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DANILO ALMEIDA P4 UNIT-AL GRAVIDEZ DE ALTO RISCO - TUT 04 ⏩ 01: DEFINIR GRAVIDEZ DE ALTO RISCO E COMPREENDER SEUS CRITÉRIOS : ★ É aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada; ★ A ausência de controle pré-natal, por si mesma, pode incrementar o risco para a gestante ou o recém-nascido; ★ Há necessidade de reclassificar o risco a cada consulta pré natal e durante o trabalho de parto. A intervenção precisa e precoce evita os retardos assistenciais capazes de gerar morbidade grave, morte materna ou perinatal; ★ Na maioria dos casos a presença de um ou mais desses fatores não significa a necessidade imediata de recursos propedêuticos com tecnologia mais avançada do que os comumente oferecidos na assistência pré-natal de baixo risco, embora indiquem uma maior atenção da equipe de saúde a essas gestantes. DANILO ALMEIDA P4 UNIT-AL FONTE: Gestação de alto risco: manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas– 5. ed– Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012. 302 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) DANILO ALMEIDA P4 UNIT-AL ⏩ 02: EXPLICAR AS POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES DE UMA GRAVIDES DE ALTO RISCO: ★ No conteúdo emocional da mulher grávida entram em jogo fatores psíquicos preexistentes e atuais, e, entre os últimos, os componentes da gravidez e ambientais. Este conteúdo manifesta-se principalmente por intermédio da ansiedade, mecanismo emocional basal que se estende durante toda a gravidez, de forma crescente, até o termo; ★ A hospitalização, tão comum quanto por vezes necessária no seguimento da gravidez de alto risco, deve ser considerada como outro fator estressante adicional. Conscientiza-se a grávida da sua doença; é afastada do suporte familiar; vive conflito entre a dependência imposta e a perda de autonomia (perda do controle sobre si e sobre a gravidez). ⏩ 03: CONHECER AS SÍNDROMES HIPERTENSIVAS ESPECÍFICAS DA GESTAÇÃO: ★ A DHEG compreende o conjunto das alterações pressóricas observadas na gestação, incluindo a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia; ★ É caracterizada pela presença de hipertensão arterial, edema e/ou proteinúria a partir de 20 semanas de gestação, em pacientes previamente normotensas; DANILO ALMEIDA P4 UNIT-AL ★ Eclâmpsia é a ocorrência de convulsões tônico-clônicas generalizadas em gestante com pré-eclâmpsia; ★ Define-se hipertensão arterial: pressão acima de 140x90 mmHg (mesmo quando verificado na paciente após 4 horas de repouso); ★ Considera-se proteinúria patológica a presença de 300 mg ou mais de proteínas excretadas na urina coletada durante 24 horas; ★ O aumento súbito de peso (> 1 kg/semana) deve ser considerado sinal clínico de importância na identificação do edema generalizado. HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA E GRAVIDEZ : ★ Complica cerca de 6% a 8% das gestações, podendo ser agravada pela pré-eclâmpsia (PE) sobreposta em 13% a 40% dos casos; ★ HAC: pressão arterial sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg ou pressão arterial diastólica (PAD) maior que 90 mmHg, precedentes à gestação ou manifestada antes da 20a semana da gestação, persistindo após a 12a semana pós-parto; ★ DIAGNÓSTICO: → Aferição correta da PA; ★ CLASSIFICAÇÃO: leve a moderada (PAS de 140 a 159 mmHg e PAD de 90 a 109 mmHg) ou grave (PAS ≥ 160 mmHg e PAD ≥ 110 mmHg); ★ Desde a primeira consulta, o obstetra deve orientar sobre os diversos aspectos que envolvem essas gestantes, como medidas preventivas para hipertensão, riscos cardiovasculares e PE, exames subsidiários, hábitos alimentares, exercícios físicos e suspensão e/ou adequação de medicações em uso, além da introdução de novos hipotensores, se necessário; ★ LEVE: podem ser acompanhados com retornos mensais até a 28a semana, quinzenais entre a 28a e a 34a semana e semanais após a 34a semana; ★ TRATAMENTO: limitação da atividade e, se necessário, medicamentos anti-hipertensivos. DANILO ALMEIDA P4 UNIT-AL PRÉ-ECLÂMPSIA /ECLÂMPSIA : ★ A pré-eclâmpsia é uma doença multifatorial e multissistêmica, específica da gestação, considerada como a expressão clínica de uma doença endotelial materna, mediada pela placenta e decorrente da insuficiente invasão trofoblástica das arteríolas espiraladas do útero; ★ É definida pela presença de hipertensão arterial associada à proteinúria, que se manifesta em gestante previamente normotensa, após a 20ª semana de gestação. Também se considera pré-eclâmpsia quando, na ausência de proteinúria, ocorre