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Laminite equina

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É um processo inflamatório dos cascos, especificamente no tecido laminar 
Também chamada de pododermatite asséptica difusa
Apresenta graus variados de claudicação
Manifestação no casco de um problema sistêmico
A parede do casco é uma estrutura complexa composta por uma lâmina epidérmica da
parede interna do casco e da lâmina dérmica do cório que liga a terceira falange/ falange
distal 
Já na laminite, ocorre uma falha na ligação da terceira falange com a parede do casco, que
juntamente com o peso do animal e com as forças biomecânicas da locomoção levam a
rotação da terceira falange, cisalhamento dos vasos que suprem esses tecidos e danos ao
cório da sola e da coroa 
Se enquadra como uma doença vascular periférica devido a uma redução na perfusão capilar
no interior do casco, aumento de desvios artério-venosos, inflamação e necrose isquêmica
das lâminas
Como é um processo inflamatório, há edema, dor, calor, rubor (vermelhidão) e perda da
função 
Normalmente, a coroa do casco se torna quente
Geralmente é bilateral
Pode ter causa mecânica, gastrointestinal, enfermidades infecciosas intensas ou por
distúrbios hormonais
Mecânica: excesso de carga, exercícios prolongados, terrenos duros
Podendo desenvolver laminite através de um trauma
Gastrointestinal: excesso de carboidrato na dieta ou de pastagens em brotação
Excesso de carboidrato eleva bactérias produtoras de ácido láctico (Streptococcus
spp.; Lactobacillus spp.) e diminui o pH do ceco, causando lise de bactérias e liberação
de endotoxinas, levando a uma resposta inflamatória
Os altos níveis de carboidrato em pastagens em brotação pode desencadear disbiose
intestinal
Distúrbios hormonais: Síndrome de Cushing, uso de corticoides e síndrome metabólica
O animal estressado pode levar a um aumento de cortisol
Enfermidades infecciosas intensas: metrite, pneumonias/pleurite, rabdomiólise, sepse
Essas infecções causadas por bactérias, devido à ação de suas endotoxinas
O fluxo sanguíneo deficiente, isquemia, junto com ativação enzimática subsequente,
aumentam a degradação da membrana basal lamelar em conjunto com os efeitos de tensão e
estiramento nos tecidos lamelares
Ocorrendo separação dermo-epidérmica na interface das células epiteliais basais
lamelares e a membrana basal subjacente e a derme
A perda da membrana basal leva à separação das lâminas dérmica e epidérmica da parede do
casco e é crucial na perda da integridade estrutural da terceira falange/fixação da parede do
casco
O colapso das lâminas secundárias leva à perda de capilares normalmente presentes no
tecido conjuntivo entre as lâminas epidérmicas
A perda de capilares leva ao aumento da resistência ao fluxo sanguíneo, shunt arteriovenoso
e eventual dano isquêmico
Laminite equina
Laminite aguda 
Claudicação súbita e dor intensa que afeta mais os membros torácicos
Um aumento na temperatura da parede do casco e o pulso da artéria digital palmar/ 
 plantar, indicam ingurgitamento vascular acentuado nos tecidos do casco
A dor é muitas vezes intensa o suficiente para provocar distúrbios sistêmicos
Há congestão da derme laminar e hemorragia
Não há deformidade do casco, mas a coroa do casco se encontra muito quente e inchada 
Além disso, a derme pode estar congestionada, edemaciada, com hemorragia leve e infiltrados de
células mononucleares
Tratamento da laminite aguda
Crioterapia (diminui a inflamação - ocorre vasoconstrição)
Hipotensores (Pentoxifilina - vasodilatadores periféricos)
Anticoagulantes (Heparina e AAS)
AINEs (Flunixin meglumine, que também é antitóxico)
Colocar ferradura palmilhada com angulação de 18º
Pode colocar ferradura em formato de coração ou em “W” 
Evitar a rotação da terceira falange
Diagnóstico 
Radiografia
Venograma
Sinais clínicos
Laminite crônica 
Há evidência radiográfica ou física de deslocamento rotacional da terceira falange em relação à
parede do casco 
Ocorre crescimento do talão, irregularidades da linha de crescimento
Tratamento
Anticoagulante (Heparina e AAS)
Analgésico (Tramadol)
Cortar a pinça - atrasar o ponto de quebra
Tenotomia - retirada do tendão
Células troncos - perfusão regional
Antibiótico (Penicilina ou Ceftiofur) 
DMSO
Carvão ativado - antitóxico 
Diagnóstico
Radiografia
Venograma
Pinçamento do casco (pinçar o ápice da ranilha com a muralha)
Prevenção
Cama de areia de 15,2 cm
Casqueamento periódico
Controlar carboidratos
Cuidado com trabalhos excessivos

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