa intestinal,levando a uma alteração na estrutura das células absortivas, comprometendo elas. Com isso, há a redução da absorção, condicionando diarréia. Escherichia coli verotoxigênica (VETEC/SETEC): Produtora de toxinas, estando associada ao processo de criação de suínos, gerando a doença edema leitões recém desmamados. Isto ocorre porque a adesão e produção de exotoxinas inativam a síntese protéica em células do endotélio vascular do intestino delgado, tecido subcutâneo e encéfalo, causando edema e sinais nervosos. A Escherichia coli enterohemorrágica (EHEC): Importante zoonose, produz shiga toxina no intestino, que é absorvida e cai nos vasos, se liga as hemácias, que são reconhecidas como estranhas, resultando na anemia hemolítica. Na evolução deste processo, esta toxina é produzida via renal, destruindo néfrons e ocasionando insuficiência renal aguda. Foi associada a “doença do hambúrguer” devido a recombinação no intestino do bovino e passagem desta bactéria pela carne. Escherichia coli enteroinvasora (EIEC): Determina processos sistêmicos, como processos de septicemias. Cai no intestino, indo para a circulação sanguínea e condicionando o óbito do animal jovem ou pode desenvolver artrite (fuga do microorganismo para tentar sobreviver). Escherichia coli uropatogênica (UPEC): Patogenicidade baseada na capacidade de mudar suas fímbrias. Está presente no intestino, sai dele e coloniza vulva e vagina, se fixando la e se desenvolvendo até chegar no rim. Comum ocasionar infecção renal e de bexiga. 28 ❏ Salmonella spp Bactéria gram negativa intracelular facultativa com fímbrias e flagelos é uma coliforme fecal, logo possui baixa sobrevivência no ambiente, faz sua contaminação por via oral fecal, sendo que se uma vez contaminado,estará contaminado para sempre.Possui uma grande diversidade de estruturas, o que confere diferente tipos de sorovares, possuindo 6 subespécies mais patogênicas: S. entérica, S. salame, S. arizonae S. diarizonae, S.houtenae S. indica. A principal consequência da salmonella é entérica, sendo necessário uma pequena dose infectante para o contágio. Classificação: Possui antígeno O somático, H flagelar, K capsular e F fimbrial. Patogenia: Está diretamente correlacionada com a capacidade de adesão e atinge mais bezerros de 20 a 30 dias.. A bactéria atravessa a mucosa das células absortivas, é fagocitada mas não destruída e se aloja a nível de placa de perks. Quando o sistema imune detecta estas células infectadas a destruição da mesma, gerando a presença de sangue. Solução: Passagem de imunidade passiva através do colostro. S. pullorum e gallinarum: Acometem principalmente aves, onde se detectada é necessário o abate da granja toda já que há uma infecção do oviduto, contaminando até os ovos. Na primeira espécie causa a chamada diarreia bacilar branca e a segunda tifo. ➔ Clostridioses Bactérias associadas a prejuízos econômicos devido a alta taxa de mortalidade, são bastonetes gram positivas esporuladas anaeróbicas estritas fermentadoras de proteínas, sendo encontradas no solo com alta matéria orgânica e em água corrente, onde há uma alta taxa de decomposição.Para controle delas é feita a vacinação e podem se subdividir em invasoras (que geram infecção) ou intoxicação. 1. Invasoras: São geradoras de lesão hepática,entérica ou muscular. ❏ Clostridium perfringens (welchii) Possui dois subtipos, sendo o tipo A o mais comum e o tipo E encontrado em produtos do mar. Esta bactéria possui enterotoxinas Alfa, Beta, Épsilon, Iota em rebanhos, tendo predileção de surgimento quando há uma mudança da dieta alimentar em animais jovens,principalmente. É encontrada em partes do intestino que não possuem O2, produzindo toxinas de ação local, que geram a perda das células absortivas inflamação e enterite. ❏ Clostridium novyi e haemolyctium Ambas as espécies são produtoras de lesão hepática, estando presente no ambiente na forma esporulada. Um fator predisponente é a fascíola. Patogenia: Ao ingerir a bactéria via jejuno, ela vai para o sistema porta hepático, destrói os hepatócitos, gera inflamação, diminuindo a quantidade de O2 disponível, o que favorece a bactéria e gera necrose. ↪ Novyi: O tipo A promove a chamada cabeça grande e o tipo B a hepatite necrótica. ↪ Haemolyctium: Promove a doença negra, possuinto toxinas beta (fosfolipase C),gerando crise hemolítica, efusões serosas, hemorragias mais severas que a Novyi. 