disfunção de órgão-alvo materno; ★ A eclâmpsia refere-se à ocorrência de crise convulsiva, tônico clônica generalizada ou coma em gestante com pré-eclâmpsia, sendo uma das complicações mais graves da doença; EPIDEMIOLOGIA: ★ Em todo o mundo, 4,6% das gestantes desenvolvem pré-eclâmpsia; ★ Mais comum com 34 semanas ou mais (2,7%); ★ A eclâmpsia ocorre em 2% a 3% das gestantes pré-eclâmpticas que manifestam sinais de gravidade e que não receberam profilaxia para crise convulsiva, e até 0,6% das gestantes com pré-eclâmpsia sem sinais de gravidade; ★ a taxa de mortalidade (2016) materna é de 170/100.000 nascidos vivos; ETIOLOGIA: ★ História prévia de pré-eclâmpsia: aumenta 8x a chance de ter na próxima; ★ Ser primigesta; ★ História familiar de pré-eclâmpsia em parente de primeiro grau; ★ Diabetes clínico: por conta do comprometimento renal e/ou vascular; ★ Hipertensão arterial crônica; ★ IMC > 25 e IMC > 30. DANILO ALMEIDA P4 UNIT-AL FISIOPATOLOGIA: ★ Atualmente, a patogênese mais importante se refere a placentação deficiente, predisposição genética, má adaptação imune, baixa tolerância a alterações inflamatórias, desequilíbrio angiogênico e deficiência do estado nutricional; ★ PRÉ CLÍNICO: a precariedade do desenvolvimento da placenta e do seu suporte sanguíneo materno é responsável pela hipóxia placentária, pelo estresse oxidativo e pelo estresse sistêmico inflamatório materno; ★ CLÍNICO: a hipóxia placentária determina os sintomas maternos da doença: hipertensão e proteinúria, bem como as complicações associadas; DIAGNÓSTICO: ★ Hipertensão arterial: PA ↑ 140x90 mmHg, avaliada após um período de repouso; ★ Proteinúria: presença de pelo menos 300 mg em urina de 24 horas | presença de +1 cruz; ★ ★ DANILO ALMEIDA P4 UNIT-AL CONDUTA: ★ No seguimento clínico, deve-se manter vigilância sobre o controle da pressão arterial, os sinais e sintomas que evidenciam a iminência de eclâmpsia e os exames laboratoriais que indicam síndrome HELLP; ★ Na vigência de crise convulsiva (eclâmpsia), são considerados princípios básicos de conduta: evitar trauma por queda, manter a permeabilidade das vias aéreas e prevenir a aspiração de vômitos (colocar a gestante em decúbito lateral esquerdo ou semissentada); Tratament� nã� farmacológic�: ★ A redução da atividade física para mulheres com pré-eclâmpsia pode melhorar o fluxo sanguíneo uteroplacentário e prevenir a exacerbação da hipertensão, particularmente se a pressão arterial não estiver controlada; ★ Deve-se colher hemograma (avaliar concentração de hemoglobina e contagem de plaquetas), bilirrubinas totais ou haptoglobina (padrão-ouro de anemia microangiopática), função renal (proteinúria de 24 horas ou relação proteína/creatinina, ureia e creatinina) e função hepática (transaminase glutâmico-pirúvica e oxalacética, desidrogenase láctica). [DIAGNOSTICAR HELLP]; Tratament� farmacológic�: ★ deve considerar os riscos e benefícios para a mãe e o feto, considerando-se o valor da pressão arterial o fator mais importante; ★ A maior preocupação é a redução brusca da pressão arterial e que os anti-hipertensivos inibam o crescimento fetal e/ou exponham o feto a outros efeitos potencialmente prejudiciais; ★ São contraindicados na gestação: inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA), antagonistas de receptor da angiotensina II (ARA) e inibidores diretos da renina (Alisqueren), pois se associam a anormalidades renais significativas do feto quando a exposiçãomaterna ocorre na segunda metade da gestação. ★ fazer o parto acima de 34 sema DANILO ALMEIDA P4 UNIT-AL REMÉDIOS PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL LEVE: REMÉDIOS PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL GRAVE: TERMOS DESCONHECIDOS: ● CARDIOTOCOGRAFIA: O exame, feito de forma não-invasiva, detecta a frequência cardíaca do feto e as contrações uterinas, e através de um registro gráfico o médico pode avaliar o bem estar materno-fetal. A cardiotocografia é feita através da aplicação de eletrodos na pele da mãe. ● METILDOPA: Seu efeito provavelmente se deve ao metabólito α-metil norepinefrina, que atua como falso transmissor, estimulando os receptores α2-adrenérgicos centrais, resultando em diminuição do estímulo simpático do sistema nervoso central (SNC) para o coração, rins e vasos periféricos. DANILO ALMEIDA P4 UNIT-AL REFERÊNCIAS: Fernandes, C. E. Febrasgo - Tratado de Obstetrícia. 2018. ZUGAIB, M.; FRANCISCO, R.P.V. Zugaib obstetrícia 4a ed. Martins-Costa, S. Rotinas em Obstetrícia.
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