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Resumo - Inferitilidade Conjugal

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Caderno 
de
Ginecologia 
Gabriel Bagarolo Petronilho 
Medicina - FAG 
TXVIII
2022/1
Infertilidade Conjugal
A infertilidade é considerada a ausência de concepção após 1 ano de tentativa sem a utilização 
de um método contraceptivo ou a presença de outras comorbidades. 
Alguns autores estendem para 2 anos, quando se trata de casais jovens, na ausência de fatores 
importantes de risco, e 6 meses se a mulher estiver acima de 35. 
Não é adequado investigar se não se adequar aos critérios acima. 
Infertilidade primária quando não houve gestação prévia 
Infertilidade secundária quando houve gestação prévia, embora não necessariamente com 
um nascido vivo. 
Etiologia
A mulher apresenta uma queda de 11% na fertilidade a cada anos após os 30 anos. 
As causas são dividias em femininas e masculinas. No entanto, enfatiza-se que a abordagem 
deve sempre levar em conta o casal. 
Estima-se que 35% das causam seja devido ao fator feminino, 30% ao fator masculino, 20% 
relacionadas a ambos os parceiros e 15% dos casos permanecem sem um diagnóstico etiológico, 
apesar de instituída toda a propedêutica. 
Fatores femininos tubário (14%), ovulatório (6%), diminuição da reserva ovariano (6%), 
endometriose (7%), uterino (1%) e múltiplas causas em 13%.
Uma abordagem só será adequada após anamnese adequada e exame ginecológico minucioso. 
Essa abordagem inicial, direcionará a investigação. 
Anamnese e Exame Físico
Relação com prognóstico: 
- Idade, tempo de infertilidade, primário ou secundário. 
- História menstrual (tipo de ciclo, dismenorreia, muco)
- História de contracepção prévia 
- História obstétrica detalhada (gestações anteriores, curetagens) 
- História sexual e frequência de coito 
- Patologias pregressas (obesidade, hirsutismo, diabetes, alterações de tireoide, patologias 
imune)
- CX anteriores, principalmente pélvica 
- História de internações com dor pélvica, DIP (inicia com infecção), uso de medicamentos 
O tabagismo e álcool contribuem para declínio na fertilidade do casal, assim como o uso de 
maconha e cocaína, que promovem distúrbios na pulsatilidade, liberação dos hormônios e queda 
da espermatogênese. 
O IMC é um importante parâmetro a ser avaliado na mulher que deseja engravidar, entretanto 
é questionado se o excesso ou sobrepeso poderiam influenciar a fertilidade, mas sabe-se que é 
importante para evitar complicações obstétricas e fetais. 
Gabriel Bagarolo Petronilho
→
→
→
O exame pélvico deve ser realizado em todas as pacientes com queixa de infertilidade, com 
inspeção cuidadosa da genitália externa e interna, à procuração de alterações inflamatórias 
adquiridas ou congênitas como vulvovaginites, virilização, hímen integro - revelando assim 
disfunções do ato sexual - ou presença de sinais de DIP. 
Exames Complementares 
Fator Tubário 
- Avaliação da permeabilidade das trompas é necessária, mas não é a única função 
tubária necessária para a concepção de sucesso 
- Atualmente nenhum diagnóstico pode avaliar todos esses aspectos 
- Os testes realizados para avaliar a patência tubária são histerossalpingografia (Rx 
contrastado) e a videolaparoscopia (se desconfia de endometriose esse é o melhor método). 
Dismenorreia progressiva, dor pélvica, dor na relação e muita dor na menstruação - suspeita 
de endometriose. 
Histerossalpingografia: deve ser realizada na fase folicular do ciclo menstrual (6º a 11º dias 
do ciclo) com constraste iodado. Os achados são classificados com: não oclusão, oclusão 
unilateral e bilateral. Tem sensibilidade de 85% a 100% na identificação de oclusão tubária. 
Videolaparoscopia: indicada quando a HSG sugere alteração importante, história de cirurgia 
pélvica, infertilidade sem causa, suspeita clínica de endometriose. Deve-se realizar 
laparoscopia e cromotubagem para mulheres com comorbidades conhecidas. A associação 
desses dois exames é descrita como padrão ouro, mas conseguem apenas uma descrição 
externa da relação do útero, trompas e ovários. 
Causas: sequela de DIP, endometriose (peritoneal). 
Fator Ovulatório
Uma mulher com menstruação regular, provavelmente está ovulando. 
- Avaliação de níveis séricos basais de FSH e LH 
- Medida de progesterona no meio da fase lútea 
- Curva de temperatura corporal basal (CTB) 
- Análise de muco cervical
Outras maneiras podem ser empregadas na avaliação do fator ovulatório: 
- Biópsia do endométrio 
- Dosagem do hormônio antimülleriano (HAM) 
- ‘Teste do clomifeno’
Causas ovulatórias: prolactina, suprarrenal, THS (fora do ovário) e SOP (no ovário).
Fator Cervical e Uterino 
- USG transvaginal 
- HSG 
- Histeroscopia 
Compreende as más formações, as lesões neoplásicas ou benignas (pólipos, miomas, etc), as 
infecções diversas. Gabriel Bagarolo Petronilho
Fatores Masculinos 
- Espermograma ou análise seminal - é a forma inicial de avaliação da causa masculina e é um 
exame essencial na investigação do casal infértil 
- Se o resultado da primeira análise do sêmen é anormal tem que fazer um teste 
confirmatório com 3 meses 
Tratamento 
O tratamento do casal é planejado segundo a causa da infertilidade. 
Os casos de suspeita patológica genética devem ser avaliados previamente ao tratamento a 
fim de determinar o risco de transmissão da herança em caso de gestação. 
Nos casos de infertilidade masculina, o manejo pode ser dividido em cirúrgico, 
medicamentosos e clinicamente assistido. 
Considerações Finais 
- A avaliação dx de infertilidade deve incluir uma história pessoal, reprodutiva e familiar 
detalhada associada a um exame físico completo 
- A infertilidade envolve causas femininas e as masculinas, portanto, ambos devem ser 
investigados. 
- A fertilidade diminui à medida que a mulher se aproxima dos 40 anos 
- A avaliação diagnóstica de infertilidade deve incluir a avaliação da função ovulatória, 
estrutura e patência do trato reprodutivo feminino e análise do sêmen.
- A HSG tem sido o teste padrão para permeabilidade tubária. A videolaparoscopia é útil 
para o dx de fatores peritoniais, avaliar endometriose em estágio avançado ou confirmar 
patologias tubárias. 
Gabriel Bagarolo Petronilho

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