29 ❏ Clostridium chauvoei Responsável por ocasionar a Carbúnculo sintomático manqueira, ela produz toxinas alfa necrotizante gama hialuronidase beta Dnase delta hemolisina neuraminidase. Patogenia: Ao ingerir os esporos por via oral, esta bactéria se aloja em diferentes tecidos por muito tempo. Está associada a animais em desenvolvimento rápido pois há um aumento da fermentação, que diminui o O2 e aumenta a vegetação bacteriana. Tem como consequência a necrose de massas musculares. Sinais clínicos: Pico febril, aumento da necrose,descamação do osso e óbito. Prevenção: Vacinação sistêmica. ❏ Clostridium Septicum Responsável pela gangrena gasosa, realiza sua penetração por ferimento, estando presente em animais de todas as faixas etárias. Comumente associada com falhas no manejo como a castração e utilização da mesma agulha em vacinações. 2. Intoxicação: Geram sintomas neurológicos. ❏ Clostridium Tetani Bactéria esporulada presente no ambiente, possui uma alta taxa de contaminação e quanto mais tempo o objeto exposto, mais contaminado fica. Ao animal se ferir, há uma diminuição de O2 e consequente multiplicação da bactéria no local. Possui atuação a nível do sistema nervoso central, produzindo toxinas AB no local onde se multiplica mas que atuam mais longe do local de produção, tendo como hospedeiro mais suscetível os equinos (apesar desta espécie possuir a bactéria no intestino grosso). Patogenia: Na medula há gânglios nervosos, que são responsáveis pela contração e relaxamento muscular. Diante disso, a toxina tetânica se liga a uma membrana e a outra na fenda sináptica, inibindo os receptores para o relaxamento, fazendo com a musculatura contralateral esteja sempre contraída, gerando uma contratura espástica e uma super excitação. Sinais clínicos: Posição em cavalete, rigidez de contratura e óbito, que está diretamente correlacionado com o tempo necessário para absorção da toxina, aparecendo sinais neurológicos primeiro. Solução: Vacinação a base do uso de toxóide, que atua sobre a toxina e não sobre a bactéria. ❏ Botulismo Considerada uma arma biológica por produzir uma toxina por via oral mais forte, esta bactéria é encontrada no ambiente na forma de esporo subterminal. Em épocas de seca, queimada e locais com baixa água favorecem a multiplicação da bactéria, que produz a toxina botulínica e é ingerida pelos animais. Além disso, animais que vivem em solo com deficiência adquirem um déficit de mineralização, o que altera o comportamento alimentar e aumenta chances de contágio. 30 Patogenia: Ao ingerir a toxina, seja na água, na pastagem ou pela lambedura de ossos de carcaças, já que a bactéria por ser decompositora permanece na carcaça do animal no óbito,essa toxina é dividida em 2 partes pelas enzimas da boca devido ao seu tamanho, onde ela atuará a nível de sistema nervoso periférico, mais especificamente na placa motora, onde uma das frações dela ( B) se liga ao terminal axonal, a fração patogênica entra e impede a liberação de acetilcoa na fenda sináptica, impedindo a contração e deixando o músculo constantemente flácido. Sinais clínicos: Perda de angulação, ataxia do membro pélvico, decúbito e óbito. Solução: Vacinação. Em aves: Como as aves aquáticas são muito suscetíveis, elas são usadas como sentinelas de reservatórios de água. Se elascomeçam a morrer ou apresentar sinais clínicos é sinal de contaminação no ambiente. Em carnívoros: Precisa de uma alta dose infectante da toxina. Zoonose: Associada ao consumo de mel tem-se o botulismo infantil pois, como a criança ainda não tem a microbiota intestinal totalmente formada, o consumo do mel contaminado acarretará doença. Outra associação é ao consumo de palmito devido a exposição deste produto ao solo contaminado. ➔ Bacillus Anthracis Bactérias gram positivas aeróbicas esporuladas, estão presentes no ambiente, principalmente em regiões equatoriais e solo alcalino. Pode ser usada como arma biológica devido ao desencadeamento de processo respiratório em humanos através da inalação e multiplicação no pulmão. Fatores de patogenicidade: Ser esporulada, produzir cápsula e produção de toxinas. Patogenia: Animal contaminado vai a óbito e contamina o solo,criando os chamados campos malditos, onde outros animais ao pastarem adquirem a doença. Devido a produção de toxinas AB, há a geração de fator edema nas células endoteliais, que muda a sua permeabilidade ocasionando extravasamento de fluídos. Pode geral também fator letal, que consiste na produção de toxinas que matam células dos tecidos, levando ao óbito. Sintoma: Cadáver permanecer mole, extravasamento de sangue por orifícios (alto grau de contaminação). Diagnóstico: Esfregaço sanguíneo. ↪ Não abrir o corpo pois entra O2, a bactéria se multiplica e contamina o ambiente. Tratamento: Com uso de antibióticos se diagnosticada previamente. 31 ❏ Bacillus Cereus Zoonose associada a intoxicação alimentar, comumente pelo consumo de arroz (ao cozinhar há o aumento de temperatura e esporulação da bactéria). Está presente no ambiente e pode ser subdivida em: 1- Emética: Ocasionada pela Toxina emética ETE, causa náuseas, vômitos e cãibras abdominais. Possui um período de incubação de 1 a 6h. 2- Diarreica: Ocasionada pela Enterotoxina termo lábil Nhe enterotoxina A , secreção de fluido intestinal e ativação de enzimas adenilato ciclase. Causa cólicas abdominais e diarréia,possuindo um período de incubação de 8 a 16h. ➔ Bacteroides Fragilis Bactérias anaeróbicas estritas gram negativas,flageladas, portadoras de fímbrias e cápsula,estão presentes no intestino e cavidade oral (placa bacteriana e tártaro por exemplo), sendo de difícil diagnóstico. ❏ Dichelobacter nodosus Fusobacterium necrophorum Estas bactérias atuam em conjunto, causando a chamada doença do casco (pododermatite necrótica). Sua entrada se dá por intermédio de ferimentos, onde a fusobacterium causa necrose auxiliando no desenvolvimento da dichelobacter. Possui predisposição para rebanho de pequenos ruminantes devido a umidade e alta quantidade de animais em um espaço. Pode ocasionar a perda das falanges. Rota de saída: Do intestino grosso há eliminação das fezes contaminadas. Tratamento: Limpeza da área necrosada visando o aumento de O2 e, por consequência, a morte bacteriana. Prevenção: Dilúvio 4 membros na água com cobre e limpeza dos cascos. ➔ Microplasma Grupo de bactérias que não possuem parede celular, sendo parasitas de células mesenquimais (tecido de revestimento).Está associada ao parasitismo, tendo como habitat a microbiota natural de aves e mamíferos, utilizando a membrana citoplasmática para a proteção. Acomete com maior frequência animais jovens. Sintomas: Proporcionam infecção da glândula mamária,mastite, problemas vasculares, perda de peso, de produtividade e morte embrionária. ❏ Mycoplasma Synoviae Colonizam o tecido de revestimento da cápsula articular, produzindo sintomatologia de lesões articulares, inflamação, comprometimento motor e queda na produção de ovos. ❏ M. Gallisepticum É uma enfermidade crônica respiratória em aves de alta morbidade e baixa mortalidade, sendo mais severa se associada a outros vírus como o e.coli vírus. 32 Patogenia: Entra pela via respiratória, se multiplica no tecido de revestimento, podendo invadir os sacos aéreos, chegando no oviduto e leva a colonização a nível dos pintinhos. Sintomas: Edema de face e aumento da secreção ocular e lacrimal. ❏ M.Hyorhinis,hyosynoviae,hyopn eumoniae,flocculare Acometem suínos,havendo transmissão vertical ou pelo contágio direto, afetando o trato respiratório superior, tecido articular e desencadeando processo pneumônico (pneumonia enzoótica suína). Na necrópsia, uma alta taxa de fibrina é encontrada devido a quantidade de tecido fibrótico surgido. ❏ M. Mycoides, Bovis. Acomete bovinos, levando a pleuropneumonia bovina contagiosa,lesões no pulmão,pleura e pericárdio,mastite, infecções genitais e aborto. Em animais jovens desencadeia processo pneumônico. ❏ M. mycoides, capripneumonaie,agalactiae,cap ricolum,pneumoniae, conjuntivae. Acometem ovinos e caprinos, ocasionam mastite, pneumonia, problemas oculares e a neuro pneumonia contagiosa caprina. ❏ M. cynos,canis, spumans Acometem cães, levando a infecções respiratórias,uterinas e pneumonia. ❏ M. felis,gateae, feliminutum Acomete felinos, causando conjuntivite felina e pneumonite felina. ➔ Ordem Rickettsiales Bactérias intracelulares obrigatórias. São parasitas energéticos pois roubam ATP ou citocromos das células hospedeiras. Sua diferenciação ocorre de acordo com a célula que parasitam: Tribo Rickettsiae: Parasitam células do endotélio vascular. Tribo Ehrlichiae: Parasitam células fagocitárias. Família Anaplasmataceae: Parasitam os eritrócitos. Transmissão: Ocorre principalmente por vetores biológicos, como os carrapatos, porém pode ocorrer por intermédio de agulhas e seringas contaminadas. ↪ Principais carrapatos: Amblyomma cajennense ( carrapato estrela,do cavalo,rodeiro,vermelhinhos,micuins) e Amblyomma dubitatum (cooperi), Amblyomma aureolatum. Patogenia: A bactéria entra por endocitose forçada, forma um vacuólo fagocitico, fazendo com que a célula infectada aumente de tamanho (hiperplasia celular), o que ocasiona a fragilidade das junções, que permitem a saída de fluxo para o tecido extravascular, formando edemas, petecas hemorrágicas, hematomas e etc. ↪ Nas junções: Pode ocorrer também o acúmulo de plaquetas visando a reorganização tecidual, o que diminui o fluxo sanguíneo, levando a um aumento da pressão arterial e o desprendimento de porções do coágulo, eliminando trombos gerando a trombose, que pode evoluir para a falência renal,hepática e de outros órgãos. Diagnóstico: Geralmente tardio, pois os sinais clínicos só aparecem quando a célula já está em hiperplasia. É possível a realização do hemograma, fazendo a contagem do número de plaquetas,eritrócitos e hemoglobina que, com o tempo, sofreram queda. No caso 33 de um aumento das células brancas pode indicar isquemia em algum órgão,comprometendo a circulação e sendo mais fácil a realização de exame de sangue nas extremidades. ❏ Coxiella Burnetti Sua infecção ocorre pela inalação,ingestão ou picada de carrapatos, condicionando a disseminação hematógena e persistente na glândula mamária. Em humanos ocasiona infecção respiratória e cronicidade endocardite. ❏ Ehrlichias Sua multiplicação ocorre no interior de vesículas intracitoplasmáticas,tendo sua liberação por lise celular, parasitando células sanguíneas da série branca. Ehrlichias Canis: Também conhecida como pancitopenia tropical canina ou doença do carrapato, tem como sintomatologia aguda vasculite, trombocitopenia, anemia, leucopenia. Se chegar a ser crônica, sinais clínicos como redução de todos os tipos celulares sanguíneos acarretando hemorragias, edema, anemia, infecções secundárias, aumento fígado, baço e linfonodo são visíveis. Transmissão: transestadial, ou seja, ela permanece no carrapato Rhipicephalus sanguineus em todas as gerações, se perpetuando ao longo destas gerações. ❏ Anaplasma Bactérias com predileção de infecção em células sanguíneas, possuem como principais representantes patogênicas a Anaplasma marginale e a Anaplasma centrale. Patogenia: Elas entram por endocitose Msp-1, se multiplicam no endossomo, são liberadas pela superfície do eritrócito, sem lise celular. Transmissão: TransestadialSintomas: Anemia, icterícia, estase biliar, hepato e esplenomegalia ↪ Em bovinos, ocasiona a chamada tristeza parasitária bovina, aparecendo maior sintomatologia na fase de desmame. ❏ Haemobartonella felis ou Mycoplasma haemofelis Bactéria geradora da anemia infecciosa felina, comprometendo as células de defesa da medula óssea. Tem como vetor as pulgas Ctenocephalides felis e Pulex irritans. ❏ Bartonella henselae Provoca a síndrome da arranhadura do gato, sendo uma zoonose. Sintomas: Pápula eritematosa com crostas no local da mordida. Linfadenopatia regional, Febre, mal-estar, cefaléia e anorexia podem acompanhar a linfadenopatia. ❏ Chlamydias Bactéria que tem como célula alvo as células do trato respiratório. É uma zoonose transmitida geralmente no momento de limpeza da gaiola contaminada com fezes e urinas de pássaros. Há a formação de corpo reticular, que está ativo, e elementar, que é resistente e infecta o homem. Pneumoniae: Acomete bovinos e suínos, gerando pneumonia. Psittaci: Acomete papagaios e aves de bico curto, que transmitem os agentes. 34 Sintomas: Perda de área respiratória, levando a um pulmão hepatizado, corrimento nasal,lacrimal, perda de pena e inquietude. Fung� Os fungos possuem células mais complexas eucarióticas,o que dificulta o tratamento diante da proximidade com as células humanas.São heterotróficos (decompositores),mesófilos e ubíquos. Possuem uma alta dispersão no ambiente, podendo ser disperso pelo vento e por ser menos exigente nutricionalmente. O clima subtropical e tropical são os mais propícios, onde eles podem ocasionar infecções ou intoxicações pelo resíduo metabólico secundário, sendo que eles são oportunistas. Os fungos possuem como unidade funcional a célula fúngica, que se diferencia uma da outra pela parede celular. Ademais, eles podem ser classificados em leveduras, que são unicelulares, ou fungos filamentosos (micelianos e bolores), que são pluricelulares. ❏ Fungos Micelianos São constituídos de hifas, que são o conjunto das células fúngicas, sendo classificadas perante a sua parede celular, que pode ser septada (mais grossa) ou não. Ademais, a massa de conjunto das hifas que formam o corpo ou colônia do fungo miceliano é chamada de Micélio. O micélio pode ser classificado de duas formas: Vegetativo: Responsável pela sustentação e nutrição do fungo. Reprodutivo: Responsável pela formação dos corpos reprodutivos dos fungos,os esporos. Estes esporos podem ser dispersados pelo vento. ➔ Infecção fúngica Damos o nome de micose quando um fungo provoca infecção.Usualmente, animais mais jovens não apresentam infecção fúngica devido a puberdade, que proporciona um aumento de ácidos graxos e uma mudança de pH, tornando inviável a sobrevivência do fungo. Essa infecção pode ser superficial ou profunda. ❏ Superficial: Apresenta alta especificidade, sendo ocasionada geralmente por fungos queratinofílicos, ou seja, que possuem afinidade por queratina. Essa afinidade proporciona um problema nas pelagens, sendo muito contagiosa e podendo passar pelo compartilhamento de toalhas,escovas,celas e etc. Além de queratinofílicos estes fungos podem ser: Zoofílicos: Possui predisposição por animais,passando deles para eles. Podem não ter manifestações clínicas, sendo o diagnóstico feito pela raspagem e procura do micélio. Alguns exemplos de fungos são: M.canis(acomete felinos),M. gallinae , T. equinum ,T mentagrophytes, T. verrucosum. Em bovinos,lesões nas faces são comuns devido aos comedouros e bebedouros. 35 Geofílicos: Passam do ambiente (solo) para os animais, sendo o M nanum, que acomete os suínos, o maior representante.Além dele temos o M. gypseum, M. persicolor e T. simii. Antropofílicos: Passam do homem ao animal, provocando descamação nos cabelos e nos pés. Como representantes fúngicos tem-se o E.floccosum e T. rubrum. ❏ Profundas: Geralmente associadas a baixa da imunidade do hospedeiro, pode ser provocada tanto por fungos micelianos quanto por leveduras. Esoiritrucose: Infecção cutânea causada pelo fungo Sporothrix schenckii, um fungo dimórfico, ou seja, em temperatura ambiente está na forma miceliano e,no hospedeiro, devido a temperatura mais alta,fica na forma leveduriforme. Este dimorfismo permite a maior disseminação já que ele não é destruído pelos macrófagos. Este fungo realiza a penetração por lesões, produzindo uma resposta inflamatória a nível de vasos linfóides, o que leva a lesões nodulares nos linfonodos, pele e tecido subcutâneo. Estes nódulos indolores podem evoluir para Cancro esporotricótico. Os felinos são os mais acometidos devido a presença de vírus imunossupressores nesta espécie,hábito de arranhar e hábitos sociais. Histoplasmose: Causa a chamada Linfangite Epizoótica dos Equinos, ou seja, a inflamação superficial dos vasos e nódulos linfáticos causada pelo fungo Histoplasma farciminosum, um fungo dimórfico. Sua penetração ocorre por vias do membro. A transmissão geralmente ocorre por animais em contato com morcegos e pombos devido a contaminação das fezes destes animais. Outro representante da histoplasmose é o Histoplasma capsulatum, que possui uma alta prevalência em humanos, podendo gerar casos agudos, subagudos ou crônicos, podendo gerar pneumonia e posterior óbito. Muito associada a falta de higiene. Aspergilose: Fungos muito presentes no ambiente, a exemplo dos Aspergillus fumigatus; Aspergillus flavus; Aspergillus nidulans; Aspergillus niger, infecta máquinas incubadoras devido a temperatura constante, ideal para estes microrganismos. Em casos de incubadoras com ovos, ao nascer os pintinhos, há a inalação do fungo, que leva a pneumonia fúngica ou espondilose. Em algumas espécies o aborto também ocorre, conseguindo ver a colônia dos fungos no feto abortado. Nos cães, lesões na região da face são comuns devido ao hábito de cavar. ➔ Leveduras de importância veterinária ❏ Candida Spp: Possui mais de 200 espécies, sendo a mais importante a Candida albicans. 36 Este fungo aeróbio facultativo faz parte da nossa microbiota normal,estando presente na superfície corpórea,especialmente o intestino. O tratamento com antibióticos via oral, que mata as bactérias locais, predispõem o aparecimento de fungos. Patogenicidade: É um fungo dimórfico, onde há 25° é encontrado na forma de levedura,usualmente no intestino, e, a 36°, no formato de pseudomicélio, que permite o brotamento, onde por intermédio de proteases e lipases há a invasão de outros tecidos,formando placa. Espécie: Acomete principalmente as aves. Consequências: Perda da capacidade de absorção,estresse,queda de pena, perda de peso e desânimo. ↪Pode gerar mastite,usualmente por questões iatrogênicas que levam a contaminação fúngica para dentro da glândula mamária, o tratamento indicado é o aumento das vezes de ordenha visando a eliminação fúngica. Diagnóstico: Fezes com alto grau de brotamento e leveduras. ❏ Cryptococcus neoformans Está presente no ambiente e na microbiota normal. Causador de mastite devido ao contato do teto com o solo. Patogenicidade: Produção de uma cápsula que aumenta de tamanho a 36°C, escapando da resposta imune e aumentando a disseminação. É considerada também uma zoonose,estando associada a meningite,afetando o sistema nervoso central. Espécie: Os gatos são mais acometidos, devido a imunossupressão e contato com fezes de pombos. Consequência: Lesões e feridas de difícil cicatrização, gânglios ulcerados e o chamado “nariz de palhaço”. ❏ Malassezia Fungo presente na microbiota natural, contudo, pode gerar sintomatologia e provocar a inflamação do tubo auditivo devido a afinidade e consumo por este fungo do cerume (ácido graxo), podendo se espalhar para o corpo todo. Predisposição: Cães de orelha baixa (retém temperatura e umidade além de vento na região), traumatismos. Sinais clínicos: Coçar,inquietude de cabeça,reação ao toque,odor característico,descamação. Diagnóstico: Realiza o exame para ver a bula timpânica, coleta o material,deposita na lâmina e cora para visualizar as leveduras com brotamento. ➔ Micotoxinas Ocasionada pela ingestão
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